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Eu dizia o seu nome

Não me abandone jamais

Meu Erro (Os Paralamas do Sucesso)

“Mar?” Sansa abre a porta, uma xícara dessas de café nas mãos dela, seus olhos brilhantes de tristeza. Você não se move na cama. “Mar, eu te trouxe um pouco de chá. É morango, seu favorito”

“Eu não quero” sua voz é baixinha, cansada, e ela suspira, o colchão se movendo conforme ela se senta, aproximando-se de você como alguém se aproximaria de um animal ferido.

“Mas está quentinho. E eu odeio chá de morango, amor, você sabe”

“Eu não quero, San” ela escorrega a mão debaixo do lençol cor de rosa sujo que cobre o seu corpo triste e nu. Os dedos dela se entrelaçam nos seus, reconfortantes.

“Então tá, tudo bem, está tudo bem. Vou levar o chá embora. Você não quer tomar um banho?”

“Não” seus dedos apertam os dela, com força, mas ela não se afasta, e a mão que segura a alça da caneca não treme.

“Mas Mar tem mais de vinte e quatro horas que você tá deitada aí”

“Eu estou cansada, San”

“Tudo bem, então” a voz dela, mesmo assim, é suave. O cabelo dela é vermelho-morango e brilha na meia-luz. Você a ama tanto que chega a ser impossível de medir. Quer se atirar no colo dela e implorar — por favor, por favor, por favor san não vá embora, não me deixe sozinha aqui, sozinha comigo, é horrível. “Eu vou fazer nosso jantar. Você vai vir jantar?”

“Eu preciso me vestir?” sua voz ainda está fraca, mas carrega um traço de diversão que a anima.

“Lógico que não, amor, regra número um dessa casa: sem roupas!” ela sorri brilhantemente e você curva seus lábios de volta, calma e suave, e ela se levanta, o colchão lentamente voltando ao lugar.

É só quando você ouve o barulho de panelas batendo que começa a chorar.