Kasuto aguardava ansiosamente perto do inicio da fila para comprar o tão esperado jogo que acabara de sair no Japão.

Uma empresa de tecnologias internacional desenvolveu uma nova forma revolucionaria de jogar que mudaria a tecnologia para sempre.

O famoso NerveGear.

Kasuto, um rapaz com 14 anos, quase 15, de cabelos negros e brilhantes tinha recentemente comprado o seu primeiro NerveGear, e, naturalmente, já o tinha experimentado. Mas isto era diferente.

-Atenção! Atenção! O jogo Sword Art Online está esgotado! Repito, está esgotado! Dentro de 1 mês haverá mais. Quem está aqui para o jogo pode se ir embora! –Disse um homem gordo careca a gritar por um megafone.

Kasuto era o 3º da fila... Faltava pouco, mas o jogo era tão esperado que em apenas 5 horas esgotou em todo o país.

Desiludido, saiu da fila á medida que ela se deformava e chocou contra um rapaz ligeiramente mais alto que ele. Kasuto pediu desculpa, mas o rapaz mal olhou para ele, como se tivesse todo o direito, no entanto, Kirito não ligou e continuou a andar com as mãos nos bolsos.

-Suguha, cheguei! –Gritou Kasuto assim que abriu a porta de entrada de sua casa-

Uma rapariga de cabelos também pretos e curtos desceu as escadas a correr, quase tropeçando e foi abraça-lo logo assim que lhe meteu o olhar em cima.

-Uau! Parece que tinhas mesmo saudades minhas –Disse Kasuto, esfregando a parte de trás da cabeça, com um sorriso constrangido-

-Claro que estava, idiota! Estiveste na escola o dia inteiro e ainda assim chegaste 1 hora depois do suposto! Eu só tenho 12 anos! Não é natural crianças da minha idade ficarem sozinhas em casa, sabes?

Kasuto apercebe-se daquilo que a sua irmã lhe diz e olha em volta.
Apercebe-se que mais uma vez, nenhum dos seus pais está em casa. Era a 4ª vez apenas este mês.

Suguha aperta Kasuto com ainda mais força com um sorriso parvo contagiador na cara.

-Entãããããoo... Daqui a 3 dias fazes anos hihihih! –Disse Suguha- Já pensaste no que vais querer que eu te ofereça?

-Sugu, não precisas de me dar nada! Basta um desenh....

Suguha tira os braços a volta de Kasuto e pisa-lhe o pé com força, tendo uma expressão chateada na cara.

-NÃO! Dizes mais uma vez para eu te fazer um desenho e eu dou-te um murro! Todos os anos, quer no Natal, quer no teu aniversário, tu dizes para eu te fazer um desenho! ISSO É PARA OS BEBÉS e eu já tenho 12 anos! Ainda por cima tu dás me sempre coisas caras e fantásticas.. Normalmente a cima dos 6000 Yen. Não sei como consegues, mas sei que vais ser recompensado, portanto como é óbvio, não te vou fazer nenhum desenho!

Kasuto não consegue reagir. Tanto drama aconteceu e tão depressa que não sabe mais o que dizer para além de um ‘Obrigado’ envergonhado.

-Bem, Sugu, vai ver televisão ou entretem-te de outra forma qualquer. Vou para o quarto e só devo sair quando vier fazer o jantar. Mas não te preocupes! Apartir daí fico o tempo todo contigo até te ires deitar, está bem?

Suguha afirma que sim com a cabeça.

Kasuto sobe as escadas e vai para o seu quarto. Quando entra, fecha a porta.

Deita-se na cama, com o comando na mão e liga o pequeno televisor que tem em cima do móvel.

Notícias On

Empresa que criou o famoso jogo Sword Arto Online confirma agora um novo sistema de segurança com inteligência própria, para que não seja infiltrado com tanta facilidade.
O Sr. Kayaba Akihiko afirme que poderá haver interação entre os jogadores e o tal sistema inteligente e poderá este fazer-se passar-se por um jogador para detetar de perto algum erro no sistema ou relacionado com os jogadores.

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E agora uma notícia de última hora. Fãs em fúria dizem que o jogo Sword Art Online não está a funcionar. Queixam-se que não liga. Aparentemente, vão se fazer umas ultimas atualizações para verificar o que há de errado, mas segundo a empresa, voltará tudo ao normal dentro de talvez semanas.

Notícias Off

Kasuto desliga o televisor, conformando-se que não vai ver mais nada, mas volta a liga-la, apenas para ficar a ouvi-la como barulho de fundo.

Ele apenas fica ali deitado, sozinho com os seus pensamentos.
Ele mete a mão nas calças, á volta do ‘seu material’ pensando em fazer ‘aquilo’ mas rapidamente decide não o fazer. Tem a irmã em casa e prefere não o fazer nesse caso.

O tempo passa e Kasuto continua deitado, sem adormecer, apenas a pensar.

‘’Quando é que será que tudo isto vai mudar? A minha vida precisa de uma reviravolta. Está tudo igual, todos os dias, de todas as semanas, de todos os meses! Acho que está tão repetido que me lembro do que fiz á 2 anos atrás. Tenho a certeza que estava a fazer o que faço hoje em dia. Excepto que hoje gastei 40 minutos da minha vida á espera de uma coisa que nem consegui. Que inutilidade!’’

Os pensamentos de Kasuto são interrompidos por um bater continuo do outro lado da sua porta entre o quarto e o corredor.

-Kasu, estas a dormir? –Fala Suguha do outro lado da porta-

Kasuto olha para o lado e vê no seu relógio digital de cabeceira que já eram 20:03.

-Vou já, Sugu!

Kasuto levanta-se e abre a porta. A sua irmã está ali especada a olhar para ele com um sorriso de orelha a orelha.

Kasuto sente-se feliz e contente por ver a irmã a mostrar tanto afecto por ele.

Kasuto passa-lhe a mão na cabeça e dirige-se para as escadas. Suguha acompanha-o.

-O que queres comer? –Pergunta ele, quando chega á cozinha-

Suguha senta-se na mesa de jantar e responde inocentemente que ele podia cozinhar aquilo que lhe apetecesse.

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Depois do jantar, ambos vão para a sala de estar, sentam se e ligam a televisão.

Kasuto mete o braço estendido pelo topo do sofá até cair ligeiramente para trás, enquanto Suguha deita-se estendida no resto do sofá com a cabeça em cima da perna dele.

Kasuto, ligeiramente espantado (potque ela não faz isso desde que tinha 7 ou 8 anos) olha para ela e vê que já tem os olhos fechados.

Num pequeno e leve suspiro, Suguha diz baixinho:

-Acho que vais adorar o teu presente. Vais ver que sou a melhor irmã do mundo.

Um aperto no coração de Kasuto ocorre. As palavras de sua ‘irmã’ ecoam na sua cabeça. Lembrou-se que haverá um dia que ele ou alguém lhe terá de dizer que eles não são verdadeiramente irmãos.
Suguha é sua prima que veio morar com eles desde bebé devido a falta de condições na sua antiga casa, junto com os seus pais, tios de Kasuto.

Kasuto passa-lhe a outra mão na cabeça e sussurra ‘De certeza que sim, Sugu. De certeza que sim!’

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