Dramione - Acorrentados escrita por sgculture


Capítulo 6
Sim, eu aceito!


Notas iniciais do capítulo

Gente to acostumando mal vocês, ou será que eu me viciei nesses recadinhos lindos? Adoro quando recebam comentários, e não deixem de mandar, ok? Parece que quanto mais gente acompanha e mais capitulos posto, menos comentários #ChocadaNey
Enfim, está aqui mais um pouquinho de Dramione pra vocês!
Boa leitura!



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POV Draco Malfoy

Evitei mais uma crise histérica da Granger, o que foi muito bom, tinha que me preparar para isso agora. Viver acorrentado a alguém não é nada fácil.

Eu me troquei rapidamente, pois estávamos muitoooo atrasados.

– Tudo bem Granger, pode olhar agora – Ela virou – Agora é a sua vez!

– Okay! Mas não se atreva a virar, está me ouvindo? Se você der uma espiadinha... RUM

– Ui medinho de você- Eu debochei, não havia nada que ela fizesse a mim, sem se prejudicar. Ela rolou os olhos

– Vira!

– Sim mademoiselle.

Virei-me, e não arrisquei nenhuma olhada, não era hora para discussões. Ela demorou mais do que eu para se vestir. Mulheres!

– Estou pronta Malfoy. Vamos logo falar com o diretor.

Ela foi me puxando, não sem antes ajeitar seu cabelo com mágica. Mulheres!

– Malfoy, você cala a boca e deixa que eu explico.

Não contestei, ela realmente iria explicar melhor. Enquanto nos caminhávamos mil pensamentos rondavam na minha cabeça. Eu realmente não sei qual o espanto da Granger quando eu falei em casamento, essa é a única alternativa. Não vamos poder explicar aos outros nossa proximidade, se não for por isso. Claro, ainda tem o lance de contar a verdade, mas isso esta totalmente fora de cogitação. Não quero a mídia em cima de nós, se descobrissem a verdade iam querer dar um jeito de dar fim no feitiço, e mesmo que eu quisesse que isso chegasse ao fim, eu sabia lá no fundo que mesmo que evocássemos todas as forças naturais e sobrenaturais existentes, nada disso ia funcionar. O feitiço só poderia ser quebrado quando nós nos... Amassemos argh!

Não sei como, nem quando aconteceu, mas quando dei por mim já estava na frente do diretor:

– Sim Sr. Malfoy, Srtª. Granger, o que posso fazer por vocês?- Na real? Acho que nada, mas a Granger começou a falar.

– Bom diretor, é o seguinte-Ela respirou, parecendo ter decidido algo, e recomeçou - Depois que peguei o Rony me traindo, eu terminei tudo com ele. Comecei a evitar o Harry e a Gina, porque não estava afim de ouvi-los. Pedi então ao Malfoy para dormir no nosso Salão Comunal e ele deixou. Fui parar lá, mas não consegui dormir, então sai parar ir à biblioteca e o Malfoy estava lá do lado de fora. Ele resolveu ir comigo.

Então foi isso que aconteceu? Aquele Weasley é realmente um abestado, nenhuma garota de Hogwarts chega aos pés da Granger.

– Quando já estávamos lá há um tempo- A Granger ainda falava, sério que ela vai contar toda a história, antes de chegar ao real problema?- Então o Filch apareceu, e nos escondemos na seção reservada, mas não foi o suficiente, pois aquela maldita gata nos encontrou. Malfoy achou uma porta e nós entramos e começamos a brigar e depois do nada vieram luzes estranhas, fumaças, vozes agourentas e no final...

– Você e o Sr. Draco estão acorrentados. E todo o feitiço que a senhorita tentou não funcionou – O diretor continuou – Estou certo?

Fiquei boquiaberto. Se esse velho caduco já sabia o motivo de estávamos aqui, então porque deixou a Granger tagarelar like a uma coruja histérica?

– Mas porque isso?- Perguntei- O que aconteceu?

– Boa pergunta Sr. Malfoy- O velhote deu um sorrisinho travesso- A Seção Reservada não tem esse nome apenas por causa dos conteúdos dos livros proibidos pára alguns alunos, mas também por causa dessa sala. Diz a lenda que Salazar e Rowena se amaram muito enquanto vivos, porém era um romance secreto. Salazar a amava demais, mas por conta dos desentendimentos que houve, ele resolveu ir embora, se afastar de todos. Mas antes que pudesse tomar essa posição, eles se amaram uma ultima vez. Rowena se encontrava na biblioteca, ela o conhecia o suficiente para saber que ele não estava contente e que iria partir, assim quando ele chegou lá, ela fez uma sala nos fundos da biblioteca e lá eles se entregaram uma ultima vez. O resultado desse dia foi Helena. Antes de partirem, resolveram encantar a sala, para que casais que se amassem, ou de alguma forma precisassem um do outro pudessem estar juntos sem obstáculo algum. É claro que Hogwarts foi revistada várias vezes e nada foi descoberto que comprovasse tal lenda, mas suponho que a sala só apareça a quem realmente precisa. A questão é, porque vocês?

