Querida prima Anne escrita por EmilySofia


Capítulo 40
Capítulo 37


Notas iniciais do capítulo

Desculpas pela demora. Mas além da falta de tempo que tive ultimamente, eu simplesmente não conseguia escrever esse capitulo, falta de inspiração é fogo. E como podém ver no título ele ainda não está pronto. Vou tentar terminar hoje mesmo e postar. Obrigada pela paciêcia esperar.



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Anne Stevens sabia que tinha sido criada de forma diferente das outras meninas da sua idade e status social. Ela era a primeira mulher a nascer nem sua família em pelo menos três gerações e por isso certamente podia ser chamada de mimada.

Anne também cresceu solitária, ou por assim dizer ela não tinha muitos companheiros além de seu primo, pois não havia outras crianças da sua classe em Derbyshire.

Aos doze anos a vida protegida de Anne sofreu uma grande alteração. Ela foi enviada para uma escola para jovens damas.

Lá supostamente a filha do visconde deveria aprender melhor tudo o que uma verdadeira dama era.

A princípio a menina estava muito animada para ir pois o seu primo também ia a uma escola como essa, só que para garotos. Ela então partiu para e escola prometendo muitas cartas e que contaria o dias para que a família estivesse reunida novamente.

Porém as tão esperadas cartas não chegaram nem para os pais ou os primos da menina. E quando chegavam eram curtas e imparciais, nada do que os familiares dela esperavam. Afinal Anne era uma menina que gostava de por seus sentimentos em tudo que fazia.

Naquele verão jovem srta. Stevens que voltou para casa confundiu todos. Ela estava muito reservada e suprimia suas emoções o máximo possível. Era como se a garota entre eles não era mais a mesma de antes.

Todos tentaram descobrir o que havia de errado com ela. Os pais, tios e primo. No fim ficou para o seu outro primo descobrir, e de todos Fitzwilliam certamente era o mais indicando para o serviço.

Após tentar muito de várias formas ela conseguiu descobrir o que era.

Durante os meses que ela passou na escola a pobrezinha sofreu. Ela era uma garota muito gentil e sorridente,feliz. Essa felicidade por tudo na vida, por simplesmente olhar o céu e ver que havia sempre um novo dia uma nova oportunidade de arrumar o que ontem não deu certo e principalmente a facilidade que ela tinha em aprender irritou as outras meninas. E pelo jeito animado de Anne passaram a chamar a menina de infantil e que ela parecia uma criança pequena.

Como ela nunca havia ouvido nenhuma palavra cruel dirigida a ela ou a qualquer pessoa achou que tinha feito alguma coisa muito errada e então tentou melhorar. Mas por mais que tentasse Anne sempre era duramente criticada, e, com o passar dos meses, foi se tornando cada vez mais fechada e quieta. Até que se tornasse uma sombra do que era antes.

No entanto ao passar o verão com a família ela foi se lembrando que nem todos se importavam se ela era ou não infantil demais para idade. Para as pessoas mais importantes da sua vida ela era perfeita do jeito que era.

Quando já estava quase no dia dela partir para a escola Anne entrou em pânico pedindo desesperada para não a mandarem novamente para lá. Afirmado que Fitz não ia para a escola também.

Foi então que Fitzwilliam contou toda a história de comi a vida de Anne tinha sido na escola. E ficou decidido que ela ficaria em casa a partir dali tendo aulas particulares em casa como Fitzwilliam.

Depois disso Anne nunca mais teve qualquer problema de confiança, porém quando alguém falava que algo que ela tinha feito era infantil iria se encolher ou sair o mais rápido possível, ou mudar sua atitude para uma muito mais fechada.

Geralmente ela não faria isso porque sabia que sua família a apoiava e isso era tudo que mantinha a confiança dela tão alta. Um elo frágil que a sustentava. E quando sua família morreu ela perdeu um pouco disso porém sobrou Fitz e o tio Harry. Agora que Fitz a rejeitou ela não sabia o que fazer se sentia como um animal machucado que nunca havia sido ferido antes, sem rumo. Porque até ali ela sempre podia contar com seu primo para apoia- la.



