Seus olhos cinzentos escrita por Polly Lovegood


Capítulo 4
Pra sonhar


Notas iniciais do capítulo

Pessoas lindas, desculpem minha ausência de ontem (por ontem digo dia 06, sexta), mas tive duas provas no sábado e ainda tinha que ler Memórias de um Sargento de Milícias, portanto nem deu tempo de fazer nada :/
Alguém mais aqui se apaixonou pela música de hoje????? Nível de amor e fofura dela não é normal hahaha
Esse aqui é uma mistura do que seria o capítulo de ontem com o de hoje, então espero que gostem :)



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Esperei que todas as luzes do andar de baixo de casa se apagassem para voltar a entrar, mas dessa vez segurando (ou pelo menos tentando segurar) o loiro que tinha dormido em minhas pernas. Podia não parecer, mas ele era pesado.

Estava tudo escuro e silencioso, parecia que até uma agulha caindo faria um barulho estrondoso. Assim que fechei a porta da sala e passei a chave, ele escorregou por ela até o chão.

– Ah, mas você ta de zoeira – murmurei para mim mesma e comecei a balançar ele, chamando seu nome na esperança que ele acordasse.

– Já é de manhã? – ele perguntou meio zonzo e eu suspirei. Bom, pelo menos eu não teria que levantar ele nas escadas.

– Não, são sei lá que horas da madrugada e você tem que subir essa escada – falei já levantando ele, indo em direção à escada.

– Já falei que você é a pessoa mais bonita que eu já vi? – ele disse meio com sono, meio ainda bêbado. Ah, mas eu mereço viu.

– Já, já falou – sussurrei indo depressa ao meu quarto na esperança que ele me seguisse rápido. Por sorte ele sacou a ideia. Mais ou menos, porque esbarrou numa parede e quase derrubou um quadro que minha mãe insistia em deixar lá por menos que eu, Hugo e meu pai gostássemos. – Toma cuidado – pedi e ele cambaleou até meu quarto. Se não estivesse numa situação tão crítica, nunca que iria deixá-lo entrar lá.

Ele já ia se jogando na cama, mas segurei sua cintura e ele ficou meio em pé.

– Vai tomar um banho gelado – mandei apontando para o banheiro. Ele me olhou em dúvida e eu revirei os olhos. – Por enquanto não tenho nenhuma poção de ressaca, então vai ter que se virar com o banho mesmo.

– Ok, foguinho – ele piscou um olho e fechou a porta do banheiro atrás de si. Como ele conseguia fazer essa piscada ser sexy mesmo bêbado?

Enquanto ele tomava banho vesti meu pijama e separei alguns cobertores mais fofos, onde ele poderia deitar e dormir, talvez com algum desconforto (as camas da casa dele eram extremamente confortáveis e por extremamente eu quero dizer fora do comum).

Estava já deitada na minha cama, olhando para o teto quando ele saiu do banheiro com uma toalha. Só com uma toalha.

– Ahn, eu não tenho uma roupa que não esteja fedendo a bebida – ele disse meio sem jeito, bagunçando o cabelo. Ele estava meio rosa nas bochechas, visivelmente constrangido.

– Fica aqui que vou ver se o Hugo tem alguma coisa que sirva em você – murmurei levantando da cama. – Ele não está aqui mesmo, nem vai dar falta – saí do meu quarto e fechei a porta atrás de mim. Por sorte Hugo tinha esquecido de trocar o pijama dois números maior que o dele que tinha ganhado da vovó Granger no natal, que acho que servia no Scorpius.

Voltei e ele tinha deitado na minha cama, vestindo só uma cueca preta, que acho que era a que ele estava usando antes, dormindo feito um anjo.

Revirei os olhos rindo e deitei ao lado dele na pequena área da minha cama, jogando o pijama por cima dos cobertores que seriam a cama improvisada do loiro. Mal deitei e dormi.

No dia seguinte, acordei com as batidas da minha mãe na porta do quarto, gritando que já era mais de uma da tarde. Arregalei os olhos ao ouvir isso. Virei para o lado e Scorpius dormia de boca aberta. Ah, mas que maravilha. Pelo menos dei a sorte de minha mãe não inventar entrar no meu quarto.

Levantei e desci para pegar alguma comida na cozinha, tanto para mim como para Scorpius, mas eles já estavam almoçando. Cocei os olhos entrando na cozinha, peguei umas frutas numa cesta que ficava sempre lá e ia voltando para o quarto, mas meu pai me parou.

– Onde a senhorita pensa que vai? – ele perguntou me fuzilando, com o garfo a meio caminho da boca. Se Ronald Weasley interrompia seu sagrado ritual de refeição para alguma coisa, essa coisa era muito séria.

– Não posso ficar o dia todo de pijama – continuei andando em direção à escada e ele pigarreou, fazendo-me parar outra vez.

