Don't you dare steal my territory. escrita por Silent Scream


Capítulo 34
Gregory


Notas iniciais do capítulo

GENTE, ME PERDOEM A DEMORA, EU ESTAVA VIAJANDO. MAS AGORA JA ESTOU DE VOLTA U-U. O/



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– Então, alguma pergunta Gregory? – Perguntei cheia de barro mostrando a única coisa que eu esperava não estar suja, um sorriso. Espera, isso é um pedaço de casca de arvore nos meus dentes? Ok, melhor fechar a boca..

– Sim, tenho. Porque fui obrigado a vir até aqui? sendo que eu to com um pijama do bob esponja e pessoas do internato que vem comer aqui estão rindo de mim. – falou indignado.

– Poser! – Gritei para ele.

– O que? – Perguntou ele confuso.

– POSER! – Gritei agora do lado do seu ouvido.

– Eu escutei sua maluca. – Respondeu dando tapinhas pra ver se voltava a escutar com aquele ouvido.

– Você é fã de bob esponja? – Perguntei seca.

– Sou. – Respondeu agora seco também.

– Já olhei todos os episódios e continuo olhando todos os dias. – Continuei a treta.

– Interessante porque tem dias que eu nem durmo para ficar assistindo bob esponja. – Disse ele sério. Sabe quando você está frente a frente com alguém e uma faísca no meio? Esses são eu e Greg.

– Sei decor todas as falas dos episódios. – Continuei.

– Ei crianças, será que da pra parar a briguinha? – Falou Jason que antes havia ido no banheiro para limpar um tanto da sujeira. Pena que não deu certo.

– Ele/ela que começou! – Falamos juntos apontando um para o outro.

– Não vou nem comentar. Greg, você está de férias né? – Perguntou Jason.

– O semestre acaba amanhã e vou ficar uma semana vegetando. Mentira, vou ficar olhando bob esponja. – Disse e vi que seus olhos me fitaram e deu um sorrisinho. Cara, aproveite enquanto pode, porque vou arrancar seus dentes e fazer um colar com eles.

– Então que tal ficar lá em casa? – Perguntou Jason. Eu vou te matar seu alien gordo! Pra que foi convidar esse inútil.

– O QUE? – Perguntei como um reflexo.

– Claro, por mim tudo bem. – Disse aquele cão do demônio.

– Você não vai de jeito nenhum! – Falei e peguei um isqueiro que tinha no bolso. Botei fogo em seu belo hambúrguer.

– Vou sim baixinha. – Disse ele de volta tirando o seu próprio isqueiro do bolso. Acha que pode me vencer? Que os jogos comecem!

Os dois pratos começaram a pegar fogo. Jason virou os dois pratos e começou a pegar fogo na mesa que era de madeira. Alguém aí come madeira assada? Até que ta bem queimadinha.

O fogo alcançou meu casaco fazendo com que eu parecesse uma bola de gude loca pelo restaurante tentando tirá-lo.

Pequeno problema. Meu braço estrupiado está agora a mostra. Sabe, aquele que eu quase perdi!

Jason me encarou feio por causa disso. Mas eu não estava ligando muito no momento. Minha pequena corrida pelo restaurante tentando tirar o casaco que estava pegando fogo , fez com que eu derrubasse pelo menos 90% das mesas do lugar. E sabe o que é mais engraçado? Estão todas pegando fogo agora! Yay!

– Pega o restaurante seu inútil! – Gritei pensando em meus pensamentos.

– Restaurante? – Respondeu Greg atordoado (essa palavra me lembra de tordo, pois é né, morram tudo).

– Quer dizer... Extintor! – Falei de volta.

– Eu pego, jogo pra ti e daí tu apaga. – Respondeu correndo até o extintor enquanto o fogo se espalhava.

– CAGÃO! – Gritei pra ele.

– O QUE DISSE? – Gritou de volta sem entender.

– LINDÃO! – Gritei novamente e ri de mim mesma.

– What? Isso não é hora para admirar minha beleza! – Falou convencido.

– E quem disse que eu estava? – Respondi com um sorriso maldoso e ele ficou TOTALMENTE se entender. Foi hilário.

Greg me jogou o extintor e eu caí junto com ele. Essa frase faz bastante sentido nesse momento “Até que a morte nos separe”. Adeus meu love extintor.

Olha! Eu não morri! Só tenho uma mão esmagada e deformada! Isso é um avanço! O que? Eu já morri sabia? Sou um zumbi e um vampiro, porque todas as vezes que morri, renasci. Palavras sábias. Ops contei meu segredo.

Quando me levantei, comecei a jorrar com o extintor por todo lugar, inclusive nas pessoas que estavam lá e em mim mesma. Parabéns Rachel, se queria ser mais branca do que era, agora conseguiu! Espero que não seja permanente, ou que meu cabelo vire um sabugo. Coisas da vida.

Comecei a caminhar pelo salão sem rumo porque não conseguia mais enxergar devido ao extintor. Parei de súbito quando senti que algo estava queimando. Algo perto da minha cabeça...deixa eu pensar...o pé? Capaz, eu acho que é só o cabelo mesmo. Espera, meu cabelo ta queimando?!?

– HELP ME! JESUS, DEUS, PATATI, PEPPA, CHINELO, HELP MEEE! JASOOOOON! – Nesse ponto, meu cérebro já derreteu e eu morri.

