Sorry to You escrita por MihChan


Capítulo 18
Samurai S e os Agentes Secretos!


Notas iniciais do capítulo

Yoooo~
Que saudade de vocês! Como estão? Eu estou bem na correria de fim de ano na escola ;u; São os mesmo motivos para a demora e também a criatividade indo passear sem tempo definido de retorno, enfim, me desculpem.
Ah, eu fiquei um pouquinho triste no último capítulo, só tive um comentário. Vocês não gostaram do especial?
Agradeço se tem pessoinhas novas acompanhando. Espero que estejam gostando :3
Bom, espero que gostem desse capítulo aqui.
Boa leitura!



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Cada vez eu tenho mais certeza de que, na vida passada, eu roubava doces de criancinhas.

O time de Ryuuji chegou à final, mas os veteranos não estavam mais fracos, nem um pouco. Eles chegaram a empatar na quantidade de pontos, mas no final, o time rival acabou ganhando. Por muito pouco, mas ganharam. Meu irmão ficou arrasado, com o orgulho ferido, mas nada que dozes de Alice não resolvam. Mas isso não o impediu que, em casa, ficasse me enchendo os pacovas e pedindo carinho como um cachorro sem dono.

A escola também ficou triste com isso, mas o clube de atletismo conseguiu animar a todos com cartazes e anúncios de nosso festival esportivo. Todos estão realmente ansiosos.

Já se passaram um mês inteiro, depois que retornamos das férias de verão e fazem uma semana que eu disse aquelas palavras à Eri.

Os testes não foram nada legais e eu não tirei uma nota muito boa, mas passei por um triz. Fukuda-sensei me disse que vai pegar ainda mais no meu pé nas aulas de educação física como punição por eu ser tão avoada.

– Nem caiu todo conteúdo que passamos!

Foi o que ele disse, indignado, enquanto eu me encontrava chorosa. Depois deu duas batidinhas na minha cabeça e sorriu, como se dissesse que entendia que eu era idiota.

Imagina se tivesse caído. Eu seria massacrada por testes avaliativos como os brigadeiros são massacrados por todos antes do “parabéns pra você” em festa de criança.

Ishikawa Raku não conversa mais comigo. Às vezes nos esbarramos e cumprimentados um ao outro, mas passamos a agir como completos estranhos desde que eu comecei a sair depois da aula com o Inoue-san. Quer dizer, Raku passou a me lanças olhares malignos aterrorizantes. Não vou mentir de que sinto sua falta. Digo, vou mentir sim. Não sei nem mais quem é Ishikawa, ora! É marca de desinfetante?

Ah, calminha! Eri e eu não temos nada além da amizade – difícil é convencer certa loira disso –, mas eu estou disposta a aprender a gostar dele, o que Chiyoko não consegue aceitar. Ela diz que aquilo é perda de tempo porque, no final, eu não vou conseguir enganar meu coração. É, ela não está ajudando.

Yuu-chan tem ciúmes do Tsukasa, que está andando bem mais comigo, e passou a me abraçar e quase rosnar para qualquer um que chegasse perto de mim no intervalo. Depois consegui convencê-lo de que ele é único pra mim, mas ele ainda assim me deu um teru-teru-bozu que eu tenho certeza que ele mexeu uns pauzinhos para que fosse anti-Yukito.

Meu irmão olha com a cara emburrada para Eri nos intervalos, mas Ryuuji é mesmo daquele jeito então não tem nada realmente a ver com o garoto. Já Chiyoko conseguiu deixar bem claro que não quer Eri como meu namorado, não por ele, mas por mim, que não posso me enrolar eternamente. Literalmente. Algo haver com o fio do destino ainda, ela não cansa. Disse também algo como que, na próxima vida, eu nasceria como uma barata por puro carma.

Confesso que ser uma barata na próxima vida me fez refletir...

– Eu acho que seu irmão não foi muito com a minha cara. – Eri riu, me despertando de meus devaneios.

Estávamos em minha sala de aula, sentados nas carteiras que ficavam de frente para porta onde Ryuuji havia se encostado e permanecido.

Balancei a mão sorrindo envergonhada e pedi que ele deixasse isso pra lá. Onii-chan lançava olhares raivosos para nós e eu os devolvia para ele. Que chatice!

– Isso é mau! – Eri disse.

– Eh?

– Como vou conviver com ele quando nós namorarmos? – refletiu.

