I'm forever yours escrita por ColorwoodGirl


Capítulo 47
Capítulo 45




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Duas batidinhas na porta. Silêncio foi a resposta que ele conseguiu dar, porque qualquer palavra que tentasse proferir exigiria demais de seus pulmões. Não havia desistido de lutar, mas estava cada vez mais difícil.

Mesmo sem a resposta, a porta foi aberta. Um par de olhos azuis apareceu por ali, brilhando intensamente, e ele sorriu diante daquilo. Sua irmã estava ali, e isso por si só já era motivo de alegria. Mas o motivo da visita era razão de uma alegria ainda maior: sua irmã estava ali para salvá-lo.

O médico havia trazido as boas novas pouco antes, junto de Gael e Dandara. Karina era completamente compatível com ele e, portando, poderiam realizar o transplante. O padrasto o lembrou que seu corpo poderia rejeitar o transplante, mas sabia que isso não aconteceria. Nem em um milhão de anos deixaria Fabi, os filhos, Karina, Pedro e Clarinha para trás.

“Aguenta firme, ouviu? Daqui a pouco tudo isso vai ter acabado.” Prometeu a loira sentada na beirada de sua cama, lhe beijando a testa com carinho. “Agora, vamos ser irmãos de sangue.”

“Nós já somos mais irmãos do que muitos irmãos por aí.” Ele forçou para as palavras saírem, puxando a máscara de oxigênio do rosto.

“Não se esforça, seu lesado.” Ela o repreendeu rindo. “Eu vou lá me preparar... A Fabi só estava amamentando o Joãozinho, que é uma draga que nem você, e logo vai estar aqui. E ela não vai sair do seu lado até acabar, então se comporte.”

Ele concordou com a cabeça, sabendo que seria repreendido caso falasse novamente. Recebeu outro beijo na testa e ela deixou o aposento. Sorriu para si mesmo, suspirando aliviado.

Tudo ficaria bem.

~P&K~

“Esquentadinha, eu não gosto de te ver nesse ambiente... Me lembra daquele acidente.” Pedro tremeu ao observar a namorada na cama de hospital, trajada com a camisola.

“Ai, nem me lembra disso, pelo amor de Deus.” Ela se arrepiou também, balançando a cabeça para espantar as ideias. “Passou, não vamos pensar disso.”

“Ultimamente não estou conseguindo, porque tem algo daquela época que está em aberto.” O guitarrista explicou, sentando ao lado dela na cama.

“Moleque, chega dessas coisas. Não to afim de ficar indisposta nesse momento.” Karina pediu, começando a se irritar.

“Você lembra o que você me entregou naquele dia? Ou melhor, que pediu para o médico entregar?”

“A minha aliança?” Ele concordou. “Você guardou, não é? Me mostrou aquele dia no parque.”

“Nunca deixei ela, nem por um minuto.” Ele puxou o cordão que carregava no pescoço, tirando as alianças da proteção de sua camiseta. “Estranhei que você nunca tocou no assunto.”

“Eu ando muito aérea, me desculpa.” Ela corou de vergonha, vendo ele soltar o fecho e tirar o cordão, deslizando as duas alianças para as mãos. Ela tentou apanhar a sua, mas ele as afastou. “O que foi?”

“Eu estava esperando o momento certo para te entregar isso.” Ele confidenciou, sorrindo. “E esse é o melhor momento... Pode não ser tão romântico quanto a roda-gigante, ou uma declaração em um show; mas é perfeito. É o fechamento de um ciclo, ou de vários. Tudo começou em um hospital, chegou até o nosso reencontro com a doença do João, e agora está terminando com ele sendo salvo por você.”

“Pedro, você está doente? Você não está falando coisa com coisa.” Observou a loira, confusa.

“Karina, fica quieta e me deixa falar. Eu ensaiei isso um milhão de vezes na minha vida, e to me embanando todo.” Ele riu nervosamente, segurando a mão dela. “O que eu quero dizer é que eu acho que está na hora de colocarmos as coisas no lugar. Já temos uma filha, já vivemos juntos, mas falta o mais importante.”

“Ai meu Deus...”

“Karina Esquentadinha Duarte, eu prometo que nunca mais vou fazer uma besteira; pelo menos, não uma tão grande. Prometo te amar, respeitar, cuidar e proteger pelo resto das nossas vidas, estar ao seu lado nos momentos bons e ruins, e sempre ser o melhor de mim para você e a nossa manezinha.” Ele disse com a voz carregada de emoção, os olhos de ambos se enchendo de lágrimas. “Ka... Você aceita se casar comigo?”

