I'm forever yours escrita por ColorwoodGirl


Capítulo 32
Capítulo 31




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“Fala padrinho. Consegue dizer padrinho?” Ana Clara gargalhou, arremessando um bloco de borracha na cabeça de João, que bufou. “Vai, Clarinha... Fala padrinho.”

“João Spinelli, para de tentar persuadir minha filha. A primeira palavra dela não vai ser padrinho, né princesa?” Karina apareceu na porta da cozinha, bronqueando o irmão. “Fabi, eu vou dar uns tapas no seu namorado, hein?”

“Me deixa fora dessa.” A voz da garota veio de dentro do cômodo. “To fazendo o jantar.”

“Você também deveria estar lá, viu Karina? Coisa mais feia... Deixar o convidado passando fome, enquanto a convidada fica fazendo comida.” João pegou a afilhada no colo, se levantando e indo para onde as mulheres estavam.

“Convidados? Vocês dois apareceram de mala e cuia na minha porta anteontem, dizendo que iam ficar por aqui uma semana. Não me lembro de ter convidado ninguém não...” A lutadora voltou a ajudar a amiga no preparo do jantar, enquanto o nerd permanecia escorado à porta, brincando com a afilhada.

“Reclama com o mestre Gael, que nos entregou a mala e a cuia, nos obrigando a vir aturar sua delicadeza e ter certeza que você e a netinha dele estavam bem.” Fabi apenas ria das provocações dos dois, que se alfinetavam sem dó.

“Meu pai é exagerado.” A loira suspirou, colocando uma vasilha cheia de legumes ao lado de João. Clarinha fez careta, dando um chute na vasilha. “Ana Clara.”

Nina.” Os três adultos arregalaram os olhos. A expressão da criança era irritada, como se estivesse corrigindo a mãe.

“Caraca, ela falou?” Perguntou João, surpreso.

“Acho que ela tá falando o nome dela.” Comentou Fabi, enquanto Karina pegava a filha dos braços do padrinho, colocando seu rostinho de frente com o seu.

“Você falou Clarinha?”

Nina.” A pequena tornou a repetir, dessa vez com um sorriso de três dentinhos.

“Faz arte, corrige a bronca e ainda escapa com a fofura da primeira palavra... Tinha que ser filha sua e do Pedro mesmo.” Bufou João, abraçando a namorada e colocando a cabeça no ombro dela.

“Nina... Gostei.” A mãe começou a beijar as bochechas gorduchas do bebê, que ria deliciada. “Um ótimo apelido para você, Nina.”

~P&K~

“Nina, vem comigo. O vovô me deu uma boneca nova e que faz barulho legal.” Julinha saiu puxando a prima mais velha para o quarto, deixando os quatro adultos na sala. Karina terminava de explicar à Pedro a origem do apelido Nina.

“Nós chamamos ela assim por muito tempo, mas depois ela pediu para chamarmos só de Ana ou Clara. Mas como a Julia não conseguia, a própria Clarinha ensinou ela a chamar de Nina.” Completou Fabi, sentada no sofá com o namorado, os dois abraçados.

“Mas por que ela não queria que chamassem ela de Nina?” Perguntou Pedro, fazendo os três rirem.

“Quando ela tinha uns cinco anos, a Lara e o Alan começaram a chamar ela de pirralhinha. E usavam o Nina como principal provocação. Aí ela invocou que não queria ser chamada de Nina para eles não encherem o saco dela.” Explicou Karina.

“Filha de esquentadinha...” Começou João.

“Esquentadinha será.” Completou Pedro, risonho. “Pelo visto ela tem um gênio difícil.”

“Imagina.” Zombou o outro.

“Quase nada.” Riu Fabi.

“Ela só quase quebrou o nariz de uns três coleguinhas, mas a gente contorna esses episódios.” Brincou Karina, fazendo todos rirem. “Mas me diz... Vocês fizeram a ultra?”

“Antes da sessão de quimio, para eu conseguir acompanhar sem passar mal.” João tentou brincar, mas Fabi assumiu um semblante triste. “Hey, sem ficar triste... Conta a notícia boa para eles.”

“Já descobriram se vou ter um afilhado ou afilhada?” Karina tentou ajudar o irmão a animar a amiga.

