Fio Vermelho escrita por Rosee


Capítulo 1
Desconhecido


Notas iniciais do capítulo

Faz tanto tempo que não escrevo, que acho que já perdi a pratica... enfim, eu vou postar aqui o primeiro capitulo, mas ainda farei alguns ajustes, não o revisei inteiro ainda... mas antes que eu enrole mais, ta ai. u.u



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Os Chapéus de Palha eram o grande assunto no Novo Mundo, após causarem a queda do reinado de Doflamingo na ilha de Dressrosa. Mas claro, eles não conseguiram esse feito sozinhos, foi tudo graças a aliança pirata entre eles com o cirurgião da morte, Law.


***

A aliança então se separou, mas não que ela tenha acabado, pois ainda deveriam atingir seu maior objetivo: derrotar um Yonkou.

Law precisava se separar dos Chapéus de palha por um momento, para reunir o bando dele, que se encontrava do outro lado da ilha.

Minutos antes da separação...

– Vocês... fiquem aqui até eu voltar. – Law, como de costume, pedia para que Luffy e os demais o obedecessem.

– Sim sim, hehe. – Luffy sorria todo alegre enquanto Law caminha na direção oposta.

– Ah, Law? - Nami o chamou, e na mesma hora ele se virou.

– O que é?

– É meio impossível que fiquemos parados esperando, ainda mais se depender do nosso capitão.

Law a fitou por alguns segundos após olhar para Luffy, mas espera ai... onde estava Luffy?

– Aquele idiota... – Law suspirava conformado. – Façam o que quiserem, mas só me prometam uma coisa: não saiam da ilha.

– Ok. – Nami respondeu com um sorriso.

– Hm... Nami-ya, você já esta ciente sobre a próxima ilha que iremos?

– Sim, está tudo certo para partimos, já estou estudando o clima provável para o caminho. – Nami estremece. – Tempestade...

– Ótimo. Nos reunimos em breve então.

O cirurgião retomou o seu caminho.

– Até mais. – Nami acenava.

O mesmo retribuiu com um aceno discreto enquanto andava de costas pra Nami.



***


Um desconforto percorria o corpo da ruiva, como uma corrente elétrica que fluía em calor, queimando-a... consumindo-a aos poucos. Uma sensação indecifrável, um misterioso resquício de sofrimento e nostalgia. E mesmo que parecesse real, era como se ela não estivesse lá, talvez não estivesse em nenhum lugar, mas sabia que precisava sair daquele estado.

– NAMI! – Usopp não conseguia se conter, gritava descontroladamente pelo nome da navegadora, enquanto se agarrava a objetos aleatórios para não ser levado pelo vento que soprava sem dar trégua.

– Nós vamos m-morrer. – O médico Chopper olhava boquiaberto para o que estava a sua frente.

Haviam ciclones sobre a água, raios e relâmpagos que rasgavam o céu, lançando luzes ofuscantes pra todos os lados. E os trovões provocados por eles, que causavam estrondos ensurdecedores capazes de calar até mesmo o som das ondas, barreiras de água com quase oito metros de altura quebrando violentamente, fazendo o navio se agitar, quase a ponto de virar... Se não fossem águas, aquele caos poderia ser chamado de inferno.

Colocando mais um desastre na lista, a tripulação ainda contava com monstruosas pedras de gelo... caso o navio fosse atingido por uma dessas pedras, com certeza seria destruído por completo. Então, Sanji ficou responsável por chuta-las para bem longe.

Olhando a partir da física, um clima como aquele era praticamente impossível, mas não no Novo Mundo, local onde os piratas mais destemidos se aventuram...

Muitos chegam lá quase mortos, outros voltam com seus barcos e tripulações devastadas. E os que chegam com vida, normalmente não duram nem três dias... e a causa disso está em sua maioria, relacionado ao clima, um clima imprevisível e selvagem, onde a física e química comum não se aplicam.

O bando não tinha mais controle do barco, o mesmo ia em direção a um redemoinho naquele tormento marítimo, assustadoramente violento, e aparentemente mortal.

Mesmo que eles já estivessem acostumados com aquele clima turbulento do Novo Mundo, nunca o enfrentaram sem sua navegadora.

