HIATUS - No fundo dos teus olhos escrita por little wolf boy


Capítulo 3
Can't remember to forget you


Notas iniciais do capítulo

Música de hoje: Can't remember to forget you, da Shakira.

Final do quarto ano, um tanto antes da cena em Happy. Ponto de vista do Remus.



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Os lábios finos de Severus estavam contra os seus, devorando e exigindo, e Remus se perguntou como podia estar mais uma vez nessa situação.

Beijar Severus era especial em sua própria forma. Ele demandava e sempre queria mais, suas mãos viajando dos cabelos em sua nuca para se espalhar nas omoplatas, seguir a linha da sua espinha e até chegar nas nádegas, explorando seu corpo de forma contínua. A boca dele tinha gosto de avelã e pasta de dente, com um toque picante que só pertencia a ele.

Se a licantropia havia lhe dado algum presente, era os sentidos extremamente apurados. Remus conseguia ouvir o vento uivando lá fora no corredor, e um rato correndo nas sombras. Mas não era nisso que estava concentrado. Não, era o peito de Severus pressionado contra o seu, o coração dele batendo forte que sentia. As respirações entrecortadas quando Remus distribuiu um rastro de fogo pela mandíbula do garoto, partindo para seu pescoço, o gemido reprimido quando o grifinório atingiu um ponto particular atrás de sua orelha. As mãos dele correndo por si enquanto Remus fazia sua pesquisa, a madeira do armário de vassouras em suas costas, uma pressão quente em seu ventre.

Não era a primeira vez e certamente não a última que os dois exploravam os lugares vazios do castelo juntos. O ato ainda eram desajeitado, dentes se batiam, mãos iam longe demais. Remus amava cada momento daquilo.

Porque, enquanto ali, ofegante e corado, Severus era seu.

Remus havia prometido para si mesmo, mais de uma vez, que pararia. Que iria se afastar, que esqueceria o sonserino. Depois de beijar Severus por simples impulso e, para sua perplexidade, não ser rejeitado, tudo parecia perfeito. Pouco mudou em sua amizade, mas às vezes os dois acabavam dentro de armários de vassouras, ou nas estantes mais distantes da biblioteca, fazendo… bem, não é difícil imaginar o quê.

Até um dia. Albert Camus uma vez perguntou: Então todos os corações precisam ser partidos? Remus não sabia a resposta, mas o seu fora, numa tarde fria de outono, quando Severus confessou que amava Lily Evans. O vento cantou e Remus chorou, e não viu ele por duas semanas depois disso, dias em que seus olhos estavam mais vermelhos que o normal e ele mal respondia às piadas de James e Sirius.

Mas ele era fraco, e sabia disso. Não demorou para que estivesse mais uma vez com ele. Remus tentou ficar com raiva, realmente tentou. Mas, ao vê-lo, era como se as memórias daquele dia não existissem mais, só havia felicidade. Pensar em Severus conseguia trazer um sorriso em seu rosto, e logo ele se esquecia do quão triste devia estar.

Mas, afinal, ele era um monstro, um lobisomem. Nem devia nem estar no meio de pessoas normais, e certamente não era digno do amor de uma pessoa tão maravilhosa quanto Severus. Fora tolo da sua parte esperar tal coisa.

Um sorriso auto depreciativo conseguiu saltar aos seus lábios enquanto brincava com o lóbulo do sonserino. Remus não se importava de ser usado por Severus. Ttalvez aquilo fosse tudo que merecia. Buscando avidamente os lábios dele, tentou convencer a si mesmo de que era o suficiente.


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Notas finais do capítulo

E esse capítulo marca a subida da classificação da fic o/

A citação de Remus vem de One Three Hill:

"Abençoados os corações flexíveis, pois nunca serão partidos"
Mas eu penso comigo mesmo...
"Se não se partiram, não se curam.
E se não houver cura não há aprendizado...
E se não houver aprendizado, não há luta...
Então todos os corações precisam ser partidos?"

Me digam o que acharam!



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