Prólogo.

[PVD Bella]

Uma vez quando eu era criança, minha mãe me disse que coisas boas aconteciam com pessoas boas.

Ou eu sou uma pessoa muito ruim ou ela estava mentindo!

Coisas boas não aconteciam comigo. Era interessante como a minha vida era marcada por desastres.

A trajetória começou quando tive o meu primeiro dia de aula, que acabei destruindo sem querer o varal de desenhos e logo fui taxada por todos de Bella furacão, então veio à adolescência e no baile de primavera eu tropecei na cortina levando toda decoração comigo e tudo se definiu no dia em que minha mãe resolveu por si só morar no céu.

Daí em diante a lei de Murphy invadiu de vez a minha desastrosa existência. Se havia um milhão de formas de tudo dar certo e apenas uma a dar errada, com toda a certeza eu tinha 99,9% de chances da única coisa errada acontecer.

A minha família acabou. Simplesmente acabou!

Meu pai se tornou um galinha de mão cheia.

Minha irmã mais velha – Rosalie - mais superficial do que já era.

E Alice, a mais inocente e sem culpa de toda historia, teve que se virar sozinha. Nunca fui com a cara da moda, ela dita padrões e manipula as idéias, mas sou eternamente grata por sua existência, pois foi ela quem salvou Alice do apocalipse antecipado.

Olhei pela janela do meu quarto avistando meu pai descer do conversível vermelho de Nicolle. Essa era a noite que meu pai reservava para divertir as criancinhas.

Como eu sentia a falta da minha mãe. Nesses momentos e podia ouvi-la cantarolando minha canção de ninar e dizendo que tudo iria ficar bem. Que não existia noite escura que não pudesse ser vencida pelo nascer do sol. Só que onde estava o sol nesse instante? Do outro lado do mundo ou perdido na imensidão do espaço?

Mas de uma coisa eu tinha certeza e talvez essa fosse a única que eu tivesse.

Ele voltaria a nascer.

Mesmo que a noite fosse longa, fria e chuvosa. E a tempestade balançasse as estruturas.

O sol voltaria a nascer!