Juntas novamente escrita por BeatriceL


Capítulo 13
Reconciliação


Notas iniciais do capítulo

Finalmente Jelsa *------*



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Pov’s Jack

Elsa finalmente chega ao meu encontro – não que saiba disso – ela preferiu vir andando no ar frio em vez de pegar um carrinho, o que melhora tudo, já que vamos estar a dez minutos de distância de qualquer outra pessoa. Minha amada olha o reflexo da lua na água cristalina – ela não me viu? Será que Breu tinha razão e ela não vai nem olhar para mim?

Senta num balanço enquanto murmura algo e liga para alguém.

– Oi sou eu de novo, não estou achando engraçado – ela diz irritada – avisei que estava vindo para que vocês estivessem decentes quando chegasse, não para fugirem! Se brincar com ela eu acabo com a sua vida, você vai se arrepender por ter nascido, viver milênios com seus irmãos vai ser um paraíso comparável ao inferno que vou transformar sua existência, caramba eu mandei mais de vinte mensagens! É meu oitavo recado, olha nós só precisamos conversar ok? Você estragou tudo, era para ser meu melhor amigo não mais um problema que não como sei lidar! Eu preciso do meu amigo mais que nunca e sabe disso por isso eu verdadeiramente te odeio agora! Vamos tomar chá ou um café amanhã? Esqueça não quero mais te ver, me liga quando ouvir isso e estiver sozinho.

– Elsa que surpresa ver você aqui! – digo o mais animadamente possível, ela se vira assustada ao me ouvir.

– Jack, e.. eu, eu preciso ir achei que iria encontrar Anna aqui preciso muito falar com ela.

– Até que enfim Anninha espera isso a um tempão, você não tinha jurado que nunca mais ia vir aqui?

– Você se lembra? – ela diz envergonhada – eu devia ter uns onze anos e você uns quinze não?

– Tinha dez anos e meio pelo que me lembro, então eu devia ter catorze, não me envelheça por favor, só tio North gosta de se parecer com um velhinho! – Ela gargalha como eu senti falta daquela risada – Sua primeira vez aqui desde o acidente? - tento paquera-la.

– Na verdade não, Punzie e Hansy decretaram aquela árvore como o melhor locar para piqueniques, e que só quem faz no mínimo um piquenique no dia merece repetir a sobremesa do jantar, então já vim aqui umas dezenas de vezes.

– Elsa num piquenique? Sem talheres? Sentada no chão?

– Os piqueniques são assim Jack – ela diz com ironia

– Essa eu quero ver! Onde assino para entrar para o clube?

– O que eu quero ver é você trabalhando numa empresa que visa o lucro, tem metas e prazos para cumprir até nos dias de neve, embora eu esteja curiosa para saber como passou pelo meu avô.

– Foram sua tia Prinrose e o Weseltown que me queriam dentro, e eu não acho que vai ser tão ruim, não com você no comando, prefiro achar que os hotéis são o reino da linda princes-

– Rainha! Eu quero ser uma rainha! – Elsa sempre tão mandona, como não amá-la mais?

– No reino da maravilhosa rainha Elsa e que eu sou seu mais fiel escudeiro, que vai te livrar da chatice do cotidiano! E da depressão de ouvir o Sr. Weseltown nas reuniões do concelho - declamo

– Tem um clube de literatura criativa e poesia? – ela pergunta de forma divertida, como se fossemos só dois namorados conversando, brincando, como se nada tivesse mudado.

– Não, mas eu crio um se me ajudar a entrar no clubinho aristocrático da sua prima loira!

– Quantas primas eu tenho Frost? – realmente só uma mesmo- Sério que vai querer passar por uma iniciação feita pela Rapunzel? Não tem amor por sua dignidade? – Ela diz aos risos.

– Meu amor é só para você, eu sou assim – ela fica vermelha e logo começa a alisar as rugas imaginárias da saia azul, perdida em seus pensamentos, e a postura dela muda de uma hora para outra – e faço qualquer coisa para ser parte da sua vida – declaro de forma apaixonada.