– Como está a Nami? - Franky se mostrava calmo, mas no fundo temia que o Sunny pudesse ser danificado. – Sem ela estamos SUPEEER ferrados.

Assim como o Going Merry teve uma história com o bando, Sunny estava começando a dele, e convenhamos, eles já enfrentaram bastante coisas juntos, é até surpreendente ver o quanto o navio continuava em bom estado, pois afinal, foi construído pelo melhor carpinteiro de Water 7... mas mesmo assim não sairia intacto naquela tempestade surreal.

Mas um barco como aquele tinha suas cartas na manga, então porque não usa-las?

Assim então, Usopp foi verificar o convés no intuito de achar combustível para usar o Coup de Burst para serem lançados para bem longe daquele mar que os devorava.

Sem sucesso.

– Aah, isso é um grande problema. Estamos sem combustível!

– Yohohoho, deixe-me tocar algo para esse momento. – Brook intervia alegremente, armando os dedos na guitarra em um acorde. – “O mar vai nos engolir, o mundo vai sumir...”

– Não é hora pra isso, seu idiota... Olhe o que está acontecendo. – Usopp o interrompeu, jogando um pedaço de madeira no esqueleto, que desviou na hora e lhe deu uma de suas respostas típicas.

– Ver como? Não tenho olhos. Yohoho.

Sentado em um canto qualquer estava Zoro, que acabou de acordar no meio da confusão, pois durante seu cochilo foi atingido em cheio por um barril de sake, como consequência do navio que balançava bruscamente... o que o deixou completamente encharcado, ignorando o fato que ele já estava encharcado por conta da agua que entrava no navio.

Depois de ser acordado daquela forma, revelou uma expressão carrancuda, já que havia perdido um barril cheio de sake, a bebida favorita dele.

Mesmo que não estivesse entendendo nada, se mostrava alerta, pois sabia que algo não parecia normal, então, com descaso resolveu dar as caras na confusão.

– O que houve aqui? - Começou olhando ao redor, percebendo a ausência de alguns tripulantes. - E onde está a Nami e Robin?

– Nami está dormindo. – Robin saía pela porta do segundo andar do navio, local onde fica o quarto das mulheres. – Não acorda por nada.

– Ainda dormindo? Nós precisamos dela. – Usopp parecia aflito... para variar, em desespero. - Bem, então basta jogar um balde de água nela que ela acorda.

– NÃAAO, não se atreva. – Sanji preparava-se para aplicar um chute mortal no atirador. – Não é assim que se deve tratar uma dama adormecida.

Usopp saiu correndo, sem saber se ficava com medo da situação atual, ou medo de ser atingido por um golpe do Sanji.

– Parem de palhaçada, vamos nos concentrar no que está a nossa frente, seus baderneiros. – Zoro, que ainda estava processando o que acontecia, resolveu dar uma lição de moral nos dois.

– Como é marimo? - O cozinheiro estreitou o olhar em reprovação, desviando assim, a fúria ao espadachim.

– Hã? Do que me chamou, cozinheiro mulherengo? - Zoro indagou.

E assim começa a sequência de chutes, sendo desviados com o lado cego da espada de Zoro.

A agitação continuava entre o bando. Chopper e Usopp corriam com medo, e se preparavam para o pior. Zoro e Sanji focavam na rivalidade entre eles ao som do músico Brook, que tocava uma música animada e mórbida ao mesmo tempo. Já Franky se ocupou de consertar cada novo buraco que surgia no navio... E claro, o Capitão Luffy, que independente da situação, quase sempre esboçava um sorriso no rosto, achando tudo aquilo divertido, como uma aventura nova... Um típico gênio despreocupado.

– SHISHISHI. Isso é tão empolgante. – Os olhos do capitão brilhavam.

No fundo Luffy sabia que sairiam de lá ilesos, pois confiava na sua tripulação mais do que tudo, sabia que eles dariam um jeito de sair de lá... ou simplesmente acreditava em milagres.

Robin, que observava de longe o tumulto, resolveu voltar ao quarto para conferir se Nami havia acordado, pois até então, era muito estranho a ausência dela, já que normalmente ela tem o sono leve, onde qualquer sopro do vento poderia a acordar em alerta.


