The Inter - Worlds (Parte 1): As Aventuras - Ano 2 escrita por Ana Katz


Capítulo 8
Capítulo 6 - Alucinações


Notas iniciais do capítulo

Todo veneno tem efeitos...

Música: Quinn Archer (W/ CONTINUUM THEME)
Link:http://www.youtube.com/watch?v=YyXhaFeosls&



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Runner. Como eu deixei ele morrer assim? Eu tive que aceitar que o destino tinha planos diferentes para ele. Depois de um tempo, quase a noite toda, eu me levantei e segui caminho, conferindo se o cadáver de Tesha tinha ainda algo de útil.

Já estava amanhecendo e, antes de realmente seguir caminho, eu fui prestar respeito à Runner. Mesmo não conhecendo ele direito, ele tinha sido uma pessoa ótima comigo, e eu mal pude desfrutar dos momentos com ele. Eu procurei por uma câmera e, assim que achei uma, fiz o sinal dos três dedos com a mão. Esperava que as pessoas pudessem ver isso.

Mas...mesmo assim. Lembrar de ver ele morrendo...o que ele disse sobre mim. O que ele pode ter visto de bom em mim? O que é isso que as pessoas parecem ver em mim que eu não consigo ver?

Continuei andando. A lembrança de Runner ainda ameaçava a minha sanidade. De repente, quando já podia claramente ver a luz do dia, eu comecei a ficar tonta. Minha visão, turva. Eu comecei a sentir meu corpo mole, que ficou balançando de um lado para o outro. Eu esbarrava nas árvores a minha frente, tentando me apoiar em algo. Comecei a sentir enjoos e segurava um vomito.

Eu sabia porque estava assim. Era o veneno. Eu já tinha sido envenenada duas vezes, uma vez pela flecha de Tesha e a outra quando comi a ameixa (talvez alguém me de o antídoto quando estava desacordada), mas, sabe – se lá por que, os efeitos tinham vindo agora. Vai ver o efeito do meu feitiço tinha acabado.

Mas...não era só o veneno. Pelo visto, toda a adrenalina me fazia mais forte do que eu pensava que era. Mas, naquele momento quando não parecia haver nenhuma ameaça...quando tudo parecia somente um pesadelo...um pesadelo que era contido pela minha irmã durante as noites frias de inverno...

A outra coisa que me fazia sentir daquele jeito...Runner. Não só Runner, mas todos os outros. Aqueles que matei...aqueles que não pude salvar...

Naquela arena...parecia que quando a adrenalina ficava muito forte outra alma assumia o meu corpo, e eu só ficava lá assistindo. E quando eu tinha calma novamente, a realmente eu só conseguia ficar chocada com o que a outra fez. Mas, se quisesse sobreviver, eu teria que assumir essa outra pessoa dentro de mim. Eu tinha que sobreviver, tinha que ser forte. Eu precisava de respostas, e eu iria arrancá – las de quem as tivesse, não importa quem fosse, e ninguém me impediria disso. Eu tinha que ganhar, por Runner...e por mim mesma.

Tropecei. Na minha frente vi um lago e fui me arrastando até ele. Eu bebia a água, mesmo que não fizesse efeito nenhum.

Eu olhei dentro de mim mesma e achei forças, forças para continuar. Me levantei e respirei fundo, eu não podia morrer ali.

Até que, do céu, apareceu um pequeno paraquedas carregando uma caixinha. A caixinha caiu bem na minha frente. Eu a peguei e abri com dificuldade, tremendo e suando frio.

Dentro tinha um recadinho e uma garrafinha. No recado dizia:

É para beber tudo – G”

Eu rapidamente abri a garrafinha e bebi o líquido dela. Devia ser um antídoto. Eu rapidamente apaguei depois de beber o líquido, não sei porque.

***

Quando acordei, eu me notei boiando no lago na minha frente. Rapidamente afundei, já que comecei a me remexer. Fui nadando até a borda. Estava melhor agora.

Conseguia enxergar direito, não queria vomitar e conseguia andar sem me atrapalhar. Uma vez em pé, continuei caminhando. Mas quanto tempo será que eu fiquei desacordada? Porque quando acordei já estava escuro...


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