If I Were A Boy escrita por Carol Munaro, Warri0rGirl


Capítulo 24
Let it go


Notas iniciais do capítulo

OOI!! Boa leitura!



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Acordei no domingo com uma puta dor de cabeça. Isso porque eu nem tinha ficado completamente bêbada. Depois da boate, eu, Annie e Lisa compramos bebidas numa loja de conveniência. Nós três temos dinheiro pra comprar qualquer uma delas, mas preferimos pegar a mais barata porque não queríamos gastar muito. Olha o resultado disso hoje.

– Que é? - Atendi o celular só pra Say My Name parar de tocar.

– Bom dia, flor do dia. Sou eu. O amor da sua vida. - Ouvi a voz do Logan. Aí me lembrei que a noite passada ele foi na Queens sem me avisar. - Abre a porta pra mim?

– Sério que você tá aqui?

– Sério. Você tá em casa, certo?

– Óbvio que eu to em casa. Eu falo a verdade sobre os lugares que eu estarei pra você.

– Meg, juro por Deus que eu não sabia. Achei que ia ser uma coisa mais... Calma, acho. - Me arrastei pela casa e abri a porta pra ele, desligando o telefone. Ele me deu um selinho. - Sua cara tá péssima.

– Não abusa, Logan.

– Desculpa! Você tá uma rainha! Agora eu to perdoado? - Olhei pra ele. - Mano, o que vocês fizeram ontem? Parece que um caminhão passou por cima de você.

– Bebida barata. Ideia da Annie, não minha. Só deixa eu me arrumar.

– Não precisa. Eu já te vi. To traumatizado.

– Vá se foder!

– Obrigado. Vou providenciar isso. - Tomei um banho rápido, me troquei e fui pra sala. Minha mãe não tava em casa, então éramos só os dois. Na verdade, minha mãe nunca parava em casa. - Como eu sou um ótimo namorado, olha o que eu trouxe pra você. - Ele ergueu uma barra do meu chocolate preferido.

– Eu vou ficar obesa!

– Vai nada. Seu metabolismo é rápido, que eu to sabendo. E me dá um pedaço.

– Você trouxe pra mim. Não pra dividir comigo. - Ele fez uma careta.

– Tem que aprender a dividir o pão.

– Exatamente. O pão. Não o chocolate. - Logan revirou os olhos. A campainha tocou e eu me levantei, indo até a porta, mas ouvi ele resmungar "depois reclama que tá gorda". Abri a porta e vi duas pessoas muito propensas a me deixar sem o chocolate. Fora a pessoa que só aparecia no Natal.

– Meg! - Mary me abraçou e Mathew pegou no meu braço, me abaixando, pra dar um beijo na minha bochecha.

– Eles gostaram de você. - Simon falou. - E oi, Megan.

– Oi, Simon.

– Pai. - Ele me corrigiu. De novo. Abri passagem pra ele.

– Quem é você? - Ouvi a voz do Mathew da sala. Os gêmeos já tinham ido pra lá. Fui também, com o Simon na minha cola.

– Eu sou Logan. E você?

– Mathew. Você é o que da minha irmã? - Ele tava sério, o que me fez rir baixinho. Logan franziu a testa.

– Ahn... Namorado.

– Amigo. - Mathew corrigiu e eu soltei uma gargalhada.

– Certo. Amigo, então. - Me sentei do lado do Logan. E o silencio se instalou na sala. Olhei ao redor e me senti desconfortável. Quando percebi, eu estava batendo o pé no chão. Me levantei e coloquei algum filme de animação, que eu tinha em casa, no DVD. Fui pra cozinha e coloquei a pipoca no microondas. Fiquei encostada no balcão enquanto esperava ficar pronta.

– Confesso que fiquei surpreso quando a Leah me contou que você ligou pra marcar de sair com seus irmãos. - Meu pai falou entrando na cozinha. - Eles pediram pra te ver hoje. Você podia jantar lá em casa.

– Olha só, eu realmente quero ter uma boa relação com eles dois. Mas...

– Eu não to incluído. Já entendi. - Mordi a parte de dentro da bochecha.

– Tem que ter uma conversa primeiro, não acha?

– Pensei que não. Você só apareceu de repente pra eles dois.

– Sim, mas eles dois são crianças. Você não. Nada aconteceu entre eu e os gêmeos. Ao contrário de eu e você.

