The Inter - Worlds (Parte 1): As Aventuras - Ano 2 escrita por Ana Katz


Capítulo 16
Enquanto isso - Until Our Next Meeting


Notas iniciais do capítulo

N/A: Eba, nosso primeiro Enquanto isso do Ano 2! Desculpa pelo atraso, mas semana que vem eu entro de férias e na certa não vou atrasar mais. Mas quero dizer que estou mudando o horário para as 13h05 que é mais fácil para mim.
Prevejo capítulo lacrador aqui, cuidado! Muitas feels também, eu quase chorei escrevendo isso aqui (mas saibam que eu sou meio coração de manteiga). Quero que vocês voltem a comentar!!!
Beijinhos,
P.S.: Alguém aqui vê Fairy Tail???

Ana tem que enfrentar um último obstáculo...
Música(s):
1 - Rue's Farewell
2 - Tenuous Winners - Returning Home
Link(s):
1 - http://www.youtube.com/watch?v=7ccTnDeJB2Y
2 - http://www.youtube.com/watch?v=wbFkEVSm2JI&index=18



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Ana olhou para os céus. De repente, uma tempestade começou a cair na arena.

–O que está acontecendo? - perguntou Seneca, na sala dos programadores.

–Eu não sei, ninguém mandou essa tempestade acontecer, mas ela está acontecendo.

Enquanto isso, na arena...

Ana se levantou e disse para Hartel:

–Você não vai me levar. Eu não vou morrer por causa de você. Eu lutei com muitas coisas, ganhei pessoas muito piores que você. Eu não vou deixar isso acontecer.

Ele riu, achando que Ana estava de brincadeira. Enquanto isso ela sentia o poder da tempestade infestando o seu corpo.

–Tipo a Tesha? Qual é, eu sou o melhor lutador dessa arena.

–Ah, mas não é mesmo! Seu Grande. Filho. Da. Mãe. – ela disse, pausadamente, e com grande ódio em sua voz.

–Você realmente acha que eu tenho medo de você? Você é só uma garotinha inútil se fazendo de heroína. Quer se fazer de durona? Não está funcionando. Nunca funcionou, e não funcionará agora. Não passa de uma...excluída.

Aquelas palavras cortaram Ana de uma forma que ninguém que via a cena poderia entender. Em sua mente se formou uma cena que lhe havia acontecido tantos anos atrás.

Ela estava na escola, na sala de aula, e ela podia ouvir as vozes gritando o nome dela, gastando sua vontade de viver, podia ouvir os risos, as caçoadas. Sentia que a qualquer momento iria desabar para a eternidade. Ela só pode se recolher em sua carteira, tentando esconder as lágrimas, tentando esconder seus sentimentos.

Ela se sentia sozinha. Se sentia desolada. Não tinha ninguém para realmente lhe dar apoio. Seus amigos não poderiam a apoiar, nem sua família, nem ninguém.

Ela era só a gorda, a feia, a anormal, a maluca...a excluída.

Ela não conseguia conter as lágrimas que já molhavam sua face. Lembrar de tudo aquilo, estava acabando ela.

Mas, antes que ela pudesse perder totalmente a esperança, ela lembrou do dia seguinte a aquele dia maldito. O dia que conheceu Jack, seu melhor amigo. E depois ainda lembrou de sua viagem para os EUA, onde conheceu Alex, e depois foi lembrando de todos os bons momentos, até lembrar da noite de seu aniversário de 18 anos, onde tanta coisa tinha acontecido. E depois o Doutor, Merlin, Valfenda e todos aqueles momentos que tinha passado, todos aqueles que tinha conhecido e tudo de bom que ela tinha e que valia lutar por. E toda a sua necessidade de entender, de compreender. E uma força incontrolável crescia dentro dela naquele momento, uma chama inabalável, uma tempestade destruidora. E por último, naquela onda de memórias, ela lembrou de Déniel.

–Não mais. – ela murmurou, lágrimas caíam sobre o seu rosto.

–O que disse?

–NÃO MAIS! – ela gritou, abalando os céus.

Ela olhou para ele, um olhar cortante, assassino. Ela começou a correr na direção de Hartel, e a única força que a fez fazer isso, sem temer o destino, foi lembrar da cena de Déniel caindo machucado no chão, dele a salvando, dela o salvando, do quase beijo que eles tiveram. Lembrando de todos os breves momentos que tiveram, de tudo o que dois estranhos tinham passados juntos naquele lugar.

Ela enfiou as duas mãos no pescoço do carreirista, queimando sua pele com o seu poder. Ele parecia chocado com o que ela estava fazendo. Inconscientemente ela cortava ele com suas unhas, levada somente pelo sentimento de perder Déniel, pelo sentimento de ter sobrevivido até lá, pela necessidade de suas respostas.

Tinha algo que ninguém pode ver das televisões, só Hartel. Ver que os olhos de Ana brilhavam dourado, enquanto ela o matava. Estava, sem perceber, usando os seus poderes para destruir o seu inimigo.

Ela gritava e chorava, sentia a dor e o sofrimento atravessar a sua alma.

