Uma Nova Etapa escrita por Bianca Saantos


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Hey Gente linda!

*Aqui estou eu novamente com um novo capítulo escrito. Obrigada, como sempre, aos seus queridos e belos comentários.

*Agradecimento especial a baixinhadopasquarelli pela linda recomendação. Em primeiro lugar sua recomendação ficou "Diwa" rs', e é logico que você sabe recomendar, pois estava incrível, e eu amei de paixão cada palavrinha escrita. E posso dizer que te adoro como leitora, sempre está comentando aqui, e eu amo muito isso. Obrigada por tudo *-*

*Agradecimento especial também a karolzinha winchester, nem preciso dizer que adorei receber uma recomendação sua né? Estava muito bonita, todas as palavras escritas com um carinho, pelo menos aos meus olhos. Agradeço por ter uma leitora como você, tão presente. Obrigada *-*

Boa Leitura Gente!!



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_É acho que vou indo. – falei dando meia volta com o buquê nas mãos.

Eu tinha escutado o meu coração. E eu senti que precisava ir atrás dela, pedir desculpas e voltar com ela, porque eu não poderia viver um segundo sem a presença de Violetta, e eu tinha absoluta certeza, que ela era a garota da minha vida.

Mas acho que eu estava errado. Acho que já me esqueceu, porque está nos braços de outro. Outro que eu tenho raiva, eu não acredito que foi capaz de me trocar tão rápido por esse babaca.

_León, espera!

Era a voz dela. Meu coração apertou, eu não podia fingir que estava tudo bem, porque não estava. Eu me sentia mal, magoado e totalmente decepcionado com as atitudes dela. Também sentia raiva. Raiva por ser um idiota em pensar que ela se importava com alguma coisa.

Por Violetta *

_Espera, por favor. – tentei impedi-lo e ele parou.

Toquei seu ombro e ele se virou com os olhos vermelhos. Eu estou ferrada. Eu não fiz por mal, não era minha intenção chateá-lo.

_Não é nada do que você está pensando. – falei desesperada. – Eu juro que não sabia que ele estava me esperando. Eu saí do auditório e ele estava aqui fora. Eu não sabia que você vinha também, eu juro que não tenho nada com...

_Violetta – ele tapou minha boca com sua mão, para eu calar a boca. Quando eu estou nervosa falo sem parar e sem ver que estou falando demais. Mas assim que ele tirou a mão voltei a falar.

_Me desculpe, eu não estava nos braços dele, na verdade eu estava, mas não estava porque queria, estava porque tropecei, e eu te falei que somos só amigos né? Não tem nada de mais em nossa relação e...

_Violetta – me chamou firmemente e eu calei a boca de uma vez.

Ficamos nos olhando durante uns segundos. Ele não tinha me dito nada, e eu boba como sempre falei demais da conta.

_O que você sente? – perguntei baixo e devagar.

_O que? – ele não entendeu a pergunta.

_O que você está sentindo neste momento? – perguntei olhando naqueles olhos que fazia tempo que não me fitava com tranqüilidade e paz.

_Raiva – ele disse se controlando o máximo, Fred ainda estava ali, um pouco distante, mas estava.

_Só raiva? – perguntei me aproximando mais dele e erguendo minha cabeça, pois eu era um pouco baixa e dava de cara com o peito de León.

_Mágoa. – ele disse praticamente em um sussurro, desviando o olhar do meu.

_E eu sinto tristeza por ver nossa relação desmoronando a cada dia que passa. – sussurrei próxima a sua orelha, na ponta dos pés. Ele fechou os olhos.

_Por que faz isso? – ele perguntou.

_Isso o que?

_Me provoca – disse.

_Não faço por mal. – falei e ele riu bem fraco.

_Mesmo que não fiquemos juntos, e que você me odeie pro resto da sua vida, e eu me arrependa depois... Eu preciso fazer isso. – antes de eu perguntar o que era. Aconteceu.

León selou meus lábios urgentemente. Dando inicio a um beijo cheio de emoção e saudade. Mãos fortes em minha cintura, o ajudaram a me manter literalmente colada nele, enquanto as minhas estavam entrelaçadas em sua nuca, o puxando para mais perto ainda, como se fosse possível, e de alguma maneira era.

