Querida prima Anne escrita por EmilySofia


Capítulo 10
Bônus; A vida de George Wickham - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Essa é uma história dentro da história. O ponto de vista de Wickham. Essa história vai ter uma segunda parte que eu vou postar mais pra frente. Consegue adivinhar onde? :P



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A vida de George Wickham - Parte 1

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Ele tinha um amigo em sua infância. Seus pais trabalhavam juntos e por isso os dois sempre brincavam um com o outro. Eram as únicas criança da grande propriedade dos pai do outro garoto.

Ele amava brincar com seu amiguinho. As vezes até o provocava um pouco; o outro era um pouca alto demais para uma criança de quatro anos de idade e um pouco desengonçado e por isso caia muito nunca sendo capaz de ganhar uma corrida.

A nova empregada da casa, uma moça que tinha casado a pouco tempo com um dos homens do estábulo, sr. Reynolds, parecia amar o outro menino. Mas tudo bem ele era amado também, e sempre que algo acontecia o garoto desajeitado ia chorar no seu avental, principalmente se Lady Anne, a mãe do menino, não podia acolher os choros da criança.

A vida em Pemberly era ótima, as duas crianças estavam sempre juntas, menos é claro quando o pai dizia:

“George vamos pra casa. Já terminei com o sr. Darcy e você tem que dormir.” Era o fim das brincadeiras, então ele ia, mas com os ombros caídos, desanimado e em passos de tartaruga. Por vezes os olhinhos das criança ariam se iluminar quando ouvia o ouro homem falar: “Vamos lá Wickham. Deixe o menino mais um pouco mais tarde eu o envio de volta com um condutor.” Então eles sabiam que teriam pelo menos mais meia hora para brincar.

A vida de George era sempre assim. Até o seu amigo chegou para brincar e deu a notícia que mudaria sua vidinha.

“George, você não vai acreditar no que eu tenho pra te contar!”

“O que foi Will? Seu pai finalmente te deixou montar naquele alasão?” Will apesar de desajeitado amava cavalos e pôneis. Atualmente o menino tentava convencer o pai a deixar ele montar no grande cavalo castanho avermelhado de pai, e não ser guiado em ,cima de um pônei, pelo garoto do estábulo ao redor da propriedade. O sr. Darcy recusou a ideia veementemente, o menino ainda nem sabia montar e queria ir subir em um cavalo genioso? Nunca!

“Alasão? Que alasão… Ah!... Não, eu nem tava lembrado disso.”

“Então o que foi?” As palavras seguintes ele nunca esqueceria, nem mesmo quando fosse bem mais velho. Quando o outro menino disse: “Eu tenho uma prima nova, mas tia Cassidy disse que ela pode ser minha irmão também.” Ele quase caiu de surpresa.

A partir daquele dia Will não falava de outra coisa, tudo que saia da sua boca era: como Anne era pequena, como era bonita, engraçada, que ele tinha sido a primeira pessoa que ela viu...

Ele não aguentava mais ouvir nada sobre Anne Stevens. Até perguntou para o seu pai por que seu amigo só falava disso. Andrew Wickham disse ao filho: “George, bebês são a coisa mais interessante do mundo,” seu filho não entendia, “quando você era um bebê eu também não conseguia parar de falar do meu filho maravilhosa que nasceu. Depois de um tempo eu não falava tanto nisso, mas mas continuava te achando maravilhoso como você é até hoje.” Ele tocou o nariz do menino, que sorriu para o pai. “Logo mestre Fitzwilliam vai se cansar de falar tanto do bebê, não se preocupe.” Mas isso não aconteceu.

O jovem mestre Darcy continuou cada vez mais fascinado pela pequena Anne. Ela tinha falado seu nome, dado os primeiros passos, e crescia! Will continuava dizendo como ela era bonita, mas quando ela vinha visitar Pemberly e ele conseguia ver o ladrão de amigos George não achava nada de mais. Era uma coisinha redonda com cachinhos castanhos e olhinhos verde que só sabia babar e fazer barulhos estranhos com a boca. Will dizia com o orgulho, de uma criança que sabe mais que a outra, que aquilo era só ela tentando falar. Falar? Se ela estava tentando falar por que não saia nenhuma palavra? As vezes quando ela fazia um barulho alguém ia dizer: “Olha ela falou mamãe!” e “Ela falou gato!” e outras “Ouviu? Ela disse Fitz, Will.” Ela não tinha dito nada! Só fez um bubu baba diferente, que continuava não significando, nada. Depois de ver tudo, até seu melhor amigo, mundo admirando a coisinha, ele saia para brincar, sozinho.

Quando a coisinha tinha três anos começou a seguir Will para todos lados. E o idiota em vez de mandar ela embora, convidava para brincar com eles! Como meninos de sete anos iam brincar com um bebê? Seus argumentos não importavam, a menina ia brincar com eles.

Com o passar dos anos ele aprendeu a dividir seu amigo com a coisinha, agora ela que ela cresceu ele a chamava de Anne, não que ela cresceu muito, enquanto seu primo era sempre muito grande para a idade, Anne era sempre pequena.