– Eu preciso ir atrás da Anna, te vejo por aí – Elsa se levanta apressadamente.

– Espere, antes precisamos terminar nossa conversa! Por favor!

– Não temos nada para conversar Jack, me deixe em paz e vá beijar suas amiguinhas.

– Você ainda se lembra? – claro que ainda lembra, porque eu sou idiota para perguntar isso? Mas ela pelo menos volta a sentar.

– Não é como se eu pudesse esquecer – ela diz triste e friamente, me dói ouvir isso, nunca no mundo eu quis feri-la.

– Eu também nunca esqueci – coloco minhas mãos nos bolsos da minha calça e me sento ao lado dela.

– Se você não esqueceu realmente ela deve ter te beijado muito melhor que eu! Embora agora eu saiba que não foram apenas beijos – ela sabe e isso dificulta bastante, mas eu vou conquista-la de novo - quão ingênua e idiota pensou que eu era?

– Você sempre foi ingênua – ela resmunga querendo protestar – mas isso nunca foi um problema, é adorável na verdade, e todos sabem que Elsa Winters nunca será idiota, é inteligente demais para isso.

– E ainda assim você me traiu, afinal eu sou tão inteligente que pensou que podia me enganar! E o pior é que se não fosse pelo Breu ninguém iria saber que você tinha alguém para amar literalmente e eu para ser a sua namoradinha tola e apaixonada para todos verem, foi divertido Frost? Por favor, não responda eu não quero saber a resposta.

– Eu nunca quis que isso acontecesse, as coisas saíram do controle e eu imploro seu perdão – tento segurar suas mãos, mas ela logo retira.

– Não preciso perdoar a traição, fui convencida que no fundo me fez bem, finalmente amadureci, parei de fazer tudo o que me mandavam, eu me libertei dos meus medos, inseguranças, conheci lugares incríveis, eu estou livre para descobrir e ser quem sou Jack – ela beija demoradamente a minha bochecha, e quase explodo de alegria – muito obrigada por partir meu coração – não soa irônico mas sim confuso, eu consigo ver isto no par de oceanos que são os olhos dela, como quero que eles se fechem como sempre aconteceu toda vez que nossos lábios se tocaram.

– Desculpe perguntar, mas estou curioso para saber por que voltou? Não me diga que foi pelos hotéis – digo quase rindo, tentando aliviar a tensão do nosso silencio após a última declaração feita.

– Voltei pela Anna, só por ela não tem como deixá-la sozinha, não com esse monte de escândalos que ela estrela – ela faz uma pausa, começa a dar impulso e nos balançar, como sempre fazia quando tudo era perfeito - tenho que cuidar dela pelo menos uma vez e se der convence-la a fazer algo útil com o tempo e talento que ela possui, minha irmã tem que ser algo mais do que uma herdeira e percebi que isso só ficou assim por minha culpa, e não dou a mínima pros malditos hotéis e você sabe disso melhor do que ninguém.

– Eu juro que tentei fazer com que a minha cunhada se afastasse dos problemas, como um verdadeiro guardião – e eu realmente tentei a culpa não é minha que não consegui, pois Anna é tão teimosa como Elsa.

– Não fez um bom trabalho e ela não é sua cunhada, não é mais meu namorado Frost.

– A sim, ela é a cunhada de quem agora? De algum idiota que conheceu enquanto estava fora? Do Hans? – não escondo o nojo em minha voz ao dizer o nome do meu rival – Estão juntos só porque vai conseguir a aprovação da sua família? Isso é ridículo.

– Eu vou ficar com quem eu quiser pelos motivos que eu quiser Jack, e eu que sou a cunhada do Westerguard, ele está com a Anna agora.

– Por isso a ameaça de morte mais cedo? Se quiser eu posso te ajudar a fazer com que ele deixe a Anna – será um prazer.

