Conexão escrita por MylleC


Capítulo 7
Capitulo 7 - Spaces


Notas iniciais do capítulo

Eaeee genteee, sei que demorei. Mas não vai mais acontecer kkk espero. Mas domingo (07) fiz a prova da etec e tals, segunda fiquei o dia todo rodando no shopping procurando sapato pra minha formatura, terça o cabelo e quarta foi a formatura, não tive um segundo pra sentar calmamente e escrever kkk porque não consigo ter capitulos adiantados por ficar muito anciosa para postar kkk e também teve um bloqueio maldeto kkk enfim, to falando demais, espero que gostem do capitulo, boa leitura!



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“Os espaços entre nós

Continuam se aprofundando

É difícil te alcançar, embora eu tente.” Spaces – One Direction

XXX

–E como você tem lidado com isso ultimamente? Algo mudou?

–Não. –Respondi. –Esta como sempre, ainda doi, ainda tenho pesadelos e as vozes ainda existem.

Morell respirou fundo e me olhou com uma extrema calma.

–Ouvi alguns boatos de que você vem achando que existe alguma possibilidade de ele estar vivo.

Desviei o olhar sabendo que daquele assunto viria um sermão do tipo a tentar me convencer de que era impossível.

–Lydia. Sabe que nossa mente é algo engraçado, principalmente se tratando do luto. Em muitos casos, quando a pessoa realmente se recusa a aceitar a morte de uma pessoa, nossa mente faz o que ela pode para nos sentirmos melhor. Não sei como você teve a ideia dessa possibilidade, mas já pensou que pode ser tudo da sua cabeça?

–Não é da minha cabeça.

–Talvez você ache que não, por ser uma Banshee, mas isso é até normal para muitas pessoas que passam pelo luto.

–É diferente. Eu não... Não estou louca, sei o que vi e ouvi, sei o que sinto e sei diferenciar minhas maluquices como Banshee e como eu mesma. Stiles esta vivo e eu vou provar.

Ela ficou em silencio, me analisando por alguns segundos.

–Por quê? –Ela perguntou. –Lydia, não seria mais fácil? Aceitar, superar e seguir em frente ao invés de seguir uma... Intuição que tem noventa e nove por cento de estar errada?

–Quer que eu desista disso? Desista de procurar e simplesmente ignore tudo o que vi, ouvi e senti? –Perguntei, será que era tão difícil de alguém me apoiar nisso?

–Vendo que isso esta prejudicando seu desempenho escolar e social e talvez até mesmo sua saúde futuramente, sim.

A olhei incrédula, uma certa raiva crescendo dentro de mim. Mas respirei fundo buscando calma.

–Não importa em que me prejudique, é de uma vida que estamos falando Morrell, uma vida. E não qualquer vida, a vida do Stiles, eu o amo e nunca disse isso a ele, só percebi tarde demais. –Algumas lágrimas já escorriam pelos meus olhos. Porque era tão difícil das pessoas entenderem que tinha uma chance de ele estar vivo? – Stiles esteve comigo em tanto momentos, quando terminei com Jackson, quando fui mordida e fiquei no hospital ele não saiu dali e quando eu sumi pela floresta ele ficou louco me procurando e eu sei que não descansaria até me encontrar. Stiles me amava e mesmo assim me viu salvar Jackson e dizer que o amava, ele me ajudou a salva-lo, pois sabia que era importante para mim. Quando comecei com as coisas estranhas de Banshee ele sempre esteve ali comigo. E não só nessas coisas, até quando éramos crianças ele sempre arrumava um jeito de estar perto, de tentar conversar ou qualquer coisa. E quando Nogitsune o possuiu eu tive minha primeira chance de estar com ele, de retribuir tudo o que ele me fez todos esses anos, e não foi o suficiente, pois eu não sabia o que fazer ou como ajudar, não podíamos nem chegar perto dele direito e mesmo depois que conseguimos separa ele e Nogitsune ele ainda estava morrendo. Nós quase o perdemos. Eu ainda não consegui retribuir tudo o que ele sempre fez por mim e pensei que nunca poderia e agora que tudo isso esta acontecendo, tem a chance de eles estar vivo eu não vou desistir. Stiles nunca desistiu de mim e eu não vou desistir dele. Não importa as provas que tenham que ele esteja morto, ele não esta! E eu vou provar. Se fosse eu no lugar dele, seja la onde ele esteja, se eu estivesse em um cativeiro sabendo que todos acham que estou morta eu teria apenas uma única certeza. Que Stiles estaria me procurando, que ele não desistiria de mim. E não me importa se ninguém acredita, não me importa se me acharem louca, podem me internar na Echo House se quiserem. Stiles está vivo e nada nem ninguém me fará pensar o contrario.