Eu fiquei espantado. Jamais imaginei algo entre Sonserinos e Corvinos. Para falar a verdade, Sonserinos só deveriam se relacionar com os seus, pois somos superiores. Mas olha a ironia, cá estou eu amarrado à uma Grifinória atrevida.

–É exatamente o que eu não entendo! Eu e o Malfoy não nos suportamos! Porque essa sala ativou com a nossa presença? – Granger reclamava.

– Ai que está senhorita. A sala não deveria ter se manifestado a vocês. Algo em vocês ativou essa magia antiga, e vocês têm que descobrir o que. – Eu e a Granger nos encaramos com nojo, o diretor seu um sorrisinho - De toda forma, não há como quebrar o feitiço, bom, vocês devem conhecer os termos, terão que conviver juntos. É claro que vão ser tomadas todas as providências, e ser anunciado para toda...

– Não professor, será que eu e o Malfoy poderíamos usar o horário da manha para ficarmos a sós? Para podermos resolver algumas coisas. Não sei se queremos que todos saibam do feitiço.

Olhei parar a Granger? Ela lia mentes agora? Abri a minha boca parar falar, mas fui ignorado, ótimo!

– Claro senhorita! Contudo, quero ser informado das suas decisões, para poder ajudar. Agora podem ir.

POV Hermione Granger

Eu e o Malfoy saímos da sala sem falar nada, rumamos pelos corredores vazios e chegamos ao nosso Salão Comunal:

– Dá para me explicar o que foi aquilo? Se eu e você fossemos resolver alguma coisa, porque você acha que fomos procurar o diretor? – Disse o Malfoy- Que decisões que temos que conversar?

Eu respirei fundo:

– Mal... Draco- Nossa saiu meio estranho falar o nome dele- Estamos noivos!

Para a minha surpresa, Draco não ficou surpreso.

– É, acho que já tinha chegado a essa conclusão - Ele disse.

– Vamos por parte, sim? Sente-se – Eu e ele nos sentamos. - Primeira pergunta é: O que diabos você estava fazendo do lado de fora do Salão Dramione de madrugada?- Eu perguntei olhando nos olhos dele, ele engoliu em seco:

– A verdade? Queria ver o que você estava fazendo...

– De madrugada?

– OKAY! Queria saber como você estava. Se estava com alguém, se precisava de ajuda. Quando eu ia entrar, você saiu.

Fiquei surpresa, mas não perguntei mais, tínhamos uma crise maior.

– Draco, vamos encarar os fatos. Estamos acorrentados, presos um no outro, por um feitiço forte, raro e antigo. Não temos saída, o único meio é fazer exatamente o que eles mandaram. Conviver, sem segredos, se gostar e no fim... argh se amar!

– Eu não sou burro Granger, já tinha descoberto isso.

– Me chame de Hermione, Draco! Vai ter que se acostumar.

– Tudo bem, Hermione. Eu já havia chegado a essa conclusão, pois falar para todo mundo desse feitiço pode causar um alvoroço. Vamos ser motivos de manchetes, gente que se julgue apaixonado, vai querer ver a sala também. Vai ser um caos. É claro, se nos casarmos vai ser um alvoroço, mas pelo menos não vai haver tanto o que especular, vamos só ser vistos juntos mesmo.

– É, eu sei. Vamos só deixar os nossos pais a par disso. Quer dizer só os seus pais, pros meus vamos fingir, porque minha mãe jamais aceitaria isso. Por falar em seus pais, como você acha que vão reagir?

– Eles não são monstros Gran... Hermione! Na verdade era mais o meu avó que era um fanático, mesmo que eles não gostem o que vão fazer? Estamos acorrentados!

Me surpreendi com o tom dele, ele se sentiu ofendido. Mas não to nem ai. Apenas assenti e pulei para outra parte, a minha vingança:

– Posso sugerir algo?- Ele deu de ombros- Eu fui traída, então acho que posso me aproveitar da situação e... Dar o troco. Vamos fingir ser um casal feliz, ninguém precisa saber o que nós fazemos entre essas quatro paredes.

– E o que exatamente iremos fazer entre essas quatro paredes?- Ele deu um sorriso malicioso e taquei um travesseiro na cara dele- Okay estressadinha, eu topo. Contando que ninguém saiba da verdade, acho que vamos conseguir enganar aqueles patetas dos seus amigos.

– Não fala assim. Não, ninguém mesmo vai saber desse feitiço. Só os extremamente necessários. Nem os amigos, para isso dar certo não há como contar com eles. – Eu sei que estaria magoando a Gina, e o Harry, e Luna... Mas isso era melhor apenas ficar entre nós, não quero ninguém dando palpite nessa pseudo-relação.

– Agora temos outro ponto- Eu continuei- Aceitando ou não, nós somos um casal. Vamos estudar juntos, comer juntos, dormir juntos...

