SAO O Começo escrita por Ian
Suguha desce as escadas pé-ante-pé as 7 da manhã.
Abre a porta e sai de casa, silenciosamente para o irmão não a ouvir.
Ela tira o telemóvel do bolso e marca um contacto.
Chamada On
–Estou?! Nagata? Estás aí?
–Estou, Sugu, mas acho bastante desnecessário estares a fazer isto tão cedo! –Respondeu Nagata Shinichi, um colega e melhor amigo de Suguha, a quem ela ligara-
–Tem de ser, tonto! O Kasuto faz anos hoje e tenho de lhe arranjar a prenda. E como eu sei que a tens..
–Sim.. Não interessa. Despacha-te, por favor! Quero voltar a dormir.
Chamada Off
Nagata desligou-lhe o telemóvel na cara, mas Suguha não pareceu importar-se. Começou a correr com toda a sua capacidade na direção da sua escola atual. O seu amigo morava lá perto.
Quando chegou á frente do prédio onde ele morava, apoiou as mãos nos joelhos e curvou-se. Ficou ali 2 minutos imóvel até recuperar o fôlego. Aí, tocou á campainha do rapaz, mas passados 3 minutos, este não respondeu.
Suguha foi tocando e tocando mas ninguém respondeu. Nem mesmo os pais de Nagata, que supostamente estavam lá.
Quando estava prestes a pegar no telemóvel para lhe ligar, sente um toque no ombro.
Assustada, dá um salto para a frente, vira se e dá um murro potente na cara de quem quer que fosse que estava atrás dela.
Tanto os óculos como uma caixa branca pequena caíram quando a pessoa foi derrubada ao chão.
Depois de ter passado o susto, vê que Nagata estava estendido no chão com a bochecha vermelha.
–Nagata! –Grita Suguha- Peço imensa desculpa! Eu não sabia que eras tu!
Suguha estendeu a mão para o ajudar a levantar-se, e logo a seguir a faze-lo, viu as coisas por um lado diferente e ‘ativou’ o seu modo defensivo.
–No entanto, a culpa disto é tua, Nagata! Não me devias de ter assustado!
–Desculpa. Não sabia que te assustavas facilmente. Mas não era essa a minha intenção! Juro! –Grita Nagata, esfregando a mão na bochecha tentando aliviar a dor-
Esta não responde. Limita-se a fazer um barulho com a boca ‘hm’ e depois vira-se para apanhar os óculos caídos do amigo.
–Então, conseguiste o que eu te pedi? –Pergunta a Nagata-
–Estás a referir-te ao jogo? Claro! Eu sou um génio de informática! –Responde-
–Então e onde é que ele está?
–Hm, fizeste-me deixa-lo cair quando me deste um murro, Sugu.
Nagata olhou para o lado, viu a caixa branca e foi agarra-la. Depois, deu-a em mão a Suguha.
–Esta é uma cópia do jogo Sword Art Online –Começou Nagata- Espalhou-se pelo país todo que o jogo tinha problemas, mas na verdade, esses problemas foram propositados. A empresa lançou 4 cópias exatas do jogo. Apenas 4. Esta é uma delas, Sugu. O objectivo destas cópias é para os jogadores o testarem. Serem um Beta Teaster.
A parte boa desta cópia é que, não só Kasuto poder jogar o jogo primeiro que toda a gente, também pode avançar o seu nível bastante em comparação com os outros.
Suguha abre a caixa e vê um pequeno disco do tamanho da metade da palma da sua mão.
–Obrigada Nagata! –Diz Suguha com um sorriso maior que o sol-
Tendo dito isto, ela abraça-o, o que o faz corar. Desde sempre que Nagata tivera um fraco por Suguha, mas nunca lhe disse nem o tencionava fazer.
–Mas... Nagata –Pergunta Suguha- Se só há 4 destes em todo o Japão, como é que tu tens um? Quem te o arranjou?
Nagata fica vermelho porque prometeu ao seu cúmplice que não diria nada a ninguém, mas pensou que dizer a sua amiga de infância não havia problema.
