Querida prima Anne escrita por EmilySofia


Capítulo 9
Capitulo 8


Notas iniciais do capítulo

Olha! hoje eu consegui postar mais cedo. Uhuu! :D



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Capitulo 8

Eu fiquei tão triste pela forma como nos despedimos ontem

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No dia seguinte todos estavam prontos para partir logo depois do almoço. Nenhum deles tinha vontade de estar naquela cidade mais do que o necessário. Mas Anne ainda queria uma coisa.

“Fitz, você esta indo aonde?” Ela perguntou quando o primo disse que tinha negócios a resolver antes da partida.

“Encontrar um lugar que me ajude a vender essa casa maldita.”

“Então eu vou com você até as lojas.”

“Não!”

“Por que?”

“Você tem que ficar com Georgiana, Anne!”

“Eu levo ela com a gente.”

“Nem pensar! Não quero que ela se arrisque a encontrar com ele de novo.”

“Então ela pode ficar com a sra. Annesly.”

“Não, outra acompanhante não!” Ele ficou claramente mais pálido com a idéia

“Ela não é igual a outra. Eu conversei com ela. Pode ter certeza, você acertou com ela. Confie em mim.”

“Anne… eu não” Ele estava visivelmente desconfiado.

“Por favor, não vou demorar.”

“Nem eu pretendo demorar…” Disse para si mesmo.

“Então?...” Ela deu um olhar de cachorrinho.

“Você vai ter meia hora pra terminar tudo e me encontrar na confeitaria ouviu?”

“Só precisa de vinte minutos.” Anne abriu um sorriso enquanto Fitz continuou sério.

“Ótimo, não quero Georgiana sozinha mais tempo do que o necessário!”

“Tudo bem. Vou pegar meu casaco, já volto.” Ela saiu da sala e ele deu um suspiro profundo. Ele sentiu que algo não ia dar certo nessa história.

Mais tarde os dois estavam no centro comercial da cidade. Fitz foi para um advogado, ele realmente não tinha muito o que fazer. Só avisar que iria vender a casa, acordar um preço, assinar uns poucos papéis e, pronto, o resto podia ser feito a distância.

Anne se dirigiu a um loja de costuras . Ela precisava de alguns materiais, que sabia que só a beira mar podia encontrar, e também uma sombrinha nova. Em quinze minutos ela já estava indo ao ponto de encontro. Quando saiu da loja a rua estava deserta, somente um homem atravessava que logo entrou em uma livraria. A confeitaria era a dois quarterões de distancia da costureira. Ela foi até andando lá com passos decididos, quando algo a agarrou. Uma mão.

“Senhorita Stevens! Eu fiquei tão triste pela forma como nos despedimos ontem. Ou talvez o melhor seja dizer a forma como saiu sem se despedir. Muito pouca consideradão por um amigo de infância, você não acha?” Sua voz escoria ódio.

“Me solte sr. Wickham! Eu vou gritar!” O homem começou a rir.

“Pra quem? Eu posso perguntar. Seu noivo? Se você gritar nós iremos ter que nos casar.”

“Só por que você está me segurando?” Ela tentou desafiar ele com uma voz tremula.

“Você é mais esperta que isso Anne.” Ele apetou mais o braço e ela gemeu. “Eu vou estar te beijando.”

“Não me chame de Anne, Você não merece usar o meu nome. Nunca mereceu!” Sua voz mais alta que a ultima vez, mais ainda tremula.

“O quê? Você me magoou.” Ele colocou a mão livre no peito fingindo estar ferido, mas com um sorriso cruel no rosto. “Não era assim que você me tratava. E se eu vou me casar com você, posso te chamar como eu quiser.”

“Nunca, eu não vou me casar com você! Prefiro ser desprezada pela sociedade.”

“Eu vou cuidar disso depois que suas terras forem minhas. Como eu não tinha pensado nisso antes? Ir atrás daquela menina insegura, sem vontade própria pra quê? Quando você tinha muito mais a oferecer, e é ainda melhor para me vingar dele.”

“É só isso que você que vingança e dinheiro? Vá trabalhar se torne um homem respeitável, esqueça essa estupideis!” A adrenalina estava tomando conta dela. Se ela não ia se livrar dele não seria sem lutar. Só um pouco mais…

“Não, eu não tenho o que eu mereço por causa do priminho querido!”

