Wrong fall escrita por RainhaIzzy


Capítulo 11
Capítulo oito, Acidente




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Eu batia nervosamente a ponta do lápis no meu caderno florido. Eu tinha voltado à escola fazia uns dois dias, hoje era sexta e todos estavam pensando nas festas que iriam. Até que não faria nenhum mal sair, mas quem disse que a vontade estava presente.

Vamos sair? – Heather sussurrou em minha mente.

Não estou com a mínima vontade.

Tudo bem, podemos pedir alguma coisa na sua casa? – Heather não tinha me deixado sozinha em quase nenhum momento, e isso estava ficando insuportável.

Heather, eu preciso ficar sozinha.

Eu entendo, quero que você me ligue por qualquer coisa, pode até ser uma unha quebrada!

Sorri e voltei minha atenção para a lousa, que agora estava coberta de equações.

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(Musica para essa parte: http://www.youtube.com/watch?v=RvnkAtWcKYg )

Na hora do intervalo, uma menina ficava encarando-me e sussurrando coisas para as garotas, que pareciam não gostar nada do que ela falava. Quando me enchi de tudo aquilo, marchei em direção à garota.

–Eu adoraria saber o que é tão engraçado pra você? – exigi, meus olhos cravados na garota que pareceu se encolher – Anda, vai ficar ai parada ou o quê?

–Ela estava falando de como deve ter sido ruim o sexo com o garotão, para que ele ficasse daquele jeito todo deprimido! – alguém da multidão que se formara em nossa volta, gritou.

–O quê? – meus olhos borbulharam de raiva. Como podiam dizer isso?! Eu não estava com vontade de chorar, ou muito menos de me esconder. Eu sei me defender sozinha, nesse momento, tudo que eu queria era chutar essa garota. E, basicamente, foi isso que eu fiz.

–Briga! Briga! Briga! – todos gritavam. Soquei a cara da garota com toda a minha força e ódio que eu tinha guardado dentro de mim, as juntas de meus dedos estavam roxas de tanto que eu batia, a cara da garota coberta de sangue que escorria de vários cortes.

–Ariel! – Heather gritou, puxando-me de cima da garota. Soltei-me de seu aperto, fazendo com que a alça da minha bolsa rasgasse com a tamanha força que eu me impulsionei para frente.

–Alguém, separa elas! – Heather gritou, mas eu tinha voltado minha atenção para a garota e nem me importei. Suor escorria de meu rosto e meus dedos pareciam que iriam quebrar a qualquer momento.

–ME SOLTA! – braços me puxaram, fazendo com que eu chutasse o ar inutilmente.

Quando os três garotos me colocaram no chão, Heather me jogou dentro do banheiro. Ela trancou a porta e veio em minha direção, foi tudo tão rápido que acabei nem percebendo quando sua mão atingira o meu rosto.

–Você enlouqueceu?! – gritou ela, o tapa de Heather ardia em meu rosto.

–Qual o seu problema?! – retruquei.

–O meu problema? Qual é o seu problema?!

–Você escutou o que ela estava falando?! Heather, você que enlouqueceu me tirando de lá!

–Cala a boca! Ariel, cala a boca! – Heather gritou, segurando a mão perto do corpo para que não acertasse mais um tapa em mim- Essa semana você tem agido que nem louca. Não liga pra nada, pra porra nenhuma! Eu estou cansada disso! Você sabe que o Logan não teve nada a ver com as coisas que você acusou ele, você sabe! Mas você tem medo de que ele faça o mesmo que a sua mãe, mas escute uma coisa, aquele garoto? Ele NUNCA levantaria um dedo pra você, na verdade, ele não deixaria que ninguém levantasse um dedo para você. Então pare! Aceite o que você sente! Que você esta perdidamente apaixonada por um anjo caído! Aceite e seja feliz ou recuse e aprenda a conviver com esse inferno, o inferno que você passa sem ele. O inferno que vocês dois compartilham, pois nenhum dos dois suporta ficar longe um do outro. Então, pare de dar piti! Aprenda que nem todos serão iguais a sua mãe! Aprenda a aceitar o amor, Ariel.

