A Dama da Morte escrita por HeyTsuki


Capítulo 2
Esses mordomos, pesquisando.


Notas iniciais do capítulo

Bem, esse capítulo está curtinho pois eu não ia postá-lo ainda, mas já tinha demorado muito. Bem, é isso.



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O dia não havia começado muito bem para eles. Por volta de umas cinco e meia da manhã, Annie pulou da cama de Phipps para a cama de Grey, acordando-o antes mesmo de o sol raiar. Isto havia garantido com que Grey ficasse com mau-humor. Eles se arrumaram e Phipps esperou Grey terminar o seu café da manhã (Que para uma pessoa com alimentação normal, equivaleria a todas as refeições de seu dia).

Saíram apressados, em direção à Scotland Yard. Por mais que seus oficiais fossem inúteis e orgulhosos, eles possuíam uma grande quantidade de informação que seria crucial para a resolução deste caso. Aquela manhã estava terrível. As estradas estavam lamacentas devido à tempestade da noite anterior, dificultando a passagem da carruagem, que balançava muito durante o percurso.

─Quem você acha que está por trás de tudo?─ Perguntou Phipps, tirando Grey de seus pensamentos.

─Se eu realmente soubesse quem está matando todo mundo, o caso já estaria encerrado e nós não estaríamos indo visitar aqueles idiotas. ─ Respondeu Grey rudemente, se referindo aos agentes da Scotland Yard, enquanto encarava a cidade que passava ligeiramente do lado de fora da carruagem. Ficou-se um silêncio, que logo foi quebrado pelo Conde Grey, que havia mudado de humor repentinamente. ─ Mas vai ser facinho resolver este caso. Cada dia alguém é morto, então podemos que ele não é um assassino fortuito, ele tem um objetivo. Se nós descobrirmos este objetivo, ou simplesmente os seus métodos de matar nós acharemos o criminoso. ─ Ele levantou o dedo indicador como se tivesse uma brilhante ideia.

─Alguma ideia de como descobrimos isso?

─Que tal se nós ficássemos “amigos” de alguém próximo de uma vítima? Poderíamos tirar informações dela, com quem a vítima se envolveu, para terminar logo este caso. ─Propôs o menor.

Finalmente haviam chegado ao destino. Saíram da carruagem e caminharam em direção a um prédio alto e marrom-avermelhado. Eles adentraram neste estabelecimento e foram falar com um agente.

─Olá senhor, tudo bem? Nós podemos falar com o senhor Randall? ─ Perguntou Phipps gentilmente.

─São vocês... ─Ele revirou seus olhos. ─O senhor Randall não está, se vocês querem falar com ele, por favor, voltem mais tarde.

─Não tem problema, nós já vamos ficar por aqui. Iremos subir, até. ─ Conde Grey puxou Phipps e foi até as escadas.

─Vocês não podem subir sem permissão! ─Gritou o rapaz.

─Sim, nós podemos. ─Retrucou Grey.

E subiram apressadamente, por uma escadaria que não parecia ter fim. Esta escada dava para uma biblioteca gigantesca, com milhares e milhares de prateleiras cheias de arquivos de casos completos e em andamento. Um oficial estava sentado em uma pequena mesa no canto da sala enquanto lia alguma coisa. Ao ouvir os passos dos jovens, levantou os olhos e perguntou:

─O que vocês querem aqui?

─Infelizmente, nós vamos ter que pedir a ajuda de vocês. Onde está o arquivo das pessoas que estão sendo mortas diariamente?─ Perguntou Grey enquanto encarava algumas prateleiras, tentando achar o caso que procurava.

─N-nós não podemos lhes dar estas informações. P-por favor, vão embora─ Gaguejou o oficial.

─Você sabe quem nós somos? ─ O conde se aproximou e se apoiou na mesa. Seu olhar era ameaçador, fazendo com que qualquer um ficasse com medo.

─N-não senhor. ─O policial engoliu em seco.

─Pois deveria. Nós somos os mordomos oficiais da Rainha Victória, somos nobres. Temos mais autoridade pública que essa sua corporaçãozinha que não consegue nem resolver um caso sequer. Meça suas palavras antes de falar conosco. Agora, vou perguntar de novo: Onde está o arquivo que contém as mortes que estão acontecendo diariamente?─ A esta altura, o policial já estava aterrorizado.

─E-ele está na prateleira D, próximo da parede. ─Ele apontou para uma prateleira localizada no fundo da sala.

Charles Grey se afastou e, junto de Phipps, começou a procurar pelo arquivo desejado. Mesmo tendo a informação de que o que procuravam estava naquela prateleira, àquela busca poderia durar horas, pois todas as prateleiras eram gigantescas e cheias de documentos. Phipps começou olhando as papeladas que se encontravam do lado esquerdo, enquanto Grey do lado direito. Depois de mais de quarenta minutos de busca, Phipps finalmente achou. Chamou Grey e ambos começaram a escrever o que lhes interessava, como o nome das vítimas até o presente momento, os locais dos assassinatos e as datas.

Ao terminarem, guardaram o arquivo, Phipps foi até o oficial desculpar-se por seu companheiro ter o assustado.

Desceram as escadas, voltando novamente à recepção. Chegando lá, eles se depararam com uma jovem que estava discutindo com um policial. Seus cabelos eram negros, sua pele um pouco mais escura que a dos rapazes. Seus olhos eram pretos e seu rosto era cheio de sardas.

─Eu estou falando a verdade! Acreditem em mim! ─ Gritou a moça, enquanto seus olhos se enchiam de água.

─Me desculpe senhora, mas é impossível que acreditemos nisso. Magia não existe. ─ O policial respondeu calmamente. ─ Por favor, vá embora.

Uma lágrima escorreu do rosto da jovem, a qual secou rapidamente e saiu correndo.

─Vamos Phipps, nós não temos o dia inteiro para ficarmos plantados aqui. Nós temos coisas para fazer, e eu quero terminar isto logo, já estou com fome! ─ Grey começou a puxar seu companheiro, mas este continuou parado encarando o lugar por onde a jovem havia saído. ─É... Phipps? Vamos, você quer ficar olhando até quando para lá.

Grey foi ignorado com sucesso. Phipps soltou seu braço das mãos de Grey e seguiu para onde aquela garota tinha ido. Milhares de pensamentos invadiram a mente do menor. Um sentimento ruim tomou conta de si. Este sentimento parecia ser... Ciúmes.

Não, eu não posso ter sido ignorado pelo Phipps, pensou Grey, estático.


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