Uma Nova Etapa escrita por Bianca Saantos


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

*Oi Oi Genteee

*Obrigadaaa aos comentários do capitulo anterior, inspiradores como sempre. Aqui vai mais um bjs!!

*Boa Leitura !!



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Por Violetta *

Francesca saiu batendo a porta, eu me assustei, nunca a vi agindo desta maneira tão descontrolada. A Francesca sempre foi calma e sempre me escutou nas piores horas, não sei por que decidiu dar a louca deste jeito tão doido.

Eu estava certa, eu tinha que me afastar do León já que nós não estamos nos dando tão bem. Por mais que eu o ame, prefiro vê-lo feliz longe de mim do que se irritando e cansando ao meu lado.

Eu sei que ele não gostou que eu e o Fred passássemos à tarde, juntos, mas eu estava mal, ele me deixou mal, não tinha porque eu recusar um pedido para ir até a biblioteca, de alguma forma eu me diverti, e esqueci por um momento da briga boba e ridícula que tive com o León.

Por León *

_Ela vai me deixar louco – reclamei a minha mãe que estava comigo no telefone. Eu não era muito de desabafar com minha mãe, mas eu precisava de uma opinião feminina, e a Francesca não estava por perto hoje. – Juro que qualquer dia desses, eu piro.

_León... Ela é uma garota, e está magoada, normal que se sinta assim amor.

_Mãe, você não entende. Depois que discutimos, ela saiu com um cara que ela sabe que eu não suporto. Você não consegue ver a gravidade disso? Ela foi longe demais. Eu nem imagino o que ele pode ter tentado com ela.

_Não pense besteira, a Violetta é uma menina direita, eu sei que jamais ela deixaria alguém a desrespeitá-la se vocês ainda estivessem juntos, mas agora que não estão... – a interrompi.

_Mãe, nós só demos um tempo.

_León... – ela suspirou. – Não gosto de te ver tão estressado meu amor, você sabe que uma mãe sempre quer ver o seu filho bem, e você não está bem.

_Eu vou ficar mãe.

_Vai mesmo? Não quer mais uns conselhos e...

_Não mãe, estou de boa. – falei rindo do desespero dela. – Obrigada por me ouvir, a senhora faz falta no meu dia a dia. – falei relembrando dos nossos momentos juntos.

_Eu também sinto, preciso do meu filhote aqui comigo. – ela disse com a voz chorosa e eu ri. – Te amo MUITÍSSIMO. – exagerada como sempre.

_Eu também te amo mãe. – falei rindo.

_Só mais uma coisa meu filho... Ouça o seu coração. Ele sempre sabe o que é melhor.

Depois de agradecer e minha mãe ficar enrolando para desligar o telefone, dizendo que estava morrendo de saudade e que sem mim minha irmã não era a mesma de sempre e blá... Blá... Blá...

Coloquei o celular em cima da cômoda e comecei a pensar em tudo que estava acontecendo. Tá, o mundo de um adolescente é ridículo ao mesmo tempo em que é bom. É legal se apaixonar e tal, só que machuca desapegar depois.

Por Ludmila #

_Sapatos ok. Saias ok. Vestidos ok. Blusas ok. Calças ok. – olhei por mais um tempo a mala que estava em minha cama e logo me lembrei. – Mãe, eu preciso da passagem. Meu vôo é daqui cinco horas.

_Não está se esquecendo de mais nada? – ela disse, vindo com um envelope branco nas mãos, onde estavam meus documentos.

_Acho que não. – respondi olhando a mala novamente. – Tenho tudo pronto por aqui.

_Quando você volta filha? – ela perguntou em um tom preocupado e triste.

_Mãe, quando eu estiver menos confusa, eu volto, e a gente conversa.

_Você não disse que ia ficar apenas uns dias? – ela perguntou um pouco alterada.

_Calma mãe... Alguns dias podem significar duas semanas, ou um mês, eu não sei direito, só preciso me afastar.

_Não vou dizer que gosto, porque você sabe que não. – ela disse cruzando os braços. – Vou pedir para a empregada preparar algo para você comer, não pode sair daqui com fome, comida de avião não é tão bom assim.

Minha mãe saiu de meu quarto, irritada, mas eu não tinha culpa, eu não gostava de fugir dos problemas, mas no momento parecia minha única opção. Meus pais contrataram uma instrutora, para me ajudar com estudos o tempo que eu quiser ficar fora.

