Zoe entregou o celular para a mãe e saiu correndo para ir brinca. Annabeth se sentou em um banco e ficou olhando a filha correr com os amigos. Ela ainda não sabia o que ia fazer para o jantar. Ela queria fazer as comidas preferidas do Percy, mas achou que isso não seria muito bom, então decidiu que seria melhor ver o que a filha gostava de comer. Ela teria que pergunta para Zoe e estava rezando para ela saber fazer, já que apesar de cozinha bem, não tinha um cardápio muito grande já que não gostava de fazer muito comida só para si. Zoe parou de correr e acenou para ela sorrindo. Ela sorriu para a filha e acenou de volta. Annabeth viu quando um menino pegou a mão dela e saiu correndo. Percy ficaria louco se visse isso.

– Oi. – Quíron disse parando ao lado dela. – Eles estão dando trabalho?

– Não. Na verdade eu esperava que dez crianças juntas dariam mais trabalho que isso. Mas acho que Percy não precisa saber disso, não é? – ela sorriu para ele, que concordou rindo. – Mas será que você podia ficar de olho neles para mim? Tenho que pega umas coisas no carro.

– Claro. Precisa de ajuda?

– Sim. – ela disse rindo. – São bastantes sacolas.

– Carlos, você pode acompanhar sua irmã pegar umas coisas no carro? – Quíron disse chamando um menino loiro que estava passando por eles.

– Claro. Vamos?

– Zoe. – Annabeth chamou. – A mamãe vai pegar seus presentes no carro e já volta. O tio Quíron vai ficar de olho em você.

– Você volta? – ela perguntou tirando o cabelo do rosto.

– Claro. Vai ser rapidinho. Só vou pegar seus presentes e volta.

Annabeth deu um beijo na testa dela e saiu com Carlos. Quando eles chegaram no carro começaram a tirar as sacolas e depois de chamar mais alguns de seus irmãos, eles foram para a casa de Percy e organizaram tudo no canto da sala. Annabeth agradeceu eles, que apenas sorriram e foram voltar para suas atividades. Ela foi na cozinha e olhou a dispensa e a geladeira de Percy, ela teria que fazer comparas. Annabeth olhou no relógio e viu que se saísse em até meia hora conseguia chegar rápido no acampamento. Depois de beber um copo d’água, foi para onde a filha estava brincando.

– Zoe. – ela chamou. – Venha, querida.

– Já vamos entra? – Zoe perguntou parando na frente da mãe.

– Sim. Você tem que tomar banho. Não me disse que queria me ajudar a fazer comida?

– Sim. Vamos logo. – ela disse pegando a mão da mãe.

– Quíron estávamos entrando. – ela gritou enquanto Zoe a arrastava.

Quando chegaram em casa Annabeth pegou Zoe e subiu correndo com ela no colo indo direto para o banheiro do quarto da filha.

– Podemos tomar banho juntas? – Zoe perguntou olhando ela.

– Agora não. Mas depois se você quiser podemos usar a banheira do quarto do seu pai. Isso se ele deixar.

– Ele deixa. – Ela disse animada.

– Então, vamos tomar um banho rápido, apenas para tirar esse suor.

– Mãe? – Zoe chamou entrando de baixo do chuveiro.

– Sim. Quem era aquele homem na sala da sua chefe?

– Um colega do trabalho da mamãe, querida. Por que?

– Eu não gostei dele. – Zoe disse fechando a cara. – Ele te olhava de um jeito estranho.

– Eu também não gosto dele. – Annabeth disse passando sabão nela. – Desde que eu comecei a trabalhar lá, ele vive me chamando para sair.

– E a senhora saiu com ele?

– Não. Ás vezes vamos sair todos em grupo e ele está com o pessoal eu invento uma desculpa e não vou.

As duas ficaram em silêncio. Annabeth deu um banho rápido nela, já que ainda teria que ir no mercado. Depois de colocar um vestido simples na filha, elas saíram. Enquanto elas andavam pelo acampamento Zoe ia falando com os campistas que perguntavam que era a moça bonita que estava com ela. Ela sorria e respondia que era a mãe dela. Annabeth apenas acenava e continuava. Quando elas chegaram no carro, Annabeth a colocou na cadeirinha e foi para o banco do motorista. Annabeth colocou um CD de músicas infantil que encontrou na sala. Zoe foi cantando as músicas enquanto Annabeth ria e a acompanhava as que ela conhecia. Elas chegaram rapidinho em um mercadinho que tinha perto do acampamento. Annabeth colocou Zoe no carinho.

– O que você gosta de comer? – Annabeth perguntou enquanto empurrava o carinho.

– Hum... Não sei. Eu gosto da comida do meu papai e da vovó Sally. – ela disse sorrindo. – O que vamos fazer?

– já que você não sabe o nome das comidas, eu vou fazer uma coisa que seu pai gostava de comer quando namorava comigo. – ela disse sorrindo. – Strogonoff de franco, arroz. Agora para a sobremesa, o que devo fazer?

