New York, setembro 12
22h11min PM

Seus passos eram calmos ao seguir para o hotel onde estava hospedada, enquanto caminhava, ela não pode deixar de observar o comportamento humano, tudo era tão diferente do que imaginou, em pensar que ela praticamente criará uma utopia, idealizando tudo como um conto, onde apenas finais felizes tinha como fim, como Rafael sempre contará. Tolice.

Nada era como pensou, a violência que já sabia existir, era bem pior do que imaginava tudo na terra era por escolhas egoístas, nada vinham como um todo, todos faziam escolhas para seu próprio beneficio. Em pensar que tinha tantas crianças em ruas, passando fome, sem um teto quente para esquentar seu corpo, sem uma família para lhe acalentar em momentos difíceis partia o coração dela, e as poucas pessoas que realmente se importavam não podiam tira-las de lá e as muitas pessoas que tinha tudo para tira-las, apenas, fingiam que não viam e rolavam em sua própria ganancia e soberba ostentando tudo que o egoísmo poderia dar.

Mas o que adiantaria pensar nisto agora?

Bufando Isabella continuou a caminhar observando as pessoas zapiando pelas ruas, em sua grande maioria, estavam apressadas por motivos totalmente desconhecido para ela, não que ela realmente se importasse com tal coisa, mas tudo era tão novo para ela, que a mesma sempre procurava saber os motivos. O céu, como a grande maioria dos mundanos descrevia onde ela vivia, era um espaço límpido e calmo em comparação a Nova York, tudo era cheio e barulhento ali, o silencio não se via em momento algum.

Essa cidade realmente nunca dormia. Pensou.

Ao corta uma rua com a outra algo lhe chamou atenção um letreiro piscando Pandemônio, lhe fez parar, e sem perceber seus pés a guiaram diretamente para o local onde continha um fila gigante no que levaria a boate.

Ela não soube o motivo de querer entrar ali, e nem quis saber.

Sem querer enfrentar o turbilhão de pessoas aglomeradas afrente, Isabella, se dirigiu para o fim beco e libertou suas asas como em um espreguiçar de leão e voou pelo céu sem chamar atenção de ninguém. Ao pousar sobre o chão, ela se viu diante de uma porta lacrada por corrente junto de um cadeado e sem esforço arrancou o jogando em qualquer lugar, ao entrar pela pequena abertura, Isabella assustou-se com os feches de luzes multicoloridas, e uma música (Marily Manson - Sweet Deams) sensual, que guiava os corpos dançantes. Bella analisou o local estranhando as vestes que usavam, eram totalmente diferentes do que ela acostumada ver, tudo ali, era curto e chamativo.

Os homens tinham piercing e tatuagens em varias partes do corpo, as mulheres vestiam roupas provocantes e curtas demais.

Estranhando o local Isabella apenas ficou parada.

Com toda certeza Isabella não se encaixava ali, começando por suas vestes que não passavam de um jeans preto acompanhado por uma blusa de mangas compridas e botas, no entanto, sua roupa não a deixava menos atraente, pois, os homens que a fitava mostravam interesse.

''Oi gata, que tal um drink?'' Murmurou um cara bastante bonito, Bella logo percebeu que não era humano.

''Dispenso''. Cortou seguindo para o meio da pista.

Sentado em um dos bancos disponíveis da boate, Edward, suspirou impaciente com a demora do irmão mais novo, seus atrasos começavam a irrita-lo profundamente.

"Voce demorou''. Resmungou assim que viu Emmett.

"Se voce não fosse tão pontual, não estaria reclamando''. Retrucou o mais novo para irmão e sentou-se.

Edward rolou os olhos e disse:

"Estou te esperando já faz meia-hora e...''

''Blá blá blá... Às vezes voce e tão chato Edie'' Reclamou virando para assistir algumas mulheres dançando.

