Soluço, o líder de Berk: A guerra pela paz escrita por Temperana


Capítulo 12
Antecipando a batalha


Notas iniciais do capítulo

Como prometido o outro capítulo para vocês amores...
Então, vamos atrasar um pouco as coisas (OK, um capítulo). Nem tudo é fácil na vida querido Soluço, nem tudo é fácil na vida.
Bom, obrigada pelos comentários. E eu ainda não agradeci à Emily Prado e Srt. Astrid por terem favoritado a minha fanfic. Muito obrigada!!!
Então vamos ao capítulo pessoal! Até as notas finais.



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Bem cedo no dia seguinte chegamos à Academia para o treino. Quando chegamos vimos que estava tudo revirado. Havia marcas de luta e de fogo por toda Arena.

–O que houve aqui? – eu me perguntava, andado pelos estragos. O Banguela rosnava para tudo. Isso me deixou mais atento e preocupado. Nada de muito grave ocorreu na área das salas dos pilotos. Apenas na Arena em si. Havia um espinho próximo à parede. Aproximei-me para examiná-lo.

–Um espinho de Nader Mortal? Mas não treinamos nenhum Nader ontem e nem recentemente. Será que é da... Espera a Tempestade!

Ótimo, havia caído a ficha, ou pelo menos quase toda a ficha. Alguma coisa havia acontecido com a Astrid, ou pelo menos era o que tudo indicava.

–Mas, não pode ser... Astrid. Como isso foi acontecer? O que houve aqui e com ela... ?

As palavras da anciã vieram como um tapa na minha cabeça:

Este passado quer sua morte, a de sua metade e se persistir de sua paixão. Aí está o que houve. A “profecia” da anciã parecia estar se cumprindo. Alguém queria a morte da Astrid. E pelo menos, parecia que ele havia sido sequestrada. Morta não. Não havia marcas de sangue. Eu não conseguia processar nada disso naquela hora. Eu só repetia “não” para mim mesmo.

–O que houve aqui? – uma voz interrompeu meus pensamentos. Eu virei-me rapidamente e vi aquele homem misterioso novamente na minha frente.

–Você? O que faz aqui? Pensei que não queria que ninguém te visse.

–Ah, eu pensei que você precisava de um conselho de minha parte – e lá foi ele novamente mencionando conselhos.

–Óbvio que pensou. Óbvio que você acha que eu preciso de conselho. Se está aqui, então me diga: Você sabe o que aconteceu aqui? Diz-me se você sabe? Pra onde Dagur levou a Astrid? Para onde? – eu acho que eu estava meio gritando com ele, mas não me importei naquele momento com o meu tom de voz. Eu estava com raiva de Dagur, com raiva de Drago, com raiva até daquele homem que eu não conseguia saber quem era.

–Mantenha a calma, por favor, Soluço. Olha o Dagur não está mais vivo, ele morreu há muito tempo. Então não sei onde ele levou a Astrid.

–O Dagur morreu? Como assim? Meu pai nunca me disse nada. Eles nunca mais atacaram Berk também, mas eu não sabia que ele havia morrido.

–Na realidade ninguém sabia que ele havia morrido.

–Mas você me disse que eu estava no caminho certo, não disse? Os beserkers não vão atacar junto com Drago?

–Mas você está no caminha certo. Porém há um novo líder dos beserkers que está com o Drago.

–Está certo, deve ser algum dos beserkers fiéis ao Dagur. Mas isso não importa agora. Eu preciso salvar a Astrid de quem quer que seja. Você sabe para onde eles a levaram? Por favor, diga-me que você sabe.

–Mas eles não levaram a Astrid para lugar nenhum Soluço. Ela está aqui em Berk, vindo para Academia agora.

– O que? Mas e isso tudo aqui? – eu abri os braços, mostrando toda Arena destruída em partes – e o espinho de Nader? Como posso confiar em você se nem ao menos o seu nome eu sei?

–Você escolhe se vai acreditar em mim ou não. Mas isso provavelmente é uma armadilha – eu o encarei tentando processar tudo – Como eu disse, a Astrid está chegando.