***


Nami abria os olhos devagar, tentando se acostumar com sua visão atual. E se não bastasse, se sentia estranha, com uma sensação de vazio.

– Mas o que? Porque estou me sentindo tão leve? – Sua voz era abafada e sonolenta, quase um sussurro.

Estava tão claro ao redor, que seus olhos não conseguiam captar uma imagem sequer, a não ser um branco alucinador... Mas de qualquer forma, não havia nada naquele local para olhar... aparentemente.

Ela estava sozinha, sem qualquer presença humana ou objeto, nem mesmo portas ou janelas, muito menos um chão poderia ser visto ou sentido... tanto que a navegadora parecia flutuar. Logo ela percebeu que aquele não se tratava de um espaço físico.

– Aah, é um sonho?


***


Robin entrava no quarto com calma, uma tranquilidade nada apropriada pra quem estava pestes a ser engolida pelo mar. Não por surpresa, Nami ainda dormia, sem ter mexido um centímetro desde a última vez que Robin a viu.

A navegadora estava vestida com uma regata branca. Dormia de barriga pra cima, com uma coberta fina até a altura da cintura. Suas mãos estavam dispostas ao lado do corpo. E o que mais chamou a atenção de Robin... foi a expressão de desconforto no rosto dela.

– Nami?

Robin aproximou sua mão na direção de Nami, no intuito de desperta-la. Pousou a mão no ombro direito dela e deu uma leve sacudida.

E nada.


***


A visão da navegadora começava a clarear, e aos poucos passou a ver um borrão a sua frente, parecia uma mancha naquele branco infinito... que poderia ser vista a uns dez metros de distância.

Aquele pequeno ponto se aproximava lentamente...

Aos poucos a imagem foi melhorando, mas ainda não havia qualquer característica especifica... então finalmente, conforme a aproximação, o objeto tomou forma e foi adquirindo contornos que os definiam... e pôde ser comprovado.

– Uma pessoa! - Nami abriu os grandes olhos castanhos quase que de imediato. Estava na esperança de poder falar com alguém.

Quem será ela? Nami pensou, e no mesmo instante foi acertada em cheio por uma onda de emoções... dor, tristeza, raiva, magoa... tudo ao mesmo tempo.

A ruiva se sentiu abalada, sua cabeça parecia ser golpeada conforme ia sentindo toda aquela energia dentro de si. Não conseguia mais pensar em nada, apenas se contorcia em desespero e dor... afinal, o que era aquilo?... era quase como se a pessoa a sua frente, tivesse feito Nami sentir o mesmo que ela sentia... criando uma ligação, uma relação única.

Os minutos ou segundos iam passando naquele estado, e finalmente a ruiva foi se recuperando do choque anterior, e quase por impulso, começou a andar em direção a aquela pessoa, pois mesmo com medo e incerteza depois do que passou, se sentia na obrigação de perguntar o que ela queria... mas foi interrompida por vozes. Vozes que a puxavam de volta à realidade aos poucos.

Mesmo que Nami quisesse sair daquele lugar desconhecido e que lhe dava uma angustia curiosa, queria saber quem era aquela pessoa misteriosa, pois havia um sentimento, ou melhor, um pressentimento sobre quem estava a sua frente.

A visão dela foi escurecendo, seus olhos se apagavam lentamente, igual o processo quando acordou naquele espaço, mas o reverso.

Segundos antes de Nami despertar, uma outra voz foi ouvida, uma voz distinta... e ela vinha da pessoa sem nome.

As palavras eram jogadas ao vácuo, era quase impossível entende-las.

– O que? - Nami gritou, o suficiente para que o som ecoasse.

Mais uma vez nada foi ouvido... a não ser a última frase. Algo que a deixou perturbada, com uma expressão de interrogação e curiosidade.

“Me ajude”.

A ruiva então desperta no lado real.


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Notas finais do capítulo

Siim, ficou meio confuso, uma mistura que nem eu entendi direito kkk
No próximo capitulo as coisas vão se encaixar direitinho (espero)... aguardem u.u



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