The Inter - Worlds (Parte 1): As Aventuras - Ano 2 escrita por Ana Katz


Capítulo 5
Capítulo 3 - O Que Acontece Na Fronteira


Notas iniciais do capítulo

As dificuldades de se aproximar da fronteira...

Música: The Descent
Link: https://www.youtube.com/watch?v=VMb5XVQR2EA&index=9&list=PLX1pxYGy-S7mSO2ZIRAs4Sj2sm6bCyF2t



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Eu passei a noite fugindo do acampamento de Tesha. Eu não gostava daquela ruiva (eu não tenho nenhum preconceito com ruivas, só dizendo), ela podia não ser uma carreirista, mas ela era arrogante, invejosa e se achava. Gente assim não sobrevive, pelo o que eu sei. Mas isso não era o problema, eu sempre me desvio dos problemas, certo?

Assim que já estava longe, escalei outra árvore. Teve um momento que eu desisti de subir mais e simplesmente me sentei no primeiro galho que vi. Tirei o bloquinho da minha mochila e anotei uma coisa muito interessante, uma lista, que tinha todos os nomes dos tributos e seus distritos, e aos poucos fui riscando cada um que já tinha morrido.

Tributo 1 M - Glasher

Tributo 1 H - Hartel

Tributo 2 M - Glen

Tributo 2 H - Tarno

Tributo 3 M - Harrian

Tributo 3 H - Jovan

Tributo 4 M – Fesher

Tributo 4 H – Ian

Tributo 5 M – Ana

Tributo 5 H - Déniel

Tributo 6 M - Jenny

Tributo 6 H - Moron

Tributo 7 M - Adriel

Tributo 7 H - Alan

Tributo 8 M - Lane

Tributo 8 H - Garret

Tributo 9 M - Tesha

Tributo 9 H - Lucca

Tributo 10 M - Murphy

Tributo 10 H - Romeo

Tributo 11 M – Meryd

Tributo 11 H - Russell

Tributo 12 M - Skye

Tributo 12 H – Runner

Agora só restavam 10 tributos vivos: Glasher, Hartel, Glen, Tarno, Harrian, Ian, Déniel, eu, Tesha e Runner. Eu era um desses, o que era ótimo. Algo me disse que talvez eu devesse ter matado a Tesha, seria menos um, certo? Será que estava errada em deixá – la viver? Será que esse erro custaria a minha vida? Ela com certeza viria atrás de mim, disso eu não tinha dúvida.

Os distritos 6, 7, 8, 10 e 11 já tinham perdido qualquer chance de ganhar, já o meu distrito, o 5, ainda tinha duas chances, assim como os dois distritos dos carreiristas, o 1 e o 2.

Ter matado Fesher. No momento foi algo tão involuntário, mas só depois que tinha escapado que eu parei para pensar naquilo. Não só naquilo, mas como eu tinha matado os homens de Kanen, Nimueh...no que eu estava me tornando?

Assim que olhei para trás e percebi que já estava bem longe, senti um aperto no coração. A adrenalina tinha acabado e eu parei para pensar no que eu tinha feito. Mas, era Déniel ou ela, e no final acabaria sendo eu ou ela também, porque eu sei que eu seria a próxima.

Mesmo assim, tudo aquilo era tão estranho. Ter que matar pessoas assim...

Continuei o meu caminho. Já estava amanhecendo pelo visto. Estava armada novamente, e agora eu sabia que não deveria comer nenhuma ameixa perdida por aí. Não tinha o arco, o que eu queria, mas dava para o gasto.

No caminho, o local deixou de ser tão pantanoso. A mata parecia mais aberta. Para poder continuar o meu caminho eu teria que atravessar um tronco de árvore, que formava uma ponte sobre uma correnteza.

Não havia como contornar, era aquilo ou voltar.

Então, checando se não havia ninguém por perto, respirei fundo e comecei a atravessar. Eu tinha que me equilibrar muito bem, um movimento mal feito e eu cairia na água.

Isso não vai dar certo, pensei. Bem, por que não confiar nos meus instintos? Afinal, eu estava certa.

Mais para o final do caminho, quando estava quase chegando na outra borda, eu senti algo estranho, como se algo estivesse me contando para voltar, mas eu não perdi a esperança, eu simplesmente continuei.

Mas, como sempre, os meus instintos estavam certos. Do nada, eu senti um vento, e um corvo apareceu e começou a me bicar. Nesse momento, para afastar o bicho, eu me desequilibrei.

Rapidamente, e com força, segurei em um galho. O maldito pássaro voltou para piorar ainda mais a situação. Ele começou a bicar as minhas mãos, mas eu fui forte. Percebendo que isso não me faria largar o galho, ele se afastou um pouco, eu crente que ele estaria indo embora...

Foi aí que eu notei algo bem estranho no corvo. Seus olhos não eram olhos, eram câmeras. O pessoal que administra o jogo que tinha mandado ele lá, mas por que?

Ao perceber que ele se aproximava do local onde o galho e o tronco se uniam, eu presumi o que ele estava prestes a fazer.

–Não. Ouse. - ameacei.

Ele bicou. Bicou de novo. Até que ele cravou o bico no galho, que se quebrou, me fazendo cair na correnteza.

Eu senti o vento me envolvendo enquanto eu caía. Por sorte, o impacto que houve entre o meu corpo e a água não foi tão forte, pelo menos não tão forte a ponto de me causar um estrago mortal.

A correnteza foi me levando pelas águas. Sem parar, eu mal podia respirar, e quando conseguia, o ar vinha com água e eu acabava engasgando. Eu tentava desviar de todos os obstáculos do caminho: rochas, pedaços de terra...qualquer coisa que viesse, mas era difícil.

Assim que vi que no fundo o rio daria em uma cachoeira, já que não dava para saber o tamanho, eu tentei agarrar em uma rocha, mas a minha mão escorregou. Distraída, enquanto a correnteza ainda me levava, eu acabei batendo com a cabeça em uma pedra e, assim, desmaiei.


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