O Alvorecer De Um Novo Sol escrita por Marimachan


Capítulo 4
Capítulo 3 - A Lógica da Minha Vida


Notas iniciais do capítulo

Boa noite. :D
Bem, pessoal. No próximo capítulo a história já vai entrar na dinâmica dos FlashBacks que estou avisando desde lá no início. E espero que não me chamem de chata por estar frisando eles, é pq os flashback são partes realmente essenciais da história. Muita coisa do presente, vcs só irão compreender com o passado que escreverei. Aliás, a escrita do presente e do flashback será um pouco diferente, ok? O presente sempre será uma coisa mais direta e objetiva, os flashbacks terão sempre uma narração mais trabalhada. ;)
Enfim, tá aí mais um capítulo. Espero que esteja agradando. O que não estiver agradável, pode dzr que a gente dá um jeito de acertar! :)
Boa leitura.^^



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Seion’s POV on

Caminhava pelo bosque de forma distraída, perdido em meio aos pensamentos que invadiam minha cabeça.

Eu realmente não aceitava que Nara havia dito aquilo... ela sabia o quanto eu me importava com o que falavam de meu pai. Eu podia não conhecê-lo, mas ele sempre seria minha maior inspiração de vida. A forma como ele decidiu viver me parecia fantástica e eu realmente ficava fascinado com todas as histórias loucas que a mamãe ou um dos meus tios me contavam. Faziam eu me apaixonar ainda mais pelo mar e aumentar a vontade que crescia dentro de mim todos os dias de se tornar um grande pirata, como um dia cada um dos integrantes da minha família foi.

E sim, tios, porque mesmo que o tio Zoro, por exemplo, odeie ser chamado assim, ele continua sendo de certa forma meu tio, assim como a tia Robin, tio Sanji, tio Usopp, tio Brook, tio Franky e Chopper. Todos eles eram meus tios exatamente pelo fato de serem nakamas da minha mãe, os quais ela considerava verdadeiros irmãos. A família dela. A tia Nojiko até ficava com ciúmes porque disso, mas ela entendia perfeitamente. Até mesmo o Chopper eu considerava meu tio e ele é uma Rena. Bem, não posso fazer nada se minha família é realmente muito estranha.

Mas não me importo com isso, eu adoro coisas estranhas. Elas são divertidas. Minha mãe vive dizendo que eu tenho um gosto tão estranho e maluco quanto o do papai era. Isso me deixa feliz, porque faz eu me sentir mais perto dele. Não tive a oportunidade de conhecê-lo. Na verdade, ele morreu sem sequer saber que iria ter um filho. Bem, ao menos isso seria a lógica, mas o tio Zoro já afirmou que meu pai sabia disso antes mesmo da mamãe descobrir. Agora como diabos ele sabia ou o tio Zoro sabe que ele sabia eu não sei. Qualquer dia eu pergunto pra ele. Se ele souber responder, ótimo, se não souber, vou ter que me contentar com isso mesmo. Até porque, lógica é algo que não cabe na minha vida.

Eu nasci em meio a uma tripulação pirata famosa, porém completamente louca, estranha e exótica; no Novo Mundo, onde nada faz sentido realmente e tenho amigos tão estranhos quanto minha família. Além de tudo, meu pai era pirata ― e não era um pirata qualquer e sim o REI dos piratas, sim, eu me orgulho demais disso ―, meu avô fora um revolucionário alguns anos atrás ― agora é o principal representante do Governo atual ― e meu bisavô era um marinheiro da antiga era. Alguma coisa faz sentido nisso? É, eu sei que não. Mas esse é o divertido da minha vida. Eu adoro que as coisas não façam sentido, isso as torna mais interessantes. E é exatamente por isso que eu amava minha família e, mesmo não o conhecendo, amava meu pai. Ele foi tudo o que eu quero um dia ser e superou qualquer obstáculo que poderia impedir seu sonho de se realizar. Eu quero ser assim também. Não permitir que nada ou ninguém impeça meus sonhos de se tornarem reais!

É por esse fator que me irrito tanto quando citam o nome do meu pai de forma desonrosa. Ele era um grande homem e eu quero ser como ele. Não vou admitir que falem mal de alguém assim, principalmente porque o sangue que correu nas veias de Monkey D. Luffy é o mesmo que corre nas minhas!

Seion’s POV off

(…)

Nara’s POV on

Entrei no jardim da minha casa e caminhei até onde mamãe e tia Nami estavam. As duas me observavam atentas, provavelmente já percebendo que iria falar com elas.

Sentei-me ao lado da minha mãe e permaneci em silêncio, pensando em como começar a falar.

― Você parece ter irritado de verdade o Seion. Qual o motivo para um feito raro desses acontecer? – tia Nami perguntou me olhando curiosa, me poupando o fardo de começar aquela conversa.

Enquanto isso minha mãe levava a xícara de chá aos lábios, bem calma como de costume. Às vezes eu ficava me perguntando como diabos meus pais se casaram sendo que tinham uma personalidade tão inversa. Meu pai era sério, em certos momentos explosivo e bastante direto. Minha mãe era risonha ― por mais que nunca demonstrasse isso a estranhos ―, tranquila e por mais que fosse direta também, fazia isso de um jeito bem diferente de papai. Nem preciso dizer que sou meu pai em versão feminina, né?