– Na verdade, entre eu e sua mãe. - Contive a vontade de revirar os olhos, mas olhei séria pra ele. - Acho que aquilo te afetou um pouco. - Não falei nada. - Eu tinha mais ou menos a sua idade quando a sua mãe falou que tava grávida. Eu fiquei assustado. Eu tinha planejado ter um filho só com 30 anos, na verdade. Aí você nasceu e eu mandei o foda-se pra esse planejamento. Só que junto com você, veio o casamento, mais responsabilidades... Você era muito pequena pra lembrar. A situação tava realmente difícil pra nós três. Aí veio uma oportunidade de emprego muito boa. Era longe e sua mãe não queria mudar. Eu não queria perder. Então, fui. - Quieta estava e quieta fiquei. Meu pai olhou pra mim de canto de olho. Deus... Eu sou a psicóloga mais desequilibrada da história da humanidade!

– Quando você voltou?

– Um pouco antes dos seus irmãos nascerem.

– Quando você começou a me ver no Natal.

– Ou tentar. - Ele falou baixo e eu soltei uma risada baixa. - Eu quero muito me resolver com você, Megan. Eu te amo. Assim como amo seus irmãos. Eu sei que eu errei sendo um pai ausente. Eu to tentando consertar isso. Principalmente porque não quero mais dois filhos longe de mim.

– Eles gostam bastante de você. Isso é bom.

– Isso é uma trégua? - Sorri.

– To com tendência a aceitar.

– Quero ver você me chamando de pai.

– Não força. Vamos com calma. - Falei rindo. Coloquei a pipoca em um tigela e voltei pra sala. Quase levei um susto. Logan tinha sumido no sofá, sendo tapado por duas pestinhas.

– Tempo! Eu preciso de tempo! - Ele berrava enquanto os gêmeos riam. - Eu vou morrer! To vendo a luz! - Coloquei a tigela em cima da mesinha e fiquei parada olhando pros três.

– O que vocês tão tentando fazer?

– Tio Logan tem cócegas. - Mary falou empolgada. Ele gargalhava enquanto os gêmeos quase matavam meu namorado. Vi meu pai trazendo cinco copos e fui pegar um refrigerante. Quando voltei, eles já tinham parado, o filme já rodava e estavam acabando com a pipoca. Servi todo mundo e me sentei do lado do Logan, com Mathew no meu colo e Mary esparramada no sofá, em cima do Mathew (consequentemente em cima de mim também) e do Logan.

Ninguém falava nada durante o filme. Eu via curiosidade nos olhos do Logan, querendo saber o que aconteceu na cozinha. Assenti pra dizer que estava tudo bem. Continuamos quietos até a parte que a Elsa começa a cantar Let It Go. Eu e a Mary nos sentimos as Rainhas do Gelo enquanto cantávamos. Mathew tapou os ouvidos. Meu pai ria. E o Logan olhava pra nós como se fossemos duas estranhas. Quando a música terminou, Mary gargalhava. Comecei a rir junto. Até que aquela tarde estava sendo mais divertida do que eu imaginava.

(...)

– Ele me pediu desculpas sobre tudo. - Falei depois que o meu pai e os gêmeos foram embora. Mal tinha fechado a porta e o Logan já me perguntou o que tinha acontecido. - Acho que vamos começar a conviver. - Falei fazendo uma careta.

– Isso é bom. Quer mesmo tentar? - Fiz que sim com a cabeça.

– Pode ser divertido.

– Seus irmãos são uma graça. - Sorri. - Podíamos marcar um dia de sair com eles e com os meus. Apesar de ter sido por muito pouco tempo, eles pareceram se dar bem no Natal.

– Pareceram mesmo. Mas agora eu queria aproveitar o restinho do fim de semana. - Dei um selinho nele.

– Eu vou dormir aqui.

– Imaginei. - Fiz carinho no cabelo dele. Logan cutucou minha barriga. - O que?

– Faz docinho pra mim? - Ele perguntou com uma carinha de cachorro abandonado que, por um segundo, eu até pensei em aceitar.

– Você odeia minha comida.

– Mas gosto dos seus doces. - Ele me deu um selinho. - E tem um gosto especial quando é feito por você. - Ele me deu outro selinho.

– Eu faço com uma condição.

– Qual?

– Não fala mais uma coisa brega dessas. - Falei fazendo uma careta e ele riu.


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Notas finais do capítulo

Gente, a fic realmente tá acabando. Choremos ): Uma coisa que eu queria perguntar... Assim, vou começar a faculdade e claro que n vai ser que nem a escola, que eu podia enrolar. Vcs vão me matar se eu demorar muito pra postar (mesmo esquema do ano passado)? Pq eu comecei a escrever uma história e gostei. Queria postar depois de If I Were A Boy. Ainda n trabalho, então é suave AINDA. Enfim, espero que tenham gostado. Beijos!!



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