Deixe a neve cair escrita por Snow Girl


Capítulo 29
Ano novo, novas revelações


Notas iniciais do capítulo

Nome de capítulo estranho? Sim. Capítulo estranho? Sim. Escritora mais estranha ainda? Precisa perguntar? ahushaus
Ok, desculpem, não resisti.
Vou informá-los, meus babys, que viajo amanhã para Cuiabá então talvez demore a responder os reviews, mas vou deixar todos os capítulos agendados até dia 5, que é quando eu volto pra casa.
Então... espero falar com vocês logo, ♥
Enfim, chega de falar de minha vida e vamos ao cap mais glicose do universo. Preparem a insulina!

"Assim que cheguei no Salão Nobre, todos eles estavam lá, incluindo Dimitri que estava cochichando com Sasha.
— Uau, Layla — Demyian assoviou e eu ri tirando os olhos dos dois.
— É só maquiagem, Demyian.
— Não, não é — Dimitri disse pegando minha mão. — Você está maravilhosa — disse para mim — mas não é por causa da maquiagem.
— Finalmente nos brindou com sua presença — Yeva ladrou. — Só estávamos esperando você para poder receber nosso convidados.
Dimitri a olhou como se quisesse literalmente esganá-la e eu sorri para ele conspiratoriamente.
— Agora estou aqui. Que comece a festa!"



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Os amigos do rei Ivan chegaram em uma enxurrada, junto com fotógrafos e repórteres.

Entrei em uma espécie de transe real: sorrir, cumprimentar, elogiar, me despedir, sorrir cumprimentar, elogiar, me despedir…

Eu estava entorpecida, mas agradecia o fato de ter alguma coisa para fazer em vez de ficar olhando para Dimitri e Sasha, que estavam juntos perto de uma rodinha de garotos que pareciam flertar com Sasha enquanto ela falava com o primo.

Quando terminei de fazer a social, sentei-me junto de Demyian.

— E aí? — perguntou ele com uma expressão de bad boy que não combinava com seu rosto de menino. — Se divertindo?

— Depende do que você considera como diversão — ergui uma sobrancelha.

Ele riu.

— Pode admitir que isso aqui está um saco. Que tal darmos uma fugidinha?

Revirei os olhos.

— Não era você que estava tentando me convencer que o Dimitri estava na minha mais cedo?

Demyian levou teatralmente as mãos ao peito.

— Estais me acusando de traição a meu príncipe, mulher?

— Sim — confirmei e ele gargalhou.

— Tudo bem, ninguém pode me condenar por tentar — piscou um olho.

— Você é um bobão — comentei e ele riu outra vez.

Kira sentou sem cerimônias ao lado do irmão e roubou o copo de vodka de sua mão.

Demyian deu um tapa na mão dela e ela devolveu com um na dele.

— Mal-educado — resmungou revirando os olhos para mim com um sorrisinho. — E aí, Layla, como estão as coisas? Gostando da festa?

— Sim. Normal, eu acho.

Ela riu.

— Tem uns caras bonitos aqui, se você quiser.

Olhei para onde Dimitri estava, com os garotos, e ela sorriu interpretando errado.

— Será que o Dimitri e Sasha vão ficar outra vez? Assim podemos escolher um desses à vontade.

— Layla, vamos dançar? Essa música é horrível, mas alguém tem que animar esse povo — Demyian veio pegar meu braço fazendo careta para a irmã.

— O que quer dizer com isso? — meus olhos estavam postos em Kira. Ela corou.

— Não é nada — disse rapidamente. Vem, vamos dançar um pouco.

Deixei que os dois me arrastassem para o centro do salão e uma música mais animada começava.

— Eu escolhi essa — Kira gritou por cima da minha cabeça enquanto dançava com as mãos para o alto.

Quase imediatamente a rodinha de meninos saiu de perto de Sasha e veio para a irmã dela como um cardume de tubarões.

— Homens. — Revirei os olhos e Demyian sorriu.

— Eles não sabem como tratar uma dama — concordou. Fez uma reverência e beijou minha mão. — Me concede a honra, senhorita?