– Estava me espionando? Eu a quero feliz e aparentemente ele a deixa feliz e é bom estarem juntos pelo menos ele a convence a entrar em alguma faculdade ou arranjar algum emprego faz dois anos que ela terminou o colégio, como guardião você a devia ter ajudado e não dado carona para as festas! Ou a deixado ser a companheira de baladas do Soluço!

– Eu não estava te espionando – digo em tom de brincadeira – eu estava fazendo planos para que viesse sozinha ao meu encontro, e isso é diferente – parabéns para mim, agora ela está furiosa por ter caído em minha armação.

– Só diz logo o que você acha que eu preciso ouvir e me deixe ir – ela está impaciente – se você teve tempo para se preparar para isso eu não tive, nem nos meus piores pesadelos pensei que te veria outra vez – isso sim me machuca, como ela pode pensar isso? - e agora eu vou ter que olhar para você quase todos os dias, então faça logo o que acha que vai melhorar nossa situação para sermos bons conhecidos ou amigos se for possível.

– Se você insiste meu amor – ela se desconcerta ao ouvir estas palavras - primeiramente preciso falar o quanto eu te amo, eu senti sua falta mais do que qualquer coisa, de como eu cuidei da Anna o máximo que eu pude só para ter certeza que você era real e não só um sonho lindo que eu destruí, sobre cada noite que eu conversei com a lua esperando que ela me respondesse quando eu iria ter a chance de ter o amor da minha vida comigo outra vez, e que eu te amei e amo cada momento mais e não menos importante eu não quero sua amizade Elsa, eu quero seu amor, o nosso amor que eu sei que não acabou porque ainda está em nós, tente negar.

– Não existe mais nós dois – Ela não negou que me ama e isso é muito mais do que eu esperava! Esfrega levemente os ombros, tiro o paletó e coloco sobre ela, aproveito o movimento e não volto a me sentar ao seu lado, mas sim fico em pé encarando aquela beleza quase sobrenatural.

– Não me lembro de termos terminado – e realmente nós não terminamos literalmente, brigamos, ela não me atendia e depois fui avisado pelo meu sogro Arthur que ela tinha ido para França e que se eu fosse atrás dela não hesitariam em tentar me mandar para cadeia, pois ela era menor e eu não, provavelmente nossa diferença quatro anos de idade fez com que ele e Isabel nunca me aprovassem para garotinha deles e com a família dela toda contra nós eu realmente não posso culpa-la por não ter cogitado em me dar outra chance naquela época.

– Nem eu, mas provavelmente você deve ter entendido que acabou, ou você prefere achar que não só para aumentar a lista de garotas com as quais me traiu? – Como ela sabe? Claro Punzie deve ter contado sobre cada uma das meninas que usei para tentar esquece-la não que me orgulhe disso, mas que garota fofoqueira! Elsa tira o paletó e o joga no balanço, ela se levanta com certeza para parecer intimidadora, afinal ela ainda é neta de quem é e foi ensinada a não parecer frágil ou inferior – o frio não me incomoda de qualquer forma – me fita novamente com os olhos azuis que me parecem ansiosos.

– Eu prefiro achar que não terminamos porque eu ainda te amo – coloco minha mão na cintura dela – mais do que nunca - ela estremece – porque estaríamos completando sete anos de namoro daqui um mês e meio – ela enrola as mãos no meu pescoço isso quer dizer que estou indo bem, que de alguma forma está funcionando - porque eu poderia pedir sua mão em casamento e ninguém poderia negar, e você iria aceitar?

– Provavelmente – ela diz quase como um sussurro e meu coração acelera.

– E finalmente teríamos nosso final feliz!

– Esse então é seu plano? Sabe que é impossível certo?

– Impossível por quê? Eu quero e você também o que vai nos impedir?

