Depois de a aula ter acabado, eu estava guardando minhas coisas quando Becky veio para mim:

– Bem, foi bem legal ficar com você hoje, sabe...

–Realmente foi, vamos ficar juntas amanhã também...

Ela sorriu.

– Claro!

Ela foi embora sorrindo. Me levantei e, fui andando até em casa, eu não sabia se meus iriam me buscar no colégio ou não, achei então que era melhor ir por minha conta mesmo.

–*****-

Eu não havia andado muito e consegui sentir um presença atrás de mim, eu tentava ignorar, achava que era alguma ilusão ou coisa assim, mas percebi que não era um ilusão. Uma voz me chamou:

– Greenrose.

Dei um pulo, e virei para trás, era Layne. Aquele cara me dava realmente muito medo. Exclamei:

– Mas o que diab-... Qual o seu problema, hein?

–Problema? - ele riu - eu não tenho nenhum problema, só estou te acompanhando até em casa...

Quase engasguei, fiquei furiosa:

– Me acompanhando?! Você deveria ter falado antes! Afinal, você realmente só estava me seguindo! Tem ideia de como isso é assustador e psicopatismo?

Ele parecia estar se divertindo com a minha reação, estava rindo. Continuou:

– Ok, desculpe " senhorita ".

–Ótimo.

Virei e continuei o caminho. Virei denovo e ele ainda estava lá, "mas que cara chato!" pensei. Cruzei os braços e disse:

– Você ainda está aqui?

– Estou, algum problema?

Ele estava sorrindo de lado, eu não retruquei, não sabia o que falaria. Virei para trás denovo ainda de braços cruzados. Continuei andando, Layne andava ao meu lado com as mãos nos bolsos, a brisa remexia com os seus cabelos escuros, e seus olhos azuis fortes se realçaram. Ele percebeu que eu estava olhando fixamente para mim:

–Tá tudo bem?

–Sim.

Continuamos o caminho em silêncio. Ao chegarmos na frente de casa, Layne disse:

– Greenrose, foi muito bom te acompanhar até em casa.- Ele foi se afastando - Até amanhã.

E foi embora. Abri a porta da frente e entrei em casa.

Minha mãe estava sentada no sofá assistindo ao noticiário:

– Oi filha, como foi o seu dia?

– Bem. - Fui deixando minha bolsa em uma bancada ao lado da porta.- Cadê o pai?

– Ainda no trabalho.

– Ah...

Subi as escadas e fui para meu quarto, me perguntava como estava o defunto do homem louco no meu porão. Na verdade, não queria nem ir lá embaixo para ver.

Fiquei sentada na cama por um tempo, logo percebi que queria botar um fim em tudo, acabar com a minha loucura. Liguei meu laptop e comecei a pesquisar em fins para ilusões e coisas assim, não havia nada realmente que me ajudasse, apenas uma coisa.