Querida prima Anne escrita por EmilySofia


Capítulo 30
Capítulo 27


Notas iniciais do capítulo

:D



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Lord Harold Stevens ou tio Harry para Anne, o conde de X, era um homem de 73 anos viúvo, sem filhos e com saúde de ferro.

Quando havia se casado décadas atrás, obviamente, se havia deduzido que ele teria um filho, para herdar o título e as propriedades. Mas alguns anos depois de seu casamento descobriram que isso não ia acontecer. Então o título passou ao seu sobrinho mais velho.

Logo o tempo passou, como sempre passa, e seus sobrinhos também se casaram. O mais novo primeiro, e teve um menino. Dois anos depois, o mais velho ficou noivo e se casou com a linda e inteligente srta. Darcy. Logo dessa união veio Anne Sofie Stevens; mesmo que ela não fosse um menino, era inegavelmente adorada, uma vez que a família Stevens parecia só produzir garotos.

O conde simplesmente adorava a filha do herdeiro. Toda família mimava a menina, que, apesar de conseguir a maioria dos seus desejos era uma criança educada e bondosa.

Os anos passaram, Joshua Stevens era o visconde e ainda não tinha um filho homem. Então como o tio transformou o sobrinho em seu herdeiro.

Quando a esposa de Lorde Harold morreu dez anos atrás, ele podia ter se casado novamente, com outra mulher, que iria lhe fornecer um filho. Mas o conde se via velho e respeitava muito sua esposa para humilha- la, mesmo após sua morte, por ela não ter lhe dado o filho. Ele não a amou, mas eram bons amigos. E sentia falta dela depois de terem passado tantos anos juntos.

Sentia falta e nenhuma disposição para casamento.

Mas tudo bem, ele tinha quem herdar o título e passar o bom nome Stevens adiante. Até que seus sobrinhos morreram.

Agora, sendo um homem excêntrico, junto com a dor que sentia em perder tantos dos seus, vinha um pouco de diversão. Parecia que o bom nome da família iria acabar. Ao menos o título podia ser passado através de Anne, ela seria a mãe do próximos conde de X, mesmo que esse conde não teria seu nome. Depois de gerações nascendo homens Stevens, quando uma mulher Stevens veio, a família acabaria.

O conde ria consigo mesmo, talvez o que os marinheiros diziam sobre mulher dar azar tinha um pouco de verdade, não?

Outros homens estariam preocupados que sua “nobre” família iria acabar, mas não ele. Na sua opinião ninguém era mais digno de carregar o legado Stevens do que Anne. Ela era uma garota sensata e, generosa e ele sabia, iria encontrar uma marido digno. Nas mãos dela e riqueza da família seria cuidada como e até melhor que ele fez.

Por causa de todo amor a sua sobrinha o conde tinha ido a cidade em uma época fria para visita- la. E talvez, de lá ir a Derbyshire passar os feriados na casa dos Darcy.

O conde considerava os Darcy como sua família também. Gostava muito do rapaz inteligente e da mocinha sensível. Então, assim que chegou a cidade os convidou para um jantar.

Quando o dia combinado para o jantar chegou, o conde se surpreendeu ao ver seus convidado chegando em carruagens separadas. Mas ele resolveu fazer uma piada disto .

“Anne!” Ele se dirigiu a sobrinha quando ela foi anunciada entrando na sala. “Como você está linda! Certamente, não há uma jovem mais linda que você em toda Inglaterra.” Pela porta aberta ele viu os Darcy chegando. “Vejo que finalmente resolveu mostrar ao mundo a superioridade Stevens sobre os Darcy, usando sua bela carruagem. Isso prova o que eu digo. O Stevens são e sempre serão os melhores.” Ele beijou o rosto da Anne e fingiu sussurrar: “Não conte aos Darcy.”

Apesar do constrangimento de se lembrar do desentendimento, ela soltou um risadinha. Olhou para os primos e viu que eles se divertiam também. Fitz estava com um sorriso no rosto e Giorgi estava tentando não rir.

“Darcy, Georgiana.” O conde parecia culpado, uma criança pega fazendo arte, mas no seu olhar mostrava toda a culpa, que ele não sentia.

“Senhor x obrigado pelo convite.” Darcy se curvou tentando ser solene.

“Ora meu jovem, se toda vez que nos encontrarmos você insistir em me tratar tão formalmente...’’ sua voz era ameaçadora, “eu não sei o que fazer.” Isso gerou algumas risadas. “Venha, nós somos, de alguma forma, uma espécie de família, me chamem…”

“De tio Harry ou Harold.” Darcy interrompeu do homem mais velho, Lorde Harold apesar de sua idade era terrivelmente juvenil.

“Isso mesmo, já até decorou Will.” Abriu um enorme sorriso. “Georgiana, você cresceu desde a última vez que te vi! É agora uma moça.” E abraçou a menina.

“Não acho que cresci tanto tio Harry.” Georgiana sorriu. A casa do conde era um dos poucos lugares da Inglaterra, em que, qualquer pessoa se sentia a vontade. Pulcha Visium no campo e Beatus Festis em Londres eram casas onde a formalidade seria joga aos ventos.

“Certamente cresceu.” Ele deu um tapa nas costa de Darcy. “Filho sorria um pouco mais! Até parece que eu te obriguei a estar aqui.”

“Perdão tio. Eu estava pensando…”

“Espero que não seja nenhum de seus negócios infernais.” Diante do vocabulário do conde Georgiana ruborizou e Anne riu. “Minha casa não é lugar para meus convidados terem essas carrancas no rosto.”

“Sim, senhor.”

Então o conde tomou o braço da srta. Darcy deixando Anne para Darcy. O constrangimento entre os era palpável, mas por causa de seus companheiros evitaram demostrar.