Corei levemente. Eri estava realmente sério sobre aquilo, o que me fazia sentir uma dorzinha no fundo do peito. Vi uma gota de suor descendo de sua testa. Olhei para o nada novamente. Aquilo era mesmo constrangedor, mas me deixava feliz. Seria bom se meu coração deixasse de ser teimoso logo.

Quando eu terminei minha marmita, Alice apareceu com vários papeis nas mãos, quase não enxergava o que estava a sua frente. Inoue-san e eu corremos para tentar ajudá-la. Ela sorriu em resposta e deu metade dos papeis a Eri, que se ofereceu para ajudar a levar a sala do conselho que ficava do outro lado do prédio.

Ótimo. Quando se precisa do pateta do meu irmão, ele resolve tomar chá de sumiço.

– Ao-chan, eu precisava mesmo te procurar! – ela sorriu – Chiyoko está ocupada com atividades do clube e Ayu está correndo em volta da escola como sempre faz. – ela deu uma pausa e sorriu amarelo. – Você poderia levar esses livros para a biblioteca?

– Que livros são esses? – Eri pareceu interessado.

– Ah, eles foram doados por alguns alunos que querem ser admitidos aqui no próximo ano. – ela sorriu empolgada e o garoto retribuiu da mesma forma.

– Certo, certo. – falei – Eu preciso cumprir com minhas obrigações. Acho melhor andarmos com isso, Alice-kaichou! – sorri.

– N-não me chame assim! – ela corou e eu ri daquela reação.

Eles seguiram para o outro lado do prédio da escola e eu desci algumas escadas para o térreo em direção a biblioteca. Com aqueles montes de livro era demasiado difícil de andar.

Ah, sim. Isso é outra novidade. Eu me ofereci para ajudar na biblioteca no horário dos intervalos. Então eu basicamente almoço e sigo para a mesma.

Alice ficou eufórica quando eu anunciei a todas a minha decisão inesperada, alegando que eu estava me interessando pela literatura e conhecimento. Na verdade, eu apenas não quero correr o risco de esbarrar com Raku, mas Alice não precisa saber disso.

Umas das vantagens de ter me voluntariado para trabalhar nesse lugar é que, geralmente, eu não faço muito mais do que colocar alguns livros largados em seus devidos lugares, auxiliar o clube de literatura e carimbar livros novos, que a propósito, é o que eu preciso fazer agora.

Cheguei na sala ofegando. Larguei a pilha de livros em cima de uma das mesas de leitura e comecei a procurar o carimbo da escola nas gavetas do balcão da bibliotecária oficial. Achei-o e comecei a carimbar as capas de rosto dos livros dados por Alice.

A porta abriu-se silenciosamente e alguém entrou com cara de paisagem. Raku parecia estar totalmente perdido num lugar como aquele, mas foi direto a uma das prateleiras e pegou um livro específico, o que me surpreendeu.

Sem perceber que estava o encarando, eu continuei a folhear um dos livros e o barulho das folhas passando tão rapidamente atraiu o olhar de canto do garoto.

– Resolveu virar uma rata de livros agora, hu? – ele comentou de costas para mim.

– E você continua estúpido mesmo fazendo papel de culto. – retruquei, mas depois me arrependi.

Desse jeito não voltaríamos a nos falar nunca mais. Tudo bem que eu queria um tempo, mas não pra sempre. Eu não estava mais aguentando o clima ridículo que rondava o meio da sala desde a semana passada.

O poste-ambulante mostrou-me a capa do mesmo livro que estava, ainda de costas, e saiu da sala da biblioteca sem me encarar.

Fiquei sem reação. Ishikawa não tinha sequer rebatido meu insulto. Será que eu peguei pesado demais dessa vez? Ai, meu pudinzinho!

Quando o sinal bateu, eu me despedi das pessoas do clube de literatura e a responsável pelo mesmo, Rieko-senpai, me fez levar um livro e prometer ler.

As aulas que se seguiram depois passaram rapidamente, mas, apesar disso, eu olhava o relógio de minuto em minuto tentando, em vão, ignorar os olhares que arrepiavam os pelos da nuca que Raku me lançava.

Chiyoko acabou não esperando as atividades de seu clube, pois ela tinha que levar a mãe ao aeroporto. Seria uma viagem curta, mas era o bastante para deixar a ruiva chorosa.

Eri despediu-se de mim também com um beijo na bochecha. A sensação de seus lábios na pele do meu rosto permaneceu por muito tempo e, consequentemente, eu passei grande parte das atividades no clube corada.

