White Rose - (Rosa Branca) escrita por Kaah Morganna


Capítulo 6
Capítulo 6 - Bilhete


Notas iniciais do capítulo

Então... Mais um capitulo pra vocês..

Música tema do capitulo:

https://www.youtube.com/watch?v=Wl4h2dMTK6Q



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Música tema do capitulo:

https://www.youtube.com/watch?v=Wl4h2dMTK6Q



Eu já tinha a imagem formada em minha mente, minha mãe esperando na porta com uma cara um pouco desagradável, os braços cruzado.

E foi exatamente assim, ao abrir a porta dei de cara com minha mãe, que estava na porta me esperando, e assim que seus olhos cruzaram os meus, veio logo às brocnas.

– Akyra Magonele Franco. – ela estava gritando. – Isto é hora de chegar em casa?

– Mãe...

– Eu não quero desculpas!

– Mãe eu... – para minha surpresa, ela não me interrompeu. – Eu... Desculpa.

– Uma semana sem TV, telefone, internet.

– Hãm? E como é que eu vou me comunicar?

– A idéia é exatamente essa!

Olhei sem acreditar no que ouvia, só aí percebi o cenário , havia algo diferente na casa, havia cortinas vermelhas, que só eram colocadas quando tínhamos visitas, ao lado do sofá havia uma rosa vermelha, e outra coisa que ‘ouvi’, alguém na cozinha lavava a louça.

– Quem é mãe? Tia Mirela? – corri para a cozinha, mas não era minha tia... Era um homem, que me olhava agora.

– Akyra este é o Max, um amigo meu, Max esta é a minha filha Akyra.

– Oi Akyra. Prazer.

– Oi Max, desculpe, Max de quê? – ele sorriu envergonhado, eu já havia adquirido o costume de se falar nome e sobrenome.

– Max Fortunato. – disse ele. “Rosa, almoço... eu não acredito que minha mãe já está namorando esse cara”.

– É... Bom... Esperamos você, mas você não apareceu... Tomei seu lugar hoje, Marina disse que você é quem lava a louça.

– Com a louça tudo bem, cuidado pra não tomar o meu lugar em outras coisas, ‘22’.

– ‘22’, desculpa Akyra não entendi.

– Não é nada, é só uma brincadeira de mau gosto dela... Akyra!- disse minha mãe.

– É, relaxa ‘22’, é só que minha mãe já teve tantos namorados e todos eles com o mesmo fim, que eu não me ocupo em tentar decorar o nome deles, chamo pelo numero de ordem, e você é 22°, sendo assim seu nome agora é ‘22’.

– Akyra! Você acabou de ganhar um mês de castigo. Vá pro seu quarto, agora! – ela gritava, quase explodindo.

– Tchau ‘22’. – falei sem dá importância a ela.

– Tchau Akyra. – ele sorria um pouco envergonhado.

Subi as escadas, com a cara feia, e ouvi minha mãe pedindo mil desculpas pelo meu comportamento infantil.

Entrei no meu quarto batendo a porta como forma de protesto, pulei na minha cama, lembrei que estava com a roupa da escola, então me levantei e troquei de roupa, vesti um short azul jeans, blusa cinza e nunca esquecendo de um casaco.

Look da personagem Akyra:

http://www.polyvore.com/cgi/set?id=136227409&.locale=pt-br

Deitei de novo na cama, pensei na minha mãe e no ‘22’. Mas é claro que minha mãe chamaria atenção de qualquer um, uma mulher aos 34 anos, loira , seus belos cabelos loiros até o ombro, com 1.70 de altura e 65 quilos, e seu olhar então... É apaixonante, encantadoramente doce, a cor de seus olhos é de um verde profundo, seu rosto parece ter sido desenhado. O ‘22’ também é loiro, olhos azuis, sorriso bonito, claro que não se comparava ao de minha mãe, o sorriso dela, mas parecia o sol nascendo, ele parecia ser um pouco mais alto que ela, forte, ele é bonito, considerando os outros pelo menos.

Minha mãe namorou com uma variedade infinita de homens, ela já namorou loiro, moreno, negro, asiático, ruivo, alto, baixo, magro, gordo, forte, velho, novo, cabeludo e careca, mas todos tinham uma coisa em comum, todos davam o fora.

E mesmo sabendo que o ‘22’ ia ter o mesmo destino, ou seja, ia dá o fora, eu tinha que confessar ele era o mais bonito. Mais não como meu pai, olhei o retrato dele que ficava no criado mudo ao lado da minha cama, era uma foto dele me segurando nos braços. Foi tirado pouco tempo antes dele falecer.