“Tudo bem Anne?”

“Estou bem Fitz.”

“Semana passada, quando você saiu de casa, eu não tive tempo de me despedir.” Ele estava começando a achar que as coisas com a prima não seriam facilmente arrumadas. Darcy realmente amava Anne, mas as vezes ela podia ser muito teimosa. “Você não avisou que ia sair. Fiquei preocupado.”

“Eu estou preocupada com Jane e o sr. Bingley.” Ela respondeu com a maior frieza que conseguia. Anne nunca ia admitir, mas ela queria voltar a morar com os primos. Sua casa era muito grande para uma pessoa só.

“Eu falei com ele já Anne .” Darcy suspirou. Talvez Anne fosse mais mimada do que todos pensavam.

“Então você não se importa se eu ficar longe mais um pouco, não?”

“Não.” Isso estava ficando ridículo, mas o que ele podia fazer?

O jantar foi tranquilo. Tio Harry divertiu todos na mesa, e a comida estava ótima, se alguém não se sentia muito confortável com outro membro do grupo, as piadas do conde fazia todos esquecerem.

~/~

Lorde Harold era um homem naturalmente animado, mas isso não impedia o velho de ser sagaz. Ele observava com atenção, a tensão entre os dois sobrinhos mais velhos. Primeiro, resolve ignorar, pensando que devia ser algo entre jovens, porém, conforme a noite passava ,nada mudava. Ele resolveu que era hora de investigar.

Quando Georgiana estava tocando piano para todos na sala, ele se sentou ao lado de Fitzwilliam e chamou Anne para acompanha- los. Não vendo outra saída a moça obedeceu.

“Vamos aproveitar que a pequena Georgiana não pode ouvir e me digam: O que ouve com vocês dois? A tensão entre vocês é tanta, que daria para nadar nela!”

“Não é nada tio.” Anne foi a primeira a falar. A resposta do conde foi o levantar de uma solitária sobrancelha.

“Senhor, não é nada importante. Assim que Anne e eu resolvermos isso a tensão vai passar.” Darcy olhou sugestivamente para a prima, mas tão composto como sempre.

“Talvez tio, quando eu e o Fitz admitirmos nossos erros, ela vá embora.” Dos olhos dos dois saiam faíscas, mas o tom de voz e a posturam não denunciavam nada dos seus conflitos internos. Uma sala com outras pessoas, não era lugar para perder a postura.

“Quem sabem tenhamos que dar uma chance ao outro para corrigir o que erramos.”

“Quem sabe…”

“Chega os dois! Parece que estou entre duas crianças de dez anos. Se tem problemas o mínimo que podem fazer é resolve- los. O que ouve com aquilo de irmãos?”

“Não sei tio,” Anne suspirou, “ acho que no final não somos assim tão unidos como pensávamos.”

“Bobagem! A questão é que nenhum de vocês sabe o que é ter um irmão. Não diga nada Will, você e sua irmã não tem idades próximas como você e Anne.

“Olhem meninos, irmãos se amam, mas também se odeiam. Não o ódio entre inimigos, porém a raiva por fazer algo que não concordam. Estar errado, as vezes desejar que o outro não exista. Como vocês nunca tiveram isso e, também nunca moraram juntos antes, não tinham como saber.”

“Eu tive um irmão e posso te dizer como é. E podem perguntar aos irmãos Fitzwilliam. É a mesma coisa. Digam, não sentem falta um do outro?” Como duas crianças com vergonha, os dois assentiram com a cabeça abaixada. “Tentem se ertender…” E com isso o conde saiu para falar com Georgiana que tinha terminado sua música.

“Falou com eles tio?” Ela peguntou em um sussurro.

“São dois cabeças dura, mas não é agora que vão desistir de uma longa amizade.” A menina relaxou, confiante na palavra do conde.

~/~

“Nós estamos sendo infantis.” Disse Anne quando o tio foi embora.

“Era o que eu estava tentando dizer!” Disse Fitz frustrado.

Por mais que essas palavras ferveram o sangue de Anne ela optou por ignorar.

“É melhor nós seguimos o conselho dele e tenta nos entender.” Ela disse.

“Talvez uma reunião. Amanhã, amanhã não tenho nenhum negócios. Se você poder ir a minha casa.”

“Acredito que é uma boa idéia.” Essa formalidade era repugnante aos espectadores da cenas, mas o que eles podiam fazer?

“Qual horário é melhor para você?”

“A tarde.”

“Ótimo, assim você pode ficar para jantar também. Georgiana precisa de um companheiro para tocar sua música.” Ele sorriu, o sorriso fantasma. Tudo já estava resolvido entre eles, amanhã só tornaria tudo oficial.

“Vou pedir para preparar o jantar favorito de todos nós.”

“É um boa idéia.” Anne já estava sorrindo abertamente. “Talvez eu saía da casa de vocês muito tarde.”

“Não tem problema. Pode passar a noite conosco. Richard está hospedado na minha casa. Depois que Georgi estiver dormindo o trio pode voltar a se reunir. Espero a muito tempo você derrotar o bom coronel no xadrez.”

“Não vou derrotar só ele, mas vou fazer isso com os dois.” O brilho animado estava de volta aos olhos de Anne.

“Estou a sua merce, madame.” Ele sorriu abertamente.

A partir daquele momento a noite ser tornou ainda melhor, pena que uma hora depois os convidados do conde precisaram ir embora.

Basta dizer que na tarde seguinte Anne e Fitz se reuniram e reconciliaram. Georgiana tinha sua companheira musical. E os três; Anne, Fitzwilliam e Richard ficaram até muito tarde se revesando no xadrez e fazendo tantas piadas quanto de costume quando reunidos.

Graças ao tio Harry.


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Notas finais do capítulo

Eu disse que era um história sobre família também



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