Me recusei a ter aulas de baixo com o Raku como de costume e Kimio-san achou estranho, mas não comentou por, provavelmente, ter percebido meu desconforto.

...

– Cheguei! – gritei e me joguei no batente de casa.

Meu irmão desceu as escadas correndo e abriu a porta o mais rápido que pode. Depois fechou-a e me olhou raivoso.

– Ele não veio com você hoje... – observou.

– Pare de pegar no pé do Eri-kun! – reclamei.

– Que intimidade é essa? – ele pareceu indignado – Onde está o “san”, Aoi?

Lembrei-me que Alice tinha dito, alguns dias antes, que Ryuuji tinha um estranho complexo de irmão.

Sorri para ele e o abracei deixando-o sem palavras. Corri para as escadas e subi do mesmo modo, batendo o ombro na parede que dava acesso ao andar de cima. Não dei importância no momento e fui direto para o quarto.

Troquei de roupa e desci correndo novamente, dessa vez, com uma bolsa. Esperei que Ryuuji me notasse. Ele me olhou quando percebeu que eu queria sua atenção.

– Vou fazer o jantar hoje para treinar algumas coisas que andei aprendendo. Volto logo.

– Vou rezar então. – ele estremeceu.

– Por quê? – tombei a cabeça para um lado sem entender.

– Para não ter uma indigestão muito forte. – e sorriu zombeteiro.

Bufei e saí de casa pisando duro. Respirei fundo para me recompor e segui na direção do mercado.

Vi uma loja de chocolates no caminho e entrei para matar a saudade de um que eu gosto muito, mas que não compro porque é praticamente minha mesada inteira.

Estava alegremente no país dos chocolates, mas olhei para o lado e vi um poste que não parecia fazer parte da decoração do meu mundo feliz. Ishikawa me fitou como se pensasse o mesmo que eu: só pode ser brincadeira.

Saí rapidamente da loja com cara de derrotada, mas ela atraiu a moça que fazia propagando com um vestido bonito. Ela me fez experimentar várias amostras dos chocolates e me deixou em um transe magnífico.

Mas como tudo que é bom dura pouco, ele foi impiedosamente destruído por Raku, que saiu da loja com o tilintar do sininho na porta.

Tratei de pegar várias amostras nos braços e deixar a mocinha falando sozinha, como uma boa estudante faria.

– Você está me seguindo? – perguntei ao garoto quando percebi que ele estava indo para o mesmo lado que eu.

– Claro que não. – ele foi curto – O mundo não gira ao seu redor. – e grosso.

Cerrei os cílios e o vi sorrir de canto. Virei a cabeça a tempo de trombar com alguém e cair sentada e espalhar todas as barrinhas que eu tinha conseguido.

Eu teria as recolhido rapidamente, mas a imagem da pessoas a minha frente me deixou em choque por alguns instantes. Dei um gritinho esganiçado e um pulinho para trás, permanecendo sentada.

Consegui identificar Sanada Fuuma pelo seu cabelo vermelho amarrado em um rabo. Ele estava com um kimono digno de um samurai e flechas e um arco nas costas. Com toda aquela caracterização ele passava a impressão de ter saído de uma tomada de um filme da era feudal ou de ter vindo do passado, o que é menos improvável, mas seria muito mais legal.

Meu choque foi ainda maior quando ele se jogou no chão e sua expressão, antes de nada, se tornou de desespero completo.

– Você é a minha última esperança!

E as pessoas resolveram procurar onde estavam as câmeras que deveriam estar filmando aquela cena do filme.

...

– Por que eu vim junto? – Raku tinha visto tudo de camarote e até tirado uma foto da minha queda perante um samurai.

– Eu é que pergunto! – rosnei.

– Toda ajuda é bem vinda! – Sanada-san disse, sorridente.

Encaramos ele esperando que eles explicasse logo o que estávamos fazendo com ele numa escola de esportes peculiares como esgrima e o próprio arco e flecha, que ele nos arrastou. O ruivo pigarreou e andou de um lado para o outro acariciando o rabo de cabelo.

– Bom, eu convidei a Ayu-chan para ir a um jantar comigo na semana passada, mas ela não aceitou. Tentei chamá-la para andar em um daqueles cisnes para casais no lago do parque Sakura, mas também não funcionou. Tentei até levar um bolo para ela, mas ela não aceitou. – ele parecia indignado ao falar aquilo tudo sem nenhuma pausa – Eu fui rejeitados com sonoros “não” muitas vezes. – chorou – Eu não sei se aguento muito mais. – fez drama se ajoelhando no chão.