_Alô – atendi assim que o meu celular tocou.

_Ludmila – era o Federico, sempre animado. – Como está?

_Bem – respondi jogando meu corpo na cama e batendo minha cabeça no travesseiro macio. – Por que me ligou?

_Bom, eu queria saber apenas se você estava bem – ele respondeu um pouco sem jeito e eu ri. – Fiquei sabendo do seu término com o Diego, e fiquei preocupado com você.

_Eu estou bem – repeti.

_Queria saber se a gente podia marcar de se encontrar, sabe... Só para conversar, como amigos. – ele disse.

_Eu não vou poder Fe. – falei em um suspiro triste.

_Eu entendo... – ele disse desanimado. – Não queria apressar as coisas, desculpas.

_Não Federico, eu não vou poder sair com você porque amanhã eu estou indo para França. – respondi e a linha ficou alguns minutos muda.

_É uma viagem em família? Por quanto tempo vai ficar lá? Uma semana? – disparou perguntas e eu tentei responder na calmaria, sem magoas e sem stress.

_Não é uma viagem em família. E eu vou ficar lá por tempo indeterminável. Volto quando eu estiver com a minha consciência tranqüila, sem dúvidas. – respondi.

_Está confusa não é mesmo? – ele meio que afirmou e perguntou. – Por foge? Vamos conversar os três, será bem mais fácil resolver isso logo. E também será algo maduro vindo de sua parte.

_A decisão já foi tomada Federico – falei um pouco dura, confesso. – Vou hoje mesmo, e não tem como voltar atrás, desculpa. – desliguei antes dele poder me dizer alguma coisa.

Por Angie #

_Angie – Germán me chamou entrando no quarto animadamente, onde eu estava lendo um livro de suspense, super interessante. – Consegui. – ele disse entusiasmado.

_Conseguiu o que? – perguntei fechando a revista e tirando meus óculos de leitura.

_Marcar a data do casamento. – ele disse feliz e eu arregalei os olhos.

_Germán, combinamos de pensar nisso depois, é muito cedo para a Violetta aceitar isso assim. Nem falamos nada com ela. – falei surpresa e ao mesmo tempo irritada. – Para quando você marcou?

_Daqui a dois meses. – pronto.

_Como você quer que nos preparemos para casar daqui a dois meses? Está louco? Como escolher um vestido, um salão, os padrinhos, a decoração, os convidados e outros milhares de coisas em apenas dois meses? E ainda por cima nem comunicamos a sua filha, ela pode ficar doida e reagir muito mal. Além de diretora eu sou psicóloga, eu sei o que a maioria dos adolescentes sente nessa época da vida.

_Quanta neura Angie. – ele disse se sentando na cama junto comigo. – É um casamento simples sem dificuldade alguma.

_Até o simples é trabalhoso Germán. – falei olhando para ele.

_Fazemos um esforçinho. – ele disse beijando minha bochecha e eu sorri.

_Tudo bem – me rendi e ele sorriu largamente. – Mas... Como vamos contar à Violetta?

_Viajaremos para a Califórnia em algum fim de semana, e a avisamos, ela gosta de você, não se preocupe.

_Não tenho tanta certeza. – ele riu. – Mas se você acha que é a coisa certa a se fazer e tem certeza, eu te apoio, ok?

_Obrigada, você foi à melhor coisa que me aconteceu.

_Você também – falei pegando em sua mão que estava por cima da cama e assim nos transmitimos um olhar cheio de amor e carinho.

Por Francesca *

Eu estava na quadra de basquete. Fazendo? Pensando. Peguei uma daquelas bolas apropriadas para os jogos e comecei a bater no chão como os garotos do time faziam para treinar.

Aquele lugar estava vazio, e isso era bom para se afastar da pessoa que você creia que era sua melhor amiga, e do nada se revolta contra você. Isso é ridiculamente desnecessário, pelo menos para mim.

_Reys? O que faz aqui? – escutei uma voz masculina me chamar e logo olhei para trás. Encontrando a imagem de Ben.

_Pensando – respondi sorrindo suavemente para ele.

_Posso saber no que? – perguntou descaradamente pegando a bola de minha e em um salto acertando a cesta.

_Não – falei rindo. – São coisas minhas.

_Sei... – ele disse fazendo outra cesta, como se aquilo fosse à coisa mais fácil do mundo. – Brigou com o namorado. Adivinhei?

