A Dama da Morte escrita por HeyTsuki


Capítulo 1
Esses mordomos, nova missão.


Notas iniciais do capítulo

Oi gente. Eu fiz este capítulo como uma introdução para a história. Espero que gostem!



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Londres estava fria e chuvosa, a lua, que deveria estar iluminando aquela noite, ficara completamente coberta por nuvens escuras.

Dentro do palácio real era inevitável ouvir o alto som da tempestade que atormentava a capital daquele belo país.

Repentinamente, dois rapazes adentraram em um gigantesco salão. O rapaz menor era dono de cabelos brancos, desalinhados até o queixo, com uma mecha atrás que ia até quase metade de suas costas. Ele usava um fraque branco, aberto, revelando uma camisa preta com alguns arabescos brancos nas pontas. Um cinto que guardava uma espada pendia em sua cintura. Ele usava uma calça branca, justa, por dentro de botas brancas, com listras na parte superior e um acessório preto, como uma flor, de cada lado. Ele era magro, tinha olhos cinza e sua aparência era um tanto quanto infantil.

O outro era um pouco mais de um palmo maior. Seus cabelos eram igualmente brancos, curtos e repicados. Seu rosto era mais sério e adulto, seus olhos eram azuis e ele possuía uma pinta no canto do lábio. Usava fraque branco, fechado, adornado com cordões pretos. Usava dois cintos, sendo que um deles pendia uma espada e usava sapatos pretos. Fora isto, sua roupa era idêntica a do outro. Até o laço, que ficava acima de um pingente da Rainha Victória era igual.

─Senhor Grey! Senhor Phipps! ─ Disse uma senhora, que se localizava no centro da sala, sentada em uma mesa enquanto tomava chá. Ela usava um vestido preto, de viúva e era escoltada por um jovem de cabelos brancos e óculos escuros, mesmo não estando sol.

─Por que a Vossa Majestade nos chamou aqui? ─ Perguntou o maior.

─Meu caro Phipps, como o senhor já deve saber, eu mandei o meu querido rapazinho, o Conde Phantomhive, para um caso fora do país, então eu precisarei que vocês dois resolvam outro caso para mim. ─Informou a Rainha calmamente.

─Que chato! Só porque aquele pirralho está fora nós temos que fazer este tipo de serviço. ─Cochichou o menor, de forma somente audível para Phipps, que o beliscou logo em seguida como um aviso para ele não falar mais algo deste tipo. ─Ai!

─Nestes últimos dias... ─Continuou a Rainha, fazendo uma pequena pausa logo em seguida e soltando um suspiro. ─Para ser mais exata, nestes últimos 70 dias, 70 pessoas foram assassinadas, uma a cada dia e isto está aterrorizando o meu amado povo. Por favor, eliminem esta praga da nossa nação o quanto antes.

─Sim, Vossa Majestade! ─ Disseram em uníssono, com o menor ainda fazendo uma careta de desgosto. Logo em seguida, saíram daquele lugar, caminharam por um tempo e adentraram em um quarto. Este quarto era consideravelmente grande, com duas camas, dois guarda-roupas, um criado-mudo entre as camas e uma escrivaninha com duas cadeiras.

Phipps foi em direção do criado-mudo, abriu sua gaveta e pegou uma vela e um fósforo. Acendeu-o com sua bota e passou sobre a vela, fazendo com que o pavio começasse a queimar e iluminasse todo o quarto. Já o outro se sentou em uma das camas, começou a passar a mão no lugar que havia sido beliscado e exclamou:

─Por que raios você me beliscou? Sabia que tá doendo até agora?

─Desculpa! Não era para te machucar, e sim para você ficar quieto. Já pensou se a Rainha tivesse ouvido o que você havia falado, Grey? ─Respondeu Phipps preocupado.

─Tá, tá, já entendi, não precisa ficar mais falando nisso. Ela não ouviu e ponto final! ─Ao terminar a frase, Grey cruzou seus braços e fez biquinho.

─Ainda bem que não. Mas mudando de assunto, onde está a Annie?─Perguntou Phipps. Annie era a galinha de estimação dele. Há alguns meses, na páscoa, quando estava jogando uma caça ao ovo na Mansão Phantomhive, ele havia feito dupla com Grey, e perdera o jogo, pois o ovo deles estava fertilizado e rachou-se, nascendo assim Annie. Grey simplesmente a odiava.

─Tomara que ela tenha fugido do palácio e, quando foi atravessar a estrada, alguma carruagem a atropelou. ─Phipps apenas o ignorou. Já sabia que discutir com Grey era impossível, e ele não queria se irritar. Apenas pegou a vela acesa e começou a procurar por todo o quarto o seu bichinho. ─ Quer saber? Enquanto você procura essa galinha, eu vou é comer. Fui!

Grey se levantou e saiu do cômodo, com passos pesados. Bateu a porta ao fechá-la e foi em direção à cozinha.

─Já estava esperando ele ficar com fome. ─Phipps disse enquanto encarava a porta com uma pequena risada. ─Mas voltando cadê a Annie?

─Phipps, socorro! Vem tirar isso de mim! ─A procura de Phipps havia sido interrompida com um grito vindo da cozinha. Ele largou imediatamente a vela no criado-mudo e saiu correndo para ver o que estava acontecendo.

Ao chegar lá, a cena era um tanto quanto engraçada. Grey estava deitado no chão com uma galinha, Annie, em cima dele.

─... ─Phipps encarou a situação por um tempo, só voltando a realidade com os gritos de Grey.─ Acho que você achou a Annie.

─Você acha? Tire ela de cima de mim agora! Ela está me bicando. É por isso que eu odeio esses bichos, eles só servem como comida! ─Grey ainda gritava, estava muito estressado.

Phipps foi retirar a galinha do amigo. Pegou-a no colo e fez um pequeno cafuné em sua cabeça.

─Não precisa ficar mais com medo, bebê. Eu estou aqui! ─ Phipps imitou voz de criança enquanto falava com a galinha.

─Ela não precisa ficar mais com medo? Ela me atacou e não precisa mais ficar com medo? Bem, ela não precisa mais ficar com “medo”, se eu causo medo em um animal tão repugnante, vou dormir. E você deveria fazer o mesmo, já que não vamos dormir até tarde amanhã. ─Grey se levantou e saiu da cozinha bufando.

Ele havia ido dormir, e Phipps ficou brincando com Annie mais um tempo, antes de ir deitar também. Já passava da meia-noite e logo de manhã eles teriam que começar a investigar sobre os assassinatos em série.


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram?
Se sim, comentem, por favor (Ou não, vocês que sabem)