Eu ri e tentei acompanhá-los. Demyian dançava terrivelmente, mas era muito animado.

— Minha vez? — Dimitri brotou de sabe-se lá Deus onde e ofereceu-me a mão.

Demyian sorriu conspiratoriamente e se afastou com uma mesura gaiata.

— Acho que esse lugar está cheio demais — o príncipe comentou com os lábios a centímetros de minha orelha. — Vamos lá para cima?

Eu o olhei como uma idiota. Lá em cima ficavam os quartos.

Ele sorriu, erguendo as mãos ao nível do ombro.

— Estou sendo totalmente inocente.

Já fazia um tempo que eu não o via relaxado assim. Na verdade, não tinha certeza se tinha visto-o assim antes.

Acabamos na saleta, dois andares acima da festa.

— Bem melhor — ele disse.

— Seu humor parece bom — comentei sorrindo e então fiquei séria. — O que você e Sasha estavam falando com tanto sigilo?

Ele sacudiu a cabeça.

— Nada de mais.

Suspirei.

— Odeio quando você faz isso. Se esquiva.

Dimitri também suspirou.

— Eu também odeio quando faço isso. É só que… por muito tempo isso foi tudo o que eu fiz, Layla: me esquivava de tudo e de todos — ele deu de ombros, desconfortável. A brincadeira esquecida. — Ainda não estou preparado para ser totalmente aberto. Eu não sou assim. Tenho que me preparar para a mudança.

—Então... você vai me dizer o que conversaram?

Ele sacudiu a cabeça.

— Ainda não, mas em breve direi, eu prometo — e ele usou toda a força de seus olhos escuros em mim.

Aceitei com um aceno de cabeça.

— Senti sua falta — comentei chutando o chão com meu sapato de cristais. Eu odiava admitir aquilo, mas era verdade. — Ontem e hoje você só esteve com ela, não dormiu comigo…

Dimitri beijou a parte interna de meu pulso, um pouco menos melancólico.

— Se não a conhecesse, diria que está com ciúmes.

— Só seria ciúme se o que você sente quando eu estou com Demyian for ciúme — rebati.

Ele ergueu os olhos para mim.

— Se for assim, você está se mordendo de ciúmes — disse, desviando o olhar.

— Hã? — tive que ter certeza que eu realmente ouvi aquilo.

— Eu amo meu primo, mas, sinceramente, ele precisa ficar te tocando o tempo todo?

Eu ri.

— Até parece. Demyian é um amor, mas ele só está sendo amigável.

Dimitri abriu um sorriso do tipo "eu-sei-do-que-estou-falando".

Dois andares abaixo alguns sons chegaram até nós e Dimitri franziu a testa.

Pou.

Um som pipocou e eu pulei. Mais sons, meu rosto foi iluminado pelo lado de fora.

Nós nos olhamos, chocados.

E de repente eu estava nos braços de Dimitri, ele literalmente me tirou do chão enquanto me beijava de uma forma pouco casta. Ele me pressionou contra o vidro frio da janela.

Sua boca, em geral gentil, estava feroz, reivindicando a minha. Meus dedos agarrados a seu cabelo sedoso o puxavam para mais perto, eliminado a distância entre nós.

Seus lábios desceram para meu pescoço e eu senti as pernas fraquejarem, mas Dimitri deu um jeito, sustentando meu peso contra seu peito.

Ele se afastou primeiro, os fogos ainda brilhando no céu do primeiro dia do ano.

— você quer saber o que Sasha me disse ho... ontem? — perguntou segurando-me, o rosto a centímetros do meu, os olhos viajando para minha boca como se cogitasse beijá-la outra vez. — Ela disse que eu era um idiota por estar irritado com você quando na verdade eu estava irritado comigo porque você quis voltar para cá por minha causa e eu estava sendo estúpido e pouco cavalheiro enquanto Demyian, aquele abutre adorável, a estava cortejando.

— Não entendo — disse, confusa. — O que isso tem a ver com Demyian?

Ele se afastou. Se irritado ou envergonhado eu não saberia dizer.