–Chama-se Kouichirou. Kouichirou Yuuki. Mora aqui neste prédio e conheço-o desde que cá moro, mas é mais velho que eu. Tem 16 anos e uma irmã de 15 anos linda! (Disse isto a babar-se)
–Okay, Romeo.. Não me interessa se tem uma irmão ou onde mora.. Só perguntei o nome e como conseguiste isso. Mas esquece. O Kasuto já deve estar quase a acordar! Tenho de lhe dar isto rápido, por isso vou indo agora! Obrigado por tudo, Nagata!
Suguha deu-lhe um beijo na bochecha onde o tinha esmurrado, que fê-lo ‘derreter-se’.
Assim que Suguha começou a correr, ouviu umas vozes atrás de si. A voz de Nagata e de outra rapariga. Parou de correr e olhou para trás para ver o que se passava. Para seu azar, no momento em que ela olhou para trás, Nagata e a rapariga que entretanto aparecera também olharam para ela e chamara-na de novo.
–Hey Sugu! Anda cá por favor! –Gritou Nagata, animado-
Suguha regressou e deparou-se com uma rapariga de cabelo cor de amêndoa clara.
Gago, Nagata tentou apresentar a rapariga a Suguha.
–Hey Sugu, lembras-te de ter falado da irmã do rapaz que me ajudou na prenda do teu irmão?
–Claro! Aquela que disseste que era linda.. –Respondeu Suguha, deproposito para o envergonhar-
Nagata corou, mas respirou fundo e continuou.
–Bem, não interessa o que eu disse haha (Meteu a mão atrás da cabeça, envergonhado e vendo a rapariga a dar risadas) Sugu, esta é a Asuna Yuuki. Asuna, esta é a Suguha Kirigaya.
Asuna estendeu a mão para comprimentar Suguha, e esta respondeu da mesma forma, sorrindo honestamente uma para a outra.
–Muito prazer, Asuna, mas tenho mesmo de ir agora, está bem? –Disse Suguha apressada-
Á medida que Suguha se afastava, mais pensamentos surgiam na cabeça dela. Por várias razões.
Com tanta coisa a acontecer na vida dela e toda reunida naquele só momento na cabeça dela, esqueceu por completo do nome da rapariga que vira. E nunca mais se lembrara.
Quando Suguha chegou a casa, foi a correr lá para cima, para o quarto do seu irmão.
Entrou, sem bater a porta, mas viu a cama vazia. Chamou por o irmão, que fazia anos, mas ninguém respondeu.
Foi a correr para a cozinha, para a frente do frigorifico, onde estava colado o horário escolar do irmão e viu que ele tinha a primeira aula ás 07:10am, e já eram 08:29. Era natural que já tivesse saído de casa. Então, Suguha decidiu embrulha-lo.
Foi para a arrecadação, onde estava lá todos os possíveis preparaitos para festas, incluindo papel de embrulho, tesouras e fita-cola.
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Kasuto tinha acabado de sair da escola. Passou pela loja de jogos onde tinha esperado pelo jogo e olhou lá para dentro, sem razão, apenas porque sim.
Kasuto não tinha muitos amigos. Quer dizer, as raparigas sempre o adoravam. Todas lhe deram os parabéns, até mesmo os das outras turmas, o que fazia com que os rapazes não gostassem dele. Pelo menos todos menos os da turma dele, que também o achavam ‘fixe’.
Mas ele não se dava com ninguém em especial. Preferia estar sempre sozinho, e era em momentos de solidão como este que ele se perguntava porque é que era assim? Porque é que tinha dificuldades em aceitar os outros tão bem como eles o aceitam.
Passou por um café, para ‘descontrair’. Pediu um croissant com creme de ovo por dentro e açúcar ralado por cima.
O rapaz do outro lado do balcão, de cabelo vermelho, soltou uma gargalhada provocante, mas sem má intensão.
–És guloso, não é? Haha –Disse-
Kasuto ficou um pouco á toa. É perfeitamente normal pedir um bolo..
–Talvez... (Olhou para a placa com o nome desse rapaz no canto superior esquerdo do uniforme do rapaz) Klein.. Mas acho que isso não te diz respeito. –Respondeu Kasuto-
–Tem calma, meu! Estava só a brincar –Responde o rapaz de cabelo vermelho- Toma (mete o bolo num prato em cima do balcão de vidro) é por conta da casa. Hoje faço anos e estou bem disposto, mas come o rápido antes que mude de ideias haha
–Hm engraçado.. (Começou Kasuto) Também faço anos hoje
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