''Hum... Hoje as meninas capricharam no vestido'' Elogiou Emmett maliciosamente assistindo uma loira peituda sorrir-lhe sensualmente. ''Hey, meu uísque vai sair? ''

O barman que atendia uma morena que estava do outro lado do balcão mostrou-lhe o indicador pedindo um minuto, e ao deixar a bebida da morena, virou se dirigindo para os dois irmãos despejando o liquido amarelado no copo com gelo e dando para Emmett.

''Emmett?'' Chamou Edward.

''Acho que a loira gostosa quer realmente algo comigo...''

"Porra Emmett! Quando voce vai querer se manifestar pra encontrar provas de quem matou Alice?'' Questionou Edward irritado com a indiferença do irmão.

''O quê você quer que eu faça? Nada vai trazê-la de volta. Não sei se já percebeu, mas Alice foi quartejada e queimada sem deixar vestígios de luta ou sequer provas". Respondeu paciente.

Emmett sabia o que o irmão estava sentindo, pois amava Alice como uma irmã, mas ele estava sendo realista em toda a questão.

"Você e pessimista demais. Se fosse eu no lugar dela, Alice não desistiria tão fácil assim''. Retrucou.

''Olha não pense que não a amo só por estar me opondo a averiguar por que, não e o caso. Eu sei que não...''

''Eu não quero ouvir baboseiras Emmett, realmente esperava mais de voce e do papai. Jasper ficará furioso ao saber que Alice morreu, sinto horror só de pensar na gravidade do sofrimento que ele sentirá, vocês pelo menos deveriam dar isso a ele, Jasper merece vingança ''Disse Edward amargamente.

"Nada além de morte voce ganhará com isto Edward, voce sabe tanto quanto eu, que isso desencadeara uma guerra sem volta, apesar de odiarmos os licanos, sou inteligente o bastante para não provoca-los, todos nós sabemos que provocar uma guerra afetara os humanos e não podemos refazer um mundo onde não a eles, os humanos é a nossa linha do meio, o equilíbrio, eles são o limite para não vivermos em guerra, pois, se eles vierem à extinção a terra se tornara um caos. Licanos e Lacaios trilharam uma batalha sem fim, onde a terra não suportara e...''

''Serio que voce vai dar uma aula disso? Eu sei onde isso levara Emmett, não sou burro.''

''Então pare de agir como tal meu irmão. Jasper chegara em dois dias, e ele acima de tudo precisará de tua ajuda. Eu sei que só voce irá entendê-lo'' Emmett disse se dirigindo em direção a loira''. Apenas esqueça isso irmão, divirta-se um pouco. Não irá lhe fazer mal''.

Edward bufou contrariado, ele odiava quando Emmett estava certo.

''Seu amigo arrumou companhia, que tal eu ser a sua'' Falou uma garota entrando entre suas pernas.

Ela era bonita mais nada que lhe interessa-se, mais seguiria o conselho do irmão.

Do outro lado Isabella assistia intrigada a forma que as mulheres dançavam com o sexo oposto, corpos se movimentando de forma dura e sensual, sem perceber seu corpo mexia ao ritmo da música.

O barman lhe entregou um copo com um liquido rosa e disse:

"A primeira e por conta da casa ''

Ele piscou e atendeu um homem que pedia uma bebida que Isabella não quis saber. Ela olhou o copo desconfiada, o que seria aquilo?

Todavia Isabella apenas comia quando estava altamente machucada, pois, precisava de força e proteínas, mas fora isso, ela não sentia fome e nem sede.

Sem pensar realmente, ela levou o copo até a boca e bebeu todo o conteúdo em um gole só, se engasgando com o gosto amargo e forte que veio ao final.

''Que coisa horrível, quem beberia esse troço!'' Exclamou tossindo. Olhando para o lado Isabella viu dois homens a fitando como se ela fosse de outro planeta. O que não era mentira.