” Sério e o dinheiro que ele te deu para se tornar advogado?”

“Uma esmola.”

“£3000?”

“ Não é nada comparado ao que eu preciso pra viver. Mas agora não preciso mais, tenho você.”

“Me solta!” Ela se mexeu e, se posicionou para dar um tapa, não um soco, no rosto dele. Ela não cresceu perto de meninos para dar tapinhas. Mas Antes de chegar no seu destino ele pegou a mão e olhou para ela impressionado e depois zombeteiro.

“A boa e velha Anne, sempre mostrando que pode se defender.” Ele torceu a mão para trás, fazendo lágimas de dor brotar dos olhos da moça. “De que adianta agora?”

“Tio Willy estaria decepcionado com você agora se ele estivesse vivo.” Ela disso ofegante.

“Mas ele não está vivo. E nem ele nem ninguém está aqui para me parar.”

“Eu estou.” Veio um voz profunda e zangada de trás de Wickham antes do rosto dele se colidir com um punho. “Maldito!” Fitzwilliam falou com um voz baixa e perigosa antes de bater novamente no rosto presunçoso. “Seu diabo!” Soco. “Como você ousa!?” Soco. “Depois de tudo o que meu pai fez por você!” Soco. “Vir atrás da sobrinha dele e da própria filha.” Soco. “Só por causa de inveja que você tem por mim, o próprio filho do bom homem!” Wickham finalmente conseguiu dar um golpe, mas errou e acertou o ombro de Darcy, que em sua fúria devolveu o golpe com força que o fez cair no chão. Fitzwilliam cambaleou mas conseguiu ficar em pé. Do chão Wickham recuperou sua voz:

“O que você vai fazer Darcy? Me mandar para prisão?” Ele provocou. “Um duelo?” Falou para as costas do outro.

“Você não vale a pena um duelo e por amor a minhas irmãs e a honra delas não vou te acusar.” Ele então se virou para encarar o homem que a partir daquele momento seria seu pior inimigo. “Mas se eu souber que você chegou perto delas algum dia… Você não verá o próximo nascer do sol! Fui claro?”

“Como cristal Darcy.” Tentou sorrir mas seu rosto danificado só conseguiu uma careta de dor.

Fitzwilliam se virou para Anne e os dois andaram para longe do homem. Por incrível que pareça ninguém havia visto o confronto, para o alívio de Darcy e Anne.

Caminharam em silêncio. Quando Wickham havia ficado estava fora de vista Fitz se virou para prima.

“Você está bem.” Ela foi desperta de um transe e ele teve que repetir a pergunta.

“Acho que sim… Talvez eu tenha um hematoma no braço.” Quando ela foi mover a mão para o braço ferido gemeu do dor. Ai… E talvez ele tenha torcido meu pulso. Na hora eu nem pensei nisso. Ai.”

“Deixa eu ver.” Ele pegou a mão dela, o pulso estava inchado e roxo. “Quando voltarmos pra casa vou chamar um médico para ver isso. Eu acho que quebrou. Está muito parecido com o meu daquela vez que eu cai da árvore.”

“Uh… Está não é?” Ela tentou sorrir.

“Anne me desculpa… Eu devia ter vindo antes. Eu devia imaginar que ele tentaria alguma coisa assim. Quando você disse que só ia demorar vinte minutos eu…”

“Para… Não é sua culpa, a culpa é minha eu devia ter te ouvido. Você estava certo.”

“Não, eu devia ter insistido pra você ficar.”

“Para de se culpar tá? Ai! Eu só quero voltar pra casa.” Ela falou com uma careta de dor.

“Tudo bem vamos até a carruagem e…”

“Não. Eu quero voltar pra Derbyshire. Nada de Londres, Bath. Só Derbyshire.”

“Achei que você iria querer esperar o seu pulso sarar.”

“Não, quero ir hoje! Como combinamos.”

“Certo. Quando nos chegarmos eu vou chamar um médico. E vamos embora depois do almoço.”

