“Chuck, me beija...”

Após essas palavras, ele se aproximou lentamente, eu podia ver o quanto ele queria aquilo e o quanto era importante que eu lembrasse de tudo. Eu realmente queria lembrar... A história que ele me contou realmente mexeu comigo, eu queria aquela realidade novamente. E foi assim que nossos lábios se tocaram e algo dentro de mim foi entrando em combustão...

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Meu nome é Sarah Walker, eu sou agente especial da CIA. Há cinco anos fui designada para uma missão em Burbank – Califórnia. Deveria proteger o “talento” Chuck Bartowski, um nerd que tem no cérebro os maiores segredos do governo. O Coronel John Casey foi mandado pela ANS para se juntar a mim na missão de manter o intersetorial (nós passamos a chamar Chuck assim) longe de problemas.

Acontece que... Eu me apaixonei por Chuck, e depois de idas e vindas nós finalmente nos acertamos e pensávamos em ter uma família, uma casa, levar uma vida tranquila longe da espionagem. Mas tudo deu errado quando Nicholas Quinn, um espião freelance que desejava o programa intersetorial apagou minhas lembranças a respeito de Chuck, e da vida que nós tínhamos, e tudo o que eu sentia por ele.

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Bom, foi isso o que Chuck me contou. Por um minuto eu pensei que a ideia idiota do Morgan fosse funcionar, mas... Isso não é um filme de princesas da Disney, o beijo do “príncipe” não reavivou minha memória.

“- Eu sinto muito Chuck” falei cabisbaixa após o beijo.

“- Está tudo bem Sarah, não é culpa sua... De qualquer forma, foi bom te beijar de novo”.

Ele pareceu se arrepender das palavras, meio segundo depois de pronuncia-las.

“-Quero dizer... Não que eu estivesse louco pra fazer isso... Eu não estava... Mas, não que não seja bom... É bom! Nossa é muito bom... É só que... Eu acho melhor eu calar a boca”.

Confesso que o comentário me deixou um pouco sem jeito, mas o embaraço de Chuck tentando explicar a situação me divertiu rapidamente. Eu ainda o encarava quando ele se levantou meio envergonhado.

“-Melhor eu ir pra casa Sarah, tenho muito que arrumar na minha vida agora que toda essa coisa de espião acabou”.

“-Chuck desculpa, eu realmente queria me lembrar...”. Ele me olhou por um instante...

“- Sabe... Eu tenho uma ideia... Pode parecer boba...”

“- Chuck, o beijo não funcionou...”

“- Eu sei, mas não é outro beijo... Eu tava pensando se... Se você não quer morar um tempo comigo...”

“-Morar com você? Acho que essa não é uma boa ideia Chuck”.

“-Mas você já morou comigo um tempo, quando fingia que era minha namorada e eu precisei de proteção vinte e quatro horas por dia, quem sabe isso não reaviva sua memória!”

“- Eu sei que você quer muito que eu me lembre de você... Mas não sei se ir morar na sua casa é uma boa ideia...”

“- Seis meses Sarah, só isso e nada mais... Por favor, me dá a chance de tentar de trazer de volta!”

Ele me olhou de um jeito pidão, não consegui resistir. Alguma coisa em Chuck Bartowski mexia comigo, mas eu ainda não sei ao certo se isso é bom ou ruim.