Domadores de Dragões escrita por AKAdragon
Notas iniciais do capítulo
Em uma cidade no meio da floresta...
Gabri subiu no telhado da casa da vítima e olhou novamente para a foto. Sim, estava tudo certo. Ela se sentou atrás da chaminé, se escondendo na sombra e guardou as adagas. Algum tempo se passou enquanto o sol nascia. Matar pessoas de madrugada era a melhor coisa – para ela – quase ninguém nas ruas, a pessoa está sonolenta e ainda não tomou o desjejum. Gabri acendeu um cigarro e fechou os olhos enquanto fumava. Os primeiros raios de sol apareceram no horizonte. Gabri abriu os olhos novamente e apagou o cigarro. Ela colocou o capuz e foi até a janela. Ela quebrou o vidro e foi até a cama da vítima.
– Estamos sempre de olho em você!
Ela enterrou a adaga no coração da vítima e foi até um outro quarto, onde se trocou e saiu da casa. As pessoas estavam começando a sair de casa e ir trabalhar. Gabri olhou para a janela quebrada, chegou perto de uma pessoa e sussurrou:
– Olhe para cima, pequena criança.
A pessoa olhou para traz, mas Gabri já havia sumido. Após um momento de dúvida a pessoa olhou para cima e deu um berro. Todos olharam para o prédio e começaram a comentar. O que viam? Apenas uma ilusão. O que eles estavam vendo eram palavras escritas com sangue. Palavras escritas por Gabri Lian.
– Três horas de viagem a cavalo? – O inspetor perguntou para Gabri. – Não me parece que você percorreu tanto caminho assim.
– Sim senhor. Eu estive viajando por 3 horas. Parei algumas vezes, não estou acostumada a viajar tanto tempo. Minha primeira viagem por essas bandas, na verdade.
– E o que estaria fazendo neste lado do reino?
– Vou visitar minha irmã. Ela se mudou faz um tempo.
– Sua irmã? E que nome ela teria?
– Ella. Minha irmã se chama Ella Lian. Já ouviu falar?
– Não, nunca. Pode passar senhorita.
– Obrigado.
Gabri passou por ele. Quando ela já estava alguns metros longe dele, ela se virou e atirou em sua cabeça.
– Ninguém nunca irá saber nossa identidade.
Gabri acelerou o cavalo e saiu correndo pela estrada. O sol se punha e a assassina da luz corria para sua casa. Foi quando uma lança acertou seu cavalo matando-o. Gabri caiu no chão e olhou em volta. Na fronteira da floresta estavam os cavaleiros negros. Gabri olhou para o céu e viu a lua sangrenta. Ela falou um palavrão na língua dos assassinos e saiu correndo, com os cavaleiros bem atrás dela. Ela estava quase chegando no portão da cidade quando uma lança negra acertou seu tornozelo, fazendo-a cair no mesmo segundo. Gabri se virou e olhou para o pequeno exército de cavaleiros negros. Eles estavam quase ao pé de Gabri quando uma flecha preta e cinza atravessou a cabeça de um deles. Gabri olhou para traz e viu sua irmã, que pegava outra flecha. Após todos os cavaleiros estarem mortos, Ella pegou Gabri no colo e levou-a para a cidade.
– Que emboscada! Você quase morreu!
– Eu sei. Agora será que você poderia arrancar essa lança da minha perna? Está doendo muito!
– Se eu arrancar vai começaram a sangrar. Vou pegar alguns medicamentos.
– Você não tem nenhum remédio? Como uma assassina não tem nenhum remédio guardado?
– Eu mato pessoas. Eu não sou morta. – Ella foi até a porta e parou. – Falando nisso... Graças a você eu não vou poder completar o meu trabalho esta noite.
– Desculpe. Eu te pago uma bebida depois.
– Idiota.
Ella saiu da casa e Gabri começou a rir. Ela olhou para a casa de Ella e deu um suspiro. Prometera matar muitas pessoas durante a madrugada. O que faria? Sem falar da lista de sua irmã... Ambas estariam atrasadas com as “entregas”. Gabri fitou a lança que perfurava seu tornozelo. A ferida estava começando a ficar preta por causa da lua sangrenta. Como esquecera de tal evento? Faltava apenas duas semanas para o aniversário das gêmeas assassinas. Não que aquilo importasse Gabri, o problema era a sua irmã, Ella, que adorava ir para a cidade do sul visitar a família durante a semana do aniversário.
– Voltei! – Ella entrou dentro da casa e começou a preparar os remédios. – Espero que você melhore logo. Como vamos viajar se você estiver machucada? Isso não é bom.
– Viajar? – Gabri fingiu estar confusa. – Viajar para onde?
– Vamos para o reino flutuante!
– Reino flutuante? – Gabri imaginou o famoso reino que flutuava pelo céu sem rumo. Aquilo era como um sonho.
– Está surpresa?
– Claro! – Gabri colocou a cabeça na parede e fechou os olhos. – O que vamos fazer lá? Como vamos encontrá-lo?
– Eu passei cinco anos estudando as rotas do reino e descobri que daqui duas semanas o reino vai passar na montanha de gelo do norte! Também recebi uma carta de Akay. Ela está lá no reino e disse que poderá nos ajudar a subir no reino, com a ajuda de Lilu Kilen.
– Akay? Lilu Kilen? Por que você mantém contato com elas?
– Eu mantive contato com elas durante esses cinco anos para poder estudar as rotas do reino flutuante. Akay estava procurando por ele também.
– Isso... Isso é demais! Nunca montei em um dragão antes!
Ella deu um sorriso. Gabri abriu os olhos e percebeu o que Ella estava fazendo. Ella colocou um pano preto – Ella nunca usava nenhuma cor a não ser preto e cinza – e puxou a lança. Gabri segurou o grito de dor. O sangue começou a escorrer e no mesmo segundo Ella colocou algumas ervas no machucado e o enfaixou bem apertado.
– Isso vai demorar bastante tempo para cicatrizar.
– Não vai não. Eu conheço alguns elfos que moram na cidade. Uma amiga minha vai vir aqui amanhã te curar. Pelo menos um pouco.
– Medicina elfa? Nunca vi...
“Que dia cheio de surpresas... Minha irmã parece diferente...” Gabri pensou. Ela olhou para o pescoço da irmã e viu uma parte de uma pequena tatuagem em forma de dragão. Gabri piscou e olhou novamente para o pescoço da irmã, mas ela havia levantado o colarinho da jaqueta. O que seria aquilo?
Ella olhou para a irmã novamente. Estava dormindo. Ela suspirou e foi até um espelho que estava na parede. Abaixou o colarinho da jaqueta, mostrando por inteiro a tatuagem. Não era um dragão, era o símbolo da magia negra, uma magia que ninguém gostava neste mundo. Apenas os cidadãos da noite. Ella olhou pela janela e viu um homem em cima de um telhado. Ele vestia uma capa cinza, nas costas estava o mesmo símbolo que Ella tinha no pescoço. O homem olhou para Ella através da janela e fez um sinal para ela o acompanhar. Ella colocou a capa cinza e saiu porta a fora.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Um pouco da história:
Gabri é uma assassina assim como sua irmã gêmea, Ella. As duas trabalham juntas, porém cada uma fica em um lugar diferente para não levantarem suspeitas.