Ela concordou. Eles foram para a carruagem. No caminho de volta eles decidiram que não contaria nada para Georgiana sobre o encontro. O hematoma seria escondido com chales e mangas longa. O Pulso havia ficado assim porque Anne tropeçou eu alguns degraus em algum lugar, e quando caiu o pulso estava machucado. Georgi acreditou.

O médico foi chamado e confirmou o pulso estava quebrado ele enfaixou e deu u remédio para dor.

Logo depois do almoço os quatro, Fitz, Anne, Giorgi e a sra. Annesly foram para Derbyshire. Em um carro muito silencioso, silencio que nem os melhores esforços da mulher mais velha tive sucesso para quebrar. Quando finalmente pararam em uma pousada o silencio parecia longe de chegar ao fim. Todos foram para seus quartos sem trocar nenhuma palavra, além das de cortesia.

A pobre sra. Annesly ainda não sabia de nada do que tinha acontecido. Ela poderia pensar que era o luto. Mas ela tinha observado as sua tutelada e ela não era tão silenciosa, nem quando o luto ainda era fresco. E agora não era só srta. Stevens eram os Darcy também. O que quer que tenha acontecido com eles a estava incomodando. Ela não ia bisbilhotar para descobrir, como havia visto criados de muitas casas fazer, mas gostaria que confiassem nela. Não tinha como continuar vivendo com pessoas que não conversavam umas com as outras.

Fitz não podia podia deixar de se sentir culpado. Em dois dias, as duas pessoas mais importantes na sua vida haviam sofrido de forma irremediável. E ele era o culpado, mesmo que indireto, ainda era culpa. Como ele iria olhar para Anne sabendo o que ela passou e o estado em que ela o tinha visto!? Uma voz em sua mente dizia que ela não se importaria uma vez que ele tinha ido em seu socorro. E que já o tinha visto zangado antes. Mas a culpa falava mais alto dizendo que ele não devia ter deixado ela sozinha, sabendo que ele podia andar por ai. E que quando ela o viu zangado, eles eram muito mais novos e agora a situação era diferente. Um cavalheiro não se deixa ser levado pelo seu temperamento. E Georgiana! Deus! Magoada por um homem que não a merecia. E dê alguma forma ele havia deixado, quando contratou a víbora. Agora ela estava com o coração partido e poderia nunca mais se recuperar de decepção. Como ele se sentia uma vergonha para o seu pai agora. Ele certamente teria cuidado da sua irmã e prima muito melhor, e isso não teria acontecido. Mas em meio a culpa ele esqueceu que o pai em vida havia confiado em George Wickham.

Anne não conseguia parar de pensar no olhar de George Wickham e estremecer de medo. Ele não ia apenas a beijar, ela percebeu no momento em que ele falou. Ela não sabia o que era, mas tinha medo de pensar o que aconteceria se Fitzwilliam não tivesse aparecido. Ela ainda estaria viva? Inteira? Ela veria seu irmão, quer dizer, primo de novo? E Giorgi? Esses pensamentos a faziam querer chorar. Será que um dia ela não teria mais medo do que aconteceu? Ela voltaria a dormir sem acordar suada e ofegante por causa de um pesadelo?

Georgiana estava se sentido mal por ter decepcionado seu irmão e prima. Não uma mais duas vezes. Seu irmão sempre cuidou dela, esteve perto quando ela precisava e o que ela fez? Quase fugiu com om homem que só queria o seu dinheiro e ainda o defendeu! Agora nenhum dos dois falava com ela. Quanto ela tinha esperado para rever a prima, mesmo que não se lembrasse muito bem do rosto antes, se lembrava de bons momentos com ela e tinha esperança agora criar mais desses bons momentos. Já tinha tudo planejado, elas iram tocar duetos no piano, piano e harpa, piano e violino, violino e harpa; andar a cavalo, andar a pé mesmo, comprar roupas juntas. E agora… Ela tinha estragado tudo! Como Anne iria querer continuar amiga de alguém que tinha deixado um homem fugir com ela!

Com esses pensamentos todos foram dormir. Na manhã seguinte continuaram sua passeio silencioso.



Quando chegaram em Pemberly Georgiana resolver enfrentar seu irmão. Entrou na biblioteca, onde ele havia sentado para ler. Respirou fundo e falou.

“William, podemos conversa?” Sua voz muito insegura, que fez a culpa do seu irmão roer mais fundo.

