Fio Vermelho escrita por Rosee


Capítulo 3
Corvo


Notas iniciais do capítulo

Não demorei tanto até u.u
Bem, nesse capitulo muitas coisas serão esclarecidas, mas não tudo... me desculpem se eu estiver viajando demais na história, o próximo será pior ainda kkk
enfim, aproveitem :3



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O que seus olhos demonstravam, era mais devastador do que o mar que os cercava.




– Parece que estamos salvos... – Franky dizia. – E o Sunny não sofreu muitos danos.

Mas como? Se perguntou Nami. Na verdade ela não precisava se perguntar como, bastava olhar para lado, e a poucos metros ver a resposta.

– Law!

Ok, aquele era o fim. Law, que foi deixado em Dressrosa sem qualquer aviso, aparece. E o pior: ironicamente, os salva.

O submarino amarelo dos Piratas do coração se encontrava emerso. Law, que estava parado na proa do submarino, trajava uma calça cinza por baixo de um sobretudo preto (sem a típica gola). Seus braços estavam cruzados, e sua expressão coberta pelo gorro. Mas não precisaram ver a expressão dele para saber que o mesmo estava prestes a corta-los em cubos e em seguida joga-los aos tubarões.

E mesmo assim, um certo alguém não notou o ar mortífero que os cercava.

– Haha, Trafal. – Luffy acenava para Law, exibindo um sorriso ingênuo e idiota. – Você nos salvou... valeu.

Todos olharam para Luffy com espanto, pois não acreditavam na tamanha inocência do seu capitão.

O clima começou a pesar mais ainda, e Law permanecia imóvel, dando ainda mais aflição ao bando.

– Cirurgião maldito, diga alguma coisa. – Sanji resmunga, baixo suficiente para não ser ouvido pelo moreno.

– Bem... – Law começa a falar, prendendo a atenção de todos.

Um tênue sorriso de canto surge no rosto dele. Agora era possível ver a sua expressão, que certamente não era das melhores. Seu sorriso apenas dava mais ênfase aos seus olhos carregados de um desejo assassino.

Por fim ele dá a sentença.

– Vocês têm um minuto para me explicar como isso tudo aconteceu... antes que eu corte suas cabeças.

Ninguém abriu a boca nos primeiros segundos. As palavras deveriam ser medidas... um deslize poderia acabar com tudo.

Luffy olhou para seus companheiros, não entendo o porquê do silencio, então o mesmo resolve abrir a boca e quebrar aquele clima tenso.

– Nós resolv-

Luffy é atingido em cheio por um chute do cozinheiro.

– Não fale nada seu idiota. Você já fez estragos demais hoje.

Sanji acendeu um cigarro e colocou uma das mãos no bolso, esperando que alguém realmente sábio se pronunciasse.

Os segundos passaram e o minuto se esgotou.

Law suspirou, balançando a cabeça... completamente derrotado. Certamente, se aquela situação tivesse ocorrido logo no início da aliança, Law os mataria. Mas após os problemas que foram enfrentados em Dressrosa, e todo o empenho de Luffy para salvar Law, o mesmo já não os via mais como meros baderneiros idiotas... na verdade sim, mas não tanto como antes, pois afinal, é bando do chapéu de palha, pode se esperar de tudo.


***


Após Law ouvir de Robin, como Luffy havia ignorado o pedido dele e se antecipado a navegar por um mar monstruoso sem sua navegadora, o choque foi tão grande, que não teve como se segurar.

Chapéu de Palha-ya, qual é o seu problema?! – Law berrou. - Por que você é tão imprudente?

Aquilo realmente não era do feitio dele... apenas Luffy para explodir sua paciência até aquele ponto.

– Mas eu queria chegar a ilha antes, para começar a aventura. – Luffy resmungou, parecendo uma criança de 5 anos que foi proibida de brincar.

– A gente não vai pra uma aventura!... – Law se exaltava cada vez mais. – Será que devo te lembrar do porque estamos indo para aquela ilha?

