Querida prima Anne escrita por EmilySofia


Capítulo 5
Capitulo 4


Notas iniciais do capítulo

Perdão pela demora. Eu percebi que é melhor postar as segundas e quartas. Sexta e sábados são muito cheios



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Capitulo 4

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Darcy subiu as escadas. Bingley tinha acabado de sair. Depois que Anne se aposentou os dois tinham ido tomar um pouco de vinho na biblioteca.

Quando ele passou pela porta do quarto da Anne ouviu soluços, ficou indeciso, não sabia se ia checar como ela estava ou a deixava sozinha. Optou pelo primeiro e, antes de perder a coragem bateu na porta. Lá de dentro veio uma voz triste convidando para entrar, ele hesitou não era certo um cavalheiro entrar no quarto de uma dama. Mas ele era seu primo, e ele não entraria no quarto dela só na sala de estar, não era tão ruim quanto. Mas ele tinha que entrar! Tentando não hesitar mais entrou de uma vez.

“Anne... você está chorando?”

“Não…” Como ele não respondeu nada, só ficou olhando como se dissesse : “Não minta pra mim.” Ela acrescentou depois de um tempo. “Estou.” E voltou a derramar muitas lágrimas, deixando seu primo parado sem saber o que fazer. Maldito decoro! Ele queria sentar junto com ela no sofá a abraçar e esperar seu choro passar, e tentar dizer palavras de consolo como ele fazia com Georgiana. Mas não! Deus ela era sua prima! Então ele percebeu que não tinha a menor importância, ela não iria se importar. Não se ela tivesse confiança em quem a abraçava. Então tendo decidido, fez exatamente isso. Durante algum tempo ela só choro, então depois de um tempo, ela começou a falar entre soluços.

“Desculpa, estou amassando sua roupa.”

“Minha roupa é a ultima coisa que você deve pensar agora.” Típico da Anne se preocupar com os outro antes de si mesma, Georgiana as vezes era assim.

“Mas a.”

“Anne…” Ela se calou. “Melhor?” Disse depois de alguns minutos.

"Acho que um pouco. Desculpa por você ter visto.”

“Você não tem que se desculpar por sentir a dor da perda. Você sabe que eu te entendo.”

“Entende é? Você não perdeu seus pais do jeito que perdi, demorou!” Ela começou a chorar de novo.

“Só dois anos!” Disse aumentando a voz, mas a manteve suave.

“Entende o que é perder não só seus tios mas também um primo muito amando, todos de uma vez!? Entende que depois se cinco meses um evento que era pra trazer alegria, só representa a morte do seu irmão recém nascido e a de sua mãe!? E então três meses depois…” os soluços tomaram conta dela e agora e ela na conseguia mas falar.

“Você tem razão eu não sofri tanto e tão rápido como você. Mas tenta entender eu só quero te ver melhor.” Como isso ela sorriu entra lágrimas.

“Estou parecendo uma criança birrenta, não é?”

Ele fingiu pensar. “Na verdade, você parece muito minha prima quando está triste.”

Pela primeira vez naquela noite ela deu um sorriso genuíno de verdade.

“Eu vou para o meu quarto. Boa noite.”.

“Boa noite.”

Ele se levantou e foi até a porta, mas antes que ele abrisse ele ouviu:

“Fitz…”

“Sim?”

“Obrigada. Por vir aqui mesmo com o decoro…”

“Você sabe que não há nada que eu não faria por você.”

“E eu não sei porquê.”

“Você é minha irmã.” Eles sorriram um pro outro. “Durma bem.”

“Você também Fitz.”

Depois que ele saiu Anne começou a pensar em boas lembranças. De quando ele eram pequenos.

Durante uma tarde de verão uma menina de sete anos entrou de mansinho na casa. Ela estava tentando se esconder do seu primo. Ela estava brincando de esconde-esconde com ele e o filho do administrador da propriedade. Ia entrar um uma sala vazia quando ouviu risos de mulheres, curiosa como era foi até lá e foi espiar pela porta semi aberta.

“Anne?...” Ela ouviu sua mãe. “Você não está bisbilhotando está?”

“Não... É só que queria saber... por que vocês estão rindo mamãe.”

“Anne o que eu já falei sobre bisbilhotar?” Ela repreendeu a filha.

“Uma dama verdadeira nunca bisbilhota.”

“Deixa ela Cassidy."Disse a outra mulher sorrindo, e depois se virou para a menina.” Você não vai fazer de novo não é?”

“Não tia Anne.”

“Vem cá.” Disse a tia, a menina olhou a mãe que concordou discretamente. Anne então correu até o sofá e se sentou o mais ereto possível tentando imitar as mulheres mais velhas,fez isso de forma tão séria que provocou risinhos nas damas elegantes.

“Então?”