Eu estava chocada.

– Essas respostas eram meios óbvias. – Raku disse parecendo perito em Ayus – Além de que essas propostas foram no período dos treinos, isso não faz o estilo daquela maníaca por esportes.

Eu continuava chocada.

– Não fale assim da minha garota! – os olhos de Fuuma soltaram faíscas.

– Que garota? – Raku zombou – Fale direito comigo se quer que eu te ajude. – fez chantagem e Sanada-san se calou como uma criança que a mãe manda engolir o choro.

– Espera aí... – eu ainda processava a informação – Você acabou de dizer que gosta da Ayu?

Os dois caíram para trás.

O ruivo me explicou que não conseguiu mais esquecer Ayu e suas manias bizarras que mostrou no dia do festival. Bom, eu não posso dizer muito, pois me separei deles por um grande intervalo de tempo. Corei ao lembrar disso.

Ele também nos contou que tudo o que ele tentou tinha sido sugerido por Alice, o que fez Raku engasgar-se com o ar e eu sorrir amarelo. Aquilo realmente fazia mais o estilo dela.

– Bem, se vamos fazer isso, precisamos observar mais o que aquela garota gosta de fazer. – Ishikawa parecia um detetive em busca de pistas para solucionar um caso.

– Pare de se referir a ela como “aquela garota”! – o ruivo irritou-se.

– Hai, hai. – o outro deu de ombros.

– Eu sei que nesse horário Ayu deve estar passeando com o cachorro de sua vizinha, que é uma senhora de idade e não consegue mais fazer isso. – falei me lembrando de quando ela disse que não poderia sair conosco por isso – Podemos segui-la.

Eles não pensaram duas vezes e me seguiram para perto da casa de Ayu, sem antes nos perdermos porque eu nunca fui de fato até a casa dela.

– A encontramos! – os olhos de Sanada brilharam.

– Cale a boca ou irá nos denunciar! – murmurei.

– Isso é ridículo! – Raku reclamou.

Estávamos escondidos trás de alguns arbustos enquanto Ayu andava tranquilamente com um cachorro de porte pequeno e bem fofo. Ela tinha um copo com canudo na mão livre e parecia cansada, o que me surpreendeu.

– Nós devíamos apenas falar que você quer desafiá-la em uma corrida que ela viria rapidinho ao seu encontro. – falou.

Aquilo era mesmo verdade, mas não era tão emocionante quanto me sentir uma agente secreta.

A seguimos por um grande percurso, mas ela não fez nada, não entrou em lugar algum ou parou para olhar vitrines. No final, a única coisa que sabíamos é que sua personalidade é de fato ser extremamente esportiva.

Sanada se queixou por não termos ajudado em nada e eu lhe dei um peteleco e pedi que calasse a boca para que eu pudesse pensar. Lembrei que teria um parque de diversões aberto naquela noite. Uma luz acendeu-se na minha cabeça.

Contei o que eu estava pensando a eles, eufórica. Sanada-san adorou a ideia e estava disposto a pô-la em pratica, mas Raku insistia em dizer que a minha ideia era estúpida e não daria certo.

– Pelo menos eu tive uma ideia. – falei – E você que faz que está pensando e dá uma de maioral, mas não sai nada que se aproveite dessa cabeça oca?

Ele me olhou com olhar que parecia conter fogo, mas depois começou a rir, o que me levou a rir também depois de ficar pasmada.

– O que eu perdi? – o outro garoto parecia não entender nada.

Pigarreamos e voltamos ao assunto principal, mas sorrimos um para o outro antes. O fato é que voltar aquele modo de se tratar era muito melhor que viver como se fôssemos estranhos.

Fui para casa correndo quando o arqueiro me deixou que o fizesse. Troquei de roupa e desci correndo de novo, mas caí no fim da escada. Meus pais e meu irmão, na mesa da cozinha, me encararam.

– Estou bem. – falei e eles voltaram a comer.

– Você não ia fazer o jantar hoje, monstrenga? – Ryuuji lembrou-me quando me levantei e bati o vestido.

Ri sem graça e cocei a nuca. Gritei um “desculpa” e saí pela porta antes que me fizessem interrogatórios.

Fiz o percurso até a casa de Ayu como se minha vida dependesse daquilo. Toquei a campainha de sua casa e esperei que ela aparece, mas nada. Quando eu ia tocar novamente, senti uma presença atrás de mim e me virei, dando de cara com ela.