– Estraga prazeres. – Luffy disse baixinho enquanto fazia bico.

Todos olhavam aquela discussão calados, mas não conseguiram se segurar. Começaram a rir histericamente. Law parecia um velho dando uma bronca numa criança mal criada. Aquela cena era imperdível, no mínimo inusitada.

Ao perceber a onda de risos, Law imediatamente arrumou a postura, colocou a mão na boca e pigarreou... como se nada tivesse acontecido, voltou a sua natureza... frio e indiferente.


***


Lá estavam eles na cozinha de Sanji... um tanto apertado, pois agora haviam os companheiros de Law. Como Bepo, um urso branco trajando um macacão laranja, que ocupava assentos para duas pessoas.

O cirurgião apreciava seu bolinho de arroz com uma expressão de puro desgosto, pois a sua volta os chapéus de palha se divertiam com os piratas do coração, fazendo a maior algazarra, como se Luffy não tivesse quase estragado tudo... o que deixava Law injuriado.

Nami, sentada a frente, percebeu como Law estava desconfortável, então tentou dizer algo para o anima-lo.

– Que cara é essa? mesmo com os imprevistos, estamos indo para a Ilha Ezo.

Na ilha Ezo, Law encontraria um conhecido que poderia fornecer informações sobre o Yonkou que eles planejam matar.

O moreno lançou um olhar penetrante na direção da ruiva, revelando seus olhos frios e tão cinzas como aquele céu tempestuoso.

Ele realmente não aparentava satisfação com os acontecimentos atuais, pois a aliança não estava nem perto de cumprir seu objetivo principal, e mesmo assim já teve que passar por vários imprevistos, por culpa de Luffy e sua tripulação inconsequente.

Nami se sentiu acuada, sem ter como responder aquela olhar. Mas antes que pudesse dizer qualquer coisa para melhorar o humor do moreno, sentiu algo... uma dor repentina no peito. Uma dor que a tirou dos trilhos, causando uma tontura que a fez deitar a cabeça na mesa.

– Nami! – Robin exclamou ao perceber que Nami não passava bem.

Todos pararam o que faziam e se atentaram a olhar para a navegadora, que respirava com dificuldade.

Law apenas observava quieto.

– Eu estou bem... – Nami respondia ao levantar a cabeça.

Obviamente ela não estava bem, mas se forçava para não preocupar os seus amigos.

Ah ér, Nabi. – Luffy dizia com um pedaço de carne da boca, e após engoli-lo terminou de falar – Porque você estava dormindo em um campo florido lá em Dressrosa?

– Ela não estava dormindo, Luffy. – Usopp intervia. – Ela estava desmaiada, por isso tivemos que traze-la para o Sunny.

– Pelo que eu examinei, Nami parecia ter desmaiado por uma queda de pressão. – Chopper dizia, mas meio em dúvida, pois nem mesmo ele podia confirmar ao certo porque ela havia desmaiado... aquilo encontrava-se fora de seus entendimentos como médico.

Nami, ainda não entendendo como foi parar no campo florido que Luffy dizia, explicou a todos o que aconteceu em Dressrosa, após Law sair para se encontrar com seus companheiros.

...

– Então você não se lembra de mais nada após entrar na loja? - Zoro perguntou.

– Não, nadinha.

– Estranho. – Robin dizia pensativa.

– Haha, não se preocupem, olhem, eu estou bem. – A ruiva se levanta e coloca as mãos na cintura, mostrando que estava bem e saudável.

Law a olhava com atenção, procurando qualquer indicio que ela estivesse mentindo. E achou.

– O que são isso em baixo dos seus olhos? Olheiras. - Law dizia como quem não queria nada. - E sua pele... parece um pouco pálida demais.

Nami fez uma careta, desprezando a suposta preocupação que o moreno demonstrava.

– Nami, acho melhor você ir se deitar. – Robin a aconselhou.

E foi isso que ela fez, mesmo que meio relutante.


***


O corvo a olhava enquanto a velha a chamava.