– Tem uma cláusula específica no acordo que assinei para ter os hotéis que se eu me casar com vinte a quatro anos ou menos com alguém desaprovado pelo conselho dos Hotéis Arendell ou da Editora Winters minha posse e cargo serão revogados, e outra em que eu preciso de um herdeiro até meus vinte e cinco anos para mostrar que somos uma família pequena, porém estável e tradicional – sou bom em matemática então logo entendo a situação, se ela quiser ser a presidente ela precisa casar nos próximos três anos, afinal ela não é o tipo de mulher que dormiria com alguém que não fosse o marido, mas ela não pode se casar comigo - por isso que você foi contratado, tio Robert e tia Prinrose precisam saber se levo ou não a sério ser a herdeira principal – agora só existe tristeza nos olhos azuis, meu amor percebeu que estava sendo testada pela própria família outra vez – eu já deveria ter adivinhado.

– Herdeira principal? Não era só a porcaria dos hotéis?

– Meu avô e tios não são imortais Jack, Rapunzel é uma artista, não tem vontade ou qualificação para assumir as editoras, Anna não quer também, prefere as retiradas mensais de dezenas e mais dezenas de dólares do que trabalhar.

– E se você escolher ser feliz em vez disso? Nós não precisamos de dinheiro e eu tenho o suficiente para nós dois.

– Não é dinheiro Jack, tem um propósito maior – tudo para minha querida tem um propósito, eu invejo isso, o único que acho válido para mim é estar para sempre com ela - é o sonho dos meus pais, era o sonho dos meus pais que as empresas não saíssem da família, ele amava aquelas editoras, não iria suportar que caísse nas mãos do Wesel Weseltown.

– Isso não é justo – falo me aproximando dos lábios rosados.

– Eu sei ma...

Não aguentava mais ver o sofrimento dela, então faço a única coisa que faz com que os olhos se fechem a beijo, não consigo descrever como me sinto feliz por estar junto a ela outra vez, meus lábios se movem contra os dela que ainda estão parados, sinto o sabor de cereja que combina com o perfume doce que ela está usando, tendo aprofundar meu lábios nos dela porém ainda resiste, eu não desisto fácil e coloco beijos em seu pescoço para que possa respirar – mas minha tarefa se torna complicada pelo maldito colar que está usando – e eu sei que ela sensível nessa área, não demora até a platinada começar a sussurrar meu nome e esse é meu som favorito no mundo volto a beijar os lábios e agora eles estão vorazes, ela deve estar com a mesma saudade que eu e nesse momento tudo está perfeito, eu exploro cada parte da boca dela que não consegue reprimir leves gemidos, depois de alguns instantes de puro êxtase e alegria ela nos separa bruscamente.

– O que você fez? – Ela furiosa me dá medo, só espero que não queira fugir denovo.

– Eu beijei o amor da minha vida outra vez! E eu adorei, um dos melhores dos nossos incontáveis beijos não acha?

– Sem brincadeiras, e não conta para ninguém.

– Meu silêncio vale um beijo ou um encontro, escolha um.

– Sem mais beijos Frost

– Então teremos um jantar, uma ótima escolha Elsa.

– Tanto faz, eu preciso ir achar a Anna

– Que bom que tanto faz para você! – volto a beijá-la, dessa vez é doce, lento, calmo só que logo ela encosta a testa na minha para nos separar.

– Volta para mim? Me da outra chance de te fazer feliz – imploro fitando a imensidão azul.

– E-eu não posso Jack, entenda é importante para mim e – ela ri – está terrível manchado de batom.

– Eu entendo que é importante – menti, eu não me importo com a droga da herança dela -, e pode se for segredo, você é boa em ocultar coisas e aposto que a lua não vai nos delatar – abraço minha deusa e agora namorada secreta.

– Eu espero que sim Jack – ela me da um beijo curto e rápido – te vejo depois?

– Pode apostar que sim!

Pena que eu não vi que infelizmente a lua não era a única testemunha da nossa reconciliação.


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Notas finais do capítulo

Alguém tenta adivinhar quem os estava espiando?