Suspirei de forma pesarosa e respondi encarando o chão:

― Eu fui idiota ao ponto de ir longe demais na implicância... – trançava meus dedos de certa forma envergonhada. ― Eu acabei falando coisas que não devia. Exagerei na brincadeira, sabe...

― Ah, agora entendi. Você citou o nome do Luffy nessas brincadeiras, não é? – a ruiva sorriu pra mim já presumindo o que eu havia feito. Apenas acenei concordando. ― Hum... isso vai ser difícil... o Seion deve estar bastante chateado, mas posso tentar conversar com ele caso não se importe.

Eu a olhei surpresa.

Não esperava essa reação. Achei que ela ia ficar tão puta quanto o Seion ou o papai ficou lá no Katanga Bar... Bem, sorte a minha...

Resolvi contar tudo o que havia acontecido desde o insulto de Koroshima que papai revidou de forma assustadora, até as últimas palavras de Seion para mim na rua. Elas ouviram atentamente, me puxaram a orelha me mandando tomar jeito e depois tia Seion foi atrás do Seion conversar com ele.

Meu dia dependia daquela conversa. Eu confesso que não conseguiria conviver com Seion me tratando diferente, menos ainda se ele nunca mais quisesse falar comigo. Eu iria surtar com isso. Não, eu não sou apaixonada por aquele idiota, nem coisa do tipo, mas fomos criados juntos, ele é meu irmão e daria minha vida por esse imbecíl.

O que seria de mim sem o idiota pateta com quem adorava implicar?!

Nara’s POV off

(…)

― Finalmente te achei. – a ruiva sorriu ao enxergar seu filho sentado bem próximo ao final do penhasco.

Seion estava ali sentado, de frente para o mar, observando a imensidão azul que ele tanto amava, enquanto seus pensamentos corriam por todos os tipos de lembranças. Ao ouvir a voz de sua mãe, sorriu. Como se já estivesse esperando por ela.

Seion sabia o quanto sua mãe se preocupava com ele e nunca o deixava sozinho ou “desaparecido” por muito tempo. Ela costumava dizer que queria aproveitar o máximo que pudesse a presença do filho enquanto ele ainda estivesse por perto.

― Estava apenas admirando a imensidão do mar.

Nami se sentou ao lado do filho, encolhendo suas pernas, cruzando-as e abraçando-as.

―É algo realmente incrível, não é? E pensar que passei minha vida toda navegando por ele... isso é agradável. – o sorriso dela era gentil e doce.

O moreninho tinha consciência de que sua mãe tinha dois lados bastante diferentes. Ela podia ser tornar a pessoa mais doce do mundo, mas também a mais demoníaca. Zoro vivia xingado-a porque disso.

Seion retribuiu o sorriso e então voltou a observar o mar em silêncio.

― Nara me contou o que aconteceu... hoje mais cedo. – ela o olhou, vendo que a expressão do filho mudara ao citar o acontecido de manhã.

― Não quero falar sobre isso. – ele foi bem firme e direto. Nami ficara um pouco receosa por isso. Ele não estava apenas magoado com Nara, havia algo a mais o importunando.

― Escute Seion... Nara não fez com más intenções. Ela queria apenas te animar. Eu sei que o quê ela disse não foi nada agradável e se fosse outra pessoa eu mesma encheria a cara da mesma de murros, mas é da Nara que estamos falando. Vamos lá, vocês são melhores amigos, são irmãos praticamente. Foram criados juntos e você a conhece bem o bastante para saber que ela é assim. Explosiva, debochada e implicante. É de família, sabe? – Nami sorriu divertida, lembrando-se do amigo de cabelo verde.

Seion suspirou com as palavras da mãe, talvez ela tivesse razão. Afinal... era de Nara que estavam falando. Mesmo que aquelas palavras tenham sido bastante ofensivas pra ele, a personalidade da morena era algo imutável. Sua amiga era louca, psicopata e a pessoa mais terrível que havia conhecido. Era incrível que um ser tão maligno fosse uma pessoa tão carinhosa e meiga por trás da carapaça monstruosa. Mas como ele mesmo já havia dito... nada em sua vida fazia sentido. Isso era apenas mais uma dessas coisas.

― Tudo bem... vou ignorar as palavras daquela maluca. – o Monkey sorriu de canto, fazendo sua mãe tornar o riso divertido em um sorriso alegre e aliviado.

― Que bom. A propósito, Seion... tenho uma ótima notícia para lhe dar.

― Hum? Qual?

― Vamos ter uma reunião essa semana. Todos os outros estarão vindo para a ilha. – ela contou satisfeita.

― Sério isso?! – Seion saltou em pulo só de seu lugar, completamente feliz pela notícia. Nami riu da reação do filho, confirmando com um aceno de cabeça. ― Isso vai ser incrível!

Seus olhos cor de mel brilhavam com a boa nova. Toda a sua família estaria ali. Reunida.

Isso era espetacular!


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Notas finais do capítulo

Visheee, Mugiwaras todos reunidos depois de 17 anos! Isso vai dar alguma coisa que preste? Veremos... :p
Até mais. *-*