“Sim. Sim. Aceito. Ai, caramba, aceito.” Ela gaguejou, estendendo a mão esquerda e deixando que ele deslizasse o anel por seu dedo anelar. “Ai meu Deus.”

“Você está muito religiosa.” Ele riu nervoso, enquanto ela deslizava o anel por seu próprio dedo. “Eu sei que nesse caso as alianças deveriam ser de ouro, mas achei que essas teriam um significado maior. No casamento a gente arranja as de ouro.”

“Não precisa, essas são perfeitas. Eu não trocaria elas por nenhuma outra, nem de ouro nem de diamante. Eu quero casar com elas, usar elas pelo resto das nossas vidas. Foram esses anéis que marcaram nosso amor, e quero que eles simbolizem isso até o fim.”

“Por mim está ótimo... Mais dinheiro para nossa festa de arromba. Pensei em chamarmos Lulu Santos, Maria Gadu, Nando Reis, e tentar trazer o Bon Jovi, porque você sabe que eu tenho um fraco por eles. Ou então Capital Inicial, os caras são feras. NxZero nem precisa se preocupar, já quero chamar o Di para padrinho, eles tocam a nossa primeira dança para lembrar nosso primeiro beijo.” Ele começou a devanear enquanto Karina gargalhava alto.

“Você sonha alto, hein, moleque?”

“Algum de nós tem que ser o sonhador, ué. O que importa, esquentadinha, é que nosso casamento vai ser perfeito.” Ele prometeu, beijando a mão dela. “Agora acho que tenho que sair... Daqui a pouco aparece alguma enfermeira velha, gorda e rabugenta, com uma verruga cabeluda, me enxotando porque precisam te preparar para os procedimentos.”

“Você acha que vai dar certo? Digo, eu não tive nenhuma preparação para isso.” Ela externou seu medo e ele sorriu, acariciando o rosto dela.

“Vai correr tudo perfeitamente, meu amor. Você e o João vão ficar bem, pode ter certeza.” Pedro beijou os lábios dela com delicadeza. “Boa sorte, minha linda.”

“Te amo, guitarrista dos infernos.”

“Também te amo, esquentadinha homicida.” Ele riu, se levantando e indo para a porta, deixando-a perdida em seus pensamentos.

~P&K~

Os procedimentos em si não demoravam tanto, mas se somando tudo, o processo era longo. Foi apenas 12 horas depois que tiveram notícias reais e seguras, e puderam respirar aliviados.

“Os dois estão bem.” Contou o médico, doutor Samuel. “A Karina já podia receber visitas, mas estava descansando. Levando em conta a assiduidade dela aqui no hospital nas últimas semanas, acho que ela estava precisando.”

“E quando ela vai ter alta?” Questionou Pedro.

“Nós queremos que ela fique um ou dois dias aqui, para monitorarmos. Ela tem pressão alta, pelo que vi no prontuário, então prefiro prevenir do que vir a remediar.”

“E o João? E o meu filho? Ele está bem?” Quem perguntou foi René, que estava abraçado com Dandara. Gael estava ao telefone, provavelmente com Bianca, repassando as notícias.

“O transplante aparenta ter sido um sucesso absoluto.” Todos suspiraram aliviados. “Não posso precisar a alta, como sabem. Vamos ter que ir acompanhando a recuperação dele, especialmente porque ele tem um recém-nascido em casa. Como eu expliquei, o sistema imunológico do João agora é como o de um bebê, e será assim por um ano, até que ele volte a tomar as vacinas. Então vamos monitorando e decidindo o que fazer.”

“Eu posso ver a Karina?” Pediu Pedro.

“E nós o João?” Pediu Dandara.

“As visitas do João estão restritas a uma por dia, a princípio, e a Fabi já está lá com ele. Mas a Karina está liberada para receber visitas normalmente. Pode ir, rapaz.”

“Nós vamos ligar para o pessoal e avisar. Logo vamos lá com vocês.” Avisou René, se despedindo de Pedro, que já sumia pelo corredor.

O guitarrista voltou para o quarto da noiva, abrindo a porta sem bater. A encontrou deitada na cama, serena, recém-acordada.

“Deu certo?” Questionou com a voz esperançosa.

“Deu, deu sim. Agora temos que esperar e torcer para que ele se recupere depressa. E você, minha esquentadinha, pode voltar a dormir e comer direito, porque eu não quero uma noiva com cara de doente. Se for para perder o sono, de agora em diante, vai ser com o nosso casamento.”


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Notas finais do capítulo

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