Line of Fire escrita por I like Chopin


Capítulo 10
Play the board


Notas iniciais do capítulo

Para Luís, que mesmo sem entender nada, achou a história interessante. :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/542490/chapter/10

–Clyde, estou em casa! – Watson anunciou ao fechar a porta do sobrado.

Com um carinho quase maternal, Joan deu de comer ao seu mascote.

Lembrou-se de quando Sherlock lhe perguntara qual tipo de alface a tartaruga preferia.

Não tinha certeza se isso o tornava maluco ou atencioso.

Fechou a porta da cozinha, acendendo a lareira na sala.

Não era realmente necessária, mas Joan simplesmente gostava da sensação de calor que vinha das brasas em chama.

Jogou-se literalmente sobre a poltrona vermelha, fechando os olhos exaustos.

Seria assim quando deixasse o sobrado?

Tanto silêncio, tanta paz... e tanta solidão?

Suspirou ao encarar as chamas escarlates que dançavam.

Pregado no console da lareira, havia um papel verde berrante.

‘‘Monte o quadro. ’’

Watson abriu um sorriso ao correr a buscar uma grande caixa colorida em seu quarto e os arquivos e fotos do caso.

Da caixa, tirou uma infinidade de papéis coloridos, canetas e barbantes.

Enquanto montava o diagrama do caso na parede vermelha sobre a lareira, Watson raciocinava em voz alta.

–Certo... Primeiro, Sofia Meirelles. Vinte e um anos, formada em Publicidade, integrante dos Rebeldes e nascida no Brasil. Trabalhava para Mark Dennis, que pode tê-la matado, se soubesse que estava sendo espionado. O sócio panaca de Dennis é Harry Adams, que se casou com Sofia e conseguiu-lhe um emprego, mas querendo usá-la. O namorado de Sofia é Liam Haynes, que aparentemente não tem motivos para matá-la. Anna Greene, amiga dos dois, apontou Colin Portman como suspeito. Por mais invejoso e egoísta que o cara seja, não tem jeito para assassino. O fato de ela ser estrangeira pode ter motivado um crime de ódio. De qualquer forma, a maneira, a hora e o local do crime demonstram que ela morreu com um propósito, que sua morte foi um aviso a outras pessoas. Mas... a quem? Aos Rebeldes? Anna pareceu não acreditar que eles pudessem se voltar uns contra os outros. No fim de tudo, Harry Adams tem razão; este é o mundo dos mais fortes. Palpite final: Mark Dennis, até que se prove o contrário. Ao menos, ele tem o motivo mais plausível para o assassinato.

Olhou para o anagrama confuso de setas, fotos e papéis coloridos com orgulho.

Aquilo era excitante.

Watson sentou-se novamente na sua poltrona vermelha, estudando o diagrama.

–Sinto que estou no caminho certo, Sherlock. Mas no final das contas, você realmente faz falta.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Line of Fire" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.