– Que eu me lembre, minha filha não liga de ficar o dia todo de pijama – ele lançou um olhar desafiador e eu bufei.

– Sua filha passou um ano inteiro com Dominique – dei a melhor desculpa que pude pensar naquele momento e ele me olhou desconfiado, voltando a comer. Ele sabia muito bem como Dominique era, sempre bem arrumada, desde as sete da manhã até as onze da noite, às vezes até enquanto dormia.

Subi as escadas com pressa, abri a porta do quarto e Scorpius estava se mexendo devagar na cama.

– Achei que tinha me abandonado na sua própria casa – ele estava meio grogue de sono ainda, mas abriu um sorriso. – Você não tem...

– Poção para ressaca? – interrompi e ele concordou com a cabeça. – Um pouquinho, mas está lá em baixo, no armário de poções da minha mãe. Não tenho como pegar agora – justifiquei e ele fez que entendia. – Depois que eles acabarem o almoço e forem ver algum filme na sala eu vou e pego a poção...

– Não, não, eu já vou pra casa – ele se levantou rápido da cama e pareceu desorientado. – Eu estava vestido quando cheguei aqui?

– Suas roupas estão no banheiro – apontei a porta e ele foi para lá. – Mas você tem mesmo que ir?

– Meu pai me pôs sob aviso – ele ironizou e riu fraco. – Ele acha que se eu me sentir observado não vou sair de casa, muito menos falar com você – saiu do banheiro já vestido, com um olhar descrente, mas eu não consegui soltar nem uma risadinha disso.

– Qual o problema do seu pai comigo? – perguntei na cara dura e ele deu de ombros. – Aposto que ele não via problema nenhum quando você saía com a Parkinson – provoquei e ele sentou na minha cama para calçar seus sapatos, sem olhar para os meus olhos.

– Rose... – ele se levantou e olhou para mim, me olhando nos olhos. – Não é a opinião dele que importa. É a minha e acima de tudo a sua. Posso ter sido muito amigo da Amélia Parkinson, a gente pode ter tido um... uma coisa, por influência dos nossos pais, mas mesmo sem te conhecer como conhecia ela, gosto muito mais de você – ele continuava me olhando nos olhos.

Aquilo era sacanagem, mal acordar e já ter esse garoto falando essas coisas para você.

– Se você diz... – dei de ombros e ia puxá-lo para mim, mas lembrei das frutas em minha mão. – Ah, pera, antes de ir embora pega uma – estendi duas maçãs verdes para ele, uma em cada mão. Ele pegou uma e pus a outra no criado mudo. – Deve fazer já um tempo que não come nada.

– Parece que nós temos a mesma mania de não comer o quanto deveríamos – ele deu uma mordida na casca verde e eu franzi o nariz.

– Aquilo foi uma exceção – eu disse rindo. – Geralmente eu como bastante, mas...

– Eu sei, eu sei, eu tirei tanto a sua concentração que nem conseguiu comer – ele me interrompeu com aquele ar de gostosão da Sonserina (não que ele não fosse) e eu revirei os olhos me encostando no armário e puxando ele na minha direção.

– Convencido – sussurrei antes de unir nossos lábios. Eu adorava maçã verde, descobri agora que ainda mais se estivesse nos lábios dele.

– Já tenho mais duas coisas para por na minha lista de coisas que sei sobre Rose Weasley – ele murmurou ao nos separarmos.

– Ah, é? – passei as mãos por seu pescoço. – O que?

– Rose, você dormiu de novo? – ouvi o grito de Hermione Weasley no pé da escada e empurrei Scorpius com força.

– Você tem que ir embora agora – o desespero passou por mim e ele me olhou confuso. – Ela vai subir – o olhar de desespero passou por ele também. – Pula a janela e quando chegar na sua desaparata – indiquei a janela do meu quarto e ele confirmou com a cabeça.

– Você vem? – ele me perguntou antes de pular a janela.

– O que? Você ficou doido? – perguntei já abrindo o armário para pegar uma roupa.

– Se você disser que casa comigo, eu desisto de tudo, de herança, de mansão, de tudo – ele disse e eu olhei exasperada para ele.

De repente tudo escureceu. O quarto estava cinza e eu deitada na cama, entre os braços do loiro. Merlin, aquilo tudo foi um sonho?

– Pratos bem servidos – o loiro murmurou durante o sono. – Maçã... verde – terminou e olhei para o relógio. Sete e meia da manhã, ainda poderia dormir mais um pouco. Me aconcheguei melhor com Scorpius na pequena área da cama e fechei os olhos novamente.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem e desculpem, mais uma vez, o gigante atraso. Espero que tenham gostado :D #queroumScorpius
Até amanhã, se tudo der certo!

P.S.: desculpem se tiver erro de português ou incoerência gramatical ou com o próprio mundo da magia ou os capítulos anteriores, nem deu tempo de revisar :/



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