Tudo exatamente perfeito e quente. Amo quando o León está descontroladamente caloroso e me quer como se eu fosse à única coisa que existisse no universo. E sim, eu sentia tudo isso em um beijo compartilhado com ele.

Separamos os nossos lábios, totalmente ofegantes. Os lábios de León estavam vermelhos e com vestígios de meu batom. Nossos narizes roçaram e ambos sorrimos. Momento tão bom, e serviu para eu ver que eu também não saberia viver sem ele.

_Eu te odeio – falei desencostando nossas testas e ele me olhou confuso. – Te odeio por não ter feito isso antes. – riu brevemente.

_Normalmente os casais que se beijam após uma briga muito feia, costumam dizer que se amam muito, e que não suportariam viver sem o outro. – ele sussurrou encostando nossas testas novamente.

_Não somos muito tradicionais. – rimos.

_Nunca fomos. – ele disse beijando minha testa.

Acabei esquecendo-me. Virei de costas e vi a imagem de Fred, nos olhando confuso e decepcionado. Eu estava sacando a paixãozinha dele que estava rolando comigo. Não posso deixá-lo sem entender nada. Quando saí dos braços de León para falar com o Fred, León segurou minha mão, impedindo que eu fosse.

_Qual o problema? – perguntei não entendendo.

_Você não vai falar com ele depois de tudo... Vai?

_León, mesmo que você não goste, eu preciso. Ele apesar de tudo é especial, e me faz sentir bem. – respondi e ele me olhou desgostoso, soltando minha mão.

Fui até Fred e o abracei. Sussurrei um: “desculpas”. Ele retribuiu meu abraço. Era bom ter tudo no eixo novamente. Dei um beijo na bochecha dele e encarei seus olhos que estavam menos tristes agora.

_Tá tudo bem as coisas entre ele e você?

_Sim, acho que sim. – respondi olhando para o León de longe, que estava de costas com as mãos no bolso da blusa.

_Boa Noite Castilho, me procure quando estiver precisando de uma dose de alegria. – ele disse com um sorriso de lado.

_Pode deixar. – respondi e o mesmo beijou minha bochecha.

Fred seguiu o caminho oposto e eu voltei até onde o León estava. O chamei e ele se virou, me olhando com uma seriedade anormal, pelo menos vindo da parte dele.

_O que foi?

_Precisava abraçá-lo? – perguntou cruzando os braços.

_Pensei que não estivesse vendo. – respondi cruzando os braços da mesma maneira, só que eu não estava enciumada ou irritada como ele estava.

_Virei de costa assim que você o... Abraçou. – ele disse enrijecendo sua face e eu ri.

_Seu ciúme é completamente exagerado. – falei acariciando seu rosto. – Às vezes parecia que você ai ficar louco quando me viu com Fred.

_Fico assim porque não acho certo.

_Você me dá medo de vez em quando com esse ciúme bobo. Até quando vou ter que dizer que eu te pertenço?

_Até o dia em que nos casarmos, e vivermos longe desses caras que querem te ver bem longe de mim.

_E quem me garante que eu vou me casar com você? – perguntei arqueando uma de minhas sobrancelhas, na brincadeira. Afinal ninguém sabe o que o futuro reserva para nós.

_O amor que sentimos um pelo outro.

_Você é fofo. – falei lhe dando um beijinho de esquimó. – Tenho que voltar para o dormitório, está ficando tarde.

_Eu te acompanho.

_León – o chamei. – E essas rosas aqui? – perguntei vendo o buquê de rosas brancas no chão.

_Ah é. – ele disse se abaixando e pegando as rosas. – São para você.

_Por que me deu rosas? É muito raro quando você faz isso. – falei admirando-as em minhas mãos.

_Ah você sabe. – ele disse olhando os pés.

_Não, não sei.

_Queria te agradar, e não vi outra forma. Então fui como os homens românticos, e acabei comprando essas rosas para você. – ele disse envergonhado.

_Hm – o perfume das rosas era ótimo. – Muito obrigada, são lindas. – falei e ele estendeu a mão.

Fomos caminhando tranquilamente, falando de assuntos que surgiam com o passar dos segundos. Éramos dois jovens, rindo apaixonadamente, pelo colégio, sozinhos, às oito e meia da noite.