Morrell e eu nos encaramos por longos segundo. Por fim ela deu um leve o sorriso, pegou seu caderno e começou a anotar.

–Tudo bem, esta liberada, até semana que vem.

–Só isso? –Perguntei confusa.

Ela me olhou.

–Sim, pode ir, está tudo bem.

Me levantei e saí pela porta, a cada semana eu ficava mais cansada de ter que frequentar essas sessões com Morell.

–Lydia!

Me virei encontrando Scott. Ele estava bem estranho ultimamente, profundas olheiras como se não dormisse a dias, talvez semanas.

–Hey. Tudo bem? –Perguntei.

Ele balançou a cabeça assentindo, parando em minha frente um pouco ofegante.

–O que aconteceu?

–Você... Soube mais alguma coisa sobre... sabe, aquilo.

Pensei um pouco, ele só podia estar se referindo a historia com Stiles.

–Stiles? Não muito. Por quê?

–Bem...Eu disse que te ajudaria não é? –Seus olhos se desviaram dos meus por um momento, ele escondia alguma coisa.

–O que aconteceu Scott?

Ele respirou fundo.

–Okay, tudo bem eu conto. –Pensou um pouco, olhando em volta se certificando de que ninguém estava ouvindo. –Há alguns dias eu ouvi uns... Gritos, e pareciam dele, mas eu meio que tentei me convencer de que estava ouvindo coisas ou sei la, mas... Começaram uns pesadelos. Eu o vejo no chão de algum lugar gritando de dor na maioria das vezes, u encolhido no canto com frio, pedindo para ser encontrado. –Passou as mãos pelos cabelos, nervoso. –Eu não sei o que é isso, mas talvez... Talvez você esteja certa, sobre... Tudo.

Okay, eu não sabia se ficava feliz ou apavorada.

–Scott, quando você ouviu os gritos?

Ele pensou novamente.

–Naquele dia que você surtou e Kira não conseguiu te convencer a ficar e você sumiu por horas e tivemos aquela conversa depois.

Foi minha vez de pensar. Foi naquele dia, o dia que eu também ouvia os gritos na minha cabeça e então fui procurar Stiles e acabei parando... Sra.Hastings!

–Sra.Hastings, Scott!

–Nossa professora? O que tem ela.

–Naquele dia, eu fui até a casa dela, eu não sei como, deixei que meus poderes me guiassem e acabei parando la, eu a achei muito estranha quando abriu a porta e juro que ouvi barulhos estranhos dentro da casa também, e ela me dispensou tão aflita, com se eu estar ali fosse uma catástrofe.

–Você quer dizer que a nossa professora nova sequestrou Stiles, forjou sua morte e o esta torturando na casa dela? –Ele perguntou descrente.

–Ela não estava sozinha, tinha um homem com ela. Qual é Scott, você se lembra de Jeniffer, não vamos nos enganar só por ela ser nossa professora.

–Okay, tudo bem, mas não vamos nos precipitar, vamos dar uma investigada e ver se ela é algo sobrenatural, se ela não for já fica meio difícil dela estar envolvida nisso, mas continuaremos procurando.

–Tudo bem, mas precisamos agir mais rápido... Alguma coisa me diz que não temos muito tempo.

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–Pronto. –Disse Peter olhando as paredes do agora cativeiro oficial da casa. Agora diferentes, pois estavam cobertas pelo material de isolamento de qualquer barulho feito ali. –Nem mesmo se ele estourar suas cordas vocais de tanto gritar alguém vai encontra-lo.

–Ótimo, agora nos diga, aonde você conseguiu dinheiro pra isso? –Perguntou Teresa, ríspida.

–Talvez eu seja rico, você não sabe, não importa. O que importa é que agora sim isso é um cativeiro, eu até mesmo coloquei mais correntes, reforçadas.

–Ótimo, vamos trazê-lo de volta. –Disse George.

Peter assentiu. Teresa o analisou.

–O que? –ele perguntou.

–Nada. –Disse.

A porta se abriu novamente e George veio arrastando Stiles com ele.

–Coloque uma das correntes no tornozelo. –Disse Peter. –Se não querem que ele tente fugir outra vez.

Se virou indo em direção a porta.

–Aonde você vai? –Perguntou Tereza.

–Cuidar do resto do plano. –E saiu.