– Mousse. – Zoe disse sorrindo. – Eu adoro mousse azul.

– Então, já temos o cardápio pronto. Ainda bem que sei fazer comida azul – Annabeth disse sorrindo enquanto empurrava o carrinho.

As duas conversaram enquanto Annabeth pegava as coisas. Zoe queria ajudar, então foi para o chão e grudou na cintura da mãe. Annabeth comprou alguns doces azuis para a filha quando viu ela olhando para a prateleira. As duas tiraram algumas fotos juntas, já que Zoe queria mostra para o pai que ela fez compras com a mãe e que ela ajudou, já que com Percy ela ficava no carinho com a lista de compra. Annabeth achou engraçado a forma como ela imitava o pai falando que tinha medo de se distrai como alguma coisa e perde ela de vista. Annabeth a colocou no carinho e Zoe dava as compras para a mãe que colocava no caixa. Annabeth riu quando a filha disse que queria ajudar a caixa, mas ela explicou para a filha que não podia, então Zoe voltou a entregar as compras para a mãe enquanto cantava uma música baixinho.

– Annabeth? – chamou uma menina atrás dela.

Annabeth a olhou mas não reconheceu o rosto era familiar, mas ela não conseguia se lembra de onde. Da escola, talvez? Ela não sabia. Ela era morena, com olhos claros. Estatura média, vestia um vestido preto e estava com um bolsa de caveira.

– Sim? – ela disse pegando o que a filha estendia sem presta atenção.

– Você se lembra de mim? Sou Ângela. A gente morávamos perto em São Francisco. – ela disse sorrindo falsamente para Annabeth.

– Três casas abaixo do meu pai. Claro, agora lembrei. – Annabeth disse quando se lembrou dela. – Como vai?

– Bem. E você como está? – disse olhando para Zoe. – Quem é essa mocinha?

– Estou bem e essa é Zoe. Minha filha. Filha, falei oi para Ângela.

– Oi. – Zoe disse sorrindo, mas não deu muita atenção para ela, estava mais interessa em continuar ajudando a mãe.

– Eu não sabia que já era mãe. – disse olhando de uma para a outra. – Ela se parece com você.

– Eu sei, mas ela é mais bonita. – Annabeth disse sorrindo para a filha. – Você mora aqui perto?

– Sim. Consegui um trabalho aqui e vim na mesma hora. E você?

– Não. Moro há umas duas horas daqui. – disse pegando a bolsa para pagar as compras.

– Então, o que faz aqui? Perguntou sem querer me intrometer na sua vida.

– O pai dela mora aqui perto. Como essa semana vou estar livre do trabalho, vou ficar na casa dele.

– Ainda não casou?

– Não. Mas isso não é da sua conta. Afinal, nunca fomos intimas. – ela disse colocando as compras no carrinho. – Bom, tenho que ir. Foi bom te ver. Até qualquer dia.

Annabeth saiu sem dá tempo para ela responder. Ela odiava pessoas que se metiam na vida dela. O fato de ter uma filha, não quer dizer que tem que ser casada. Ela colocou as coisas rapidamente no carro, depois de colocar Zoe no carro ela entrou. Zoe foi cantando, enquanto Annabeth estava perdia em seus pensamentos. Como as pessoas hoje em dia estão mais interessados na vida dos outros do que com as suas. Zoe sorria para ela, enquanto cantava, Annabeth sorria de volta mesmo que seus pensamentos estivessem longes dali. Quando elas chegaram ao acampamento, Zoe quis ajudar ela, depois de dá a sacola mais leve para a filha, ela trancou o carro e seguiu com ela para a casa de Percy. Um de seus irmãos a ajudou a levar as coisas para lá.

– Vamos começar agora? – Zoe perguntou pulando na frente da mãe animada. – Vamos?

– Vamos. Primeiro, vamos lavar as mãos. – Annabeth disse a pegando no colo e indo até a pia. – Agora, vamos colocar um avental para não suja a roupa. – Annabeth colou um na filha e outro nela. – Você ajuda seu pai? – Zoe concordou sorrindo. – Ele adorava cozinha com alguém. Sally passou o dom da cozinha para ele. Bom, vamos começar. O que você quer fazer primeiro?

– Não sei. Acho que o Mousse. – Zoe disse pensativo.

– Então, vamos ao Mousse. – Annabeth disse sorrindo para ela.

Elas cozinharam enquanto conversavam. Annabeth deixava a filha ajudar em tudo que não era perigoso. Zoe estava animada por ajuda e falava para Annabeth onde ficavam as coisas, mesmo ela sabendo já que Percy arrumava as coisas como Sally, então estavam no mesmo lugar, Mas ela não disse nada. Quando elas terminaram de fazer, foram para a sala onde ficaram assistindo desenho.

– Cheguei. – Percy disse abrindo a porta. – Nossa que cheiro bom.

– Papai. – Zoe disse correndo até ele. – Oi. Oi. Oi.

– Oi, Anjo. – ele disse rindo. – Está animada hoje.

