I'm forever yours escrita por ColorwoodGirl


Capítulo 12
Capítulo 11




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"Ai meu Deus, como sua barriga tá linda, K." Tomtom abraçou a cintura da loira, enchendo de beijos. "Oi manezinha."

"Ela tá mandando oi, mesmo que vocês aqui fora não consigam sentir." Garantiu Karina, sorrindo para a mais nova.

"Finalmente podemos chamar de ela sem medo, né?" Riu Bianca, ninando o filho. "Já tava ficando perturbador chamar de manezinha sem saber se realmente era."

"Eu falava isso sempre, mas quem disse que sua irmã me escutava? Encasquetou desde o começo que era menina, e não errou." Bete apareceu na porta da cozinha, mexendo uma tigela.

"Diz que isso aí é bolo de chocolate." Implorou Karina, e a mais velha confirmou. "Ai, to tão feliz com a visita de vocês. A médica me liberou um pouco da dieta enquanto vocês estão aqui. Cês não fazem ideia do quão ruim é ficar comendo tudo praticamente sem tempero."

"E como tá a sua pressão?"

"Controlada. Eu to tomando o remédio, comendo comida insonsa que mocinha de novela das nove, totalmente de repouso... Tá sendo um verdadeiro exercício de paciência."

"Mas não vale a pena fazer isso por ela?" Tomtom perguntou com a sua doçura quase infantil, arrancando um sorriso da grávida.

"Pode ter certeza que vale." Karina beijou o rosto dela. "Bom, vamos levar as malas de vocês para dentro. Bi, você e o Alan vão ficar no quarto que vai ser da bebê. Tem uma cama armada e espaço para você montar o bercinho dele, tá bom?"

"Pode deixar, K, eu me viro. E a Bete me ajuda, né?" A mais velha saiu da cozinha limpando a mão e sorrindo.

"Só se eu puder ficar mimando um pouco esse menino." A atriz passou o filho para ela, que começou a embalá-lo. Logo, as duas sumiram em direção ao quarto.

"E eu vou ficar aonde?" Questionou Tomtom, pegando sua mala.

"Você vai ficar comigo, lá no meu quarto." Ela guiou a cunhadinha em direção ao quarto. Não importava se estava com Pedro ou não: Tomtom seria sempre sua cunhadinha. "Se você quiser, a gente coloca um colchão no chão. Mas por mim, você pode ficar na cama comigo."

"Que nem quando eu dormia na sua casa?" Karina assentiu, enquanto sentava na cama e suspirava. "Cansada?"

"Sua sobrinha é pior que seu irmão, uma criatura da noite." Resmungou Karina, acariciando a barriga com as duas mãos. "Não quer dormir por nada."

"Eu te entendo. O horário favorito do Pedro compor é às..."

"2h55 da manhã, em ponto. E é o horário que ela fica mais agitada." As duas riram, se focando em afagar a barriga da loira. "Você tem notícias dele?"

"Nada, além do que está no Facebook." Tomtom assumiu uma expressão triste. "Meus pais me proibiram de entrar em contato com ele, e no fundo eles estão certos, né? O João até ligou para ele outro dia, mas falaram bem pouco. Acho que ficou todo mundo sentido depois do que aconteceu."

"E quando ele volta lá pro Rio?"

"Acho que o último show deles é dia 25 do mês que vem, aqui em São Paulo mesmo. Daí eles voltam pro Rio e vão pro estúdio, pelo que o Nando estava falando outro dia lá no restaurante. Mas o Pedro não vai voltar pra casa, né? Não sei nem se ele vai procurar a gente."

"Ele deve estar morrendo de saudade de vocês, com certeza vai sim." Karina sorriu tranquilizadora, acariciando o rosto da menina.

"Eu vi no perfil da banda que eles foram convidados para o Brazilian Day, lá em Nova York." Karina se surpreendeu. "Acho que eles vão tocar cinco músicas, se não me engano. Não sei direito como funciona o show lá."

"Caramba... Brazilian Day? Puta responsa, seu irmão deve estar nas nuvens." O bebê começou a se agitar no ventre de Karina. "E ela também. tá feliz, manezinha? Tá feliz pelo papai?"

"K, você vai mesmo seguir em frente com isso? Digo, não contar a verdade para o Pedro?" Questionou Tomtom, curiosa.

"Eu ainda to muito magoada com tudo que o seu irmão fez, pequena. E eu não posso lidar com nenhum estresse durante a gravidez, você sabe. E eu tenho medo do que ele pode estar fazendo, ou voltar a fazer. É muita inconstância para mim, para nós duas. A estrada não é lugar para se criar uma família, e essa é a verdade."

"Ele cantou essa música, no dia que você veio pra São Paulo. O Wallace postou o vídeo no perfil da banda, e é o mais acessado de todos." A mais nova sacou o celular, começando a procurar.