Alguém me pegou pelas pernas e eu não soube quem era, talvez por que meu globo ocular virou extintor. Sou uma meta-humana, sou a heroína do extintor! Mister Apagadinha. Depois eu penso em um nome melhor. Prometo.

(...)

Abri os olhos e vi que estava, em um manicômio? Ah não, é só o quarto do Jason. Como eu vim parar aqui? O Flash me trouxe? Aquele Barry Allen gatão.

– Olha só quem acordou! A bela adormecida moderna. Isso poderia virar um filme. Só tem o da cinderela, quanto preconceito. – Disse Greg parado ao lado da cama jogando alguma coisa no notebook que eu julgava ser dele.

– Olha só se não é o ‘Sr. Gosto de Filmes de Garotas’. – Retruquei pouco entusiasmada. – Quantas horas eu dormi?

– Dormiu? Você morreu! Dois dias deitada sem contar o dia do restaurante fire! – Eu disse que era uma zumbi vampira.

– Porque eu estou aqui no quarto do Jason? – Perguntei sem entender praticamente nada.

– Porque você foi tele transportada de Washington por um portal alien para o quarto do Jason, surprise. As vezes a vida nos surpreende. – O encarei feio, fazendo com que o mesmo bufasse. – Seu namoradinho te trouxe.

– Portais são legais. O que aconteceu aquele dia? Porque eu não lembro. – Falei forçando a cabeça pra lembrar.

– Não force os poucos miolos que ainda restam nessa cabecinha oca. – Soltei um soco na sua cara. – Qual é? Vai querer que eu explique ou não?

– Anda logo pirralho. – Falei com uma voz assustadora.

– Devo te lembrar que sou o mais velho aqui? Me respeite mocinha! Ou coloco sua cabeça oca dentro do vaso pra ti fazer um lanchinho. – Quem ele pensa que é? É só mais um imbecil que eu vo mata.

– E eu corto seus países baixos, é uma pena que o sr. Virgem será virgem para sempre! – Falei com um sorriso malicioso.

– Quem disse que sou virgem? – Perguntou. Mas essa você não ganha de mim mocinho.

– Você. De acordo com suas mensagens no whats de desabafo ao seu amigo, por ser um nerd encalhado virgem, Oh, desculpe, não queria usar as mesmas palavras da mensagem. – Seu rosto ficou vermelho de vergonha e de raiva ao mesmo tempo. Isso estava ficando divertido.

– Como descobriu minha senha? – Perguntou nervoso.

– Dã, não sei se você sabe, mas, em primeiro lugar, sou hacker, e em segundo lugar, sua senha era mais fácil que soltar um peido. Bob Esponja. O quão criativo você é. Até impressiona. – Soltei mais sorrisos maldosos. – Não se preocupe, tirei print de toda essa conversa de vocês e passei pro meu celular, que por sorte, nem o melhor hacker do mundo descobriria minha senha. - Descobriria sim, mas eu tinha que intimidar. E estava funcionando muito bem. – Então, pare de encher o meu saco e vá cuidar da sua vida. Estamos entendidos? Porque se não estivermos posso postar isso em todas redes sociais, você que escolhe.

– Onde está o meu celular? Você está com ele? – Perguntou ainda mais bravo.

– Não, eu joguei ele no fogo quando estávamos no restaurante. – Missão cumprida. Greg está oficialmente domado. Não quero saber de rebeldes além de mim nessa casa.

– Sabe Rachel, você poderia ter morrido com aquele gás carbônico que inalou no restaurante. Seria uma benção.

– O que as duas crianças estão brigando aí? – Entrou Jason sorrindo.

– Jason! – Corri até ele e o abracei forte.

– Que bom que acordou. – Falou parecendo aliviado.

–ÉÉÉ O AMOOOOR, QUE MEXE COM A MINHA ACBEÇA E ME DEIXA ASSIM. – Cantarolou Gregory com uma voz de foca berrante.

– EU CORTO A SUA CABEÇA, SEU INFELIZ. – Continuei no ritmo da musica.

– Não ligue amor, ele canta isso porque não arruma ninguém e ta com inveja. – Jason disse para o seu primo que bufou em resposta.

Jason me beijou e trocamos sorrisinhos bobos.

– Isso é nojento. – Concluiu Greg.

– Nunca experimentou pra saber. – retruquei. Eu e Jason fizemos um ‘bate aqui’ e começamos a rir.

– Acho que eu virei o alvo dessa casa. E olha que sou visita. – Falou como se estivesse certinho.

– Sinto muito, não tem privilégios aqui. – Rebati de novo, e Jason e eu fizemos novamente um ‘bate aqui’.

– Jason quero um Toddynho. – Falei e olhei com cara de cachorro pidão, um bem estragado.

– Sobe aí. – Disse ele e se virou. Subi nas suas costas com a ajuda da cama, já que sou baixinha ao extremo.

– Rumo a cozinhaaa!! – Falei e levantei o braço pra cima que quase caiu fora quando passamos pela porta e ele ainda estava levantado.

Me virei pra trás e mostrei a língua pra Greg. Em resposta, ele mostrou uma folha de caderno escrito : “Vingança é um prato que se come frio”. Não sabia que vingança era uma prato, e nem que era comestível. Interessante, muito interessante.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem meus amores