***

Assim que cheguei a meu dormitório, coloquei as flores em cima da mesinha. E joguei minha bolsa para lá. Eu estava exausta. Escutei um som vindo do quarto. Francesca deveria estar ouvindo música, ou seja, deve estar brava comigo, pois ela só escutava música alta quando estava irritada com algo, ou alguém.

Abri a porta do quarto e lá estava ela. Fazendo os deveres de casa, com um monte de livros em volta da cama. Quem estuda com esse som? Fui até lá e o desliguei. A mesma me olhou por uns segundos mais não disse nada.

_Tá. Chega. Não podemos mais ficar assim. – novamente ela não disse nada, e continuou escrevendo. – Francesca, eu estou falando com você.

_Estou estudando. – ela disse ainda sem me olhar.

_Para de ser infantil. – reclamei cruzando os braços.

_Bom, eu não vou te dar ouvidos, você faça o que quiser. – ela disse fechando o caderno. – Como sempre você fez comigo, não vou te escutar, e quando estiver precisando de uma amiga, procure outra, porque essa aqui está cansada de aturar suas crises de bipolaridade. – falou saindo do quarto.

Fiquei sem entender absolutamente nada. Ela está ficando louca?! Só pode.

Por Ludmila #

_Última chamada para o vôo 574, com destino a França.

Peguei minha bagagem e me dirigi até o portão de embarque. Meus pais haviam me deixado no aeroporto mais cedo, pois sabiam que iam ficar com aquela palhaçada de não me querer deixar ir.

Estava dentro do avião já. Minha mão comprou uma passagem de primeira classe, desnecessário, mas ela queria que eu fosse ao conforto, mas eu não me sentia bem naquele ambiente.

_Boa Noite – um garoto com sotaque estranho se sentou ao meu lado. Ele parecia ser de classe alta, pois seus modos eram bem distintos.

_Boa Noite. – falei sorrindo como ele fez.

Ficamos em silencio, até o avia decolar. Eu apertei meus cintos, não tinha medo, mas voar de avião não me agradava muito, ainda mais sozinha, no meio da noite. Olhei para o lado, e o garoto parecia nervoso com o vôo, ri inaudível.

_Está tudo bem? – perguntei vendo que ele apertava com força o apoio de braços.

_Sabe, voar não é um dos meus hobbies preferidos. – ele disse com um sorriso forçado e eu ri, mas ele permaneceu calado, talvez envergonhado.

_Não se preocupe, não é tão ruim assim. – falei olhando a telinha da televisão, onde anunciava uma tempestade não sei em que lugar do planeta. – Você é francês? – perguntei voltando meu olhar para ele, e o mesmo parecia estar se acalmando pouco a pouco.

_Sim. – falou em um suspiro.

_O que estava fazendo na Argentina? – perguntei.

_Conhecendo – disse sorrindo. – Gosto muito da cultura, e também da língua.

_Hm... Entendi. – disse. – Como se chama?

_Clement – respondeu rapidamente. – E você?

_Ludmila.

_Bonito nome. – falou com um sorriso galanteador e eu ri.

_Obrigada. – agradeci.

O vôo foi normal, tirando algumas turbulências que fizeram com que Clement quase morresse, enquanto eu ria do seu estado, era errado, mas era engraçado demais.

***

_Oi Federico. - falei assim que cheguei no hotel. - Sim, eu estou bem, o voo foi normal e tranquilo, não aconteceu nada.

_Ainda bem, surtaria se tivesse acontecido. – disse aliviado e eu ri. - Estava preocupado, e posso garantir que já estou cheio de saudades.

_Mas não faz nem vinte quatro horas que eu saí do país. - falei rindo e ele me acompanhou.

_Qualquer segundo longe de você já é uma eternidade. - ele disse e eu suspirei sorrindo bobamente.

_Terá que esperar por um tempo. - falei me jogando na cama. - Não sei por quanto tempo vou ficar aqui.

_Eu espero, vou esperar o tempo que seja, só para tê-la de volta.

_Quando terminamos, pensei que nunca mais quisesse olhar em minha cara. - falei me lembrando do dia da festa.

_Não era pra tanto, eu estava com raiva.

_Eu entendo, e não te culpo.

_Preciso desligar Luh. - falou. - Minha mãe está me chamando para jantar. Até mais, e tenha uma Boa Noite.

_Boa Noite. - desejei.

...


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Notas finais do capítulo

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