Bridge Of Light escrita por Emna Ai


Capítulo 9
Capítulo VIII - Sentimentos


Notas iniciais do capítulo

Boa noite, antes de mais nada quero pedir desculpas pelo atraso, essa semana foi a mais corrida de todas desde que comecei a escrever, então peço que me desculpem pelo atraso e pelo tamanho do capítulo. Agradeço a todos que estão acompanhando. Boa leitura :)



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Bridge Of Light

Capítulo III

Sentimentos

Sakura tentava se encontrar no meio da confusão formada por tantas pessoas. O corredor era intransitável e coma folha que dizia onde ela devia estar na próxima hora, ela procurava sua sala no meio de toda aquela agitação. A aula no auditório havia acabado há algum tempo, e foi orientado que os calouros procurassem com antecedência suas salas, para evitar confusões.

O problema é que todos resolveram procurar ao mesmo tempo, resultando em um congestionamento de pessoas perdidas em um corredor não muito largo. Ela devia encontrar a sala 12D nos próximos quinze minutos ou estaria oficialmente atrasada na sua primeira aula.

Ela gostava de todo aquele clima. As pessoas andando apressadas, professores com suas expressões de inteligência e os funcionários sorrindo para todos. Sempre gostou de aprender, de descobrir coisas novas, e estava realizando um de seus maiores sonhos ao decidir cursar aquela faculdade. Se tornar médica era um de seus maiores objetivos.

Ajeitou a mochila nos ombros concentrando-se nas portas que estavam no corredor. Estava no caminho certo, já podia ver as placas de números próximos ao que ela procurava. Viu a sala 10 D e apressou o passo, dez metros após encontrou sua sala.

Sentiu seu coração acelerar, estava um pouco nervosa, era uma coisa nova. Entrou de cabeça baixa e levantou os olhos apenas para encontrar um lugar vazio, próxima a janela. A sala estava relativamente cheia. Cerca de trinta pessoas estavam sentadas nas confortáveis cadeiras. As paredes eram pintadas de amarelo. A mesa do professor parecia ser de uma madeira muito bom e em cima dela havia um computador , folhas e canetas para quadro branco.

No quadro em uma letra muito bonita estava escrito “ Introdução a Anatomia”. Era a primeira aula do dia. Sakura tirou de sua mochila o livro da matéria e preparou sue material. Estava animada. E parecia que seus colegas também, todos conversavam entre si, e ela ficou observando tudo.

Três minutos após ela ter se instalado na sala o professor entrou na sala. Sakura se surpreendeu quando o viu. Sabia o nome dele. Sasori? O rapaz da festa. Ele era professor. Ele também pareceu reconhece-la e sorriu para ela. A Haruno ficou pensando que ele devia se rum gênio, para ser professor de medicina com tão pouca idade que aparentava, ou talvez ele fosse mais velho?

Deixou aquelas dúvidas para lá, mesmo tendo conhecido Sasori na festa dos Uchihas ele era um professor, e Sakura devia prestar atenção em cada parte e detalhe da explicação se quisesse ser uma excelente médica, e ela pretendia isso mais do que tudo.

Começou a fazer todas as anotações necessárias sobre provas, trabalhos e tudo que aconteceria naquele semestre na disciplina que Sasori ministraria. Foi notória a manifestação de excitação dos alunos quando ele falou que em breve eles iriam para os laboratório de anatomia ter a sua primeira aula prática.

Sakura tinha receio quanto a isso. Não era do tipo fresca que se enjoava com sangue nem nada do tipo, mas ver cadáveres era um pouco diferente. Saber que aqueles eram corpos de pessoas que tiveram história, família e amores faziam com que ela sentisse um pouco de compaixão. O que teria acontecido para eles acabarem em laboratório dentro de tanque de formol?

O fim da aula Sasori falou com ela. Seu sorriso era bonito e demonstrava a alegria que ele sentia por ter encontrado com ela.

— Então seremos aluna e professor? — Sasori sentou-se na cadeira frente a ela.

— Acho que sim, nunca imaginaria te encontrar por aqui.

— Bom, esse é meu segundo ano como professor, espero que você goste das aulas.

— Com certeza irei gostar, medicina é minha paixão.

Aquela conversa não demorou muito. Sasori disse que teriam muitas oportunidades para conversarem, o semestre seria bem longo. Sakura estava feliz por conhecer alguém naquele mar de rostos estranhos. Ele parecia ser uma pessoa legal e seria muito bom conquistar um novo amigo tão rápido na faculdade.

