Intertwined escrita por Rafa
Notas iniciais do capítulo
Olha eu aqui de novo continuando a maratona de atualizações em comemoração ao niver sa Dani.
Espero que gostem
Boa leitura
Noite escura sem lua ou estrelas. O céu, outrora iluminado e azul prussiano, agora não passava de um breu alimentado pela dor e sofrimento da morte, onde o ar pesado de ódio e hostilidade liberado pelos homens, que se encaravam, não dava espaço para o brilho pálido da esperança.
Frustrado, o pobre homem de espirito vira-lata, mais uma vez não conseguira elevar suas presas para alcançar a lua e agora tudo o que lhe restava era continuar a uivar seus arrependimentos em direção a ela para aliviar toda aquela dor que o corroía cada vez mais.
Estava decido a lutar e vingar toda dor que Bazz-B havia causado a Rukia, afinal tudo o que sempre pode fazer era uivar e lutar por ela, para que um dia pode-se voltar a admira-la de longe como antigamente.
— Sabe, estou me sentindo nostálgico. — Declarou Bazz-B desviando de mais uma investida de Renji, que segurava fortemente o cabo de Zabimaru.
— Não estou a fim de saber sobre o que esta sentindo. Apenas fique parado para eu lhe ensinar que todo homem que levanta a mão para uma mulher não passa de um lixo e assim finalmente acabar de uma vez com a sua raça maldita. — Rebateu raivoso tentando levar a luta para o mais longe possível de Rukia, que permanecia desacordada a poucos metros dali.
— Não seja convencido, Abarai! — Exclamou o Quincy deixando as chamas, quase tão vermelhas quanto o cabelo de Renji, tomar seu corpo e espalhar o calor pelo ambiente. — Eu não irei perder dessa vez! — Afirmou o incansável Imperador das chamas infernais.
— Muito menos eu! — Rosnou o homem. — Eu não irei te perder mais uma vez, Rukia. — Sussurrou com a espada em punho.
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Dor e angustia, dois sentimentos tão desagradáveis que poderiam deixar qualquer pessoas a beira da loucura e era assim que Ichigo se sentia ao ter esses dois elementos responsáveis pela desgraça humana agitando-se em combustão dentro de si.
O ar lhe fugia dos pulmões, respirar já não era possível, seu corpo parecia pesar toneladas e o caminho se tornar cada vez mais longo. Nada parecia conspirar a seu favor naquele momento e tudo ficava cada vez pior conforme ele sentia o poder do adversário de Rukia agitar sobrepondo-se ao dela, que desaparecia gradativamente até sumir de vez, deixando-o mais uma vez com o desesperador sentimento da perda.
Não conseguia pensar em mais nada enquanto o vento agitava seus cabelos, tudo parecia perdido quando de repente uma energia espiritual conhecida fez-se presente na noite conturbada de Karakura: Renji chegará no campo de batalha primeiro que ele.
Inutilidade, era outra sensação das mais desagradáveis e que agora também lhe dominava.
Primeiro não conseguira salvar Ishida e Inoue sem a ajuda de Byakuya e agora se tornara lento de mais para salvar Rukia, algo um tão irônico para aquele que se tornara o capitão mais rápido de toda a Gotei Treze.
Pode sentir todo o ódio que exalava da Reiatsu do amigo, Ichigo já não estava mais tão longe de onde vinha toda aquela energia hostil, que oscilava na atmosfera da noite.
— Renji! — Gritou ele ao finalmente adentrar o campo de batalha.
— Ichigo! — Exclamou o ruivo tatuado desviando de uma rajada de flechas flamejante que vinham em sua direção, mas Ichigo estava alheio de mais para escutar o seu chamado.
O Kurosaki não conseguia desviar a atenção do cenário caótico que o centro da cidade havia se transformado, mas algo cruel o fiz voltar a si: Rukia.
O pequeno corpo ensanguentado da garota estava a poucos passos de Bazz-B, que apenas observava a interação dos dois ruivos com uma grande e desdenhoso sorriso no belo rosto sem dar atenção alguma a Rukia.
O corpo de Ichigo tremeu mais um vez naquela noite, mas não de medo e sim de ódio mortal por aquele homem que queria tirar-lhe Rukia mais uma vez. Sentia desejo por sangue e não se acalmaria até ter o sangue de Bazz-B banhando suas mão.
— Ichigo... — Resmungou Renji mais uma vez, irritado pelo descontrole palpável do amigo.
— Kurosaki Ichigo. — Bazz-B disse alto para que fosse ouvido. — É uma prazer revê-lo...
— Afaste-se dela. — Falou Ichigo interrompendo-o.
— Ainda mais nessa condições... — Completou ele ignorando a fala do ruivo para em seguida, em um movimento rápido capturar o corpo ferido da pequena. — Pensei que minha noite seria uma tédio, mas eis que surge ela... — Declarou acariciando a face pálida de Rukia. — Kuchiki Rukia e sabe o que é melhor? — Indagou desafiadoramente. — Ela é uma humana de merda com poucos poderes, mas não pense que não me aproveitei dela. — Continuou, sorrindo da face raivosa de Ichigo. — Nós nos divertimos muito...