A olhei de cima abaixo e vi que ela estava com uma bata, uma legging preta e um casaco cinza. Ela tinha umas sacolas de mercado em mãos. A escoltei até a porta e a fiz largar as sacolas na entrada e dizer que precisava sair e logo voltaria.

– O que houve, Aoi-chan? – ela perguntou finalmente depois de já termos feito grande parte do caminho comigo puxando sua mão.

– Vamos a um parque de diversões. – falei apenas isso.

Havíamos combinado que eu levaria Ayu e Sanada iria com o Raku. Ficaríamos de tocaia durante todo o tempo e o interceptaríamos se ele fizesse alguma burrada.

Chegamos e os olhos de Ayu brilharam olhando todas as barracas de alvos e brindes. Tive continuar segurando em sua mão para que ela não se perdesse de mim, enquanto olhava para todos os cantos em busca dos garotos.

O ruivo acenou de longe e eu apontei com a cabeça para uma Ayu distraída com tudo a sua volta. Ele veio rapidamente, pediu a um senhor por uma arma para o tiro ao alvo e começou sua performance.

– Nee, Ayu... – chamei-a – Porque não brinca naquele ali? – apontei para o mesmo que Sanada estava.

– Aquele não é o amigo do Eri? - ela se questionou e andou até a barraca, o cumprimentando quando chegou perto o suficiente para gritar.

Corri para onde Raku estava e permanecemos observando. Nada de muito importante estava acontecendo então desviamos o olhar para coisas mais interessantes, mas fomos traídos por gritos e uma multidão ao redor da mesma barraca.

– Eu vou ganhar! – reconheci a voz de ayu.

– Eu ainda tenho cartas na manga! – e Fuuma.

Corremos para o meio do mundarel de gente e achamos Ayu e Sanada-san competindo entre si para o primeiro lugar do jogo. Nossos queixos caíram.

Tentamos lembrar o garoto de que o objetivo era impressionar a garota apenas e não vencê-la num jogo de tiro ao alvo, mas foi em vão.

Durante todo o resto do tempo que estávamos ali, passamos seguindo os dois para outras barraquinhas, pois todos os donos se enchiam com a competição sem fim e declarava empate, os forçando a procurar outro lugar. A essa altura, eles já tinham muitos brindes. Até mesmo iam em algum brinquedo mais assustador para ver quem não saia tremendo.

– Isso não está acontecendo, não é? – perguntei os encarando em um tipo de cabine que girava e virava de cabeça para baixo.

– Eles até combinam mesmo... – Raku falou e saiu andando.

– Aonde vai? – perguntei e corri atrás dele.

– Eu acho que eles podem se virar daqui para frente. – falou.

– Mas nós... – parei, mas corri novamente porque ele se afastava – Espera! – segurei sua jaqueta.

– O que foi? – ele perguntou – Cansei de bancar o bom rapaz. – sorriu de canto – Vou embora.

– E me deixar aqui sozinha? – franzi o cenho.

– Vá embora também. – falou e me deu as costas – Inclusive, temos prova para amanhã.

– Eh? Amanhã?

Saí correndo para casa depois desse lembrete e me empenhei em finalmente aprender a tocar aquela bendita flauta, mas tenho certeza que a cara dos meus pais não era de agrado quando pedi que me avaliassem.

Acabei dormindo em cima da mesa de estudos do quarto, enquanto folheava as partituras, mas acordei com meu celular vibrando algumas poucas horas depois. Era desconhecido, mas pelo conteúdo da mensagem, vi que se tratava do ruivo.

“Eu consegui impressioná-la superando-a. Ela não é tão boa na mira quando se trata de argolas ;D”

– END –

Sorri com aquilo e respondi com uma carinha sorrindo. Talvez ele conseguisse alcançá-la se colocasse mais esforço nisso e não desistisse.

Meu celular vibrou novamente:

“Acho que não posso continuar sem sua supervisão, Aoi-sama. Por favor, me guie nesse caminho do amor!”

– END –

Fechei os olhos levemente e sorri amarelo. Aquilo seria cansativo.


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Notas finais do capítulo

E então? Comentem e me digam o que acharam, certo?
Até o próximo *u*

Vou deixar aqui o link de uma outra história que estou postando. Não tem muita semelhança com essa, é mais puxado pro drama, eu acho, mas se quiserem dar uma olhada, eu ficaria muito feliz. Obrigada *u*
https://fanfiction.com.br/historia/613980/Goodbye/



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