–Mas e... – eu pensei mais um pouco e vi que tudo se encaixava. Se a Astrid tivesse sido realmente sequestrada, provavelmente alguém iria ver, ou algum dragão iria alertar, podendo ser até mesmo a Tempestade, que é muito esperta. E foi aí que eu me senti maior idiota da face da Terra. Eu quase caí em uma armadilha completamente boba. – Acho que você tem razão. Mas é que o ambiente é tão verdadeiro e eu estou com a cabeça tão centrada na guerra, que acho que toda hora algo pode acontecer com quem eu amo. Mas então, desculpe ter duvidado de você. Eu creio que você esteja falando a verdade – eu ainda acredito que você seja meu pai, eu pensei, mas não falei nada obviamente. - Muito obrigado. Gostaria de um nome para que eu possa dirigir-me a você educadamente.

–Bom... Talvez mais tarde eu lhe dê um nome para que você possa se dirigir a mim.

–Está bem, como você quiser – não consegui pegá-lo em uma armadilha para que dissesse seu nome. Isso eu só descobri bem mais tarde. – Só me diga uma coisa: por que você está nos ajudando? Você não tem nenhuma dívida com Berk, tem?

–Porque sim.

–Isso não é resposta – eu falei rindo, mas me divertindo do que ironizando.

–Um dia você irá entender tudo Soluço. Irei te contar o que houve se possível, não se preocupe agora. Só sou alguém que estou lhe ajudando porque é o lado certo da luta. Mas por enquanto, esqueça que me viu aqui ou em qualquer outro lugar. Só você e a Astrid, e também os seus dragões – eu olhei para o Banguela. Ele não se sentia intimidado com aquele homem. Isso era estranho. Mas ele estava do meu lado pronto para me defender se necessário. – Por mim a Astrid não saberia também, mas ela estava com você naquele dia e eu não havia percebido.

–Só não entendi o porquê da “profecia” da anciã. Eles não capturaram a Astrid. Ou melhor, ainda – eu parei e vi que eu estava meio lerdo hoje. Era meio óbvio que ela era ainda alvo dos beserkers e mais cedo ou mais tarde algo aconteceria – Mas eles vão tentar. Isso eles vão. E eu não sei o que eu faço agora. Eu não suportaria perdê-la. Nunca. Eu preciso protegê-la deles.

–Eu sei que você não suportaria perdê-la e que quer protege-la. Mas olhe, ela não é uma Hofferson? – eu assenti com a cabeça – então tenho certeza que ele de defende muito bem.

–O que você sabe sobre os Hoffersons?

–Que são guerreiros natos – essa frase ficou pairando no ar por um tempo. E então eu ouvi algumas risadas e as vozes dos pilotos se aproximando da Arena. Eu virei-me para a porta.

–Preciso ir embora agora – ele disse-me. Não fiquei surpreso – Se você precisar de alguém para conversar ou de algum conselho, saiba que eu irei aparecer, meu líder – ele fez uma pequena mesura para mim e sumiu. Fiquei olhando que nem um retardado para a porta por onde ele saiu. Agora eu precisava ver a Astrid. Ver se ela estava bem. Mesmo acreditando naquele homem, eu precisava vê-la.

–Bom dia Soluço – era a voz da Astrid. Eu fiquei tão aliviado. Ela estava ali e bem. Eu corri até ela e abracei-lhe bem apertadamente.

– Astrid! Ah, que bom que você está bem. Eu fiquei preocupado – eu escutei os gêmeos falarem algo do tipo melosidade logo cedo, mas não me importei com eles.

–Bom acho que estou, mas do que você está falando?

– Olha só em volta – eu falei calmamente, ou pelo menos tentando ser o mais calmo possível com a situação – o líder dos beserkers veio até aqui. Ele destruiu parte da Arena montando um cenário para pensar que você tivesse sinto sequestrada. Mas, segundo o que a anciã disse, você será capturada ainda. E isso não está me deixando calmo.

–Mas como você sabe que era o Dagur?

–Na verdade, ele não é mais o líder dos beserkers. O Dagur morreu, há um novo líder na Tribo Beserk.

–O que? – todos perguntaram ao mesmo tempo.

–Mas como você sabe disso Soluço? – Astrid me perguntou. Ótimo, ela havia me deixado numa fria. Eu apenas a abracei de novo e sussurrei: Aquele homem misterioso veio falar comigo. Depois te conto os detalhes, agora não é o momento apropriado para isso.

–Entendi, desculpe – ela sussurrou de volta.

–Ai, deu de melação e reencontro aí, por favor? – o Melequento falou. – Vamos ao que interessa: O que vamos fazer agora? – eu me desvencilhei da Astrid e virei-me para os outros e lançando um olhar venenoso para o Melequento que tenho certeza que a Astrid lançou mil vezes mais venenoso, pelo jeito que ele calou-se e encolheu-se.

