The Inter - Worlds (Parte 1): As Aventuras - Ano 2 escrita por Ana Katz


Capítulo 17
Capítulo 14 - Atlas


Notas iniciais do capítulo

NA: Olá, desculpa por ter atrasado um dia o/
É que, gente, sério, comentem, nem que seja um pouquinho. Eu estou dando o meu máximo para postar capítulos bons, mas assim fica difícil. Só sei que ontem a fic teve 28 acessos, um bando de criaturas querendo capítulo novo :3
Aqui gente, espero que gostem, ficou meio pobre comparado aos últimos, but anyway.

Caught in the fire...We're about to explode...

Música: Atlas (foi por causa da música que eu dei esse nome para o cap.)
Link: http://www.youtube.com/watch?v=Lh3TokLzzmw



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Não tinha o que falar sobre o que aconteceu. Em um breve resumo: eu matei Hartel e Déniel estava morto. Eu podia ouvir uma voz anunciando que eu era a vencedora. Eu tinha ganhado, mas nada daquilo importava.

Assim que eu ouvi o canhão anunciando a morte de Déniel, eu simplesmente caí no chão, do lado do lençol que cobria o seu corpo.

De repente, eu comecei a sentir a vida deixando o meu corpo. Eu estava, involuntariamente, desistindo de viver. Eu sentia dores da cabeça aos pés. Será que isso que era morrer?

Então, naqueles breves segundos que ainda mantinha a consciência, eu olhava para o céu e via uma luz. Uma luz que parecia cada vez aumentar mais, o tipo de luz que as pessoas dizem que veem quando estão morrendo. Eu sentia que meu corpo iria explodir. Sentia minha alma abandonando o ambiente.

Eu podia ver o sol, a luz queimante que sentia me tocar, mesmo que não tocasse. Lembrava de todos os tiros que dei, todas as vezes que armei o arco, puxei a corda. Todas as coisas que tinha passado naquele lugar, eu realmente sentia que estava prestes a explodir. Eu iria carregar Déniel comigo, dentro de meu coração, e ele nunca sairia de lá. Eu sentia a morte me tocando, me levando. Eu iria morrer lá? Depois de tudo? Era demais para mim?

Em questão de segundos, enquanto via algo se aproximando no meio da luz, minha visão foi se apagando.

***

Quando abri os olhos eu não estava na arena. Estava no quarto onde tinha ficado antes dos Jogos. Eu estava com alguns curativos e sentia a minha cabeça doer um pouco. De repente, o Kryn disfarçado entrou no quarto, dizendo:

–Tudo bem?

–O que você acha? - não recebi resposta.

Ele se sentou em uma cadeira, um olhar julgador.

–O que você fez com Déniel?

–Eu não fiz nada, ele está morto e pronto. - eu não o olhava nos olhos.

–Eu não teria tanta certeza...

–Ele morreu ok, Kryn? Aceite isso, é tudo o que tem para saber.

–Ok. - disse, se levantando. - Terá que se arrumar em breve, tem uma entrevista.

***

Eu andava, trêmula, falsificando um sorriso, enquanto ia na direção da cadeira perto de Caesar Flickerman.

Eu usava um vestido vermelho sangue. Um vestido que era longo e com alguns brilhos, cheio de camadas, e que em minha mente representava todo o sangue que eu tive que derramar durante os Jogos. Meu cabelo estava em um estilo meio preso meio solto, com pontas onduladas. Eu usava uma maquiagem que combinavam com o vestido, incluindo um batom escuro que fazia contraste com a minha pele clara.

Foi uma longa entrevista, e eu tentei dar respostas não muito verdadeiras sobre algumas coisas...tipo como eu tinha conseguido sair com a perna machucada da caverna. O que me lembro melhor foi do final, onde Caesar perguntou:

–E aquilo no final, o que você sussurrou para o seu companheiro?

–Eu...- hesitei um pouco em responder. Aquele homem não tem nenhum senso de educação na hora de vir perguntar as coisas?

– Não há problema, pode nos dizer.

–Eu agradeci por tudo que ele tinha feito por mim. Disse para ele que sempre ia lembrar dele. - eu não encarava a plateia, e segurava uma lágrima. - E que esperava que, mesmo na morte, pudéssemos nos encontrar novamente. - ele refletiu sobre aquilo por alguns segundos e se virou para a plateia.

–Senhoras e senhores, a grande Dama dos Raios! Vencedora deste ano dos 72º Jogos Vorazes! - ele exclamou, e a plateia vibrou com ele, enquanto eu continuava séria por dentro, mesmo que por fora mostrasse um leve sorriso.

***

Não muito tempo depois eu estava sentada em uma cadeira, na frente de uma grande multidão me vendo. Presidente Snow estava na minha frente e, assim que ele se aproximou com uma tiara dourada, eu me levantei.

Ele colocou a tiara na minha cabeça e me olhou toda, me julgando com o olhar. Ele viu que eu tinha, preso na cintura, o broche de Fênix. Ele só olhou para ele, sem dizer nada. E depois, comentou:

–Parabéns.

Eu não respondi, fiquei calada. Fiquei calada porque não achava que merecia elogios e festas. Por matar pessoas? Não, eu não aceitaria.

–Seu distrito deve estar muito orgulhoso de você.

***

A viagem de volta ao distrito 5 foi longa e um tanto cansativa. Eu não falei nada, só fiquei no meu canto a viagem inteira, observando a paisagem, tentando não pensar em nada.

Uma vez que chegamos no distrito (quando digo chegamos quero dizer eu, os mentores, Harley e Kryn) eu fui aplaudida por muitos, mas mesmo assim ainda podia ver rostos tristes: os conhecidos de Déniel. Eu lhes devolvi o olhar mostrando que também sentia o mesmo pela perda dele.

Eu não podia apagar o que tinha acontecido, mesmo que tentasse, aquilo estava preso dentro de minha mente, gravado nela. Todas as mortes, só uma vida. Não esqueceria.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?



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