“Que foi querida?” Perguntou a tia.

“Do que vocês estavam rindo?”

“Por que?”

É que… a não senhora viu ele caindo no…” Ela parou de falar quando percebeu que na foi isso.

“O que Anne?”

“A culpa foi do George! Não briga com o Fitz tia.”

“Claro que não meu anjo. Não se preocupe nós não estávamos rindo disso.”

“A não?” Seus olhinhos verdes se arregalaram de surpresa e curiosidade.

“Nós estamos rindo dele no dia em que você nasceu. "

“Sério? Me conta?” Ela ficou interessada.

“Claro.” Então lady Anne contou a história.

No dia em que Anne nasceu o jovem Fitzwilliam tinha acabado de completar quatro anos. Naquele dia disseram que havia uma nova criança na família. Ele foi levado até o quarto da tia e quando chegou lá ela estava segurando um pacote enrolado em vários panos. Ele correu pra ver. Até que ouviu a voz grave do pai.

“Fitzwilliam, não corra, nem faça barulho.”

“Sim, papai.” Falou a criança pedindo desculpas.

Quando chegou a cama ficou intrigado. Mal ouviu tia apresentar o bebê.

“Mamãe, ela é mesmo uma pessoa?” Olhando para os pais com seus olhinhos azuis- herdados da mãe enquanto o rosto era idêntico ao sr. Darcy. Todos ou adultos começaram a rir.

“Por que a pergunta menino?” Disse o pai depois que o riso acabou.

“É que ela é tão pequena.” Falou impressionado.

“Sim querido ela é uma pessoa.” A mãe falou carinhosamente. O garotinho não se deu por convencido.

“Tem certeza?” Sua inocência quase gerou uma nova onda de risos.

“Por que você não vem mais perto e olha?” Sugeriu a tia.

“Eu posso mesmo?”

“Claro.” Ele olhou para os pais que acenaram com a cabeça. Quando chegou perto o neném abriu o olhos.

“Olha mamãe ela acordou!’ Disse fascinado.

“É mesmo querido?”

“É…” Falou com se fosse a coisa mais importante do mundo.

“Sabe Will essa é a primeira vez que ela abriu os olhos,então você foi a primeira pessoa que ela viu.”

“Viu papai? Eu sou o primeiro!” Ele deu um largo sorriso de o orgulho e depois pensou em voz alta. “Quero só ver quando eu falar para o George, ele diz que eu nunca ganho nada, agora eu sou o primeiro que uma mini pessoa viu.”

‘Will…”

“Que papai?”

“Nós temos que ir.”

“Mas eu quero ficar aqui com ela!”

“Não podemos filho ela deve estar cansada.”

“Mas ela acabou de acordar eu vi! Ela vai conseguir brincar.” Ele não entendia porque ela não podia.

“Will bebês não brincam.”

“Não?”

“Só quando ela for mais velha.”

“Ah... agente pode levar ela com agente, quando formos embora?’

“Fitzwilliam não! Ela vai ficar aqui!”

“Mas eu queria!” Ele fez um bico e enrugou a testinha.

“Que tal assim Will.” A tia interveio. “Assim que poder eu levo ela lá em Pemberley pra te visitar.” O garotinho fez uma cara séria estendeu a mão e disse:

“Combinado tia.” A mulher pegou a mão gordinha o mais sério que podia fechando o acordo.

“E se você quiser pode pensar nela com sua irmã.”

“Minha irmã…” Testou a palavra. “Acho que ela pode ser minha irmã não pode?” Se virou para os pais novamente.

“Claro querido.” Disse a mãe. “Mas agora temos que ir.”

“Tudo bem.” Foi até e o bebê e beijou a cabecinha com todo cuidado. “Até mais minha Anne. Nós vamos ser irmãos e eu vou cuidar de você. Não vou deixar o George te provocar eu prometo.” E com isso saiu do quarto.

“Ele é um ótimo garoto William.” Cassidy disse ao irmão.

“Talvez um pouco mimado.” Sorriu. “Ela será um ótimo menina.” Olhou ternamente para o neném.

“Acredito que sim.” A mãe sorriu com orgulho.

“Tia, não acho muito engraçado.” A menina cortou a história.

“Talvez é porque você não se lembra.”

“Pode ser.” Ela ficou pensativa. Deu um leve pulinho de susto quando ouviu a voz de um menino.

“Achei Anne. Te achei! George estava certo quando disse que você estava aqui dentro!”

“O George não devia contar onde eu estava!”

“Anne para de ser boba! Vem é a sua vez de contar.”

“Tá bom!” E os três saíram correndo. Um mês depois Anne admirava o tamanho da pequena Georgiana, mas sabia que ela era só um bebê, afinal ela era uma mocinha já tinha quase oito.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler. Bjs



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