No dia seguinte, como de costume após acordarem, rei e rainha foram até o quarto da filha e ficaram impressionados com as novas formas do quarto. Lana chorou de emoção e o Edward queria saber a todo custo quem havia feito aquilo, para agradecer. Porém, ninguém do castelo sabia como o quarto havia ficado daquela maneira, deixando todos na curiosidade para saber quem era.

Logo, o inverno chegou a ensolarada Arendelle, colocando as crianças para brincarem na neve. Fiz o meu serviço e logo voltei ao castelo.

Uma semana depois, Lana estava oficialmente com nove meses de gestação e as dicas finais dos médicos para um fim de gestação e um parto tranquilos, fossem que ela repousasse o máximo o possível, sem roupas ou sapatos apertados. Ela seguia tudo a risca, saindo apenas do seu repouso apenas para acertar alguns detalhes finais da chegada do bebe

Falava muito pouco com North. Mas, nas poucas vezes que nos falamos, ele garantiu-me de que os guardiões estavam com o controle em relação ao problema "Pitch". Lembrou-me que o parto seria dali uma semana e me acalmou o máximo que pode, finalizando com a velha frase do "Vai dar tudo certo, Jack. Vai dar tudo certo"

Alguns governantes e representantes chegaram à Arendelle, para tratar de negócios com o rei. Ao acabar a reunião, Edward foi até a biblioteca (seu lugar favorito no palácio, assim como Lana), quando de repente, uma assustada Lana aparece na porta da biblioteca

– Edward... - sussurrou, como se falar causasse uma dor insuportável

– Lana? O que está fazendo aqui? - ele perguntou, levantando-se rapidamente do lugar em que estava indo até a esposa

Lana não estava ereta, como sempre. Estava curvada, uma mão na barriga e a outra usando para apoiar-se na parede. Suor escorria pelo seu rosto e ela parecia de dor a cada três minutos.

Uma grande tempestade começou lá fora, e não era eu o causador dela

– Lana, não me diga que... - Edward começou, um misto de ansiedade e desespero tomando conta da sua face

– Sim querido. A bolsa estourou. Nossa garotinha está nascendo

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– Força majestade! - a parteira falava enquanto Lana empurrava e grunhia

Já estávamos ali há mais ou menos quarenta e cinco minutos. A bolsa havia realmente estourado e Elsa decidira nascer no primeiro dia de inverno. 21 de junho.

Rei, rainha, algumas criadas, a parteira e eu, nos encontrávamos no quarto real. A tempestade lá fora estava violenta e a cada grito de dor proferido pela jovem rainha, a neve e gelo aumentavam lá fora. Por mais que eu estivesse nervoso, não era eu o causador daquela tempestade.

Edward estava junto com a esposa, segurando-lhe a mão. Parecia aflito e incentivava a rainha dizendo para continuar, pois logo a princesinha deles logo estaria ali.

E ela continuava

Criadas passavam panos úmidos pela testa e têmporas de Lana.

Ela continuava.

A tempestade lá fora estava imperdoável e sem querer congelei o chão e uma parte do teto. Mas o gelo não era só meu

Após uma hora e meia, Lana deu um grande grito e um chorinho pode ser ouvido.

Com o choro, a tempestade acalmou-se ligeiramente, e o gelo do chão e teto se recolheram, como mágica. Eu estava certo. O gelo não era meu

E sim da garotinha que estava sendo limpa e enrolada em uma manta púrpura, sendo entregue para os pais que choravam de alegria. Aproximei-me para vê-la. Pele branca como a neve que agora caia calmamente lá fora. Boca e bochechas rosadas. O pouquinho de cabelo que tinha revelava ser loiro platinado, quase branco. E olhos azuis, que encarava os pais. Até me encarar. E eu perder a noção do tempo.

Logo, todos saíram, deixando-nos a conhecer aquele maravilhoso e belo anjo