– Que moça jovem. O que está procurando? - A velha estreitou os olhos risonhos e abriu um sorriso amarelado. - Chegue mais perto, quero te ver melhor.

Uma velha de uma aparência judiada, surgia atrás do balcão cheio de livros amarrotados e com poções coloridas em frascos arredondados.

Seu cabelo estava preso em um coque com uma presilha no formato de uma flecha. Trajava roupas rasgadas e desbotas. Seus olhos pareciam duas hematitas, de tão negros e brilhantes que eles eram.

Nami a obedeceu.

– Na verdade eu só queria dar uma olhada...

– Ah, então deixe-me ajudar. – Ela começa a procurar algo.

Enquanto isso, Nami observou em seu entorno. O espaço era pequeno e com pouca iluminação. O ar pesado e empoeirado, faziam com que ela sentisse um enjoo incômodo e pertinente.

– Aqui está! – A velha ergueu a mão que segurava o frasco. Um frasco que por sinal, chamou a atenção de Nami, pois ele era menor que os demais, e o liquido contido nele era incolor.

– O que é isso?

A velha a olhou cuidadosamente antes de responder...

– Uma poção do destino.

Nami não entendeu, mas não deu muita importância ao nome, pois não conseguia acreditar em coisas como poções mágicas ou mesmo destino.

– E o que ela faz?

– Beba e descobrirá.

– Mas eu não tenho qualquer dinheiro aqui comigo, e outra: eu seria muito idiota se bebesse algo que nem sei o que é.

– Você tem razão, mas... não tem como você negar. – A velha esboçou um sorriso de dar arrepios.

Nami arregalou os olhos antes de ser surpreendia pelo corvo que saiu da gaiola e a distraiu, dando a chance da velha despejar o liquido na boca dela.

Por fim ela apagou.


***


– Um sonho...? – Nami acordou assustada. – Não...

Finalmente a ruiva se lembrou do porque havia desmaiado. Mas afinal, o que a velha queria fazendo com que Nami tomasse aquela poção?... diante dessa pergunta, ela não conseguia voltar a dormir... precisava tomar um ar e organizar a mente. Então, saiu silenciosamente do quarto, para não acordar Robin, que dormia com tranquilidade.

O mar agora, permanecia calmo. O ar da noite era gélido, mas agradável. E a lua, que iluminava aquela obscuridade pacifica, tornava as mechas da ruiva reluzentes e de um tom prateado.

Nami apoiou as mãos na grade de madeira da sacada. Respirou profundamente e se esticou. Agora já estava mais calma e relaxada. Então deu uma geral visual no navio, para ver se estava tudo em ordem, tendo uma surpresa.

Lá em baixo estava Law, sentado na beira do navio. Ele fitava o horizonte... parecia perdido em pensamentos.

Sem o seu gorro branco, seus cabelos negros eram jogados para o lado a cada sopro de vento, revelando mais o seu belo rosto... Sua expressão lhe dava um aspecto mais jovem e inocente, o que deixou Nami um tanto impressionada e deslumbrada, pois nunca o tinha visto com uma feição diferente do típico olhar frio, ameaçador e recentemente, extremamente irritado.

– Vai ficar olhando para mim até quando? - Law falou sem virar o rosto, cortando o transe de Nami e deixando-a desconcertada.

– N-a.. nada. Eu só perdi o sono.

– Hm...

Nada mais foi dito naquela noite. Nami ficou lá por horas, revezando o olhar entre a paisagem e Law, até que o sono achou o caminho de volta e a atingiu em cheio.


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Notas finais do capítulo

Agora ficou mais claro, né? A velha do mal fez Nami beber a poçãozinha lá. Mas porque? e o que exatamente a poção fez com Nami?
No próximo vou ver se revelo isso a vocês... Viram também que criei uma nova ilha? kkk então, na Ilha Ezo é onde a maior parte da história vai ocorrer, e ela terá características únicas.
Então, até o próximo. hehe ;3



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