_Não seu bobo. – falei rindo. – Porque quando eu estou assim, você sempre acha que eu briguei com o Marco?

_Ah... Vai saber! As garotas quando estão muito pensativas, ou com uma expressão triste, é porque brigaram com o namorado, ou não acharam o que queriam no shopping.

_Você é um idiota – afirmei e nós rimos.

_Fala o que você tem, ou vou ficar te irritando até você falar.

_Não é nada de mais. – respondi. – Apenas um desentendimento com a Violetta.

_Castilho e suas encrencas. – ele disse rindo. – Mas o que houve desta vez? Ficou com ciúme do León? – perguntou fazendo mais uma de suas simples e incríveis cestas.

_Não, eles meio que deram um tempo, e ela ficou nervosa comigo por querer aconselhá-la. – expliquei. – Você acha que eu fiz mal?

_Não, você é a amiga dela, é seu dever ajudá-la em todas as situações, e dar conselhos para o bem dela.

_Ela não pensa da mesma forma.

_Falando nisso... O Fred tá super na dela. – ele disse parando o que estava fazendo. – E eu nem quero ver quando o Vargas descobrir que o Fred está apostando tudo em um relacionamento com a Castilho.

_A Violetta que se cuide. – suspirei cruzando os braços. – Cansei de alertá-la.

_Ela não parece ser fácil – rimos. – Vamos tomar algo, juntos?

_Cadê a Yasmim? – perguntei já sabendo que ela era muito ciumenta com aquele ser irritante que amava basquete.

_To sem stress por hoje. Ela foi visitar os pais dela. – respondeu engraçadamente e eu ri. – Hoje estou relax.

_Porque se sente tão aliviado quando ela não está aqui? – perguntei vendo realmente a calmaria em sua face.

_Eu amo a Yasmim, mas ela é meio dramática sabe? Além de querer estar comigo toda hora, grudada.

_Entendo. – rimos.

_Vamos? – estendeu a mão.

_Vamos.

Dei minha mão a ele e saímos da quadra, indo para uma lanchonete que ficava próxima a biblioteca. Eu amava os sucos de lá, acho que todos gostavam.

***Violetta***

Estava no auditório, recompondo a aula que eu faltei. Sim, eles eram muito exigentes. Priscila estava preparando as coisas para a nossa apresentação que tinha no meio do ano, e já estava bem próxima.

_Violetta, o que acha de você dançar a coreografia do cisne negro? – Henrique, meu professor, perguntou olhando para uma folha que estava em suas mãos.

_O que? – perguntei surpresa. – Não acho que estou preparada para isso.

_Você é muito talentosa, não se subestime. – Priscila disse largando o papel e caneta, me olhando seriamente.

_Apesar de que você hoje anda meio dispersa. – Henrique disse desconfiado. – E até agora eu não entendo o motivo de você ter faltado na aula, a Fernanda não gostou de ensaiar sozinha.

_Desculpe, é que eu estava com uns problemas pessoais, não pude vir.

Eles sorriram, mas não pareceram acreditar e eu continuei a ensaiar sozinha, sem a minha parceira. Foi meio chata a aula, mas pelo menos eu cumpri com os meus deveres.

***

Estava saindo do auditório e percebi que já eram sete horas da noite, hoje o dia fui puxado e chato. O céu estava escuro, e eu só acho que os professores não poderiam deixar a gente se matar de ensaiar até tarde.

_Fred? – perguntei o vendo sentado no banco, de frente para a entrada do auditório. – O que está fazendo aqui?

_Eu estava te esperando – ele disse com um sorriso nos lábios e eu desconfiei. – Digo, estava te esperando para falar com você.

_Ah! – falei achando aquilo super estranho, mas não dei importância.

Ele veio até mim dando um beijo na bochecha, e eu dei outro nele. Tropecei em um pequeno relevinho que tinha no chão e acabei indo parar em cima dele. Nós rimos, porque foi realmente engraçado. Só não fomos parar no chão porque ele me segurou.

Escutei passos vindos em minha direção e logo olhei para o lado. Surpreendi-me ao ver León segurando um buquê de rosas brancas, e digamos que eu ainda estava nos braços do Fred. Ele me olhou decepcionado, e parou um pouco distante. Saí dos braços do Fred.

Por León *

É... Talvez ouvir o meu coração não tenha sido a melhor coisa a se fazer...

...


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Notas finais do capítulo

O que acharam???



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