Era estranho está de volta no palácio depois de duas semanas na casa da minha avó e depois da conversa que tive com mamãe tinha que concordar com meu pai. Mamãe sabia das coisas.

–Enzo por que você não vai até a sala de música? Raina está lá. - mamãe sussurrou para mim enquanto pegava alguns documentos de minha mão.

–Você não acha precipitado? - questionei inseguro.

–Não. Acho que você está é atrasado. Vá até ela, preciso ficar a sós com seu pai para falarmos sobre alguns projetos para serem votados no parlamento. -ela disse me puxando da cadeira.

–Sei esses “projetos”. - disse malicioso enquanto olhava meu pai escrever algo em uma folha alheio a nossa conversa e aos planos de mamãe.

–Cuide da sua vida garoto que está bem bagunçada por sinal. - ela brincou antes de me empurrar para fora do gabinete dela.

Sorri e fui em direção a sala de música e logo ouvi uma música maravilhosa que estava sendo tocada por Raina.

–Oh Deus, você me assustou. - ela sussurrou assustada assim que me viu parado na porta.

–Me desculpe é que sua música me fez viajar. - disse suave e ela sorriu.

–Você sabe tocar? - ela questionou e sorri.

– De quem você acha que é esse piano?!- brinquei e pisquei para ela que corou. - Sou o único desse palácio que sabe tocar piano. E sou bem ciumento com ele.

–Me perdoe, é que a rainha Madeleine disse que eu poderia usá-la para me distrair. Não sabia que era seu. - ela sussurrou envergonhada e sorri antes de me sentar ao seu lado.

–Tudo bem. Mais pelo que me lembre você está me devendo uma música. Então, gostaria de tocar comigo? - questionei e ela sorriu.

–Adoraria. - ela sussurrou e começamos a tocar.

Naquele momento todo o encantamento que havia sentido por ela quando nos conhecemos voltou de uma forma lenta e devastadora. Parecia uma chama que queimava meu coração, mudando-o, transformando meus sentimentos de uma forma que eu jamais havia pensado existir.

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Passar as tardes tocando com Raina havia se tornado meu passatempo preferido, se bem que qualquer coisa que a envolvesse me agradava.

–Dá para você parar de ficar olhando para a Raina? Se você não percebeu a coitada está sem graça. - Ian disse ao meu lado enquanto conversávamos na recepção oferecida por meus pais ao imperador da china que veio fazer alianças com os dois.

–Me desculpe, mas eu não consigo parar de olhá-la. - disse culpado e ele sorriu antes de colocar seu braço em meus ombros.

–Sabe o que isso significa querido primo?! Significa atração e não é aquela simplesmente física. É algo mais forte. Por que você não a convida para dançar? - ele sugeriu e concordei antes de ir até ela.

–Com licença altezas, mas gostaria de perguntar se a princesa Raina aceitaria dançar comigo? - questionei oferecendo minha mão a ela que aceitou sorrindo.

–Alteza, acho que deveríamos ter um encontro. Você não acha? - questionei enquanto dançávamos.

–Não sei se seria apropriado. - ela disse incerta e sorri.

–Tudo bem, sei que você ainda não se senti segura em relação a mim e respeito isso. Mas quando se senti r pronta quero ser o primeiro a saber. - pedi e ela sorriu enquanto girávamos pelo salão.

–Você será o primeiro a saber Lorenzo. - ela assegurou e paramos de dançar assim que a música acabou.

–Posso ter outra dança? Ou quem sabe ser seu único par essa noite?!- brinquei e ela sorriu um pouco corada.

–Eu adoraria alteza. - Raina sussurrou e log começamos a dançar novamente pelo salão.

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Hoje faziam 7 meses que meu avô havia falecido, em sua homenagem houve uma missa na catedral de Sophia para onde fomos naquela semana.

–Seu avô devia ter sido algum incrível. - Raina sussurrou enquanto saímos da igreja após a missa.

–Ele era. Você teria gostado de conhece-lo.- assegurei enquanto os fotógrafos nos cercavam com suas perguntas de sempre.

–Príncipe Lorenzo, vossa alteza já está noivo da princesa Raina? - alguém questionou e suspirei tentando responder a todas as perguntas.

–Ainda não. - disse e logo nossa limusine chegou.

–Princesa Raina, o que vossa alteza achou do príncipe Lorenzo? - outro jornalista questionou.

–Que ele é a pessoa mais maravilhosa e linda que já conheci na vida, e sou uma felizarda em tê-lo por perto. - ela disse amorosa enquanto olhava para mim.

–Eu também querida. - sussurrei com amor e beijei sua bochecha direita antes de entrarmos na limusine.

Deixando os jornalistas loucos por notícias.

–Por que você me beijou? - Raina questionou confusa com a mão no local onde eu havia beijado.

–Por que eu queria demonstrar o quanto você é importante pra mim. - sussurrei e ela deixou sua mão cair em seu colo antes de dá um beijo rápido em minha bochecha que a fez ficar vermelha.

–Você também é importante pra mim. - ela sussurrou sem jeito e sorri maravilhado pela sensação que aquele simples beijo na bochecha me fez sentir.