Arrumou todo o seu material e foi para a cantina. Teria um intervalo de uma hora até a próxima a aula e combinara de se encontrar com Sasuke. Quando a festa acabou e ela pode se deitar e pensar em tudo que aconteceu viu que as coisas estavam saindo de seu controle.

Conhecer a família de Sasuke e ver aqueles sorrisos bonitos e olhos tão meigos fez o coração dela questionar aquela vingança. Não conseguia entender como pessoas que aparentemente eram tão boas podiam ser responsáveis pela morte de seus pais.

Adorara cada minuto da fez. Cada sensação que sentiu perto de Sasuke era uma nova descoberta, nunca havia se sentindo daquela forma. Ele parecia centralizar toda a sua atenção fazendo com que se esquecesse de todo resto, da vingança e de tudo que ela envolvia. Ele parecia ser um ponto de luz em uma estrada escura.

Aperto a pulseira em seu braço. Aquela era a pulseira preferida de Sasame. Antes de ir para faculdade decidiu usá-la para que toda vez que percebesse que ia fraquejar , olhar para aquela pulseira fizesse ela lembrar que seu objetivo era se vingar dos Uchihas e não se apaixonar por um. Ela estaria indo encontrar Sasuke única e exclusivamente para se aproximar mais dele e assim descobrir algo que pudesse incriminar os responsáveis pelo assassinato de sua família.

A cantina era um lugar agradável que fez com que Sakura se lembrasse dos cafés que visitou no interior do país em uma das viagens que fez com seus pais. Os móveis de madeira eram enfeitados por pequenas porcelanas e vasos florais. Sobre as mesas uma leve toalha vermelha adornava criando um ambiente caseiro.

O balcão de atendimento era de madeira escura e apresentava várias guloseimas que faziam o estomago dela pular de felicidade. Queria poder comer tudo e mais um pouco. As paredes eram cobertas por um papel que fez com que ela se lembrasse do céu em dias que não há nuvens.

Próximo a uma das janelas, com uma caneca em sua frente e um pratinho de biscoitos ao lado, Sasuke observava o movimento dos estudantes no pátio. Ela se permitiu observá-lo por alguns instantes. Os olhos era o que ela mais gostava, eram negros, e demonstravam confiança e determinação.

— Bom dia, Sasuke-kun. — Ela sorriu enquanto ocupava uma cadeira frente a que ele estava. — Me atrasei muito?

— Não, eu que cheguei mais cedo mesmo. — Ele sorriu daquele jeito que ela achava tão encantador. — Café ou chocolate?

— Café. — Ele sorriu para escolha dela, garotas geralmente dispensam cafeína.

— E como foi o primeiro dia? — Após os pedidos serem anotados pela garçonete permaneceram conversando.

— Achei ótimo. Tudo é tão animado por aqui. — Ela começou um longo discurso sobre as maravilhas do curso de medicina.

Sasuke ouvia tudo calado. Ele era um bom ouvinte e gostava da voz dela.

— Ai o professor é o Sasori, da pra acreditar?

— Como? — Foi o único momento que ele interrompeu a fala dela.

— O Sasori, o rapaz da festa , ele é meu professor.

Bom, aquilo não era uma coisa tão boa. Sasuke conhecia Sasori há pouco mais de seis meses, ele era cliente do banco e se esbarraram algumas vezes nos corredores da faculdade. Agora nunca poderia imaginar que Sasori era professor ainda mais do curso de medicina.

Sasuke não conhecia a personalidade de Sasori, muito menos onde morava ou seu círculo de amizade, a única coisa que ele conhecia era a reputação. Sasori era conhecido pelas conquistas que fazia. Então todas aquelas garotas que ele aparecia acompanhado eram suas alunas? O Uchiha desejou estar errado. E pensar que Sakura estaria perto de um idiota feito aquele.

—Algum problema? — A voz dela retirou os pensamentos de Sasuke que vagavam.

— Não, por quê?

— É que te perguntei se você ainda tem aulas hoje e você ficou olhando pro nada. — Ela explicou sorrindo divertida.

— Desculpe, tenho mais duas aulas.

— E a nossa balada? — Sakura perguntou enquanto comi um dos biscoitos dele

— E a nossa ópera?

Era divertido conversar com ela. Queria que as horas demorassem a passar quando estava tão perto. Havia tantas coisas que queria saber sobre ela, e aquela pergunta que não saía de sua mente. O que ela estava fazendo em sua jardim naquela noite fria.

— Sakura, preciso te perguntar algo.

— Fique a vontade.

— Bem, eu vi você no jardim da minha casa há algum tempo, e fiquei curioso.