“Claro. Venha sente-se comigo.” A moça sentou no sofá com o irmão. Os dois ficaram em silencio. Tentando descobrir como falar o que tinham em mente.

“Peço desculpas. Eu não devia…” Disseram simultaneamente.

William cedeu vez pra a irmã. “William eu devia ter acreditado em você. Você estava certo sobre Wickham, eu não deveria ter deixado ele me manipular. Eu sinto muito, sou a pior irmão que você poderia ter.” Ela abaixou a cabeça, os olhos cheios de lágrimas.

“Não! Você é uma ótima irmã. Eu não podia pedir irmã melhor que você e Anne! A culpa não foi sua ele te manipulou, como você mesma disse. Georgiana querida a sua inocência e bondade a fez acreditar em alguém que não merecia sua confiança.Isso não te trás culpa, mostra quem você é: uma pessoa maravilhosa. E ele é um desgraçado.”

“Mas will…”

“Sem mais Georgi. Parte da culpa é dele, mas parte é minha.Eu devia ter te protegido melhor. Sou eu o pior irmão do mundo” Ele suspirou envergonhado.

“Não ! Você é o melhor irmão! É sempre gentil comigo. Cuida de mim. Me incentiva. E mesmo quando eu estava cega você me defendeu, quando eu pude não ver isso.”

“Mas eu podia ter evitado isso. Se eu não houvesse contratado a sra. Young…”

“Sabe Anne me disse que: não importa o que aconteça, nós não podemos pensar no que poderia ter sido mais do que necessário e sim no que é. Eu acho que ela está certa… Você não?”

“Isso soa como Anne mesmo. É, ela está certa. Acho que posso me livrar dessa culpa, mas não porque não tenho culpa, e sim porque você me perdoou. Obrigado.

“Obrigada por estar sempre comigo Fitzwilliam.” Os dois irmãos se abraçaram por um momento e depois Georgiana foi saindo da sala.

“Onde você vai?” Perguntou o irmão confuso.

“Anne me fez prometer que quando nós fizéssemos as pazes ela ia ser a primeira a saber. Estou indo contar pra ela.”

“Contar pra quem?” Anne apareceu na porta e logo sentiu algo se chocar com ela, Georgiana a estava abraçando. “Uou!... Que isso?” Ela disse envolvendo os braços em volta da prima, surpresa.

“Um obrigado.” Respondeu Fitzwilliam se levantando do sofá indo se juntar as moças. “De nós dois.” O abraço em conjunto durou mais algum tempo.

“Posso perguntar pelo quê?”

“Por dar esperança, a nós dois, para fazer as pazes.” Respondeu Giorgi.

“Ah…”

“Eu entendo agora que George Wickham me usou.” O rosto da Anne ficou branco de medo. E de repente ela se tornou muito consciente de dor no pulso.

“Querida. Acho que tem algo que você precisa saber.” Ela olhou para Fitz que acenou com a cabeça em confirmação.

“O que foi?” A menina perguntou confusa quando viu a troca dos dois.

“Georgiana eu e Anne temos que te contar algo sobre Wickham.” Disse William sério.

Depois que eles contaram a história Georgiana não conseguia acreditar no quanto sua prima tinha sofrido, seu sofrimento não era nada comparado ao dela. E como aquele homem podia ser tão mal ela não intendia. Apesar de tudo o que aconteceu isso só uniu a família. Eles eram os últimos Darcy e a partir dali ficariam juntos apoiando sempre um ao outro. Concordaram que a sra. Annesly merecia saber de tudo. E depois de conseguir uma promessa de silêncio, que seria cobrada, contaram tudo.

A mulher ouviu com atenção, e percebeu que, apesar de todos serem muito jovens, já tinham sofrido muito mais do que pessoas com o triplo da idade deles. Com isso amadureceriam cedo. Seu respeito pelos jovens tinha sido imediato e agora só aumentou. Ela nunca teve filhos e como uma viúva não tinha esperanças que isso fosse acontecer em nenhum momento. Decidiu então apoiar todos como a gentil governanta da casa fazia: maternalmente.


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Notas finais do capítulo

Comente por favor... Como eu vou saber se você gostou? :'(



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