–Deixe-o. –Disse George. –Tem facilitado bem mais as nossas vidas.

–Não deviam confiar nele. –Balbuciou Stiles.

–Cala a boca. –Disse George indo até ele e rendendo a corrente em seu tornozelo.

–Ele esta fingindo ajudar enquanto lhe convém, mas ferraria com os dois sem pensar duas vezes se quiser.

Os dois o olharam com desprezo e saíram da sala. Stiles ouviu as inúmeras trancas do lado de fora serem fechadas. Suspirou deitando no chão, sentindo os olhos pesados.

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POV Stiles

Sentia seus lábios quentes e macios comprimidos contra os meus, minhas mãos em sua cintura e as dela bagunçando os fios já revoltos dos meus cabelos. Nos separamos devagar.

Lydia suspirou.

–Seria legal nós virmos aqui todos os dias, acho que é a única parte da floresta que nunca foi atacada. –Riu. –E é gostoso, dar um tempo da cidade e das nossas vidas malucas.

A olhei confuso, o que eu estava fazendo ali? Eu não estava... Preso?

–O que... Lydia, como nós...

Ela me olhou confusa.

–O que foi?

–Como cheguei aqui?

–Como assim Stiles? –Perguntou em meio ao riso, ela parecia muito feliz. –Com o seu jipe é claro. O que foi? Estava sonambulo?

–Eu... Não eu...–Pensei um pouco, talvez aquilo fosse um sonho, talvez eu acordasse no minuto seguinte de volta ao cativeiro. Olhei Lydia com seu sorriso doce nos lábios. Eu devia aproveitar aquilo, sem perguntas, enquanto durasse. –Eu te amo. –As palavras escaparam da minha boca, estiveram por anos presas ali e eu estava falando agora, sendo sonho ou não, eu a amava e queria que ela soubesse, talvez não houvesse outra chance de dizer.

Lydia segurou minha mão e se aproximou me dando um selinho.

–Eu também te amo Stiles. –Ela disse naturalmente, como se já tivéssemos sido isso um ao outro muitas vezes.

Sorri.

–Eu amo você. –Repeti. Lydia franziu o cenho, mas continuou sorrindo, tombando a cabeça levemente para o lado, ela estava tão linda.

Me aproximei dela e deitamos no chão, dei um selinho em seus lábios.

–Eu te amo. –outro beijo. -Amo você Lydia. -Outro. - Deus, como eu te amo. –e outro –Demais. –Outro mais longo.

A olhei e seus olhos brilhavam, e algumas lágrimas brotaram ali. O vento a nossa volta começou a ficar mais forte, mais gélido. Senti algo estranho, uma força atrás de mim, me puxando. Meu corpo se levantou do chão e Lydia fez o mesmo, ainda sorrindo, como se estivesse alheia ao que estava acontecendo. A força me puxava mais e mais, minha visão começava a ficar turva, a força me afastava de Lydia, ergui minha mão em sua direção, desesperado para me aproximar, não querendo ir, eu não podia deixa-la.

–Eu também amo você Stiles. –Ouvi sua voz doce pronunciar calmamente, ecoando forte por todo o local, como se fosse um lugar oco. E tudo começar a desaparecer.

Me levantei do chão respirando forte, olhei em volta e me levantei. Tentei ir até a porta, mas a corrente em meu pé me impediu e caí batendo fortemente no chão, gemendo com a dor.

–Lydia... –Sussurrei.

Eu queria tanto vê-la novamente, ir á escola, ver meu pai, Scott, jogar Lacrosse, até mesmo ouvir os gritos irritantes do treinador.

Nogitsune me tirou muitas coisas, matou Allison, Aiden... Aquela criança e uma parte de mim, e mesmo depois de preso ele continuava tirando muitas outras coisas. De certa forma me fez ser preso ali, despertar o ódio de pessoas boas sobre mim as fazendo ser pessoas ruins também, me tirou de perto da minha família, de pessoas que eu amo. Ele praticamente tirou minha vida. No momento eu era apenas um adolescente que sobrevivia dia após dia preso em um lugar apertado, acorrentado e dado como morto. Apenas respirando, sonhando sozinho. Com um grande espaço entre ele e sua real vida. Um espaço vazio onde a esperança morria mais e mais a cada dia que se passava, tornando esse espaço cada vez maior e mais profundo.


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Notas finais do capítulo

Eaeeee gostaram? Comentem!! Algumas pessoas apareceram, outras sumiram kk gentee, some não, sdds de vocês. O proximo sai logoo, bjsss.



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