Só porque ele a aceitava, e até gostava um pouco de brincar com ela, não significava que ele ia perder nenhuma oportunidade de punir os primos pela amizade deles, principalmente a menina. Sempre que podia ele iria dedurar Anne e até mesmo William, mesmo que o ultimo as vezes o punia por ter dedurado. William não era mais desengonçado e podia correr muito rápido por causa das pernas compridas.

Quando George completou doze anos, começou a ver as coisas de forma diferente. Anne não era mais a coisinha ou a menina do grupo, nem mesmo a garota que roubou seu melhor amigo. Anne agora era.... Bem, Anne. Anne a garota mais corajosa, mais bonita, inteligente e mais legal, ela era perfeita, perfeita para ele. Seria perfeita, se seu melhor amigo deixasse a prima sozinha um pouco, para que ele pudesse falar direito com ela.

Ele tinha esperança de conquistar a menina até que um dia ele ouviu uma conversa que não devia. Lady Anne e Lady Stevens estavam conversando. “Eles sempre estão juntos, é tão bonitinho!” Só podia ser Anne e William, mas ao contrário delas, ele não achava isso nada bonito. “Eu vejo! Que coisa podia ser melhor? Eles vão se casar quando forem mais velhos é lógico! William adora Anne, como Anne adora meu filho.” Ele não ficou para ouvir o resto da conversa.

Doía demais, eles já estava destinados ao casamento! Nunca ele nunca teria chances com ela. Não quando seu pais já tinham tudo resolvido. Contratos de casamentos não eram algo incomum, mas esse quebrou seu coração, tanto quanto o coração de um rapaz de treze anos pode ser quebrado.

A partir daquele dia mudou, sua vida pela segunda vez e por causa dos mesmos que o haviam mudado da primeira. Seu dois amigos não sabiam de nada do que ele tinha passado. A única coisa que sabiam é que ele foi ficando cada vez mais insuportável, e logo não ficavam mais juntos. George agora ficava mais na companhia o Sr, Darcy mais velho e Georgiana, que gostavam muito do rapaz.

Ele se tornou um sedutor, mas em nome da antiga amizade, Anne e William nunca contaram para o sr. Wickham ou o sr. Darcy. Essa proteção toda só serviu para deixar ele mais zangado com o destino. Mesmo quando ele estava fazendo o seu pior, eles provavam ser amigos! Ele não merecia e não queria, eles não podiam mudar o destino. E o deles era melhor que o seu.

Depois de algum tempo seu coração partido pareceu se curar. Agora ele tinha muito para o distrair e não sentiu nada. Não sentiu nada quando sua mãe morreu, estava em uma taverna; nem quando seu pai morreu, tinha um jogo de cartas muito importante; Lady Anne morreu, e daí? Mas então Anne foi para América, ele finalmente percebeu que não era completamente insensível, passou dias bebendo. Como ele ainda se importava com ela? Ela ia se casar com o sortudo do Darcy!

Logo o sr. Darcy também morreu e deixou uma igreja para ele, pra quê? Ele não iria ensinar ninguém. Todo que podia falar era corações partidos, perda de apostas e prazeres da carne. E ainda teria ficaria dependente dos Darcy, que iriam visitar ele as vezes e pior ele teria que visitar os dois! Não, isso não, ele iria se tornar advogado e pronto. Darcy deu o dinheiro, mas George calculou algo mal, e gastou tudo mais rápido do que ganhou.

Então a igreja ficou vaga, ele iria ver se conseguia tocar o coração de Darcy. É claro que não deu certo. Darcy recusou. Mas continuava a pagar suas dívidas! Seu ódio só aumentou. Sua vida acabou por causa dele e eles ainda estava amarrado no desgraçado! Seu coração pedia por vingança.

A oportunidade veio. Darcy bobeiou e deixou Georgi sozinha. Se ele não podia ter uma teria a outra. Infelizmente um plano muito bom deu em nada. Ele foi descoberto, mas a sorte deu um leve sorriso para ele.

Entre as lojas andando sozinha ele viu, ninguém mais, ninguém menos que ela. Ela que atormentava muitos de seus sonhos. Ele não podia deixar a oportunidade passar. Além da a amar, ela tinha tudo para fornecer a ele uma vida confortável. Mas ela o odiava, e ele disse e fez coisas cruéis com ela. No memento a raiva havia tomado conta. Mais tarde ele percebeu que a tinha machucado. Não que ele queria, mas ele podia ter feito pior se não fosse por Darcy. Maldição! Agora ele tinha mais uma dívida com o desgraçado.

Chega ele não ia fazer mais isso! Nunca mais perseguir seu ex-amigo, ele ai magoar ela mais. Se sentia mal pelo que já tinha feito. Não queria piorar as coisas pra ninguém, principalmente pra ela.

Ele precisava seguir em frente, arranjar um oficio digno e tentar se controlar. Darcy não ia pagar mais sua dívidas, ele também não iria ver William novamente ou pelo menos evita-lo ao máximo.

Com esse plano ele conheceu alguém que deu uma grande idéia pra ele.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler. Por favor diga o que você pensa.



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