Sakura não deixou seu sorriso vacilar. Ela sabia que a qualquer momento ele lhe perguntaria sobre aquilo, mas tudo que planejara falar sumiu em sua mente como passem de mágica. Falou a primeira coisa que pensou.

— Eu estava visitando uma velha conhecida, ela trabalha pra vocês agora, Lola.

— A Lola? Não podia imaginar que vocês se conhecessem.

— Lola cuidou de mim por um tempo quando eu pequena, me apeguei muito a ela, e resolvi fazer uma visita. Desculpe-me se causei algum incomodo.

—Apenas curiosidade. — Ele disse observando as expressões do rosto dela.

— Bom, está na minha hora. — Sakura recolheu seu material e se preparou para a próxima aula. — Posso ligar para combinar a balada?

— E eu ligo para combinar a ópera.

— Ótimo dia, Sasuke-kun. — Inclinou-se sobre a mesa e depositou um leve beijo na bochecha dele, saindo em seguida do café.

Sasuke observou até que ela desapareceu entre os estudantes. Ele podia jurar que por pelo menos um segundo ele viu os olhos dela vacilarem. Ele tinha quase certeza que Sakura estava mentindo em relação a visita dela a Lola. Não sabia dizer como, mas teve aquela impressão.

Ultimamente sua vida era cheia de impressões. Tinha a impressão de Sakura estar escondendo algo, assim como seus pais. No banco não era diferente, coisas estranhas estavam acontecendo. Fundos que não existiam começavam a aparecer, e outros sumiam misteriosamente.

Ele mesmo já começara uma auditoria não oficial, não queria acreditar que alguém de dentro da empresa estivesse desviando fundos sem o consentimento da diretoria. Era complicado provar aquelas coisas, principalmente quando as pessoas não queriam falar.

Seu pai fora evasivo quando ele questionara o porque de Madara parecer tão distante da família. Fugaku apenas dissera que o tio era daquela forma mesmo, que não gostava muito de contato e preferia morar em outra cidade. E novamente aquela sensação de estar sendo enganado passou por sua mente.

Bom, pelo menos por hora, deixaria as questões que envolviam Sakura para lá. Ele gostava de estar com ela e isso bastava no momento. Segredos e mistérios sempre acabavam sendo revelados , ele não tinha muito a temer.

Guardou suas coisas e foi para aula. Única coisa que deveria preocupa-lo era o fato de Sasori estar se aproximando. Deveria dar um jeito naquilo também. Talvez uma conversa amigável com ele?

XXX

— Alô? — Sakura colocou o aparelho na orelha.

— Boa noite, senhorita Sakura. Aqui quem fala é Madara Uchiha.

Sakura arregalou seus olhos em surpresa, ele era a ultima pessoa da qual esperaria receber uma ligação. Estava em seu quarto organizando suas coisas quando ouvira o toque de seu celular, mesmo não reconhecendo o número atendeu.

— Boa noite, no que posso ajudar o senhor?

— Estou ligando para dar meus pêsames, eu era amigo de seu pai, e não liguei o seu nome a ele, apenas hoje enquanto refletia sobre a festa me lembrei de onde conhecia a senhorita.

— Obrigada pela preocupação. — Sakura tinha certeza que naquela história havia algo errado, sue pai nunca mencionou o nome de Madara.

— Seu pai planejou um prédio para mim, e fiquei chocado ao saber do acontecido. Acredito que seja um momento difícil.

— Com certeza é muito difícil.

— Estou ligando porque eu gostaria muito de me encontrar com a senhorita para lhe mostrar o quão bonito ficou o prédio que seu pai construiu pra mim.

— Agradeço o convite, mas tenho que dispensar, estou muito atarefada com algumas coisas.

— Se mudar de opinião o convite permanece de pé. Tenha uma excelente noite.

— Igualmente.

Madara colocou o telefone no gancho e deu um sorriso. Aquela garota com certeza não era nada burra. Ele tinha quase certeza que os documentos que tanto precisavam estava em poder dela, não sabia como iria conseguir, mas se quisesse concluir tudo que planejava precisava descobrir onde estavam todos os papéis urgentemente.

Teria que se aproximar dela de algum jeito, por bem ou por mal. Sorriu satisfeito quando viu sua caixa de email. Seus homens tinham conseguido encontrar uma coisa bastante interessante em uma antiga casa de campo dos Uchihas.

Quem sabe aquilo faria seus planos avançarem mais rápido.


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Notas finais do capítulo

Prometo tentar não demorar como o próximo, tenho outra long fic do mesmo casal para quem quiser dar uma conferida. http://fanfiction.com.br/historia/546544/Made_to_Flee/

Beijinhus



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