''Mais um, por favor''. Pediu Isabella contrariada. Ela estava se perguntando o porquê de esta ali já que nada atraia sua atenção...

''Aqui está mais dessa vez, terá que pagar'' Avisou o barman. Sem dizer nada, Isabella bebeu tudo e deixou uma nota qualquer e saiu.

Uma nova música soou no ar uma mais sensual que fez o corpo da serafim mexer-se.

Arctic Monkeys - Do I Wanna Know?

Have you got colour in your cheeks?
Do you ever get that fear that you cant shift the tide
That sticks around like something in your teeth
Hide some aces up your sleeve
Have you no idea that youre in deep?
Ive dreamt about you nearly every night this week
How many secrets can you keep?

Suas bochechas estão coradas?
Voce já teve a sensação de que não pode mudar a maré
Que gruda como se tivesse algo em seus dentes?
Esconda algumas cartas na sua manga
Voce não tem ideia de que é minha obsessão?
Sonhei com voce quase todas as noites esta semana
Quantos segredos voce consegue guardar?

O que estava pensando afinal? Ela não devia estar fazendo este tipo de coisa, seu dever era procurar o que lhe foi designada, mas sua mente estava povoada no divertimento dos movimentos que fazia descartando qualquer por menor que sua mente trabalhava para tira-la dali.

Espelhando a mulher ao lado Isabella bailou os quadris para os lados e deixou o ritmo da música lhe guiar. Fechando os olhos, ela se deixou esquecer por um momento onde estava e o que deveria estar fazendo depois do fim da canção ela voltou a abri-los estranhando o modo que os homens a observava, dando de ombros Isabella continuou a dançar e se deixou sorrir com sinceridade pela primeira vez.

Suas asas queriam se libertar para sentir a vibração que ela própria sentia, mas isto não aconteceria. Todavia ninguém sabia da existência de anjos além dos demônios e logo ela não ariscaria tal tolice.

Mãos deslizaram por sua cintura a fazendo despertar do encanto do momento.

''O que pensa que está fazendo?'' Gritou por cima da música.

''Apenas dançando gata... Ainda'' Sorriu o homem que ainda a tocava.

Ela endureceu sua expressão para ele e tirou sem esforço a mão boba.

''Não me lembro de ter deixado me tocar''.

''Não e preciso formalidade, boneca'' Ironizou o homem. A irritação a dominou. Como ele ousava dizer tal asneira?

Apertando a mão em punho pronta para soca-lo uma voz grossa e sexy a impediu.

''Acredito que esse cara a incomoda'' Falou um cara moreno enorme e muito bonito.

''Acredito que não e da tua conta'' Disse Bella sem paciência, ela não queria ser rude mais a raiva era tanta que nem se importou.

Ignorando a morena ele dirigiu sua atenção para o cara que ainda a fitava com cobiça.

''Quero voce a dez passos de distancia dela se eu vê-lo novamente, não responderei por meus atos''. Avisou seriamente, o homem que até então estava valente assentiu saindo sem olha-la.

Bella observou tudo calada vendo que não tinha necessidade para tudo aquilo. Sem dizer nada ela virou-se seguindo para porta de saída quando foi impedida novamente.

''Hey, não vai nem agradecer? Eu tenho sentimentos sabia?'' Brincou tentando faze-la rir, o que não deu certo.

''Não pedi ajuda'' Disse puxando seu braço.

''Acho que começamos com o pé esquerdo''. Pausou sorrindo sem se afetar com o tom acido que ela usou ''Meu nome e Jacob''.

''Se espera eu dizer meu nome, fique sentado. Tchau'' Cortou ignorando a mão estendida.

''Sabe não e educado ignorar as pessoas'' Disse Jacob ainda com a mão estendida e sem se intimidar pegou a mão dela e selou.

''O prazer foi meu, estranha''.

Suspirando para não bater no cara, Bella, retirou sua mão com delicadeza.

''Já que nos conhecemos vou indo'' Falou.