–Ok, esse novo líder está atrevido demais. Temos que ficar atentos. Ele entrou e saiu sem ser visto por ninguém temo eu. Tanto em Berk, tanto na Academia. Teremos que acionar as defesas subterrâneas da ilha. Agora não importa como eu descobri isso. Importa que temos que proteger a ilha.

–Está bem, mas as armadilhas não eram para matar os dragões, pelo menos quando matávamos eles? – Perna de Peixe perguntou.

–Sim, mas elas foram adaptadas para atacar invasores por terra. Todos de Berk sabem a sua localização e evitam passar por elas, mesmo se estiverem desativadas. Não se lembram da reunião em que foram anunciadas as mudanças nas armadilhas pessoal? – eles me olharam com cara de que reunião você está falando, quando foi isso? – Está certo, é óbvio que não, provavelmente não estavam prestando atenção. E também não estavam prestando atenção na aula que eu anunciei. Agora não importa, eu darei um mapa para vocês. Eu mereço...

–Mas e se eles vierem em dragões? – Perna de peixe indagou novamente.

–Não podem Perna de Peixe. O Banguela sentiria a presença dos dragões por não serem de Berk. Se eles tiverem algum dragão além da Besta Implacável.

–Ah, é mesmo. Mas então, vamos fazer o que?

–Vamos ativar as armadilhas subterrâneas agora. Depois vocês estarão liberados. Mas amanhã treinaremos as manobras, está bem? Vamos até a Floresta de Pedra, é onde começa as armadilhas.

A Floresta de Pedra consistia em um conjunto de pedras altas que “nasceram” (ou pelo menos estão do mesmo jeito desde que eu havia nascido) nas águas do mar. Foi onde eu e Banguela fizemos o nosso primeiro voo (que deu certo para ser mais preciso). Foi um treino bem arriscado para ser o primeiro, mas deu tudo certo na medida do possível (mesmo a gente quase morrendo, mas isso também não vem ao caso, certo?).

Chegando lá eu dei as instruções aos outros.

–Muito bem, nós vamos trabalhar em duplas como antigamente fazíamos. Mas agora teremos um trio, já que Eret se juntou a nós. Cada grupo ganhará um mapa com a exata localização das armadilhas. Quanto as duplas serão divididas agora – eu peguei os mapas do meu bolso (que inicialmente estavam jogados em uma gaveta na minha sala) e separei os grupos – Gêmeos e Perna de Peixe, ativem as armadilhas do lado oeste da ilha. Perna de Peixe controle os dois para que não destruam as armadilhas ou qualquer outra coisa.

–Juro que vou tentar Soluço – eles partiram com o Cabeça Dura falando.

–Não sei a quem ele está se referindo – eu balancei a cabeça negativamente e voltei à divisão dos grupos.

–Certo. Agora, Eret e Melequento, ativem as armadilhas do lado sul. Aqui está o mapa – eles se foram, deixando apenas eu, Astrid e nossos dragões. – E nós senhorita, iremos para o lado leste e norte ativar as armadilhas.

–Isso não é ainda o voo romântico, eu espero – ela falou.

–Muito engraçada – eu falei e ela riu. – Não, ainda não é não se preocupe. Vai dar tudo certo com o resto do nosso dia, não é possível. Mais tarde Astrid, mais tarde será o nosso voo.

Ela sorriu e nós partimos para ativar as armadilhas. O meu dia não estava saindo como o planejado. Mas ainda havia o voo romântico. E eu pediria a Astrid em casamento nesse voo. Custasse o que custasse.

No mar bravio navegar

Sem medo do perigo

E as ondas eu vou enfrentar

Se comigo casar.


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Notas finais do capítulo

Alguém teve um pire paque pensando que a Astrid foi sequestrada??? Ela ia ser amores, só que eu resolvi em quanto estava escrevendo que era maldade, logo quando o Soluço ia pedi-la em casamento. E o meu lado sentimental falou mais alto!! Mas tem muita coisa para acontecer ainda. E aí, gostaram???
E o próximo capítulo... COM QUEM SERÁ, COM QUEM SERÁ, COM QUEM SERÁ QUE A ASTRID VAI CASAR???
Com quem amores??? rsrsrs
Até o próximo capítulo, um beijo, Temp