“Afilhado... É menino dessa vez.”

“Alguém para jogar videogame comigo.” Comemorou o eterno nerd, dando uns soquinhos no ar.

“Coitada de você, amiga... Esses dois vão empestear sua TV.”

“Não ligo.” A grávida sorriu, enquanto ela e o namorado acariciavam sua barriga. “Nós até escolhemos o nome. Conta para o Pedro.”

“Eita, por que para mim?” O rapaz ficou curioso e ansioso.

“A Fabi queria chamar ele de João, mas eu não estava nada a fim de ter um Juninho. Aí nós decidimos chamar ele de João Pedro, em homenagem ao padrinho dele.” O guitarrista sorriu emocionado, se levantando do sofá que dividia com Karina e indo até o casal. João largou a namorada, abraçando o melhor amigo.

“Valeu, cara... Essa é a maior homenagem que já fizeram para mim em toda a minha vida.” Garantiu, colocando a mão na barriga de Fabi. “Eu prometo ser para ele, um padrinho tão bom quanto você é para a minha filha.”

“Eu sei, cara. Você vai ser o melhor para ele, não importa o que vier a acontecer comigo.” Todos tremeram ao ouvi-lo dizer aquilo. “Eu sei que você e a Karina vão ser pro Pedrinho, o mesmo que eu e a Fabi sempre fomos para a Clarinha.”

“Para de usar esse tom negativo, Johnny. Você vai ficar bem, cara. , a Julinha e a o Pedrinho vão torrar muito o saco da Fabi.” Garantiu o amigo, segurando seu ombro.

“Que tal mudarmos de assunto?” Propôs Karina. “Por exemplo... O aniversário da Clarinha está chegando.”

“É mesmo... Faltam duas semanas?” Perguntou Fabi, secando os olhos.

“É... E eu não pensei em nada. Madrinha, alguma ideia?” As duas riram, enquanto Pedro sentava de volta em seu lugar, observando a cara do João de mulheres.

“Ela não deu nenhuma dica? Normalmente ela é bem direta no que ela quer.” O doente se intrometeu na conversa.

“Nada. Tentei que ela falasse várias vezes, ela disse que não tinha pensado ainda. Mas já tá muito em cima da hora, não dá mais para esperar.” A loira bufou.

“Ué, faz no Perfeitão. Garanto que meus pais vão adorar, já que as festas dela sempre foram em São Paulo, não é?” A lutadora assentiu. “Então... Ela gosta daquelas Monster High que ela me mostrou no quarto dela. A gente faz uma mesa com um monte de bonecas, compra uns pôsteres, enche umas bexigas de cores sombrias, e pronto.”

“Finalmente um homem com a mente prática.” Comemorou João, aos risos. “Essas duas, quando começam a planejar as festas das meninas... Vai longe e caro, meu amigo. Bem caro.”

“Quem quis um pônei na festa de um aninho da Julia foi você, meu amor.” Fabi deu um cutucão na barriga do namorado, enquanto Pedro o olhava descrente.

“O bicho era fofo, cara, muito fofo. Era branco, com uma mancha marrom toda bonitinha. E ele usava uma cartola azul.”

“Cartola azul?” Os olhos de Pedro brilharam. “Karina, precisamos de um pônei.”

“Menos, Pedro, bem menos que a Clarinha não é mais um bebê.” Ela riu do bico dele. “Ela tá naquela fase de ‘já sou mocinha’, mesmo que ainda tenha medo de dormir sem abajur.”

“Ei, isso foi uma indireta?”

“Ah não... Jura que você ainda dorme de abajur?” Karina e João gritaram juntos, caindo na gargalhada.

“Só quando eu estou em hotéis, está bem? Vocês sabem que eu tenho pânico de baratas.” As gargalhadas aumentaram tanto, que logo as duas crianças estavam na sala, observando a interação estranha de seus pais.

“Olha isso, Julinha...” Suspirou Ana Clara. “Nossos pais são malucos.”

“Malucos?”

“É, tampinha... Com uns dez parafusos a menos na cabeça, pelo menos.” A mais velha riu, observando Karina e João imitarem algo, enquanto Pedro reclamava e Fabi gargalhava. “Mas eu gosto deles assim mesmo.”


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Notas finais do capítulo

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