–Você não sabe nada de mim! Nunca soube e nunca saberá!

Ela levantou, deixando ele no chão, quase morto. Pegou o seu arco e uma flecha. Mirando nele, ela disse:

–Nunca devia ter duvidado de mim.

Em poucos milésimos de segundos, havia uma flecha bem entre os olhos de Hartel e este, é claro, estava morto. O canhão soou. Ana jogou o arco no chão. Estava acabado.

Da capital, os mentores de Ana, e Harley, só viam, impressionados.

Kryn, diferente dos outros, não estava impressionado, se sentia aliviado de que ela realmente era quem ele esperava que fosse, havia pouquíssimas chances de não ser...

Na arena, Ana foi correndo na direção de Déniel que, sabe – se lá como, ainda estava vivo. Respirava com dificuldade, mas ainda vivia. Ele estava jogado no chão, deitado, quase imóvel.

–Calma, tudo vai ficar bem. - disse Ana, procurando reparar o ferimento.

–Pare de ser criança, Ana. - ele segurou a mão da moça.

–O que é? Eu ainda posso te salvar. - disse, tirando a mão dele.

–E o que depois? Vamos ter que nos matar? Porque eu não quero ter que te matar. - ela o encarou, ainda segurando as lágrimas. - Pare de ser idiota e aproveite a chance que tem. Você vai ganhar.

–Eu sei o que vai acontecer! - ela gritou. - Mas eu não vou conseguir viver sabendo que deixei você morrer.

–Por favor. Como você espera me salvar? Não há como.

–Sempre há um jeito, e eu vou arranjar esse jeito.

–Eles é que não vão nos ajudar.

–Não, não... - seus olhos lacrimejavam. - Eu não posso deixar você morrer assim!

–Isso não está para você decidir.

–Não tenha tanta certeza! Eu não posso. Não pode acontecer o mesmo que aconteceu com Runner. Eu não vou deixar!

Ele levantou a mão, com dificuldade, e acariciou o rosto dela, com carinho, fazendo com que os dois pares de olhos se encontrassem.

–Nem que eu tenha que fazer um milagre. - disse, segurando a mão dele.

–Milagres não acontecem tão fácil, ainda mais tão próximos uns dos outros.

–O que quer dizer? Por acaso é um milagre estar nos Jogos?

–Não, Ana. Você foi o meu milagre. Desde que eu te conheci, eu senti algo em você. Uma luz que não podia ser apagada por ninguém, nem pela maior escuridão. Não deixe que eles apaguem essa luz, essa chama que cresce dentro de você. Você é melhor do que qualquer um. Qualquer pessoa que eu já conheci.

Aí que ela não aguentou, começou a chorar rios, de novo. Ele deu um sorriso e segurou a mão de Ana, consolando – a:

–Não fique triste por mim. Eu vou continuar com você, aí dentro. - ele tocou no local onde fica o coração.

Ela se deitou, colocando a cabeça no peito dele, segurando sua mão. Ele respondeu abraçando – a.

–Eu só tenho uma última pergunta.

–Qual é? – ela levantou a cabeça, olhando para os olhos dele, que também se seguravam para não desabar.

–Você realmente me amou?

Ela se aproximou dele, seus narizes se tocaram, mas eles não se beijaram.

–O que você acha? - Ele sorriu, ela se afastou novamente. - Eu realmente queria que isso pudesse ser diferente.

–Muitos queriam. – ele a puxou de volta, seus lábios quase se tocavam, e eles falavam baixo. - Mas a não ser que mágica exista ou você tenha alguma tecnologia do futuro, eu vou ter que morrer.

De repente, os olhos de Ana brilharam. Ele ia beijar ela, mas ela recuou. Ela não iria fazer algum feitiço, se é isso que estão pensando. Ela começou a se emocionar, e se perguntava como não tinha pensado naquilo antes.

Ela, discretamente, enfiou a mão no bolso e depois segurou uma das mãos de Déniel. Ela se jogou contra o corpo dele e sussurrou algo.

O que ela sussurrou, realmente ninguém sabe. Ela nem teve coragem de escrever em seu diário. Só ela e o próprio Déniel sabiam o que foi, e foi assim por um bom tempo, e, o dia em que esse segredo foi revelado...esse dia foi bem distante daquele momento.

Assim que ela saía de perto do ouvido dele ela acenava a cabeça positivamente, e ele respondia fazendo o mesmo.

–Você tem que confiar em mim.

–Eu vou.

Ela foi até a mochila que estava jogada perto de uma árvore e pegou o lençol, com o qual cobriu o corpo de Déniel e, depois disso, pegou uma faca e colocou em cima de uma das pontas do lençol, prendendo – o. Ela esperou um pouco, e, de repente, ouviu o barulho do canhão. Estava acabado. Era o final.

Eu digo isso a vocês porque a Ana me contou isso (sim, eu que vos falo conheci ela), mas ninguém pode entender ou até ouvir ela falando isso, uma vez que ouviam o barulho do canhão quebrar o silêncio:

–Até o nosso próximo encontro. – falou, olhando para os céus.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
COMENTÁRIOOOOSSSSSS



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