''Eu levo voce até lá fora, para o caso do cara irritante resolver dar uma visitinha'' Disse a empurrando para saída.

Inalando duas vezes Isabella tentou não se irritar com a petulância do licano.

''Prontinho estranha'' Disse Jacob sem querer que ela fosse, ele estranhou o sentimento de proteção para com ela, ele estar perto dela, mas não sabia o motivo.

Sem se aprofundar nesses pensamentos Jacob, viu como ela era bonita, bonita não, perfeita. Seus traços eram delicados e angelicais, suas bochechas estavam coradas belo frio a boca puxada em uma linha firme e fina. Ele sabia que ela estava irritada mais, não podia ignorar o fato de ela ficar mais bela assim.

''Já posso ir ou ainda vai da uma de pai protetor?'' Ironizou.

''Já pode ir querida'' Piscou virando as costas e andando devagar em direção à boate.

Ele não iria perdê-la até saber o que significava tudo o que sentia. O licano nunca sentiu isso e não deixaria a primeira pessoa que sentiu tal coisa, ir.

Olhando de rabo de olho ele estranhou o fato de não vê-la então ao virar para o outro lado ele viu a morena seguindo em direção oposta para as sombras, o que ela faria ali?

Sem hesitar Jacob correu silenciosamente em direção à morena tentando não ser notado, por sorte o beco apesar de ser sem saída era longo e largo e agradeceu mentalmente por enxergar tão bem. Ser um licano tinha suas vantagens afinal, vendo com clareza Jacob acompanhou Isabella se ajoelhar no chão olhando algo ali que ele não pode identificar.

Um som irritante de saltos o fez desviar a atenção dela para uma mulher ruiva de vestes negras indo em direção dela. Jacob estranhou o fato de não ter a visto antes, como ela foi parar ali se o beco era fechado?

De repente lhe veio à ideia que talvez pudesse ser um lacaios? Não, isto era impossível se fosse tal coisa, o instinto lobo já o teria avisado.

''Andando sozinha, querida?'' Ele ouviu a mulher falar em pura ironia.

''Onde está Miguel? ''

''Miguel está muito bem escondido, pena que não vim para conversar'' Sorriu-lhe diabolicamente.

Jacob que assistia a cena ficou confuso por um momento até ver a mulher abrir sua pele com as unhas como se fosse um zíper de uma calça e o que veio a seguir o paralisou. O choque foi tanto que ele ficou sem se mover por minutos vendo aquilo, que antes era uma mulher virar uma coisa com pele negra de chifres e com a estrutura óssea saltando para fora, os dentes eram grandes e afiados seus olhos eram totalmente vermelhos.

Ele tinha que se mover, ele não podia deixar aquela coisa atacar sua desconhecida. Mas como faria? Ele estava paralisado, ele nunca viu algo assim.
Quando estava pronto para se transformar sua desconhecida agiu totalmente fora de contexto.

Suas asas começaram atentar rasgar o tecido da blusa querendo sair do casulo que a estava impedindo de se libertar mais, logo ela forçou elas para dentro novamente, pois, sabia que o tal Jacob estava logo atrás paralisado só não sabia se era de medo ou de surpresa.

Descartando esses pensamentos Isabella sacou sua armar do cos da calça e ativou o silenciador para não chamar atenção e atirou no demônio o jogando para trás com a força da bala e com a mesma velocidade que caiu ele levantou, rosnando em direção a serafim que com impulso deu uma pirueta para trás arrastando os pés ao descer deslizando.

Sacando sua segunda arma, Isabella atirou mais uma vez, mais o que parecia ele trouxe mais amigos, dois apareceram atrás dele. Ela não perdeu tempo e começou atirar nos três, se desconcentrando por um momento dando a oportunidade do quarto demônio morder seu braço.

''Nada mal Ryuuki'' Elogiou a serafim tirando sua arma da jaqueta e atirou.