— Solte-a, Bazz-B! — Exclamou Renji notando toda raiva e descontrole que fluía de Ichigo.
— Ou o que? — Incitou o Quincy, tocando sem pudor o corpo de Rukia. Ele sabia que não teria chance alguma contra o dois capitães, mas não fugiria.
Um rugido grotesco e sobre-humano cortou o silencio da noite. Ichigo já não queria ter consciência de mais nada, o hollow que esteve preso por todos esses anos agora emergia com o consentimento do ruivo e tudo o que ambos queriam era matar.
Um cero vermelho se formava e tudo aquilo acabaria com apenas um disparo.
— Merda, Ichigo! — Exclamou Renji assustado. O tatuado nunca vira o amigo tão transtornado.— Você vai acertar a Rukia, seu idiota! — Gritou sem conseguir se aproximar pelo poder denso e hostil que Ichigo liberava.
Alertado com todo aquele poder, Bazz-B desviado do cero com um movimento rápido levando Rukia consigo. Tudo ocorrera rápido de mais, tanto que o quincy só tivera tempo de ver seu único braço sendo arrancado quando Ichigo lhe toma Rukia a força, fazendo seu braço ser lançado longe no processo.
— Maldição! — Urrou ensandecido. Sua vida estaria perdida e não conseguia pensar em nada para sair daquela situação a não ser usar seu ultimo recurso.
O sangue deixava seu corpo sem para e sua mente já não agia rapidamente como antes, mas ainda sim conseguiu reunir suas ultimas forças para erguer uma coluna de fogo a sua volta impedindo qualquer um de se aproximar de si e esperando que suas companheiras entendessem seu sinal, sua vida dependia disso.
— Bazz-chan, vejo que não esta em bons lençóis.... — Uma voz brincalhona interrompeu a tensão no ambiente, enquanto Ichgo e Renji observavam atentamente. — A Lilly-chan também não estava melhor quando a encontrei. — Completou aparecendo sob o céu, onde uma garganta podia ser vista.
— Me tira logo daqui, Gigi. — Mandou ele raivoso.
— Claro, Bazz-chan. — Declarou ela.
— Vocês não irão fugir! — Exclamou Renji partindo para o ataque quando de repente vários hollows cercam ele e a Ichigo.
— Fica quietinho ai, gatinho. — Disparou Gigi sorridente. — Logo nós nos enfrentaremos de novo, então apenas espere. — Completou pegando Bazz-B logo após o mesmo apagar as chamas para logo os dois desaparecerem juntamente dos hollows, que passavam pela garganta deixando-a segura para os quincys.
— Merda! — Gritou Renji, mas Ichigo estava alheio de mais estudando a face pálida de Rukia para prestar a atenção no amigo ou ate mesmo nos inimigos que fugiam, tudo o que lhe interessava no momento era saber se ela estava e bem e que não corria nenhum risco de vida pelos vários ferimentos que tinha pelo corpo. — Ei Ichigo. — Chamou o tatuado a poucos metros do ruivo. — Tem uma pessoa ferida aqui. — Falou erguendo o corpo machucado de Yosen. — Temos que tira-lo daqui e procurar tratamento. — Completou caminhando em direção ao amigo.
— Certo. — Afirmou Ichigo reconhecendo o amigo impertinente de Rukia. — Vamos para casa de Urahara-san. — Declarou sumindo em um shunpo com a pequena em seus braços sendo seguido por Renji, que levava o garoto desfalecido.
Finalmente uma batalha havia sido ganha, mas ainda tinha uma guerra pela frente e os dois shinigamis sabiam disso.
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Frio. Era tudo o que Rukia sentia. Seu corpo estava pesado e dolorido de uma maneira que nunca imaginou que estaria um dia. Seus olhos negavam-se a se abrir, mas ela os forçava mesmo assim, fazendo-os se abrir para constatar, que mais uma vez estava naquela floresta onde já havia estado varias outras vezes em sonho.
— Ei! — Exclamou a fim de chamar a bela mulher que ali habitava. — Apareça, por favor! — Gritou mais uma vez esforçando-se para ficar em pé.
Sentia-se estranha, pois lembrava que todas as vezes que estivera ali seu corpo não sentia nada a não ser uma sensação de conforto e proteção, algo muito diferente do que sentia agora.
— Senhora? — Indagou mais uma vez.
Lembrava-se vagamente de tudo o que ocorrera antes de perder a consciência e lembrava-se também de ter pedido ajuda a aquela mulher que considerava uma deusa, mas não sabia o que teria acontecido em seguida e seu coração se apertava ao lembrar de Yosen e das vidas que foram perdidas.
— Alguém?! — Implorou desesperada, queria acordar para saber o que ocorrera a todas aquelas pessoas, mas não sabia como. — Por favor. — Pediu caindo de joelhos devido ao cansaço.
