The Inter - Worlds (Parte 1): As Aventuras - Ano 2 escrita por Ana Katz


Capítulo 10
Capítulo 8 - Cada Um Por Si


Notas iniciais do capítulo

Só sobrevivem aqueles que tentam...

Música: DE-Tune - Mephisto
Link: http://www.youtube.com/watch?v=jCFdx4PaSVc



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/549893/chapter/10

Caindo. Por que eu caía todo o santo minuto?

Para a minha sorte, o penhasco não era tão alto e no final tinha mais uma parte do pântano: água.

Eu caí na água, me sentindo envolvida por ela, não só por ela como por algas e outras coisas que cobriam sua superfície.

Rapidamente saí para a terra. Por que será que isso acontecia toda a hora? Eles não podem me deixar em paz não?

Assim que me levantei fui andando, até achar um grande pedaço de rocha, e sentei perto dele, que fazia sombra em cima de mim. Peguei o bloquinho e saí riscando mais nomes. Agora, os únicos sobreviventes eram:

Tributo 1 M – Glasher

Tributo 1 H – Hartel

Tributo 2 M - Glen

Tributo 2 H - Tarno

Tributo 5 M – Ana

Tributo 5 H – Déniel

Agora eram só 6 sobreviventes. Os carreiristas e a gente, do distrito 5.

Ok, eu estava indo bem. Ter sobrevivido até aquele ponto já era um ótimo avanço. Eu conseguiria, eu tinha que conseguir. Não era só uma questão de querer viver, é que eu tinha que estar viva para descobrir do que se tratava tudo aquilo. Por que eu estava vivendo as histórias do livro? Tinha algo muito fora do normal acontecendo. Em primeiro lugar, por que eu tinha ganhado o livro?

Eu tinha que descansar um pouco e andar até que amanhecesse completamente não era seguro. Mas não queria dormir, não conseguia dormir.

Assim que amanheceu, o que pareceu acontecer mais rápido do que devia, me levantei e continuei a andar.

No meu caminho estava mais um desafio: as longas águas do pântano.

Não eram que nem as de antes, elas eram realmente longas, e não havia como dar a volta sem ficar séculos para fazer isso.

Aos poucos, e ainda hesitando um pouco, eu entrei na água gelada. Fui nadando lentamente, observando os arredores, e procurando ver se alguém se aproximava. Infelizmente, a névoa atrapalhava a visão, mas, felizmente, ela poderia ajudar para que ninguém me visse.

Fui nadando até ver uma árvore oca que estava no meio da água. Ela tinha só um pouco de terra em volta. Pelo tamanho da abertura que ela tinha, talvez coubesse alguém dentro. Curiosa, me aproximei do pequeno relevo de terra.

Quando olhei para dentro do buraco, vi nada além de escuridão e, como acontece em Alice no país das maravilhas, quando me debrucei para ver melhor, acabei caindo.

Por cair eu não quero dizer que foi uma queda de metros. Foi bem rápida. Se me levantasse eu poderia facilmente alcançar o local de onde caí. Era uma pequena salinha. Interessante. Eu talvez devesse ficar lá por um tempo, até que a maioria dos tributos estivesse morta. Isso se nenhum programador idiota fizesse algo para me tirar de lá.

E assim foi. Eu fiquei lá por um tempinho. Quanto tempo, uns 2 dias? Nesse tempo eu só saía para colher umas frutas que tinham lá perto – que não eram ameixas, caso queiram saber -, e para abastecer minha garrafa de água.

Porém, em uma dessas idas e voltas, quando estava na água, eu ouvi um barulho. Discretamente tentando usar meus poderes, eu vi além da névoa. Pude notar que os carreiristas se aproximavam. Por isso, fui rapidamente para o meu esconderijo.

Fiquei lá, encolhida, mas parecia que queriam que eu saísse de lá. De repente, as paredes da árvore começaram a se encher de trepadeiras. Elas se aproximaram da saída, e, por isso, peguei a minha faca e tentei cortá – las, mas era impossível.

–Eles querem me prender aqui. - observei, assustada. - Ou me entregar para os carreiristas.

Eu, rapidamente, saí do buraco da árvore oca, me jogando na água. Por sorte eu tinha preparado uns bambus em forma de canudo para respirar o ar de fora, caso precisasse me esconder. E foi isso que fiz. Fui nadando com o canudinho, até que me aproximei da borda. Subi a borda correndo. Estava em plena manhã e o sol brilhava fora da névoa. Procurei me esconder atrás de rochas, e armei uma flecha no meu arco. Rapidamente, mirei em um dos carreiristas, a do distrito 2, Glen. Eu tinha que arriscar, menos um deles seria algo que melhoraria muito a minha condição.

Atirei. A flecha quase acertou bem o pescoço, mas eles desviaram. Tentaram atirar facas em mim, mas essa foi a minha vez de desviar. Já tinha ficado lá tempo demais, era hora de partir.

Comecei a correr, para variar. No caminho, acidentalmente, esbarrei em alguém. Se eu parasse para pensar seria óbvio saber quem era, mas no momento eu simplesmente fiquei assustada, achando que estava doida de ver um carreirista lá.

Mas eu não estava doida, e não era um carreirista.

Eu fitei o estranho nos olhos. Era ninguém além de Déniel.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Inter - Worlds (Parte 1): As Aventuras - Ano 2" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.