Sem fôlego, meu coração martelava meu peito e eu me perguntava se o de Heather fazia o mesmo. Ela estava certa, totalmente certa. Eu tinha que aprender do pior jeito para que a minha mente clareasse.

Sai correndo para fora do banheiro, não tinha mais ninguém ali. Parecia que na confusão, todos foram mandados para as salas.

–Pode me emprestar o seu carro?

–Pra que você quer ele? - Heather perguntou, caçando as chaves na bolsa.

–Eu explico depois! - catei as chaves de sua mão e sai correndo pelo corredor.

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(Musica para essa parte: http://www.youtube.com/watch?v=RvnkAtWcKYg )

Correndo, entrei no carro de Heather e, com dificuldade, liguei o carro e sai às pressas. Eu iria para o lar dos anjos caídos, eu sabia o caminho, eu tinha prestado atenção quando fui com Logan.

Acelerei o máximo que consegui, não ligando nem um pouco para a velocidade. Tudo que eu queria era estar nos braços de Logan.

Fazia sentido tudo aquilo? Nenhum! Era loucura, mas eu tinha que aceitar, não tinha como eu ser 100% perfeita que nem meu pai esperava, todos cometem erros e nenhum de nós é perfeito. Uma garota ruiva, que esconde o enorme coração atrás das roupas de grife, ensinou isso pra mim. De um jeito que era firme, sem ter como voltar atrás, tipo quando você era criança e arrancava o band-aid de uma vez.

Meu telefone apitava loucamente e só fui atender na 16° vez que ele tocara.

–Onde você esta?! - Heather gritou do outro lado da linha.

–Heather, eu não posso falar agora! - respondi, mantendo meus olhos na estrada.

–Ariel?! Você esta me assustando! Onde você esta?!

–Heather! Eu. Explico. Depois!

–Não você vai explicar agora e vai vir de volta para a escola!

Desliguei o telefone e o joguei no banco do passageiro, quando meus olhos focaram para a estrada, eles se arregalaram com o farol gigante do caminhão a minha frente.

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(Musica para essa parte: http://www.youtube.com/watch?v=NmugSMBh_iI )

Eu não conseguia nem respirar direito, meu peito se apertava cada vez que eu pensava no que podia ter acontecido. Eu nem lembrava direito de como dirigi até aqui, eu só lembro que acelerei o máximo que consegui nas ruas.

Quando as portas do elevador se abriram, eu me lancei até a recepção onde duas enfermeiras estavam conversando.

–Onde é a sala de emergência?! Porra, só me diz onde é a sala de emergência! - gritei com todas as forças, mas a enfermeira pediu só para que eu em acalmasse.

Ignorei as enfermeiras e sai correndo pelos corredores frios do hospital. Eu tinha que achar a porra da sala de emergência!

No final do corredor que acabei entrando.

A sala de emergência.

Ela estava com o rosto cheio de cortes que sangravam e os braços estavam ralados e com cortes profundos. Vários médicos estavam a sua volta e um deles segurava um desfibrilador, estavam tentando reviver a minha borboleta. Tentei controlar as lágrimas que ameaçavam cair, escorrer como pedidos de esperança, pelas minhas bochechas.

–O- oque aconteceu com ela? – gaguejei, mas ninguém respondeu. Um medico pedia para que eu me retirasse.

Braços me seguraram, tentando em arrastar para fora. Eu na queria, eu não podia deixa ela ali! Lutei com todas as forças para me soltar.

–Não! Me solta! Ariel?! Ariel, meu deus! Abre os olhos, meu amor! - gritei, mas os seguranças me arrastaram para fora da sala.

–O senhor não pode ficar dentro da sala! - um dos seguranças gritou.

–Eu não vou deixar ela sozinha! - gritei, chutando e socando os três homens que tentavam me arrastar pelo corredor.

–Eles estão fazendo tudo que podem, senhor. Ela esta em boas mãos. - tranquilizou-me uma enfermeira, ela segurava um copo de água e em sua outra mão se encontrava uma seringa, tranquilizante.

–Eu estou bem! Soltem-me! - gritei para os seguranças – Ela vai sobreviver? O que aconteceu?! - pedi à enfermeira que agora me entregara o copo de água.

–Acidente de carro, senhor. Estão fazendo o melhor que podem.

Meu coração pareceu se despedaçar.


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