— D-Desculpe-e, R-Rukia-sama.... — Ouviu uma voz fraca sussurrar a sua frente e foi só então que notara a bela mulher ferida caída ao chão. — E-Eu não pude fazer quase nada... — Completou vendo Rukia rastejar em sua direção.
Para Rukia, vê-la daquela maneira era chocante e doloroso ao mesmo tempo, sentia como se todos aqueles ferimentos da bela deusa estivesse em seu corpo e até podia sentir a dor latejante deles em si.
— Não há pelo que se desculpar... — Esforçou-se para não gaguejar, tentando passar confiança em suas palavras para confortar a linda deusa caída.
— Não tente ser forte, Rukia-sama... — Disparou tocando a mão que Rukia lhe estendia. — Compartilhamos o mesmo coração e eu sei todo sobre você, assim como um dia você sabia tudo de mim. — Declarou olhando carinhosamente.
— Como?! — Indagou assustada sentindo uma fraqueza apoderar-se rapidamente de todo seu corpo arrastando-a para a escuridão da inconsciência mais uma vez.
— Nada.... — Respondeu ela sentindo a mesma fraqueza. — Apenas l-lhe peço que confiem em Kurosaki Ichigo, ele lhe dará as respostas n-necessárias ... — Declarou enfim ao fechar os olhos belos olhos de tom tão incomum.
"Ichigo..."
O belo rapaz de cabelos alaranjados apareceu em seus pensamentos e foi com a imagem dos belos olhos do ruivo, que caiu de vez nas profundezas da inconsciência, assim como a deusa que segurava sua mão com gentileza.
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Um vazio oco e triste abria-se a frente dos quincys que caminhavam lentamente pelo habitat dos hollows e dos antigos Arrancars: O esquecido Hueco Mundo.
Tudo ali parecia diferente. Um aura mais densa de morte e medo rondava até mesmo os habitante originais do lugar.
— Bazz-chan, você levou uma surra! — Exclamou a garota que a poucos minutos salvara seus dois colegas das garras do inimigo.
— Cala boca, Gigi ou eu calo para você! — Urrou ele raivo.
— Ui! — Riu ela. — E como você vai fazer isso sem os dois braços? Me beijando? — Questionou com sarcasmo e esperança na voz.
— Nem fodendo que eu beijo você! — Resmungou ele. — Onde está a Lilly? — Indagou ele.
— Ai como você é mal comigo. — Disparou decepcionada. — Ah ela está fazendo a refeição dela para se recuperar, o Kuchiki gostosão quase arrancou o estomago da pobrezinha. — Declarou rindo.
— Hm e quem é o prato da vez? — Questionou curioso.
— Aquela arrancar ranhenta e seus dois seguidores patetas. — Contou rindo.
— Sei. — Afirmou gargalhando em seguida. — Mas mudando de assunto, queria lhe pedir uma favor. — Declarou serio mostrando não estar a fim de escurar as brincadeiras sem graça da companheira.
— Certo. — Respondeu entendendo o recado.
— Quero que você implante dois braços novos em mim. — Disparou lançando um olhar enigmático para a garota.
— Por que isso agora? Você poderia ter me pedido isso a muito tempo atrás que eu faria, mas sempre recusou minha ajuda. — Falou Gigi curiosa pela mudança do amigo.
— Os tempos são outros e hoje percebi que meus inimigos estão mais fortes que antes e eu vou precisar de meu poder total para me vingar de todos eles. — Confessou encarando-a nos olhos.
— Certo. — Concordou por fim. — Eu não nego nada a você mesmo. — Resmungou ao finalmente adentrar a imponente construção onde passaram todos aqueles longos dezesseis anos escondidos. — Vamos procurar uns braços bem bonitos e fortes para você, Bazz-chan. — Declarou os gritos de dor e sofrimento que vinham do quarto de Lilly.
— Parece que a chefe esta se divertindo. — Gargalhou ele.
— É, ela esta mesmo. — Concordou Gigi passando saltitando pelo longo corredor que os levaria ao submundo da tortura onde deixavam seus prisioneiros mais fortes. — Vamos Bazz-chan, acho que a chefe não vai querer esperar muito para acabar com aqueles shinigamis e deve deixa-lo novo em folha até lá. — Disparou ela contente.
E com um aceno positivo ambos desapareceram escuridão a dentro deixando para trás apenas gritos de dor de uma pequena criança sem perceber que estavam a ser espreitados por um felino dominado pela cede de vingança, afinal um rei nunca aceitava perder seu reino e súditos tão facilmente.
O destino havia disposto todas as peças em uma articulado jogo de xadrez e parece que mais peças valiosas estariam participam do jogo de maneira ativa dali para frente e esse Rei não ficaria somente na ofensiva, ele simplesmente atacaria para salvar o maior numero de peças possível e com isso logo dominaria seu reino mais uma vez, para finalmente reinar absoluto como deveria ter reinado a muito tempo atrás.
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