– Tomar banho juntos!- ele disse com uma falsa seriedade

– Argh Mal... Draco, nem me lembre disso! Enfim, vamos ter que fazer tudo juntos, mas para isso funcionar, temos que ficar noivos logo! Somos de maior já, e vai ser bem melhor recebido pela população quando nos virem juntos para cima e para baixo.

POV Draco Malfoy

A minha vida está mudando muito rápido para o meu gosto. Principalmente essa parte de ficar noivos! Mas a Granger tinha razão, o melhor a fazer é começar a se esforçar para se suportar, e mais a mídia vai cair em cima de nós quando descobrirem isso.

– Tudo bem Hermione. Vamos até Hogsmeade compramos umas alianças provisórias, anunciamos aos nossos colegas que estamos noivos. No natal, nós falamos para os nossos pais. E você vai usar a aliança dos Malfoys, digo logo!

– Seus pais vão surtar- Apenas dei de ombros.- Okay Draco, e antes que eu me esqueça só vou transar com você depois de casados e se eu sentir vontade!

Eu nem havia pensado nessa parte! Mas só depois do casamento? Essa mulher é alguma religiosa devota? Ela quer me deixar louco, só pode!

– Porque só depois?- Ela me olhou severamente- Tudo bem então, vista-se vamos nos casar agora!

– Haha! Deixa de ser doido Malfoy! Também quero casar logo, para ver se um compromisso mais sério cede um pouco esse feitiço. Mas no natal vamos falar aos nossos pais, e no máximo em fevereiro botamos a coleira.

Como se ainda não tivéssemos com ela!

– E bom, eu sou virgem!

A encarei incrédulo! Então ela namorou sei lá quantos anos com o cenoura ambulante e eles nunca fizeram? Caramba! O Weasley passou de todos os limites de idiotice.

– Isso até que é bom, tipo eu estava com receio de você ser experiente. Eu só fiz uma vez, foi por isso que me atrasei na ronda anteontem, e não foi lá muito satisfatório!

Foi horrível, mas ela não precisava saber disso.Ela ficou de queixo caído!

– Não acredito nisso!

– Quer que eu jure com um voto perpetuo? – Eu disse

– Não vai ser necessário. Vou acreditar em você.

– Bom, só temos mais uma coisas para resolver!- Ela se pôs de pé e agitou a varinha. Depois penas e pergaminhos voavam em sua direção- Adoro ser uma bruxa.

Ela me arrastou até a escrivaninha e se pôs a escrever. Depois ela enfeitiçou o papel, que se transformou em origami e ela o soprou. A olhei intrigado.

– Era para o Dumbledore. Agora vamos aguardar a resposta.

Ficamos calados por um tempo. Quem foi o louco que achou que nós podíamos nos amar? Tudo bem que, com algum esforço eu possa até gostar dela, mas amar? Amar é renuncia, amar é não ser egoísta, é dividir, partilhar experiências... Minha linha de raciocínio foi interrompido por um soluço. Hermione chorava.

– Mas o que há com você? Ontem estava histérica e louca da vida, depois começou a chorar, ainda agora estava estressadinha, e agora esta chorando de novo? Eu juro que não agüento – Eu já estava impaciente

– Acho que é TPM- Ela esboçou um sorriso- Dura uns três dias, amanhã deve ser o ultimo.

– Amanha? Mas ainda falta muito para amanha!

Meu protesto foi interrompido com a entrada de uma coruja, ela adentrou a sala soltou uma carta e foi embora. Peguei o envelope e li alto:

“Sr. e Sra. Malfoy,

Eu libero vocês para tirar o resto do dia para irem até o povoado de Hogsmeade, comprar tudo o que for necessário para partilharem sua nova vida, pois a partir de hoje os dois vão morar na sala Dramione.

Eu e a professora Minerva, faremos os devidos ajustes em seus horários e as mudanças na Sala Comunal, e também comunicaremos os professores.

Sei que será uma viagem cansativa, então espero que vocês apreciem a companhia.

Atenciosamente,

Alvo Dumbledore

A única coisa que consegui pensar foi:

– Esse velho está ficando caduco!

–Ah tanto faz! Vamos logo para Hogsmeade antes que os outros saem para o almoço. Por falar nisso, to morta de fome- Reclamou Hermione

– Comeremos por lá- Respondi

– Então vamos logo- Ela pulou de onde estava e seguia para a porta, me arrastando- Ah calma.

Então ela agitou a varinha e nossos uniformes foram substituídos por roupas comuns

– Agora sim! – Ela sorriu e eu revirei os olhos.


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Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam? Eu sei, calma que essa parte já vai passar!
Deixem as suas opiniões e elogios.
XoXo
Ah é feriado prolongadissimo aqui no meu estado, talvez eu apareça mais cedo. Quando eu receber uma recomendação ou chegar a 100 comentários eu prometo postar dois haha! Sem pressão!