Contos Perdidos escrita por Bucaneiro


Capítulo 6
Histórias e Contos de Tavernas: Página 1


Notas iniciais do capítulo

Obrigado pelo carinho e atenção de todos, e bem antes de lerem este capítulo ele não ia ter um poema, mas alguns de vocês me fizeram gostar de escrever poemas, a propósito vou deixar meu facebook nas notas finais para caso queiram falar mais diretamente comigo,



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O livro tinha páginas amarelas e antigas, quase me doía o coração folheá-lo, abri na primeira página e por incrível que pareça, havia um poema abrindo o livro, percorri meus olhos pela letra caprichada:
As noites que passei em claro.
As madrugadas que passei em tavernas.
Os dias que vivi em trevas.
As vidas que vivi.
E as que matei.
Um homem não pode ser julgado por crimes de guerra.
Mas todos estamos em guerra.
Contra o mais abominável dos exércitos.
Nós mesmos.
Nos digladiamos.
Torturamos.
Enfraquecemos.
E matamos.
Tudo em nome do bel prazer da nossa sede de sangue.
Admito.
Sou Vil.
Tu também és.
Somos apenas a escuridão que anda pelos cantos.
Somos a maldição que anda sobre o encalço do próximo.
Somos reles.
Assombração.
Até o mais sanguinário e cruel dos mercenários.
Teme em se aproximar de nós.
Dentre os cruéis nos destacamos.
Os sanguinários se afastam.
As cortesãs não nos atendem.
E agora.
Meu não tão ávido leitor eu lhe pergunto.
Quem somos nós?

Virei à página, com o certo pesar, a cada letra que lia um erro meu vinha a mente, a cada palavra, uma pessoa que eu magoei, a cada frase, uma pessoa que eu abandonei, a cada paragrafo... Era o mesmo que morrer. Dessa vez o que me esperava na página era um conto e não um poema, e no cabeçalho havia uma nota que foi escrita com pressa:
NÃO LEIA!

Logo pensei que bobagem é essa? Escrever um livro para ninguém ler? Seria o mesmo que expor uma tela para cegos, comecei minha leitura:

Se você está lendo isso, então devo presumir que não gosta muito de receber ordens. Quero que imagine um reino depois das montanhas, um reino de bravos guerreiros e belas mulheres, uma terra abençoada que o sol toca todas as manhãs e rios límpidos banham ao reino.

Dei um salto do banquinho onde estava, a minha frente uma imagem do pôr-do-sol alaranjado encontrando grandes muralhas em uma terra esverdeada, dois rios quase transparentes passavam no meio do reino, estiquei minha mão era quase como se conseguisse tocar a imagem esbelta. Quando meus dedos encontraram a luz alaranjada, a porta do porão explodiu e eu voei para longe. Abri meus olhos de relance e vi uma criatura parecendo um búfalo de pé, ele tinha um machado grande e seu pelo era preto, duas outras criaturas iguais a ele só que de pelagem marrom-escuro andaram até o baú e começaram a carrega-lo
– Não!- Gritei- As três criaturas viraram para mim e bufaram ao mesmo tempo, imediatamente me arrependi de ter gritado, a criatura de pelagem preta andou até mim e me puxou pela gola da camisa e gritou:
– Você vir com a gente, prisioneiro se comportar, nada acontecer. – As criaturas de pelagem marrom escura me acertaram na cabeça com a base de seus machados, então eu desmaiei, deixando o livro cair no chão do porão.


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Notas finais do capítulo

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