– Sim. Eu fiz a sobremesa. – ela disse com um sorriso enorme. – Não foi, mamãe?

– Foi. – Annabeth disse rindo. – Oi Percy. Oi Tyson.

– Tio Ty? – Zoe perguntou olhando por cima do ombro do pai. – Tio. – ela gritou balançando as pernas querendo ir para o chão.

Percy a colocou e olhou para ela que correu para o colo do tio que a jogou para cima.

– Oi, bebê. – Tyson disse sorrindo. – Oi Annabeth.

– Pode me chamar de Annie. – ela disse sorrindo. – Bom, você vai tomar banho, ou já podemos comer?

– Vou tomar banho. – Percy disse se esticando. – Estou morto de cansaço.

– Pai, mamãe e eu podemos usar sua banheira, mais tarde? – Zoe perguntou. – Ela disse que podíamos tomar banho juntas se você deixar.

– Pode, Anjo. – Percy disse sorrindo. – Volta já.

Ele subiu as escadas correndo depois de dá um beijo na testa da filha e um beija na bochecha de Annabeth.

– Tio, o senhor viu que minha mãe está aqui agora? – Zoe perguntou animada. – Ela me ensinou a fazer comida.

– Que legal. – Tyson disse colocando ela no chão e indo abraçar Zoe. – Estou feliz em te ver. Estava com saudades de você.

– Eu também, Tyson. – ela disse sorrindo. – Agora você pode me ver direto. Sempre que quiser é só avisar.

– Que bom. – ele disse sorrindo. – Eu senti mesmo muita saudade de você.

Annabeth se sentou no sofá enquanto Zoe e Tyson sentaram no chão e começaram a brincar. Percy desceu pouco depois e eles foram comer.

– Nossa, Strogonoff. – ele disse quando Annabeth colocou a panela na mesa. – Faz tempo que eu não como isso. Acho que a última vez foi quando você sentiu desejo quando estava gravida, mas não conseguiu comer mais do que uma colher.

– Nem me lembre. Fiquei mal. Sua mãe levantou as duas da manhã para fazer aquilo para mim e eu nem comi.

– Ela entendeu. – ele disse se servindo, enquanto Annabeth servi Zoe. – Mas o que vamos ter para a sobremesa? Foi meu anjo que fez, não foi?

– Foi, papai. – Zoe disse sorrindo para o pai. – Mamãe me ajudou. Ela deu as coisas e eu mesma fiz. Ela apenas me ajudou, mas eu fiz a maior parte, não foi mãe?

– Foi, querida. – Annabeth disse sorrindo para ela. – Principalmente na parte da finalização.

Eles jantaram conversando sobre o dia deles. Zoe foi a que mais falou. Ela estava animada contando tudo o que fez com a mãe.

– E eu também conheci o trabalho dela. – Zoe disse sorrindo enquanto acabava a sobremesa dela. – Mas tinha um cara lá que eu não gostei.

– Por que? – Tyson perguntou confuso. Zoe gostava de todo mundo.

– Ele olhava de um jeito estranho para a mamãe. – ela disse dando os ombros. – A mamãe disse que ele sempre quis sair com ela, mas ela nunca saiu com ele.

– John? – Percy perguntou olhando para Annabeth.

– Sim. Ainda não sei por que ele continua trabalhando lá, mas tenho que aguenta ele. – ela disse olhando para ele. – Acho que está na hora dos presentes.

– Sim. – Zoe gritou. – Já comemos tudo o que fizemos.

Os quatro foram para a sala. Zoe se sentou no chão enquanto pegava as caixas. Ela foi abrindo tudo com a ajuda do tio. Ela ganhou de tudo. Algumas bonecas, alguns livros infantis, jogos, quebra-cabeças, ursos de pelúcia, mas o que ela mais gostou foi a caixinha de música. Dentro tinha uma bailarina com um vestido da cor dos olhos de Zoe e Percy.

– É linda. – ela disse passando a mãozinha encantada.

– Eu comprei dois meses depois que você nasceu. Eu estava em uma cidade no Peru, e a vendedora me disse que podia colocar a cor que quisesse no vestido. Eu mostrei uma foto de seu pai que eu tinha e pedi para ser da cor dos olhos dele. E só não foi a sua, por que a que levo comigo você está dormindo. Foi o primeiro presente que guardei para você. Dentro tem um colar parecido com o meu, caso você queira usar. Se quiser pode pôr o pingente junto com esse que você já usa, assim não precisa colocar dois colares.

– Obrigada, mamãe. – ela disse abrasando a mãe sorrindo.

– De nada, meu amor. – disse Annabeth sorrindo.

– Por que vocês não vão tomar banho, enquanto Tyson e eu lavamos a louça e arrumamos essa bagunça? – Percy perguntou se levantando sorrindo. – Não esqueça que você tem que tomar seu remédio daqui a pouco, Zoe.

– Pode deixar papai. – ela disse sorrindo. – Vamos mamãe.

Ela se levantou e começou arrastar a mãe para a escada.

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