~/~




Agora um de seus maiores pesadelos se tornou realidade. Ele sabia que tinha magoado Anne de uma forma profunda.

Darcy certa vez tinha ouvido que pessoas irritadas não devem falar. Isso era uma completa verdade, uma que ele preferia não ter confirmado.

Naquela noite ele não foi capaz de dormir. Ele sentiu que dormia muito pouco ultimamente.

Ele então passou a escrever uma carta para entregar a srta. Elizabeth. Enquanto tentava desviar sua mente do dia que teve.

Quando o dia começava a nascer ele escrevia a última frase. Olhando para a sua obra ele suspirou. A primeira linha dizia:

"Não fique alarmada, srta. Elizabeth, ao receber esta carta, pela apreensão de que ela contenha a repetição daqueles sentimentos ou a renovação daquelas propostas que ontem à noite tanto lhe repugnaram.*” E então amassa e joga a carta no lixo. Não pode entregar isso a uma dama, além se ser indecoroso tinha muitas expressões descorteses.

Olhou pela janela, logo todos estariam acordados, seus primos também. Ele tinha que pedir perdão a Anne. Era a coisa certa a fazer. Ele ainda era um cavalheiro honrado que carregava o nome Darcy.

A primeira pessoas que ele encontrou foi Anne. E a julgar pelas marcas no rosto dela ela tinha chorado e não dormido a noite. Anne devia ter chorado muito porque ela não costumava ficar com marcas de choro.

“Anne.” O que ele tinha feito? Na sua raiva havia descontado tudo em sua prima. “Eu sinto tanto. O que eu fiz ontem foi imperdoável.”

“Não fitz, eu temia que me chamassem de infantil. E no fim acabei provando que eu realmente sou assim. Fugir daquele jeito foi bem… inapropriado e algo que uma criança faria.”

“Anne você sabe que eu não penso assim. Eu só estava tentando liberar minha frustração. O tipo de personalidade que você tem não faz diferença para mim. Eu te amo muito do jeito que você é. E devia saber como segurar minha língua.”

“Mais ainda Fitz?” Ela sorriu, e então lágrimas começaram a escorrer dos seus olhos. Ela então correu a curta distância até ele. Como costumava fazer com o antigos sr. Darcy ou Lord Joshua Stevens.

Anne era muito forte, ele sabia. Depois de tudo que ela sofreu na infância ela se recuperou, depois do que Wickham fez com ela, também se recuperou e estava se recuperando da morte dos pais. Mas, mesmo sendo forte ela ainda era muito sensível.

Levando sua prima em seus braços para outra sala, se alguém os visse em uma sala pública ser muito ruim. Principalmente se fosse Lady Catherine que os encontrasse.

“Por que? Por que tudo tem que ser tão complicado pra gente?”

“Shsh… não se preocupe Anne.”

“Eu queria que nossos pais ainda estivessem aqui.” Certamente o casaco dele devia estar ficando sujo, mas ele não via nada, só queria consolar Anne. “Eu sei que temos nossos tios, mas eu sinto tanta falta deles. Mas agora eu tenho duas propriedades enormes e não sei o que fazer.”

“Eu sei já me senti assim. Quando meu pai morreu.”

“Fitz?”

“Que foi Anne?”

“Hoje faz uma ano que eles se foram.”

“Bem na primavera…” Darcy suspirou. Em alguns dias seria seu aniversário e dentro de um mês o aniversário de morte de seu pai. “Anne eu acho melhor nós irmos para a sala de café da manhã.”

“Melhor você ir. Eu vou para o meu quarto. Não conte a ninguém que eu estive aqui.”

“Tudo bem. Antes de ir eu quero saber se estou perdoado.”

“Fitz, você é me irmão. Claro que eu te perdoou.” Ele sabia que ela estava reprimindo as memórias daquele ano fatídico.

Depois que ela saiu, Darcy resolveu que também não estava em condições de ficar para o café da manhã. E foi para uma caminhada.

Ele ainda tinha que falar com a srta. Elizabeth. Afinal ontem ele havia feito o que Anne fez, ido embora sem das satisfações. Abriu um sorriso tímido, talvez isso fosse de família.


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Notas finais do capítulo

*Capítulo 35, Orgulho e Preconceito



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