Cap 35

Dolores acompanhou as pessoas indo embora e ficando apenas Quinn, Santana e Finn. Rachel estava sentada no quarto, na poltrona, com as cortinas fechadas, ela não sabia ao certo porque estava assim, ela só precisa sentar um pouco. Rodava o anel devagar pelos dedos tentando organizar os pensamentos.

Santana estava conversando com Quinn que terminava de limpar a cozinha e Finn andava de um lado para o outro resolvendo os últimos ajustes no telefone. Dolores estava apreensiva, ela queria Rachel gritando e jogando as coisas esse silêncio soava mortal.

Finn foi o primeiro a tomar coragem e subir, observou a diva naquela posição, aparentando tranquilidade e com o olhar perdido, ele tinha certeza que poderia ocorrer um acidente na frente dela que ela não iria perceber. Ele nunca trabalhará para alguém complicado, ele era bom em lidar com os outros, mas nunca precisou de tato com ninguém. Ele precisava de tato com Rachel.

Ele quando aceitou o emprego tinha uma ideia do que o esperava, ele sabia da fama, de ambas as partes, sabia de como a diva costumava agir, mas nunca esperou algo tão complexo. Para ele, Rachel não era a superfície, ela fica uma bagagem enorme.
Entrou devagar e foi até ela abrindo as cortinas, já tinha começado escurecer, o dia tinha sido longo.

F: você não quer dormir um pouco? Está cansada..

Rachel saiu dos seus pensamentos e encarou Finn por um tempo e encostou na cadeira jogando a cabeça para trás.

R: eu quero que você seja sincero comigo, eu não preciso de dedos ou que você minta para satisfazer meu ego.

Finn olhou um pouco desconfiado.

R: você ainda trabalharia para mim se soubesse disso tudo antes de eu te contratar?

F: sim, cada um tem seu motivo e o que te levou a ele, não me compete, você é profissional e talentosa, sabe discernir é isso que seria válido.

Rachel soltou um riso frouxo

F: eu só vim avisar que eu passo aqui pela manhã, preciso fazer alguns ajustes sobre a entrevista de hoje, e aconselho que durma..

R: eu não estou cansada... Foi muito ruim?

Rachel volta a olhar para as mãos.

F: você não veria a menina se eu fosse o pai

Rachel levantou a cabeça de supetão e franziu os lábios.

R: eu gostaria de dizer que você está errado é que eu não tinha a intenção de fazer o que eu fiz e que eu não sabia o que estava fazendo..

Finn relaxou os ombros e respirou fundo.

F: você se sente bem com isso?

Houve um silêncio profundo, só era ouvido o barulho do andar de baixo, Rachel se sentia morta por isso, mas ela ainda julgava que isso era necessário, na mente dela foi necessário, mas isso matava ela.

R: não...

Finn sorriu triste

F: você pode pensa melhor nisso e eu trago algumas coisas para você olhar amanhã, eu vou manter o celular ligado, ligue qualquer coisa.

Finn saiu e fechou a porta do jeito que estava, ele respirou fundo no corredor, ele precisaria passar por cima de muita coisa.

Santana estava apoiada no balcão com o Donut que Rachel tinha comprado mais cedo, ela passava o dedo pela cobertura e levava a boca, passava um pouco de geleia e comia. Quinn estava em silêncio, ela não sabia o que pensar, ou como agir, ela já tinha passado pano 4 vezes na cozinha, mas ela passaria uma quinta se precisasse ainda colocar as idéias no lugar.

Q: eu não entendo como isso é necessário?

S: a parte que ela é uma vadia ou que ela vai se expor?

Quinn respirou fundo

Q: a parte da exposição, eu não concordo com o que ela fez Santana, nenhum pouco, acho desumano, mas isso é o que eu acho. E que ninguém tem o direito de meter o dedo nisso, isso é coisa dela, da família dela e do pai da menina.

Santana larga o Donut na mesa e lambe os dedos.

S: vou resumir para você. Ela é uma pessoa pública, uma pessoa problemática publica, sempre que tiverem a chance eles vão querer fuder com ela, porque ela é dura na queda, e se ela não cair agora, ela não vai nunca mais. Eu sinceramente eu senti um misto de pena e ódio hoje. Você sabe que não sou contra ao aborto, nem nada disso, mas o jeito que ela levou as coisas, eu não sei...

Q: eu não sei como agir com ela, ela é imprevisível e isso me deixa de mãos atadas

Santana voltou a rosquinha.

S: eu já disse várias vezes para você meter o pé enquanto dá tempo, você tem essa coisa de dedo pobre, mas dessa vez ele foi longe demais, eu sei que você tem essa coisa que as pessoas são boas, todo mundo tem um lado bom e tudo mais. Mas Quinn, você tem um mundo aos seus pés. Porque você tinha que parar logo aqui?

Quinn parou um pouco

Q: alguma coisa me prende a ela.

S: o sexo.

Quinn revira os olhos

Q: não, ela é tão única, acredite Santana, ela consegue ser leve.

S: claro que consegue..

Santana termina de comer e limpa a mão no pano dá pia.

S: vou embora e tu vai brincar de casinha. Eu só peço uma coisa, que você me dê a certeza que sabe aonde está se metendo, se você disse que sabe e que é realmente isso que você quer, eu aceito ela na minha vida, se você tiver dúvida eu vou ser a primeira a te tirar de perto e fazer com o que você esqueça essa ideia.

Q: eu não estou jurando amor eterno OK, eu só quero tentar e eu quero muito isso.

Santana concordou com a cabeça.

S: eu realmente torço por você, e você sabe disso. E eu espero que você consiga o melhor.

Quinn sorriu e abraça Santana.

Q: amo você

S: saí daqui sua sapatão

Quinn gargalha e se afasta.

S: eu realmente estou indo embora, cuidado com o troll

Q: Santana!

Quinn grita e vê Santana saindo.