— Eu estava irritado antes porque as coisas aqui na Rússia estão muito tensas, mais do que eu me sinto confortável para admitir, e eu não queria que você estivesse aqui caso as coisas piorassem. — Ele tocou meu rosto. — E estou agora porque eu estou deixando você infeliz com meu comportamento cauteloso.

Peguei sua mão, mantendo-o no lugar.

— Dimitri...

Ele sacudiu a cabeça.

— Quando você aceitou esse acordo de vir para cá, eu jurei... jurei… que não iria me apaixonar por você. E eu me convenci que isso seria possível. Eu fui até Illéa preparado para te odiar — admitiu, sen me olhar. — Eu não queria me casar com alguém que sequer conhecia, ainda mais com uma pessoa que, pelo que ouvi falar em outras reuniões, era difícil de lidar e cheia de vontades. Mas então eu fui te conhecendo e vendo que você não era nem de longe a pessoa que eu imaginei. Você era forte e decidida, linda e inteligente. E eu me apaixonei cerca de dois segundos depois de perceber isso. Sasha notou antes de mim, ela disse que eu estava diferente, mais humano e perguntou se era por sua causa. Eu disse sim e ela me perguntou "E ela sabe disso?" eu neguei. Ela disse que eu deveria te contar, e eu estou contando agora.

Pisquei uma, duas vezes.

— Dimitri… você está bêbado?

Ele me olhou incrédulo e então gargalhou.

— Eu acabo de fazer uma declaração que contraria todos os meus instintos e ela me pergunta se eu estou bêbado! Inacreditável.

Cruzei os braços.

— Então você não está?

— Nunca estive tão sóbrio.

— E toda essa declaração…?

— Eu perdi muito, Layla. Meu irmão, minha mãe… eu não posso imaginar perder você. Eu não quero isso — Ele pegou a minha mão e pousou contra seu peito. — Eu quero que você fique aqui, mas, por Deus, eu sei que estou sendo egoísta mantendo-a aqui. Você veio para salvar sua família e eu juro a você que meu país ajudará Illéa. Você não precisa ficar aqui e continuar com isso, porque no final… daqui um mês… alguém terá o coração partido — ele deu um sorrisinho de quem pede desculpas. — Se você permanecesse em Illéa, quando voltasse eu possivelmente estaria recomposto e nada disso teria acontecido.

— Dimitri, você é retardado? Será que depois de tudo você ainda duvida que eu vou ficar a seu lado?

Ele fechou os olhos.

— Eu duvido da minha sorte, Layla — disse baixinho reabrindo-os. — Você está disposta a sacrificar sua felicidade ao lado de alguém que poderá viver muito tempo a seu lado para em vez disso viver em um lugar tão frio com alguém que pode morrer a qualquer segundo?

— Ficar para sempre ao lado da pessoa que eu amo não é sacrifício algum. E não, você não ouviu errado. Eu o amo e eu ficarei a seu lado, onde é meu lugar, russo teimoso — Afastei-me de suas mãos. — E eu quero ver você conseguir se livrar de mim!

Os olhos de Dimitri estavam arregalados, a boca ligeiramente aberta. Se não fosse um momento tão tenso sua expressão confusa seria muito engraçada

— Você… você o quê?

— Eu. Amo. Você. — Lancei-lhe um olhar zangado. — Francamente, homem, que razão você acha que eu teria para me morder de ciúmes sempre que você está de cochichinhos com sua prima por aí?

— Pensei que você estivesse apenas exercendo o seu papel, ou talvez fosse apenas preocupação de amiga.

— Você saberia se fosse.

Ele olhou para o chão com um sorriso pequeno e baixo nos lábios e quando voltou a falar sua voz estava repleta de ansiedade.

— Layla, sei que eu talvez esteja apressando as coisas e nem sequer tenho um anel, mas você gostaria de se casar comigo?


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Notas finais do capítulo

É, eu sei que mereço uns tapas ahsuahsu mas eu sou uma droga escrevendo coisas fofinhas, ok?Acostumem-se, pois os próximos capítulos serão assim. Preparem os baldinhos de vômito.



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