Meu pai foi o homem mais bonito que já poderia ter visto, ele tinha a pele branca, seus cabelos eram da cor dos meus, de um castanho avermelhado, a cor de seus olhos também era a cor dos meus azuis, ele tinha 1.80 de altura, ele não era magro para sua altura, ele era quase perfeito. Mas não era, lembro pouco dele, tinha apenas cinco anos de idade quando ele faleceu. Felizmente ele amava fazer filmes comigo, eu tenho todas guardadas no meu quarto, e sempre as vejo, minha mãe também fala muito dele, de como ele era correto, justo e prestativo. De como ela se sentia quando ele olhava para ela e sorria, e que nunca mas sentiu o mesmo, eu queria muito ter ficado mais tempo com ele, mas um acidente de carro tirou a vida dele, e um pouco da minha.

Um grito me tirou das recordações que me amarravam à cama, era minha mãe:

– AKYRA! – ela não costumava gritar, geralmente ela batia na porta do meu quarto, mas ela estava com raiva então não ia ser diferente, ela ia continuar gritando.

Desci as escadas sem nem um pouco de vontade, além das broncas que sabia que teria de ouvir outra vez, tinha certeza que ela iria me mandar almoçar e eu não estava com apetite.

– Oi, mãe. – parei em sua frente. Ela estendeu um envelope roxo.

– Pra você, mas como você está de castigo. – ela retirou do meu alcance, exatamente quando levantava a mão para pega-lo.

– De quem é? – perguntei mal humorada.

– Não tem nome, mas daqui a um mês você vai saber.

– Há não mãe! – protestei.

– Há sim Akyra!

– Mãe a senhora disse que era um mês sem TV, internet, e telefone, não falou nada sobre cartas.

– Marina, ela tem razão. – falou o ‘22’, ele já estava esparramado no sofá, assistindo a TV, e com o controle na mão, como uma pessoa conseguia ficar tão à vontade na casa de alguém tão rápido assim?

– Valeu ‘22’! – falei irônica.

– Tá, toma a cartinha. - minha mãe entregou por fim o envelope. Parece que ela não percebeu minha ironia com o ‘22’.

– Quem sabe não é um admirador secreto da escola, Akyra?! Tão cedo e já arrasando corações. – concluiu o ‘22’.

– Há, há, há muito engraçado ‘22’. – ele então riu, parecia se divertir com o novo apelido ou com a situação.

– Não vai almoçar? – perguntou minha mãe.

– Não, estou sem fome e tenho muito dever de casa também. - corri pro meu quarto. Quando entrei no meu quarto abri ansiosa o envelope, era um bilhete que dizia em uma letra elegante:

Akyra



Não tente me encontrar, eu encontro você!



O remetente estava em branco, mas não precisava, sabia exatamente quem era, era aquele senhor. Ele sabia que eu o havia procurado, o que significara que o mesmo estava me vigiando, ele sabia de todos os meus passos, olhei em volta me perguntando se ele não estaria me espionando, fui até a janela, confirmar se não haveria a possibilidade de ele estar me vigiando em alguma casa vizinha. Eu estava preste a enlouquecer, eu sentia isto se aproximar de mim, e não podia fazer nada.

O nó da minha garganta voltou, eu tinha medo, ele sabia coisas de mais sobre mim e eu não sabia nada sobre ele.

– Quem é você? O que você quer de mim? – perguntei olhando o pequeno bilhete, como se ele estivesse a ali e pudesse me responder.

Definitivamente, eu estava enlouquecendo, e eu estava assustada demais para continuar calada. Coloquei o bilhete no bolso do meu casaco e andei até à porta do meu quarto, parei e pensei na decisão que havia tomado, eu ia contar tudo o que estava acontecendo para minha mãe.

Então desci as escadas correndo. Foi tão rápido, o nervosismo me provocou tontura, me desequilibrei, tropecei e cai da escada.

Dor era a única coisa que eu reconhecia naquele momento, a voz das pessoas a minha volta não fazia realmente sentido, por mais que tentasse não conseguia entender, eram apenas zumbidos, ficou assim por um tempo até que a inconsciência tomou conta de mim por completo.


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Notas finais do capítulo

Já sabem se gostarem recomendem...

Beijo, Beijo Jersyka Morganna






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Dei Cara aos personagens, então se estiverem a fim de verem como Akyra, Caio, Marcos, aquele senhor estranho, entre outros são....
Copiem e colem este link numa nova Guia :


http://jersykamorganna-official.blogspot.com.br/



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