Decide que hoje eu iria fugir das responsabilidades de ser um príncipe e iria dá uma volta, mais precisamente ia ver alguém que não via desde o enterro do meu avô.

–Cami? – chamei abrindo a porta assim que toquei várias vezes a campainha.

–Bem-vindo ao lar querido. - ela disse aparecendo na sala usando uma camisola transparente o que me fez sorrir maliciosamente antes de ir até ela e beijá-la em seguida.

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–Pensei que você havia deixado de me amar. - Cami sussurrou triste enquanto apoiava seu queixo em meu peito para me ver.- Por que não veio me ver antes?

–Eu bem que queria Cami, mas não dava. Eric está no meu pé e minha “prometida a noiva” acabou de chegar, então tenho que ser mais cuidadoso do que nunca.

–Então, minha rival chegou. Como ela é? Aposto que ela não sabe te enlouquecer como eu. - ela disse convencida enquanto se sentava na cama.

–Você não fica com cume de eu estar “conhecendo” outra? - questionei confuso e ela sorriu.

–Claro que não, sei que você gosta de mim. E cá entre nós, sou melhor do que qualquer princesa por ai.

–Isso você é mesmo. - sussurrei e a puxei para um beijo retomando assim nossa tarde de amor.

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–Você foi vê-la não foi? - Eric questionou saindo da passagem secreta que havia em meu quarto.

–Quer me matar do coração?!- questionei assustado enquanto ele me olhava de braços cruzados.

–Você não tem vergonha não?! A Raina não merece isso.

–Por acaso você está afim dela?! Por que se estiver pode ficar com ela. - ofereci e ele me olhou chocado.

–Quem é você seu idiota?! – ele questionou chocado. - Raina não é uma coisa Lorenzo para você sair oferecendo por ai. Ela é uma pessoa maravilhosa que não mereci ficar com você.

–Não sei o que ela tem que deixou vocês deslumbrados.

–Se você se permitisse passar um tempo com ela quem sabe não descubra, seu idiota. - ele disse com raiva antes de voltar por onde entrou. - Há, e sobre seu caso, não se preocupe não vou contar para ninguém. Mas um dia essa mentira toda vai se voltar contra você.

–Tau Eric. - disse expulsando-o do meu quarto e ele saiu sem dá tau.

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O jantar foi silencioso o que foi estranho, afinal minha família adorava conversar durante as refeições. Mais assim que olhei para os meus pais percebi que eles não estavam nenhum pouco felizes por eu passar a manhã fora, acho até que eles sabiam o que andei fazendo.

–Raina, você pode tocar para mim? Gosto de ouvi-la tocar, é tão bonito. - Lyssa disse suave e Raina sorriu.

–Claro querida, alguma música especial?

–A que você mais gosta.

–Acho melhor você não se acostumar tanto com ela Lyssa, ela pode ir embora tão rápido quanto veio. - disse grosseiro enquanto cortava minha comida.

–Lorenzo. - meu pai gritou furioso assustado a todos, principalmente a mim. - Escritório, agora.

–Pai, só falei a verdade. - tentei me defender de uma sessão de sermão torturante.

–Não há verdade ou honra em ser cruel e agressivo com alguém que não fez nada para receber tal tratamento. - ele disse furioso enquanto me olhava desgostoso. - Onde foi que errei com você?! Nem parece o menino amável que criei.

–Eu cresci pai. Não sou mais um menino, sou um homem e não quero me casar obrigado com ninguém. Não vou ser um fantoche nas mãos dos parlamentares como você foi. - gritei furioso e todos me olharam chocados.

–Saia dessa mesa agora e vá para o seu quarto, não quero vê-lo mais hoje ou juro por Deus que te dou a surra que você nunca levou na vida seu moleque mimado. - ele gritou furioso e me levantei da mesa de cabeça erguida.

–Como se você fosse me bater. Você nunca nos bateu na vida, por que iria começar agora? - desafiei meu pai que me olhou furioso antes de vir para cima de mim.

–Por favor, rei Edward não faça algo que irá se arrepender. Sei que vossa majestade não é assim, seu filho está nervoso. - Raina pediu na minha frente me protegendo do ataque de fúria repentina do meu pai.

–Raina tem razão querido, você está nervoso e conversarei com Lorenzo depois. - mamãe disse segurando meu pai que tremia de raiva.

–Saia daqui Lorenzo, antes que eu cometa uma loucura. - meu pai implorou entre lagrimas e sai correndo da sala de jantar para o jardim.

O que eu havia feito?!

Meu pai jamais tinha partido para cima de mim para me bater, ele jamais havia se descontrolado conosco e ele havia acabado de fazer isso na frente dos meus irmãos.

Eu era o pior filho do mundo.

“Você tem que resistir, não pode deixar que eles nos separem. O rei de verdade é você e não seu pai.” – Cami sussurrava em meu ouvido toda vez que fazíamos amor.

–Alteza? -ouvi Raina chamar e virei para vê-la.

–Por que você se colocou na minha frente? Por que se arriscaria a se machucar por alguém que te despreza? - questionei entre lagrimas.

–Por que vi o quanto seu pai te ama, e vi nos olhos dele o quanto sua ação o assustou. Não deixe que você mesmo destrua uma família tão linda e unida quanto a sua. - ela aconselhou antes de me deixar sozinho com minha culpa esmagadora.