EarthMoon - Interativa escrita por Calm


Capítulo 5
Maio — 1ª Parte


Notas iniciais do capítulo

Deu uma preguiça desgraçada de escrever, mas eu sou homem, então o capítulo tá aqui, ó.



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– Posso fazer uma pergunta para você? - Talles, olhando para a janela, perguntou para See que lia um livro. - O que vocês comem na lua?

– Agricultura. Junto de uns bichinhos que se escondem debaixo do solo. - See respondeu sem muito interesse na conversa.

– Mas como vocês plantam sem água?

– As plantas de lá são diferentes das plantas daqui. Lá elas não precisam de água, só dos nutrientes do solo. Aí dá para plantar. - See se espreguiçou. - Mas sério, por que tu é tão interessado nas coisas da Lua, animal?

– Sei lá, eu só... Me interesso. Tem uma coisa que eu ainda vou te contar e é bem importante, mas vou esperar até você parar de me chamar de animal.

– Mas você é um animal. - See falou de forma sarcástica e espiou a janela. - Ué... Aqueles lá fora são da polícia Terráquea?

...

– Chefe, vim contactá-lo que ao que tudo indica, as vacinas entregues aos Lunianos foram provavelmente adulteradas; porém não foi relatado a nós qualquer doença ou mal que os atingiu- Posso fazer uma pergunta para você? - Talles, olhando para a janela, perguntou para See que lia um livro. - O que vocês comem na lua?

– Agricultura. Junto de uns bichinhos que se escondem debaixo do solo. - See respondeu sem muito interesse na conversa.

– Mas como vocês plantam sem água?

– As plantas de lá são diferentes das plantas daqui. Lá elas não precisam de água, só dos nutrientes do solo. Aí dá para plantar. - See se espreguiçou. - Mas sério, por que tu é tão interessado nas coisas da Lua, animal?

– Sei lá, eu só... Me interesso. Tem uma coisa que eu ainda vou te contar e é bem importante, mas vou esperar até você parar de me chamar de animal.

– Mas você é um animal. - See falou de forma sarcástica e espiou a janela. - Ué... Aqueles lá fora são da polícia Terráquea?

...

– Chefe, vim contactá-lo que ao que tudo indica, as vacinas entregues aos Lunianos foram provavelmente adulteradas; felizmente, ainda não foram registrado casos de doenças ou mal-estar,

Era um grande prédio no centro da cidade, o prédio do governo daquele país. Era o responsável pelas medidas impopulares de inclusão dos Lunianos na terra, também era quem bancava o colégio.

Vacinas são feitas de microorganismos mortos ou atenuados; todos os Lunianos tiveram que tomar isto por terem um sistema imunológico fraco contra as doenças da terra; até uma simples gripe poderia matá-los. Provavelmente um grupo contra os Lunianos que se instalou dentro do centro de defesa trocou as vacinas boas por vacinas com microorganismos vivos. Porém, de acordo com os informantes que haviam dentro do colégio, nenhum Luniano havia sequer ficado doente.

– Se não for muita incomodacão, eu poderia perguntar a vossa excelência uma dúvida que tenho em minha mente?

– Diga. - Um senhor de idade, que era o chefe, deu a ordem.

– Por que existe essa rivalidade de nós e os Lunianos?

– Ah, meu garoto... Você lembra do Apartheid, aquele regime que ocorreu na África do Sul que separava brancos de negros?

– Sim senhor.

– Os sentimentos são os mesmos. Somos mais evoluídos do que os Lunianos, afinal nós saímos da Lua e se adaptamos a um novo planetas; eles continuaram lá e não passaram por nenhum processo de evolução, por isso somos superiores. É assim que a grande maioria de nós Terráqueos pensamos e passamos este pensamento para os nossos filhos, gerando um ciclo vicioso. Na verdade, como você deve saber, eles tem inúmeras vantagens sob nós que a evolução nos inibiu, assim como temos muitas vantagens sob eles. Para quebrar este ideal necessitaria de muito investimento e apoio, no momento só temos o primeiro.

– Com licença! - Um outro empregado entrou na sala onde estava acontecendo a reunião. - Ocorreu um incidente no Colégio EarthMoon, e quero repassar para vossa senhoria.

...

O grupo era composto por Laryssa, Ayesha, Khal e Leen estavam andando e conversando tranquilamente. Estavam passeando pela cidade calma e tranquila que ficava nos arredores do colégio. Muitas vezes recebiam mal-olhares de passantes, e algumas mães não deixavam seus filhos verem; Os quatro apenas ignoravam o julgamento dos outros.

– Esperem! Tem uma loja boa bem aqui, eu já vim aqui umas vezes! - Laryssa guiou os outros três Lunianos, porém foram barrados na entrada; naquela loja era proibida a entrada de Lunianos.

Os quatro foram embora fingindo que não ligaram, apesar de estarem com raiva, principalmente os três Lunianos; porém não podiam dizer que não era algo, no mínimo esperado ou comum. Estavam na terra, uma terra de racismo contra eles.

– Ei, vocês quatro! - Uma dupla de policiais se aproximou do grupo, antes de voltarem a falar, Laryssa interrompeu.

– Não se preocupem, eles estão comigo.

– Não é sobre isso... Vocês estudam no colégio misto que abriu há pouco, correto?

Os quatro balançaram a cabeça em concordância.

– Conhecem uma estudante chamada Laryssa Mercer di Laurentis e uma Luniana chamada Ayesha Zabadar?

– Acho que sim... Acho que essa Ayesha está no mesmo dormitório que eu... Só acho... - Khal nos cortou, e com uma expressão de dúvida, mentiu. - O que elas fizeram?

– Hã... Eu realmente deveria falar isso para Lunianos...? Mas tem uma Terráquea entre vocês, então acho que tudo bem. - Um dos policiais coçou a cabeça. - É que o Luniano...

– O Luaniano que havia desaparecido há alguns dias foi encontrado acorrentado a uma pedra, no fundo do poço que Lunianos usam. De acordo com o relatório que nos enviaram, ele estava descalço, com as roupas rasgadas e com várias pancadas na cabeça e no corpo. Ele provavelmente tinha de quinze a dezessete anos. Ainda não se tem suspeitos, mas foram localizados pessoas que estavam perambulando na madrugada em que ele desapareceu, tanto Lunianos quanto Terráqueos. - O homem que havia acabado de entrar na sala relatou.

– Entendi, então essas duas são suspeitas...? Existe mas alguém? - Khal quis confirmar, as garotas permaneciam em silêncio.

– Que foram identificadas, mas não encontradas, apenas elas. Bem, mas se as encontrarem, peça para irem até o posto policial que se formou lá, por favor. Bom dia. - Os dois policiais se retiraram.

Os quatro continuaram andando, dessa vez em silêncio; o primeiro a soltar uma palavra foi Khal.

– Eu conhecida, da Lua mesmo, o cara que desapareceu e morreu... Ele era meio psicopata, mas um cara gente boa e muito agradável de se conversar. Quando chegar no colégio, acho que vou procurar a irmã dele... - Khal falou um pouco baixo, e depois mesmo sem se virar, direcionou sua voz para Laryssa e Ayesha. - Não que eu não confie em vocês, mas se fizeram alguma coisa errada, principalmente você Laryssa; se entregem. Não pedindo para manter a ordem, é um pedido de amigo mesmo.


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Notas finais do capítulo

Olha, os meses podem ser mais ou menos assim; cada mês vai ser um tema diferente. Em maio, agora, vai ser centrado esse mistério. Em junho provavelmente vou focar nas atividades extracurriculares e por aí vai.