"Que música? Nem sabia que isso era música."

"Faithfully, do Journey. É sobre um rockstar na estrada e a amada dele em casa. E ele fala que a estrada não é lugar para se começar uma família." A morena virou o celular para a grávida. "Olha."

Quem cantava na verdade era Sol, mas a câmera estava focada no rosto de Pedro, que acompanhava a letra sem voz. Não demorou muito para Karina estar em lágrimas, e ao vê-lo puxar as alianças dos dois, largou o celular e desmoronou de vez, sendo amparada por Tomtom.

"Eu queria tanto que fosse diferente." Soluçou no ombro magro da menina.

"Eu também, K, todos nós queríamos."

~P&K~

"Pedroso, cara, acorda." O guitarrista abriu os olhos, topando com a cara de Wallace a milímetros da sua.

"Que é isso, brother, tá doido?" O rapaz empurrou o amigo, se sentando.

"To, cara, to doido pra caramba, de alegria. Adivinha quem vai cantar no Brazilian Day, lá em Nova York?" Os olhos castanhos se arregalaram.

" tá brincando?"

"Juro pela minha mãezinha que não, moleque. Os caras ligaram hoje de manhã e eu já acertei tudo com eles. Já postei nas redes sociais e já tá todo mundo louco." Contou o empresário, quicando no lugar. "Aquele show que a gente abriu pro NX, ano passado, foi o decisivo. Os fãs da banda por lá curtiram tanto o som que enviaram de sugestão pra organização do evento. Como eles vão levar o NX esse ano, chamaram a gente também. Cês vão cantar umas par de músicas, cara."

"Ah, negão, essa é a melhor notícia que tu já me deu." Pedro abraçou o amigo depressa, os dois caindo na cama as gargalhadas.

"Opa, opa, opa... Esse negão aí ainda é só meu, viu magrelo?" Sol entrou no quarto, aos risos. "Gente, que arraso isso. Brazilian Day é puro glamour e ostentação, já to até pensando no recalque da galera antiga da Ribalta. Próxima social da Jade temos que chegar sambando."

"E quando que vai ser?"

"Esse ano vai ser dia 2 de setembro." Wallace conferiu o e-mail. "2 de setembro de 2018 vai ser o dia em que a Believe vai se tornar uma banda de prestígio internacional por conta própria, sem abrir show de ninguém. Não é um show inteiro, mas ainda assim nós..."

"Pedro, tudo bem?" Sol cortou o namorado, encarando o amigo. Ele assentiu, mas não parecia tão certo. "O que você tá pensando?"

Ele virou a agenda do celular, onde um aviso pegava toda a semana em torno do show. Todo os dias estavam preenchidos com chegada da manezinha.

"A Karina colocou isso no celular de todo mundo, para ninguém marcar nada e dizer que não poderia estar na cidade quando ela nascesse." Ele deu de ombros. "Acho que vai ser bom o show ser nessa data."

"E você pode usar a ocasião para lançarmos o single que você tá escrevendo para ela." Propôs Sol. "Ou, se você não tiver terminado, escolhemos alguma música conhecida. O negão consegue a autorização e a gente faz a versão."

"A pretinha tá certa, Pedro. É só você me avisar e tá na mão." O guitarrista sorriu agradecido.

~P&K~

Pedro e Karina caminhavam abraçados, os dois tremendo diante do frio do outono de Nova York. Quando a Believe recebeu o convite de abrir um show do NX na Grande Maçã, Karina pegou folga com o pai e foi acompanhá-los na viagem.

"Cara, esse lugar deve ser ainda mais lindo na primavera." Eles passavam pelo Central Park.

"E menos frio. Se no outono é assim, imagina no inverno?" Pedro assoprou, gerando vapor. "Olha isso. Lá no Rio, nem no inverno a gente consegue formar vapor com a boca. Aqui no outono já vira fumaceira."

"Vamos vir pra cá ano que vem, então? Tirar uma semana de férias, só nós dois?"

"Cê sabe que eu adoraria, esquentadinha. Mas custa uma nota uma viagem dessa, e o lucro da banda ainda tá pequeno." Ele se desculpou. Karina sorriu, lhe dando um selinho.

"Relaxa, amor, foi só uma ideia." Ela o abraçou apertado, recomeçando a caminhar. "Vamos fazer assim... Lembra que eu te pedi pra começar a guardar um pouco dos cachês? Eu to fazendo o mesmo com o meu salário. Se ano que vem a gente achar que dá, a gente vem."

"Até ano que vem eu vou arranjar um patrocinador bem pauleira pra banda, prometo. E aí, a grana vai aumentar e a gente vai poder vir até para o Brazilian Day."

"Pode apostar, meu sonhador."


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Notas finais do capítulo

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